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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Secretaria de Turismo de Gramado responde às ofensas do blogueiro falastrão do MSN


(Do Facebook - https://www.facebook.com/prefeituradegramado/posts/1789546904390559:0)


TURISMO DE GRAMADO, ORGULHO DA NOSSA GENTE!
Recebemos um texto que fala sobre “Cinco roubadas que você deve evitar em Gramado, na Serra Gaúcha”. Em virtude de inúmeras manifestações de apoio que recebemos por parte da comunidade e de turistas, acreditamos que algumas considerações se fazem necessárias, não como forma de uma simples resposta, mas como uma reflexão para nossa comunidade, já que, com certeza, Gramado passa longe do texto descrito naquele relato de mau gosto.
Por uma perspectiva histórica e cultural, Gramado é uma cidade hospitaleira, desde os tempos de Joaquina Rita Bier, Leopoldo Rosenfeld, Oscar Knorr e Ritta Hoppner, só para citar alguns dos pioneiros que acreditaram num turismo possível e sustentável. É a cidade em que se pode passear em segurança em qualquer horário do dia ou da noite, que possui bancos em passeios e praças públicas, canteiros bem cuidados, natureza preservada, vista deslumbrante do Vale do Quilombo, do Lago Negro, do seu interior.
É a cidade onde, se você não quiser, não precisa entrar em nenhum dos aproximadamente 50 atrativos de entretenimento e lazer, alguns existentes há décadas, como o Mini Mundo por exemplo, que continuam a encantar aos turistas ano após ano, geração após geração. Foram construídos pela iniciativa privada, de forma inovadora, e sim, aqui o turismo é encarado como uma atividade econômica séria e ninguém se envergonha disso. Ao contrário, esse importante segmento da economia é tratado com todo o respeito.
Você pode simplesmente passear pela Praça das Etnias e apreciar os agricultores assando pães, cucas e biscoitos em tempo real de levar para casa (ou não) uma dessas deliciosas iguarias (não é em qualquer lugar que se encontra um Apfelstrudel servido com a original receita dos antepassados). Ou então embarcar em uma jardineira e ir para o interior e apreciar isso tudo lá mesmo, por meio de um dos seis roteiros de Turismo Rural em funcionamento e encontrar, além da história e da memória, mesa farta, cucas, geleias, mel puro.
E, ainda, se esses atrativos não lhe interessarem, se os mais de 13 mil leitos disponíveis ou os 180 restaurantes e cafés não lhe agradarem, você pode simplesmente caminhar por ruas limpas e bem cuidadas, sentar nos bancos das muitas praças e parques existentes e simplesmente contemplar a natureza. Mas cuidado, você correrá o risco de cruzar com pessoas muito educadas e gentis que param à menor menção de você querer atravessar a faixa de segurança.
Quanto ao chocolate, ele também existe há algumas décadas e já tem sim o direito de ter uma certificação de origem. Mais do que isso, conquistou, por tradição, o direito de ser reconhecido como patrimônio imaterial deste lugar. E como o ditado reza que “ninguém engana todo mundo o tempo todo”, provavelmente ele seja mais delicioso do que está sendo julgado naquela fala de gosto questionável, senão tantas pessoas não se encantariam com o seu sabor.
Porém, assim como nem as mais incríveis cidades do mundo agradam a todos, aqui não haveria de ser diferente, pois as lentes com que eu olho o mundo dizem mais sobre mim do que sobre o próprio mundo. Assim como um caleidoscópio, que conforme se gira, se obtém uma ou outra imagem.
É claro que todas as críticas são bem-vindas, se bem intencionadas. É claro que o turismo é, e deve ser um processo em constante evolução. Por isso não podemos deixar de aproveitar para informar que estamos preparando novos roteiros de Turismo Rural, de Ciclo Turismo, de Turismo Acessível, assim como os empreendedores locais estão preparando novas atrações, capacitando mão-de-obra, sempre pensando em bem acolher.
E também temos de dar crédito às milhares (milhões) de pessoas que por aqui passam e declaram desejar retornar, com seus filhos, netos e amigos por conta de nossas belezas naturais e nossa hospitalidade. Hospitalidade que em alguns períodos históricos, foi considerada imperativo moral. Sabemos que hoje não é mais assim em muitos lugares. Mas por aqui é mais do que um conceito teórico, é uma troca idealizada para gerar bem estar, acolhimento gentil e generoso, é um diferencial nosso.
Assim como aquele blogueiro apontou 5 razões para não visitar Gramado, poderíamos aqui discorrer sobre muitas dezenas de motivos para que você conheça ou retorne a Gramado. Porque Gramado e a Região das Hortênsias ainda agradam a muita gente. E deverá continuar assim por muito tempo.
Um escritor disse que “em todo o ser humano predomina um ou outro esses dois instintos: o instinto ativo ou positivo de oferecer hospitalidade e o instinto passivo ou negativo de aceitá-la. E cada um desses instintos é tão significativo do caráter, que pode-se muito bem dizer que a humanidade se divide em duas categorias: anfitriões e hóspedes”. Quanto a nós, continuaremos a ser anfitriões.
ATENÇÃO:
A foto abaixo poderia ser uma montagem. Mas não é.
Foto: Leonid Streliaev
Rubia Frizzo
Secretária de Turismo de Gramado

