AD SENSE

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Bruno, Jandira e Eduardo - Triunvirato de renovação do PP em Gramado




O PP de Gramado, conforme já escrevi a respeito, começa a soprar os ventos de mudança. Em reunião do Diretório Municipal, ficou desenhado o novo quadro que promete reavivar o progressismo como bandeira em Gramado, sob a liderança de Bruno Coletto, a ser indicado e votado na Convenção do dia 19 de maio, como Presidente, acompanhado por dois Vices: Jandira Tissot e Eduardo Zorzanello.



Eduardo Zorzanello, também já comentado aqui, é uma das grandes esperanças de renovação da Política gramadense.

São três nomes que tem no DNA o histórico do PP. 



Filho do Engenheiro Alemir Coletto, e da Artista Plástica Débora Irion, Bruno tem um curriculo de dar orgulho ao partido, com mestrado em direito pela UFRGS e mestrado em ciência política pela New School for Social Research (Nova Iorque), e cupa atualmente a função de Advogado do PP, e foi um nome de consenso do Partido para esta renovação, através de uma bem articulada movimentação após o rescaldo da eleição de outubro.

Jandira Tissot
Ex Primeira-Dama do Município, preside o PP Mulher, é empresária, e teve forte atuação durante os dois mandatos de Nestor Tissot.

Eduardo Zorzanello
Filho de Enoir e Silvia Zorzanello. É empresário, ligado ao Turismo, ocupando o lugar que foi de sua mãe, a empresária Silvia Zorzanello, ao lado de Marta e seu filho, Marcus Rossi, na empresa pioneira em eventos de Gramado, Rossi e Zorzanello, detentora de marcas consolidadas junto ao trade turístico internacional, como a FESTURIS e a CHOCOFEST.

Eduardo tem sido sondado como uma das novas promessas políticas de Gramado, possivelmente para concorrer nas eleições de 2020, ao cargo majoritário, embora seja muito cedo para opinar sobre isso, porque novos nomes estão surgindo para ocupar espaços nobres no Partido e em Gramado.

São novos  talentos, nenhum deles ocupou cargo eletivo, e todos tem a aparência da "Mulher de César".

O mais legal é que não entrou nenhum feio neste triunvirato. Isso é  um puxão de orelhas ao Partido, dizendo que daqui pra frente só podem "fazer bonito". Chega de trapalhadas.

Olimpíadas Escolares de Gramado valorizam integração estudantil

Olimpíadas Escolares de Gramado valorizam integração estudantil


Delegações de atletas mirins desfilaram durante abertura dos jogos
Integrar os colégios de Gramado, valorizar os atletas e estimular a cidadania por meio do esporte. Não são poucos os objetivos das Olimpíadas Escolares que iniciaram na última quarta-feira (3), mas os resultados já apareceram: 17 escolas – entre estaduais, municipais e particulares - estão inscritas para participarem das modalidades que ocorrem até o final do ano. No ano passado, quando as atividades levavam o nome de Torneios Escolares, 11 colégios participaram das competições.
O formato de olimpíadas foi escolhido para fomentar a integração entre os alunos, valorizar a formação de base e a formação cidadã entre crianças e jovens”, afirma o Secretário de Esporte a Lazer, Jacó Schaumloeffel.
Durante a abertura, no Ginásio Perinão, delegações de atletas mirins de futsal desfilaram com as bandeiras de suas escolas. Durante o pronunciamento, o prefeito Fedoca – João Alfredo de Castilhos Bertolucci (PDT) cumprimentou os professores e, aos alunos, citou valores como lealdade e solidariedade. “Eu diria em poucas palavras: sejam leais aos seus adversários, pratiquem a solidariedade em relação aos companheiros. Trata-se de esporte coletivo, precisamos todos estar engajados”, encerrou. Estavam presentes na solenidade a Secretária de Educação, Gilça Silva, o Secretário de Administração, Julio Dorneles, o Secretário Adjunto de Educação, Gelson Oliveira, e os vereadores Professor Daniel (PT), Renan Sartori (PMDB) e Dr. Ubiratã Oliveira (PP).

Após a solenidade, iniciaram os jogos de futsal, que seguem até sexta-feira (5), nas categorias mirim, infantil e juvenil – masculino e feminino. Na categoria juvenil do futsal, que foi retomada este ano, 14 escolas confirmaram participação.
As demais modalidades – futebol de campo, handebol, vôlei e atletismo – ocorrem até o final do ano. Ao final de todas as competições, a escola que somar a maior pontuação será eleita a Campeã das Olimpíadas Escolares.

Alunos ansiosos, professores animados
A abertura das Olimpíadas Escolares deixou alunos e professores na expectativa dos jogos. A zagueira Kayle Soares Castro, 11 anos, e a volante Leticia de Freitas, 10, da Escola Maximiliano Hahn, esperavam ansiosas pelo início das competições. As meninas se arriscaram até a dar dicas de futsal: “A função da zagueira é proteger bem a bola e não deixar escapar da área”, afirmou Kayle.
As professoras Sonia Schein, da Escola Municipal Carlos Nelz - Caic, e a Karina Dandanell, da Escola Municipal Pedro Zucoloto, falaram da importância da participação estudantil. “Mesmo com as limitações de tempo para treino, os alunos sempre querem competir. É importante essa valorização”, disse Sonia.

Cronograma das modalidades
Futsal – maio
Futebol de campo – junho
Handebol – agosto
Mini Vôlei para Pré Mirim - outubro
Voleibol – novembro
Atletismo - outubro

Os campeões do Futsal – categoria Mirim

Feminino
1º lugar - Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima
2º lugar - Escola Municipal Senador Salgado Filho
3º lugar - Escola Municipal Presidente Vargas

Masculino
Escola Estadual Santos Dumont
Escola Municipal Vicente Casagrande
Escola Municipal Carlos Nelz - Caic

Fotos
Crédito: Carlos Borges/Prefeitura de Gramado
Legendas
42/50/56/69 – Desfile das delegações de futsal categoria mirim durante abertura das Olimpíadas Escolares
66 – Autoridades durante pronunciamento do prefeito Fedoca
97 – Primeiro jogo das Olimpídas Escolares foi entre os colégios Carlos Nelz -Caic e Presidente Vargas

Texto:
Manuela Teixeira
Assessoria de Imprensa de Gramado





Em quatro meses, Prefeitura de Gramado conclui 77% das demandas do Fala Cidadão

Imagem ilustrativa 


Em quatro meses, Prefeitura de Gramado conclui 77% das demandas do Fala Cidadão
Em quatro meses, a Prefeitura de Gramado concluiu 77% das demandas da comunidade que chegaram por meio do Fala Cidadão. Dos 2.418 pedidos de providência solicitados entre 1º de janeiro e 1º de maio deste ano, 1.844 foram executados e concluídos pela administração municipal. O número mostra um expressivo aumento do atendimento das demandas em relação ao ano passado. De 1º de abril a 29 de dezembro de 2016, oito meses, 2.619 demandas foram executadas, apenas 775 a mais do que as dos quatro primeiros meses deste ano.

Dos atendimentos em 2017, foram concluídos 94% dos pedidos envolvendo a manutenção de estradas rurais, como a estrada Campestre do Tigre e a estrada Arroio Forquilha (acesso à ponte do Raposo). Segundo os moradores, há anos o serviço era aguardado nas duas localidades.

Outras demandas atendidas: 93% das denúncias de irregularidades com relação à alvarás, 98% das notificações aos proprietários para serviços de limpeza de terreno ou execução do serviço de limpeza, e 90% dos pedidos de troca de lâmpada de iluminação pública.

Obras
Dos serviços de obras executados pela prefeitura, por meio da Secretaria de Obras, estão a recuperação das tubulações da rede pluvial na Rua Marechal Rondon, no bairro Prinstrop, e na Viação Férrea Três Pinheiros, no bairro Três Pinheiros, que estavam rompidas. Neste último, foi feito também a construção de uma caixa de passagem para facilitar o acesso das águas.

Na Rua Reinaldo Baqui, bairro Av. Central, foi feito o calçamento e o alargamento da via, facilitando o estacionamento. As obras foram executadas nos meses de março e abril.