Eleitores de Fedoca são os mais críticos de seu governo




Aquilo que acredita-se ser o papel da oposição, após a frustração de uma derrota, está começando a revelar-se um fato inédito, onde não tenha sido estratégia da oposição de Fedoca, articular seus deslizes éticos ou administrativos, mas apenas sentar-se à sombra e começar a juntar os cacos dos descontentes que vão se juntando pelo caminho.

Ora, são os descontentes porque acreditavam obter cargos importantes, por terem dado a alma na campanha. Não foram. Fedoca achou melhor buscar outro tipo de companheiros de fora. Critério dele. Não arredou pé disso.

A seguir, são os mesmos companheiros que sentem-se prejudicados, ora porque não estão no lugar que gostaria, ora porque sentem-se decepcionados porque gostariam de estarem melhor posicionados na hierarquia da máquina pública.

Vem a seguir a artilharia pesada daqueles que abertamente sentem-se traídos ideologicamente por Fedoca, e passam a considerar sua administração um fracasso.

E o perigo político começa a chegar perto, quando familiares de seu secretariado vêm às redes denunciar algumas barbaridades na saúde pública, o que vem confirmando o que a oposição e a imprensa, e aqui puxo a brasa pro meu assado, tem sido colocado em debate pela  população.

Não é porque rebati as más intenções de alguém alienígena que desconhece o perfume das hortênsias ou o mau odor do arroio da Linha Ávila, que irei silenciar meu papel crítico à ideologia distorcida marxisto-serrana que vejo sendo infiltrada no sistema político que se arregimenta no entorno do Chefe do Governo Municipal em Gramado.

Defendo  honra de Gramado e dos gramadenses, mas não defendo incompetência explícita. E a bola da vez continua sendo o Hospital, que segundo denúncia em público de uma eleitora de Fedoca, negou atendimento cirúrgico a uma turista de Manaus, simplesmente porque o Hospital não tem um convênio que contemple salvar a vida de alguém que é discriminado pela geografia.

No caso em questão, ainda trata-se de alguém com apendicite aguda, e eu sei o que é isso, pois durante a adolescência, quase fui morar no cemitério municipal, porque fui barrado por uma coordenadora, dentro da escola,onde queixava-me de dor, e precisei suportar até o fim da aula as onze horas da noite. Saindo dali, fui levado ao hospital e operado imediatamente, pois estava com peritonite. Mas, caso eu fosse um turista em Gramado, e caísse neste hospital que tem um governo paralelo, teria que confiar na fé, segundo opinião de quem fez campanha para Fedoca.









terça-feira, 25 de julho de 2017

Silêncio ensurdecedor da Secretaria de Turismo sobre o caso do blogueiro falastrão



Fico pasmo, acreditem. Mais de vinte mil pessoas visitaram o blog do Caíque Marquez e mais de doze mil leitores prestigiaram minhas poucas e mal traçadas (fui antigo agora)linhas, no meu entender, não em defesa de Gramado, porque isso seria uma falácia, mas em defesa do meu direito e do direito dos cidadãos e cidadãs empreendedores e empreendedoras, de promoverem em seu livre arbítrio e no seu pleno direito de trabalharem,  e oferecerem seus produtos ao preço e da forma que bem entenderem, uma vez que vivemos uma quase democracia, e sem a interferência de quem quer que seja, por meio de coação midiática, ou por imposição ideológica.

Ficou bastante claro que o efebo falastrão tem um serio problema de estima, e quando não logrou conseguir o seu intento, que, ao tom de sua insana fúria, seria de refestelar-se ao "deus-dará", pagando pouco, recebendo muito, e exigindo qualidade de Suíça (se é que conhece a Suíça) em produtos e serviços que visam alcançar consumidores com menos renda, mas que ainda assim podem e devem usufruir o que Gramado tem para oferecer.

Pois certo: fizemos este rebate, e fomos acompanhados por dezenas de milhares (mais que dez mil, passa a ser "dezenas de milhares. Sempre quis dizer isso) de leitores e eleitores, que perceberam que, apesar das diferenças de cores partidárias, tornam-se unânimes no afeto ao chão que as acolhe. Devo por isso estender meu abraço afetuoso (ainda que virtual), a cada um que nos tem prestigiado em seu tempo, ao alcançar nossos textos (falo por mim, e certamente também pelo colega Caíque), e deles sorver propostas de reflexão sobre as questões relevantes de Gramado.

Há porém um senão nisso tudo: o silêncio ensurdecedor das autoridades, e muito particularmente naquelas que tem por função qualificar o nosso turismo, e responder à altura por afrontas ou ilações  que possam diminuir o prestígio de Gramado no Brasil e no mundo. Quando tratam Gramado como a "Casa da Mãe Joana". 

Pergunto: Onde está a Secretária de Turismo, que não demonstrou nem uma mínima atenção ao caso? Ou será que compete apenas aos gramadenses  cuidarem do seu patrimônio moral, quando mentes perturbadas maculam a honra dos cidadãos que derramam seu suor por esta terra?

Sinto-me profundamente envergonhado em pensar que Gramado esteja se encaminhando para o obscurantismo, porque não há uma única autoridade capaz de levantar a voz em defender o patrimônio cultural, econômico e moral de seu município. Nenhum. Silêncio. Quietude e ostracismo.

Onde está a GRAMADOTUR?  Onde está a Secretaria de Turismo? Onde estão os Sindicatos que representam e deveriam zelar pelo patrimônio profissional de seus associados, largamente prejudicados por esse tipo de levante? Onde estão os Vereadores, que não emitiram nem um único manifesto pessoal sobre o caso?

Cabe então à imprensa livre apenas, detectar e fazer chegar aos leitores e eleitores, tais fatos? Quem vai responder pelos danos causados pela nefasta sugestão de que não visitem mais Gramado? A quem interessa reduzir o tamanho da economia do Município?


Sugeri ao Prefeito Fedoca que recomendasse à Secretaria de Turismo que se manifestasse. Assegurou-me ele que faria tal recomendação. Confiando que honrou sua palavra, sou levado a imaginar que alguém de sua Assessoria não esteja cumprindo com suas obrigações, tal como sucedeu com o episódio da Ata de Transmissão do Vice, também a ordem deve ter se perdido pelo caminho. Importante que o Prefeito reavalie a eficiência de sua equipe, para que possa honrar seus compromissos de campanha e tornar realizável sua administração doravante.

O lado bom é que nasce e se fortalece aqui o Movimento EU SOU GRAMADENSE DE CORAÇÃO E ALMA, que deverá crescer e tornar-se sim, o grande grande guardião de Gramado.