Serviço de ouvidoria
Fala Cidadão
(54) 3286.2500

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Artesanato, Tecnologia, Saúde - O labirinto de Fedoca


Mural de Elisabeth Rosenfeld, simbolizando o Artesanato Gramadense
Cada um dos temas do título desse ensaio, deve render muitos e muitos outros ensaios, porque, se de um lado, eu tomo um fôlego para trabalhar com substância aquilo que levanto por aqui, por outro lado, devo lembrar que há um tempo e um hiato entre um tema e outro, para que o tema torne-se de fato relevante.

Em resumo. Volto a cobrar postura do Prefeito Fedoca a respeito destes assuntos, que tem percorrido os leitores ao longo dos últimos tempos: Saúde (sempre), Polo de Tecnologia, e ressurge o Artesanato. Vamos aos casos.

Saúde
Os problemas acontecem mais velozes que a capacidade de dar solução à eles. E daí? Gestor não tem que reclamar. Tem que agir. Tem que dar solução. Tem que dar a certeza que o cidadão receberá medicamentos e atenção médica, no momento da dor. Câmbio e desligo!

A Secretaria da Saúde é o Calcanhar de Aquiles de Fedoca.  Passa a impressão que tem autonomia para cometer suas próprias trapalhadas e tomar suas decisões sem prestar contas à ética cidadã. Quando o Gestor do hospital sob auspícios do Poder Público, decide criar sua própria estrutura de gestão e publicidade, vende a impressão (provavelmente muito bem intencionada, mas mal explicada) que faz do cargo um trampolim para uma carreia mais ambiciosa.

Chego a pensar com isso que Gramado aderiu à moda nacional, onde Congresso, a  Presidência da República e seus Ministérios, e o Judiciário, estejam servindo de modelo à formação de setores independentes na administração municipal, e que assim deixe rolar, contanto que faça seu trabalho, pois se tem uma coisa que o Prefeito não tem tempo no momento é para banhos de ego de seus gestores.  E a bola da vez é a falta de medicamentos, segundo reclamam nas redes sociais. E sobre isso, creio não haver mais como deixar na conta dos antecessores, uma vez que  cento e vinte dias de governo sejam suficientes para promover os ajustes administrativos, licitações e aparo de arestas daquilo que entendiam como errado no modo de operações administrativas que encontraram.

Artesanato
Esse tema eu conheço bem de perto, pois é sério, eu tenho carteira de Artesão, com oito especialidades na caderneta, e pude acompanhar de perto as demandas do setor. E posso dizer que nem antes, nem antes de antes, e nem agora, o artesão de Gramado é visto com o respeito que merece. Pois agora, meus caros, cutucaram onça com vara curta, porque justamente na semana que homenageia a mulher que deu a virada de página em Gramado, direta e indiretamente, leio dos artesãos que, sendo relegados á condição de pobres coitados, dividem-se em meia dúzia de associações que foram criadas para que recebessem alguns incentivos legais na organização de seus interesses, e venda de seus produtos.

Deixe-me clarear sobre a situação do artesão gramadense. Trata-se de pessoas qualificadas pelas suas habilidades, que fazem de seus parcos trabalhos, o meio de sustento de suas famílias. São vistos pelo Poder Público ao longo dos últimos quarenta anos em Gramado, como coadjuvantes dos cantinhos que sobram nas praças e logradouros turísticos, onde vendem seus trabalhos como souvenirs, com o agravante que precisam competir com as paracangalhas esdrúxulas trazidas da China, com a marca de Gramado.

Já escrevi exatamente sobre esse assunto em 1985, e acho que foi publicado no Jornal de Gramado, ocasião em que levei uma carraspana de um importador da época, onde ainda o Paraguai intermediava estas bugigangas. Pois o que mudou de lá pra cá foi apenas o volume e a variedade.

Preste atenção! Eu não sou contra os produtos baratos da China. Não sou mesmo. Não sou contra coisa alguma. Quero apenas levantar o alerta que Gramado está gemendo e choramingando em busca de sua identidade perdida, enquanto aqueles que podem resgatar este patrimônio material e imaterial desta identidade, estão esquecidos em cantinhos distantes do grande público (com exceção do lago Negro), enquanto locais de grande visitação ou potenciais para esta finalidade, não estão sendo utilizados.

Vou deixar de ser genérico então.

Lago Negro 
Apenas poucos artesãos, seletivos e sujeitos ao bom humor de uma ou duas diminutas associações podem ter o luxo de expor e comercializar naquele local, que recebe parte dos seis milhões de turistas anuais.

Praça das etnias
Um belo conjunto de edificações que atende a um seleto grupo de artesãos, emergente de estandes criados na ocasião  de antigas Festas da Colônia, que eram ali realizadas, atendendo aos seus associados, que também investem trabalho e talento em bons produtos, mas que por ocasião da Festa da Colônia, que hoje acontece na Expo Gramado, precisam desativar sua estrutura e mover-se para aquele local, especialmente os fornos. Então, os que não participam do evento, sobram escondidos. Mas este ainda é o problema menor.

O magnífico espaço do Lago Joaquina Bier, utilizado para o Natal Luz, além da própria estrutura, fica jogado às moscas durante o resto do ano, ou pior, aos baderneiros, ao tráfico, e apenas aos caminhantes pelas manhãs nevoentas. Enquanto isso, os artesãos correm de um lado a outro em busca de compradores para seu trabalho.

Resgatar o artesanato enquanto atividade matriz de Gramado é urgente. Reescrever a história com apoio e recursos pode mudar valores e restabelecer caminhos. Certo que se diz que não há mão de obra. Há sim, pois toda mão de obra pode ser chamada de talento, se for motivada da maneira correta. E isso pode sim a Prefeitura fazer. Basta boa vontade do Prefeito. basta boa vontade dos Secretários. Basta boa vontade dos artesãos.

Mas não basta fazer isso e não dar suporte de marketing aos artesãos.Não basta enfiá-los num lugar mais espaçoso e dizer- "Te vira!", que isso vai mudar. É preciso que os eventos, os empresários, a hotelaria, restaurantes, lojistas, também participem disso, promovam isso. Como fazer? Há muitas maneiras, mas daí já querem saber demais. Não sou pago pra dar de graça aquilo que põe comida na minha mesa: Ideias. Não sou pago nem por este blog, mas aqui é prazer mesmo.

Mas não faz mal lembrar que apoio não se faz com festinhas e discursos bonitos, ou palavras encorajadoras. Para isso, os livros de auto ajuda dão conta. 

Apoio se faz com ações como criar incubadoras, fortalecer as associações, capacitar, criar escolas de artesanato, adquirir e auxiliar na aquisição de maquinas, equipamentos, matéria prima, recursos financeiros, apoiar em eventos, levar o artesanato de Gramado para feiras, enfim, demonstrar fazendo e não dizendo. Assim, o artesão vai acreditar que tem apoio de verdade.

PS*
Após publicar esse ensaio, fui procurado por artesãos, que me relataram problemas pontuais, como vizinhos que sentem-se incomodados com a circulação de ônibus no Lago Negro, uma conquista do tempo da administração do Pedro Bertolucci, que acabou caindo no "deixa pra lá" nos anos seguintes, e aqueles artesãos acabaram perdendo sua fonte de recursos.


Segundo uma artesã entrevistada, as empresas de turismo não levam mais ônibus ao local. Então, o problema dos moradores (que também tem seu direito ao sossego, afinal escolheram Gramado por esta imaginária razão, e defrontam-se com entra e sai de veículos barulhentos na porta de casa. Já do outro lado, são os veículos barulhentos quem levavam o pão para as famílias que deste trabalho dependem.

Fedoca tem um foguete para segurar pelo rabo, pois este não é um problema criado em sua administração, mas foi dele a promessa de resolver o problema. Então, mãos à obra. 

Conversei com o secretário da Cultura, Alan Lino, que demonstrou grande preocupação e empenho em dar uma solução definitiva e satisfatória ao problema. Só que o problema não está afeto apenas a resolver trânsito ou vizinhos encrenqueiros, e sim. por respeito ao gigantesco trabalho e legado de Elisabeth Rosenfeld, a quem prestam homenagem, que não seja vista apenas como uma mulher talentosa que criou o Kikito, mas uma visionária que deu identidade à Gramado em uma era de inovação, onde a palavra ARTESANATO era icônica de uma cidade.

Reforço o desafio de que Gramado seja novamente transformada em Polo de Inovação, Polo de Criatividade, Polo de Inventividade, aquilo que Elisabeth fez, que perdure com aquilo que as novas gerações poderão perpetuar.