Aguardo manifestos.








segunda-feira, 24 de julho de 2017

Inveja de Gramado desencadeia ilações em Redes Sociais






No dia 24 de julho de 2017, um energúmeno, que se intitulava "jornalista de turismo", escarrou uma série de impropérios para difamar Gramado, na UOL. Dei a resposta no meu humilde blog, direcionado à Gramado, e naqueles três dias seguintes, alcançou 18.100 visualizações.
Considerando que meus leitores são circunscritos à Gramado e Canela, vejo como uma resposta agradabilíssima e solidária ao meu trabalho.
Vale a pena ler de novo. Mesmo sendo um desabafo, é uma declaração de amor à Gramado. De minha parte e da parte dos meus amados leitores.
Pacard




Leio com indignação uma reportagem tendenciosa, mentirosa, carregada de acusações baratas, vazias e levianas (livre escolha para os adjetivos), de um jornalista conhecidíssimo por sua insignificância e relevância zero no universo turístico internacional, que tudo indica que tenha sido direcionado de forma tendenciosa por quem tenta subir na escala da fama usando o pescoço de Gramado como degrau rumo ao vazio da mediocridade.


O indivíduo escreve e descreve com certa riqueza de detalhes, onde menciona que "
Recebi olhares tortos quando anunciei, entre amigos, que meu próximo destino seria Gramado.
Uma jornalista de Porto Alegre não demorou em dizer “Bah, Gramado é o Projac da Serra Gaúcha”, em referência à cenografia de casas de estilo alpino e à sequência de lojinhas boutique da avenida principal."

Pelo fato de iniciar o texto dizendo que teria sido aconselhado por um jornalista porto-alegrense que  Gramado depois das onze da noite seria o "Projac serrano depois de uma gravação - uma cidade fantasma", já é possível perceber que tipo de ambiente a figura frequenta, porque até onde eu tenho conhecimento, o grande visitante, morador, parceiro admirador, entusiasta de Gramado, são os porto-alegrenses. Foram os moradores da Capital quem povoaram os primeiros bairros, quem ornamentaram as primeiras casas de veraneio, que abasteceram os primeiros hotéis e restaurantes, e continuam a fazê-lo de forma ininterrupta até o presente tempo.


 Segue o falastrão  dizendo que: "Não que a cidade precise ser riscada da sua lista de viagens, mas ver um grupo de brasileiros carentes de neve, entocados numa construção fechada que imita uma estação de esqui, com um sol a pino do lado de fora, em pleno mês de março, foi uma das experiências mais deprimentes que senti em viagens."

Em que mundo este sujeito vive, que desconhece a alegria das pessoas em sentirem-se um pouquinho na Europa, aos que não podem viajar para o velho continente, ou mesmo para Bariloche, Ou esquiar no Chile, ou congelar o traseiro em Nova Iorque, onde de fato, existe neve em mais abundância? Então, qual é o problema de tomarem um chocolate quente num ambiente gelado, em lugar de encheram a tromba de vinho ( desconheço a preferência etílica do dito cidadão, mas ao que demonstra, certamente prefere uma boa roda de cachaça num boteco com um bando de vagabundos, em lugar de ver a alegria das crianças esquiando por alguns instantes em um empreendimento que contribui com seus impostos e gera empregos e trabalho para tantos gramadenses.

Não vou gastar meu vocabulário nem perder meu tempo respondendo uma a uma das asneiras, onde chama de chocolate de má qualidade o produto de, segundo ele próprio, de mais de trinta fabricantes de Gramado. Não mede palavras para descrever o trânsito como "caótico", comparando à avenida mais movimentada de São Paulo, por conta de seu comercio acessível.