Não  terminei. Sente aí e sirva mais um mate, pois ainda vou falar de tecnologia. A nova febre do mundo. Pensando bem, não vou falar agora. Vou dedicar um ensaio só pra isso. Aguarde.




Loucos nossos de cada dia


Toda família tem um louco. Todo bairro tem seu abilolado, e nenhuma cidade é uma cidade completa sem os seus doidos de atar em postes. O doido da rua é o sujeito mais temido e mais amado ao mesmo tempo. É a garantia de que bulying é coisa que só pega em quem se acha perfeito, normal, regular, justo e linear, porque doido que é doido, baba só pra rir da cara dos outros.

Toda cidade tem seu aparato de malucos para enfrentar o mau humor dos pretensos normais. a Bíblia diz que D's usa as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios. Interessante, pois não deveria ser o contrário? Não deveriam os sábios envergonharem os símplices e faltos de entendimento? Pois estes paradoxos são a maior loucura da sabedoria dos justos.

Há porém algo que me assusta na questão da loucura, que não é o medo de enlouquecer, mas o medo de perceber que sempre fui louco, e alguém me despertou de minha feliz condição, pelo simples prazer de ver-me introspectivo buscando razão para minha existência num mundo que não entende os loucos.

O que é a loucura e a sanidade senão o estado em que nosso corpo não compreende mais nossa mente, e o raciocínio deixa de ser lógico para os lógicos, e passa a ser óbvio para os livres?

Em certas tribos antigas, os loucos eram vistos como enviados dos deuses, e respeitados, mas não temidos. Hoje, a inversão de valores recebe o nome de perversão, e aquilo que outrora era pervertido, torna-se, mediante novas regras, corriqueiro, normal, regular e legal.

Um dia fiquei escandalizado ao ver uma velha fazendo cocô à beira da calçada de uma grande cidade. Não pela velha, mas pelo falso pudor daqueles que fazem isso todos os dias,e ainda leem revistas  de pornografia para acelerarem o tempo do exercício fisiológico. E nesse tempo de pensamento, a velha deu uma gargalhada sonora, baixou a saia e saiu cantarolando, enquanto se escapavam da possibilidade de serem abraçados por  ela. Eu fui o primeiro. Sou hipócrita, mas limpinho. Só que não. Saí com inveja dela, porque eu também estava apertado e precisei esperar até chegar em casa para fazer escondido aquilo que ela fez em público. Só que eu não pude rir de mim.  Nem eu, nem ninguém mais.

Os loucos eram alvo das pedradas dos meninos endemoniados e de suas cantigas infernais durante o  intervalo das aulas de religião, e assim, relaxavam um pouco antes da prova sobre o tema do amor ao próximo, onde tiravam nota máxima pela dedicação nas aulas.

Loucos vem e vão de nossas vidas. Uns que nos maltratam, e outros que nos defendem. Uns a quem maltratamos, e outros a quem não temos coragem de defender.Temos medo da loucura, mas medo ainda maior de que não sejamos mais encaixados na gaveta dos normais, porquanto seja apertada e vazia, porque nos loucos residem os grandes vazios e os grandes depósitos cheios destes vazios.

Minha loucura eu não dou, não vendo, não empresto, e nem mostro, sob pena de que a tomem de mim. Mas da loucura alheia também não quero provar. Posso gostar. Posso não devolver nunca mais.

E você aí, tá rindo do que? Não fique ai parado, porque as abóboras não brotam sozinhas nas laranjeiras.  





terça-feira, 2 de maio de 2017

Exposição Elisabeth Rosenfeld fará parte da Semana Legislativa de Gramado



Exposição Elisabeth Rosenfeld 
fará parte da Semana Legislativa

Alusiva aos 62 anos de instalação da primeira legislatura em Gramado, a Semana Legislativa organizada pela Câmara Municipal anualmente busca aproximar a comunidade dos Vereadores com inúmeras ações. Entre as atrações está a exposição Elisabeth Rosenfeld e seu legado na arte Gramadense, organizada pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Centro Municipal de Cultura.