 Então encontro aqui uma grave contradição de intenções, pois se o cronista apresenta Gramado como uma caos, de produtos ruins, caros, pueris e de gosto duvidoso, por que então o trânsito é caótico? Por que então as multidões? Por que então milhões de pessoas sonham conhecer Gramado? Por que então as pessoas que vivem em Gramado sentem-se imediatamente cidadãos e defendem sua nova cidade como se fosse a casa da família? Não há um contrassenso aqui? Não há uma nítida intenção de diminuir o que tem de bom em uma cidade para dar o fechamento de sua tese, pisando nela para enaltecer a cidade vizinha, tradicional rival, mas ao mesmo tempo cidade irmã?

Pergunto ainda se partiria dos vizinhos canelenses tal difamação, uma vez que o sucesso de Canela acompanha o sucesso de Gramado, e que Gramado necessita de Canela para manter-se nesta liderança regional, uma vez que nenhum lugar de turismo existe ou cresce sem o apoio dos vizinhos?

De mau gosto esta matéria, este título, e principalmente esta comparação. E não é porque eu faço críticas ideológicas a este ou aquele governante ou partido político, que esqueço que antes de tudo, sou Gramadense, apesar de alguns ainda acharem que é preciso morar na cidade, e tomar chuvisco na cara para que sejamos reconhecidos como tal.

E como jornalista, o cidadão usa apenas uma ou duas fontes, descobertas na tal eventual diarreia mental, consulta apenas despeitados, pois se buscasse a fundo, descobriria que em Gramado existem "Fondues" com prêmios internacionais. Desconhece que o Selo de Origem Controlada do chocolate pressupõe exigência de qualidade que garante reputação internacional, e certamente não será o gosto de teia de aranha que tirará o sabor dos nossos chocolates, pois talvez desconheça o "erudito" viajante que o Selo DAC, que define a qualidade dos chocolates e outros produtos, com um mínimo de 40% de cacau, o que pode ser encontrado em pouquíssimas marcas conhecidas nas prateleiras no Brasil, e que tenha  tenha tal selo, aval do SEBRAE e outros órgãos de credibilidade para tal.

Se você é Gramadense, se ama Gramado, repudie esta matéria e declare seu amor à Gramado cada vez mais. O resto é inveja. E pra completar, creio que seja oportuno uma manifestação das autoridades do Turismo de Gramado.

Polo de Cinema em Gramado - Delírio de grandeza ou possibilidade?




Em 1977, Gramado recebia uma equipe de produção da Linx Filmes, em co-produção com a Editora Três, para sediar o set de filmagem de uma história de terror, ao estilo "Bergmann", pelo Diretor de cinema, Walter Hugo Khoury. A produção teve apoio integral da Prefeitura, pela influência do então Secretário de Turismo, o Capixaba Esdras Rubim, entusiasta do cinema e das artes.

Entre outras facilidades, a cessão de um "coringa" da Secretaria de Turismo, com trânsito na região, para que localizasse e providenciasse cenários, objetos, figurantes, enfim, os periféricos da filmagem. Este coringa fui eu. Uma forma simpática do chefe livrar-se de um aborrecimento diário, destacando o indivíduo para um set de filmagem.

Metido como sempre fui, obviamente tratei de tentar entender tudo o que estava acontecendo na filmagem, fiz amizade com diretores, atores, equipe de produção, e em pouco tempo já cumpria minhas funções de regra três na equipe,como assistente de produção. 

Obtive certo prestígio na comunidade, porque andava pra lá e pra cá ao lado dos atores, em busca de figurinos, cenários, objetos emprestados, enfim, eu tava nojentinho de bater de chinela. Haviam poucos restaurantes naquele tempo, e dois ou três eram o ponto de encontro da equipe à noite, especialmente nos fins de semana, pois recebíamos um vale-refeição da produtora que equivalia um belo refestelo regado a uma garrafa de bom vinho, nos melhores lugares. Mas além disso, também fazíamos as refeições no próprio set de filmagem, para não perder tempo e dias ensolarados, que eram raros. Desta forma, acumulávamos os vales, que eram distribuídos aos amigos para umas festanças de vez em quando.

O interessante destes encontros,especialmente no "Chez Pierre", a que o diretor da Linx Filmes não conseguia lembrar do nome de um prato, a Raclette, e chamava de "Tarraqueta". Daí Chez Pierre recebeu também o codinome de tarraqueta.  Era então na Tarraqueta que aconteciam as prosas políticas, especialmente, e como eram todos opositores dos militares, ouviam-se histórias interessantíssimas das conspirações dos atores contra o Regime Militar.

Numa destas conversas, e animado com minha cidade, com aquelas filmagens, e também por eventuais comerciais que faziam locações em Gramado, perguntei ao Khoury, por que razão não se faziam mais filmes em Gramado, pois com tantas locações, com cenários tão  lindos, certamente não faltariam bons roteiros e apoio para tal proposta.

Gentilmente, Khoury deu-me uma aula de cinema, e nesse quesito, o que pude concluir é que Gramado, apesar da fama e da boa vontade, não tinha ambiente para tornar-se uma Hollywood brasileira, por uma razão muito simples: O clima não colaborava. Gramado tem clima muito instável, chove, faz frio, neblina em excesso, umidade, enfim, uma produção de cinema tem prazo limitado para trabalhar, pois depende de locação de equipamentos, cenários, e com esta instabilidade climática, torna-se inviável qualquer tipo de produção na região. E como argumento, deu exemplos de Hollywood, que fica no deserto; ou muitas filmagens brasileiras, feitas no sertão, onde chuva é o que menos tem. Então, o custo de uma filmagem em Gramado seria muito maior e com probabilidade de fracasso ainda durante a produção.

Leio então que Fedoca demonstra interesse em inovar conceitos, e uma destas inovações estaria atrelada ao sucesso do Festival, propondo que Gramado torne-se também um polo de produção de cinema. Vamos analisar a questão sob a óptica da tecnologia, e sim, não há nenhuma restrição a isso, e creio que poderia ser o mote de alinhamento de sua proposta de Cidades Inteligentes. Interessante.

A restrição está, no entanto no mesmo problema do polo e tecnologia: antes de formar a produção, é preciso antes formar a inteligência. para isso, universidades. Fedoca começou bem nesse aspecto, trazendo uma extensão universitária para Gramado. É pouco, mas é muito também, pois ninguém fez isso antes. Houve tentativa com a Ulbra, e com uma EAD. Ajuda, mas isso não é suficiente.É preciso mais. É preciso motivar uma ou mais universidades para que sejam instaladas em Gramado. Aí vale repensar a ideia do Hospital, se houver um complexo que junte hospital, universidade, incubadora, e ainda contemple a população de menor renda com uma fatia do bolo tecnológico.



domingo, 23 de julho de 2017

PMDB, PSDB e PP juntos em Gramado. Quase lá?



Tenho apregoado aqui neste espaço minha disposição de trabalhar para ver unidas as grandes forças políticas de Gramado, em um movimento capaz de arregimentar as pessoas mais capazes, seja de que partido forem, para criar uma gestão administrativa insuperável, imbatível em Gramado. E isso pode acontecer em 2020. O embrião está sendo gerado por setores destes partidos, especialmente PP e PMDB, e podem desencadear uma aliança para a campanha de 2018, possivelmente promovendo um candidato a Deputado, com base em Gramado.

Por palpite de alguns militantes que articulam esta coalizão, o candidato poderia ser Evandro Moschem, atual Vice Prefeito de Gramado, que sairia fortalecido e se eleito, prestaria apoio ao bloco. Desta forma saem favorecidos líderes com trajetória que se direciona à Prefeitura.Luia Barbacovi é uma destas possibilidades. Do lado do PMDB, vários jovens militantes fazem crescer seus perfis políticos, no aguardo de possibilidades futuras.

Como esse tipo de coalizão já passou por tentativas infrutíferas no passado, segundo alguns céticos, vale ressaltar que as novas lideranças pensam diferente dos antigos e rançosos militantes, que nutriam espírito revanchista em um círculo vicioso quase interminável. Mas pode estar com os dias contados.

Se tal coalizão se confirmar, o PDT, que já está de namoro firme com o PT, não teria nenhuma possibilidade de continuar no poder depois de 2010.