O intuito dessa exposição é ratificar através das artes visuais a importância de Elisabeth Rosenfeld como artista múltipla que socializava entre os seus colaboradores o ofício da criação através do artesanato, teatro, literatura, escultura, música e todo seu amor pela diversidade. “O intuito de trazer essa homenagem para a Câmara, nessa parceria, foi o de prestar a homenagem já que o Teatro leva o nome desta artista completa. É uma forma de relembrar e destacar a sua importância na arte gramadense durante a Semana Legislativa”, disse o secretário de Cultura, Allan John Lino.
“A influência de Elisabeth Rosenfeld jamais poderá ser esquecida na história gramadense, pois com ela o poder da criação artística elevou o nível do nosso povo”, destacou Maria Helena Drechesler, diretora do Centro de Cultura Prefeito Arno Michaelsen.
A mostra terá pintura em tela, esculturas, cerâmica utilitária, lembranças do artesanato gramadense e destaque para o Kikito, criado por ela. “É o início de mais uma parceria entre a Cultura e a Câmara, pois sabemos da importância de aproximarmos os artistas da Casa do Povo, porque aqui também é o lugar deles”, enfatizou o presidente da Câmara, Luia Barbacovi.

Programação da Semana Legislativa
Dia 08 – 19h30min - Sessão Descentralizada
Sessão Descentralizada da Câmara Municipal de Vereadores  no bairro Jardim, com a tramitação normal da Casa, Grande Expediente, Ordem do Dia, Tribuna do Povo e Explicações Especiais.
Local: Escola Estadual David Canabarro, bairro Jardim

Dia 09 –16h30- Encontro com Autoridades para debater Gramado
Encontro entre Vereadores, Prefeito, Vice-prefeito, Secretários, Promotores e Servidores do Legislativo com o intuito de debater assuntos relevantes para Gramado com palestra motivacional de Jeferson Leonardo e apresentação do Promotor Dr. Max Guazelli.
Local: Plenário Julio Floriano Petersen

Dia 10 – 9h 15e 14h45- Lançamento Documentário
Lançamento Documentário ‘Era Uma vez no Sul, Gramado décadas de 30, 40 e 50', de Norma Mangold e Otávio Machado sobre Gramado nas décadas de 30, 40 e 50.
Local: Teatro Elisabeth Rosenfeld.

Dia 11 – 16h – Painel sobre ERS 115 e 235
Painel com o secretário de Transporte Pedro Westphalen, com o diretor presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes e com o diretor geral do DAER/RS, Rogério Uberti que irão falar das ERS 115 e ERS 235.
Local: Plenário Julio Floriano Petersen

Dia 12– 19h30min - Sessão Solene Entrega Títulos com participação do Quarteto de Cordas e de Pepeu Gonçalves
Mulher Cidadã - Rita de Cássia Drago Maldaner, Claudia Nara Maldaner, Talita Raaber, Hanna Trein Drecksler, Desportista Gramadense - Jorge Theobaldo Dienstmann , Trabalhador Modelo - Cássia Eduarda Augsten, Empresário Destaque - Altanísio Ferreira de Lima e Vereador Emérito - João Narciso Ferreira Neto.
Local: Plenário Julio Floriano Petersen


Texto:
Lucineia Menezes
Comunicação Legislativo de Gramado





Gramado- Quem é você?




Comentei em um vídeo , noutro dia, que Gramado desconhece sua identidade cultural. Ninguém me contestou. 

E já que por presunção, eu talvez estivesse certo, vou continuar, então,  neste raciocínio da falta de conhecimento acerca da identidade de Gramado.

Já comentei sobre a identidade étnica ou familiar. 

Você sabe quem você é? Sabe de onde veio? Sabe quem são seus bisavós paternos e maternos? 

Já sentou para conversar com seus avós sobre os ancestrais de sua família? Já sentou para contar aos seus filhos acerca de sua historia pessoal? 

Seus filhos conhecem sobre aquele dia que você foi salvo de algum perigo assustador? Ou seus netos conhecem a história de como você e sua esposa ou esposo se conheceram?

Quem não sabe de onde vem, também não sabe quem é. Quem não sabe quem é, não saberá pedir informações sobre o caminho que deverá seguir, quando estiver perdido no meio da multidão ou em um cruzamento de muitas ruas. Corre o risco de ver o dia passar, a noite chegar, ver as luzes se apagarem, sem que você não tenha se movido de seu lugar. 