É apenas um palpite. E faço votos que dê certo. Gramado merece paz, para que retome a prosperidade.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Meus Herois - Professores Inesquecíveis

Foto: Professora Sandra Baldisserotto (a pessoa sorridente e sem bigode da foto )

Se você já levou uma bela maçã à sua professora, então você definitivamente está chegando na idade das boas lembranças. Não sei o que a tal "geração índigo" faz para agradar sua professora do Ensino Fundamental, mas na minha geração (aquela que por pouco não beija a mão de D. Pedro), custumava adornar seu relacionamento com a professora dos primeiros anos, com uma bela e suculenta maçã.

Sinceramente, nunca entendi a relação da maçã com o magistério. Talvez aquele cantinho da "casa de Freud" que relaciona a professora com a mãe, mas para acentuar a diferença, porque mãe é uma mescla de anjo com algodão, e portanto impensável, resta à professora trazer nosso imaginário ao mundo físico, e aí a maçã, um adereço que remete à Eva, torna-se a chave para que o imaginário impúbere relacione este Ser Humano angelical com as possibilidades e os primeiros passos para que o menino comece a despertar a intenção de uma eventual possibilidade de casar-se algum dia, e para que tal futuro matrimônio seja pleno de êxito, faz-se mister que a noiva tenha a doçura de um anjo combinada com a sensualidade de uma mulher. Aí ninguém melhor que a professora para tornar-se a escolhida para este imaginário enlace.

Isso dito, trago à baila (não falei que D. Pedro foi paraninfo de minha formatura de ginásio?) a boa recordação das professoras e depois, já em tempos ginasiais, os professores que passaram a povoar nossas boas e más lembranças dos tempos estudantis. Permanecerei apenas com os bons, posto que os medíocres tiveram sua paga efetuada com o esquecimento de todos.

Vamos começar pela minha primeira promessa de felicidade eterna em um lar coroado por possíveis doze ou quinze filhos com ela: Dona Rejane! Ah, que doces lembranças de minhas fantasias maritais, tais como: Arroz Doce, Ambrosia, Feijão com Arroz, Pão com Chimia e Nata...tudo colocado à minha frente por este monumento do céu, com quem planejei contrair matrimônio futuro, e que só não aconteceu, porque eu tinha seis anos de idade e ela, acho que uns vinte, talvez, e por esta pequena diferença de idade, tivemos contrariedade da família e do noivo dela. Pena! Teríamos sido tão felizes...

Seguindo os tempos, tive outras queridas professoras. Até uma que gritava o tempo todo. Mas gritava porque falava alto. Não era má pessoa. Éramos até bem amigos. Aí outra que..ah, desta eu não quero falar. Tomei uma surra inesquecível por conta dela. Bem, o que importa é que sobrevivi ao Primário, e cheguei ao Ginásio. Sem passar pela quinta série. Absurdo,mas é verdade. Na época havia uma espécie de vestibularzinho, o Exame de Admissão, e quem acertasse a média, ingressava no Ginásio. Tive ajuda da minha mãe, também Professora, que repassou comigo, nas madrugadas,  as matérias de quinto ano, e outra ajudinha do Professor Romeu Dutra, que achou pitoresco aquele sujeitinho com nove anos de idade prestando exame ao lado de marmanjos com até quarenta anos, adultos que resolveram retomar os estudos. Então, com umas respostinhas aqui, outras aqui, de canto de boca, Romeu foi soprando tudo, e eu passei.

Ali, mudou tudo. Não era mais uma professora. Eram muitos.  Terrível, ter que decorar os nomes de todos.Mas daí começam os meus estoques de lembranças destes professores. Doutor Censo Dalle Mole, com quem tive Historia durante todo o ginásio. Contador de historias e apaixonado por ficção científica. Sujeito bonachão e apaixonado pelo que ensinava. Gosto de historia até hoje por conta de suas aulas. Não está mais contando suas historias, porque já descansa.