Corre o risco de não  ter saído de sua zona de conforto, mesmo que desconfortável ela seja, pois quando estamos perdidos, até o desconforto é melhor que a incerteza.

E pra que? Para chegar ao fim da vida de boca aberta, escancarada, como dizia o maluco, esperando a morte chegar? 

Para descobrir que sua cabeça não se articula mais com a mesma facilidade, e quando percebe, a artrose tomou conta de seu pescoço, impedindo que se volte para os lados, ou olhe para o passado, buscando lembranças, porque percebe tarde demais que as lembranças que construiu não são as suas lembranças, mas apenas aquelas que a mídia vomita em sua memória sem que você perceba, até que devagarinho, tombando como tomba uma árvore (hoje não estou original, desculpem-me Raul e Éxupéry)vai escoando pelo ralo do esquecimento.

Quem é você? Quem são seus pais? Quem são seus avós? você descende de alemães ou italianos? Eram portugueses os seus pais, os seus antepassados? Em qual navio chegaram?

Não! Estas perguntas não são para você, não. São para os seus filhos, para os seus netos. São para os que escolherão teu asilo, e disputarão os bens que tu amealhou, para garantir uma vida digna aos que te sucederiam. 

Eles chegaram. Chegaram, e você não os viu passar. Chegaram, e dançaram na sua frente, quando crianças, mas você estava ocupado demais construindo o futuro deles na caderneta de poupança. Chegaram e passaram, dançaram e cantaram. Te abraçaram e te beijaram, mas você não viu.

Quem é você, Gramado? Assim falando, até parece que estou falando com uma pessoa e não com um amontoado de prédios que desenham silhuetas no entardecer, e poluem de belas imagens os websites das agências de viagem pelo mundo afora.

Chamo você, leitor, de "Gramado", porque a minha Gramado das lembranças é uma Pessoa, formada por um conjunto de outras pessoas, que olhavam para todos os lados e se banhavam nas cachoeiras que se espalhavam pelos caminhos atapetados de fontes borbulhantes e águas cristalinas.

Quando te chamo de "Você", Gramado,  não vejo um coletivo, mas uma única pessoa, que apenas tem nomes diferentes em casa casa onde vive, nas ruas por onde passa.

Gramado! Quem é você? Uma cidade de turismo que se perdeu no emaranhado do sucesso, ou uma cidade bem sucedida que se emaranhou no esplendor do turismo? O  que é você? uma cidade plena de gastronomia para engrandecer as barrigas, ou uma cidade de enigmas para enriquecer as mentes?

Por quem brilham as tuas luzes? Brilham por ti, que as acendeu, ou brilham por aqueles que te haverão de suceder no cintilar contínuo de estrelas que podes apagar todas as manhãs?

Quem é você, Gramado? Que historias contarão os teus filhos, e depois deles, os filhos dos teus filhos, pelo emaranhado do tempo, que teimas em perder todos os dias?

Ah, Gramado, que recolhes água em cestos de vime, e apenas te molhas, mas nada ajuntas. Gramado que não sabe mais quem é. Não lembra mais de onde vem, e não tem a menor ideia para onde vai.

Eu sei que nem sempre pensar é agradável. Pensar às vezes incomoda, porque quando pensamos, construímos catedrais de nuvens, onde o sopro da brisa pode derrubá-las, e todos os dias temos que começar tudo de novo.

Mas mesmo assim, vale a pena pensar. Pensar onde Gramado quer chegar. O que Gramado quer ser. E pensar não é tarefa que terceiriza. Penso eu e deve pensar também você. Ou vai deixar que pensem por você aqueles que te dispensam você toda vez, depois que foram eleitos? 

Penso que não. Penso que  podem eles motivá-los a que empunhem bandeiras com suas siglas a que gritem seus nomes pelas ruas, mas não podem frear suas ideias, nem pisar em seus pensamentos, porque são eles próprios quem devem submeter-se às tuas ideias, às tuas lembranças, aos teus sonhos.

Ainda há tempo de pensar. Pense nisso.








segunda-feira, 1 de maio de 2017

Gramado: a Bonequinha de luxo que pensa

Heloïse - poupées de collection - Perle

Provavelmente um título que nunca vou receber será o de Cidadão Gramadense, porque no entender de muitos, aquele que expõe as vergonhas da irmã solteira, não merece o sobrenome que carrega. 

Mas quem lê com atenção as linhas, as vírgulas, e as entrelinhas, sabe que o que faço é provocar reflexões, e não seria eu, entre muitos, alguém que gostaria de refletir sobre flores que desabrocham na eterna primavera, disfarçada de inverno,  sorridente e altiva, para os visitantes da belíssima e amada noiva deslumbrante, que é esta cidade serrana?

Sendo assim, o que faço é levar à curiosidade de fazer pensar que debaixo do belo vestido branco ornamentado, talvez possam existir duas pernas cheias de varizes, ou ainda que a nubente não esteja depilada, ou sei lá o que mais.

Ocorre que que semelhante a uma noiva, que se mostra como a promessa de futura mãe de muitos belos filhos, e não menos desejável como esposa, possa talvez esta senhorita ter problemas de coluna, varizes, como já mencionei, ou qualquer outro problema, exames médicos de rotina são essenciais para que sejam detectados eventuais nódulos no seio ou no útero, que irá gerar as futuras gerações de meninos e meninas, filhos desta mãe, filhos desta terra.

Temos vergonha de pensar, e principalmente que saibam que pensamos, porque fomos castrados ao longo da história, pela acusação leviana de que os que pensam, se rebelam, e os que muito pensam, se tornam loucos. E assim, quando pensamos, pensamos em secreto, porque temos medo que descubram que pensamos, e temos mais medo ainda que descubram aquilo que nós pensamos possa ser diferente daquilo que nos mandam que pensemos. E assim, pensando, destruímos aquele cantinho  da mente que nos torna diferentes de um amendoim torrado, de uma abóbora, ou de um orangotango. O cantinho do pensamento, da reflexão, da dúvida, do questionamento.

Outro complexo que temos é a autocomiseração, o complexo de coitadinho, quando achamos que o pensamento e a expressão do que pensamos, de forma reflexiva, isto é, quando conjecturamos, possa nos expor como malucos, visionários, sonhadores, ou pior que isso: como alguém que esteja transpondo o sagrado recinto dos grande nomes que acham que pensam por nós. Acreditamos que não temos direito de penetrar no santuário da mente, e especialmente das mentes brilhantes, porque somos nada, ninguém, apenas cidadãos.

Por isso gosto de pensar, pensar que penso, e especialmente fazer pensar. E o que penso sobre Gramado é que deram è nossa cidade um título que mais se parece com biscuít de açúcar sobre o bolo da noiva do que um conjunto de mentes brilhantes que fervilham sobre as ruas na forma de cidadãos.

Quando provoco o cidadão a pensar,e pensar em Gramado, estou provocando você a pensar que a bela noiva tenha grossas varizes nas pernas escondidas, e que se não for tratada, possa contrair flebite, trombose ou gangrena. Aí será tarde demais.

Como pensar o melhor pensar? Buscando aquilo que não se mostra.Vasculhando verdades atrás da mídia. Lendo as notícias e relendo as entrelinhas. Perguntando, e evitando respostas simples. É assim que se pensa. É assim que se familiariza com as camadas que nao nos querem mostrar. Por isso, os que acham que pensam, pensam que devem temer aqueles que buscam pensar. Sendo assim,, Gramado, a bela noiva, deve mostrar os seus membros pensantes, porque uma cidade (ah que chato ter que repetir isso), é bem mais que ruas, prédios, festas ou luzes. 

Uma cidade, um Município, um Estado, ou um País, pode até não ter terras de um lugar pra chamar de seu, mas se tiver mentes que chame de suas, qualquer lugar será um bom lugar para estacionar o pensar. Até mesmo Gramado. 

Por isso sou provocador. Ou alguém pensa o contrário de mim? Que bom. Pelo menos pensa.



Bella Ciao e Modelo Econômico de Crescimento - Táticas e Estratégias que modelam o Pensamento Político

Imagem: Bing IA Pacard - Designer, Escritor, e Artista, que tem nojinho de políticos vaidosos* "E sucedeu que, estando Josué perto de J...