A esposa do Dr celso, Dona Theresa Dalle Mole, foi nossa professora de Inglês. Elegante, sempre bem vestida, Dona Theresa era a doçura em pessoa , e ainda é, ao que sei. Gostava de desenho e religião,e  embora não tivéssemos a mesma crença, sempre foi uma pessoa elegante até mesmo no contraditório das ideias. Bons tempos.

Matemática era um problema. Era o trauma de uns, a arrogância de outros, os que sabiam. Ah, como eram odiados os colegas que tiravam boas notas nesta disciplina. Não sei quanto aos outros, mas eu os odiava, porque minhas notas eram péssimas. Foi, no entanto, um professor bonachão e severo, Ênio Spier, a quem chamávamos de Ki-Suco sem nenhum constrangimento, e ele retribuía nos ensinando matemática de um jeito que ninguém nos ensinara antes. Já descansa também. Saudade dele. Tínhamos um acordo: fazíamos silêncio durante a aula e teríamos cinco minutos inteiros para a bagunça ao final. Feito. 
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Roberto Sperb, o "Robertão". Olhar de peixe morto, cigarro com um terço de cinza no canto da boca, e um vozeirão, entrava na sala e sentenciava: "Cardoso! Vai pra rua!" E mesmo assim eu gostava do traste. Todos gostavam.

Sebastião Félix, que depois tornou-se Promotor de Justiça, era um dos favoritos de todos. Uma voz que parecia um trovão, grave, mas generosa, falava mansinho, compassado, andava devagar, e acho difícil encontrar alguém que pense o contrário dele. Passei a gostar de língua portuguesa e literatura a partir de suas aulas. Também repousa entre os  justos.

Outras doçuras em sala de aula eram a Roswitha Radtke, a Dulce Bordim, a Zenaide Korb. Ô. A lista é grande.

São muitos, mas homenageio por aqui a todos. Finalizo com Silvia Zorzanello, minha mestra de língua portuguesa, teatro, e arte de sorrir.

Desta forma, um a um dos velhos mestres povoam nossas lembranças. Mas, deixei a cereja do bolo para o final. A professora que nos fez amar as ciências, a biologia, a Natureza e a cumplicidade que pode existir entre alunos e professores. Falo da belíssima jovem caxiense, Sandra Regina Siqueira Baldisserotto, hoje Sandra Regina Baldisserotto Filipini, por quem todos os meninos eram deliciosamente apaixonados, e as meninas encontraram seu modelo de inspiração para avida com entusiasmo. 

Certo dia, levei uma grande e vermelha maçã, acompanhada de uma rosa que subtraí no jardim da casa do Professor Hahn, daquelas de vencer cocursos, enormes, perfumadas, e levei escondidas, maçã e flor para a aula. Acomodei debaixo da mesinha de estudos, e ao ouvir o soar do sinal de recreio, csamei a professora discretamente à minha mesa, e dei-lhe meu regalo. Ah, por misericórdia! Eu descobri, naquele instante, que o céu poderia ser aqui. Dentro de uma sala de aula. E acontecia sob um abraço daqueles de rodopiar, acompanhado de um beijo em cada bochecha, que ficou guardado pelas eras das lembranças. Certamente, tornei-me uma celebridade. Foram semanas contando e recontando aquele momento aos grupinhos à minha volta.

Os anos se esvaíram pelas mãos e o tempo, como um furacão, nos distanciou da infância. Levou muitos sonhos e despedaçou esperanças.Mas preservou em uma cápsula das boas lembranças, o que tínhamos de bom.

Pois este ensaio foi motivado pela alegria de ter reencontrado a querida professora Sandra. Linda da mesma forma, ou talvez ainda mais, porque junto dela uma penca de filhos e netas que darão continuidade à dinastia de entusiasmo e determinação, capazes de comover e despertar paixões em uma cidade inteira.

Desculpem os pimpolhos que me leem, mas esta página de hoje tem sabor de saudade. Serve para meus pares da infância lembrarem que ainda estamos aqui.





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