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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Deus vota? O que minha avó diria sobre isso



Vamos partir da premissa que meus leitores creem e tenham fé em Deus, pois não tenho a menor intenção de tentar provar a existência do Criador do Universo. Porém, seja você crente ou ateu, o escopo desta reflexão está mais ligado à ética do que à Teologia. Mas voltemos aos leitores crentes, especialmente aos leitores crentes na intervenção divina nas coisas do dia a dia, na ação dos pequeninos milagres, e sobretudo, na resposta de nossas orações, nos momentos de angústia, de aperto, de busca de soluções divinas, até mesmo naquelas soluções onde a intervenção do Eterno possa ser menos percebida.

Orar é uma necessidade e uma oportunidade que temos de nos conectarmos com o Altíssimo, isso todos os que creem, creem assim. O que parecem outros não saber é como podem ser recebidas e atendidas algumas destas orações, destas petições. O caso aqui é o voto, mas ainda na continuidade do tema anterior, as disputas. Será que Deus vai atender nossas orações em toda e qualquer circunstância? Partindo do entendimento que Deus não É surdo ou insensível às nossas preocupações, quero analisar as circunstâncias onde orar pode tornar-se uma atitude inócua, irreverente, e até mesmo estranha ao entendimento de que O Criador possa parecer injusto.

Quando jovem, fui candidato ao cargo de presidente do grêmio estudantil, e como tal, dediquei-me à campanha, argumentando de sala em sala ou pelos corredores da escola, das razões porque deveriam votar em mim. Minha avó acompanhava meu entusiasmo, e sorria. Apenas sorria,mas não dizia nada. E minha avó foi uma mulher de oração. Orava duas vezes ao dia:antes do sol raiar pela manhã, e ao fim do crepúsculo, à noitinha, sem levar em conta que orava continuamente com louvor e ações de benemerência. Mas sobre dar um empurrãozinho em minha campanha pelo método dos joelhos dobrados, nada. Nenhuma palavra. E mesmo assim, venci a eleição, com larga margem de votos, e ao chegar à casa, eufórico,contei à ela do resultado. Ela deu mais um largo sorriso, de alívio, e disse: "Bem, meu filho, agora eu posso orar por você, para que sejas um bom líder!".

Guardei, por ter entendido imediatamente suas palavras. Minha avó ensinou-me a orar por sabedoria, saúde, dignidade, fé, temperança, alimento, abrigo, proteção, saúde, e principalmente por paz. Mas jamais orou pedindo que O Altíssimo desse um empurrão no goleiro para o lado oposto da rede, e nosso time, o Grêmio ou a Seleção Brasileira, fizesse aquele gol que gostaríamos de ver. Jamais vi ou ouvi minha avó orar pela vitória deste ou daquele candidato, ainda que tivesse alguma simpatia pelos mesmos.Orava sim, mas orava para que houvesse paz e equilíbrio durante a campanha. Orava para que todos os candidatos fossem inspirados e iluminados, para representar seus eleitores, fossem eles eleitos ou não. Minha avó jamais fez promessa para que este ou aquele vencesse isso ou aquilo, até porque ela sempre acreditou que com Deus não se negocia. Com Deus não há artimanhas, e muito menos serve O Eterno como "cabo eleitoral" de quem quer que seja, por mais bem intencionado que seja o candidato.

Assim, de chofre, até parece que sou descrente da intenção de minha avó em buscar proteção e apoio ao candidato que nutria sua simpatia. Não sou, e muito menos era minha avó, Maria Elisa. Sua lógica era sábia, porque ela orava pelo candidato em sua vida espiritual, e que sua eventual vitória ou derrota pudesse servir de crescimento espiritual, enquanto indivíduo, enquanto cidadão. Minha avó não era uma "Maria-vai-com-as-outras" em questões políticas.Não mesmo. Ela tinha opinião e sabia de quem gostava, ou de quem queria manter distância, porém, orava por todos, e deixava que Deus agisse de acordo com Sua vontade (a vontade de Deus), e não pela muito provável condição de erro a que são submetidos os eleitores de muitos, sendo ela própria uma destas eleitoras. Minha avó jamais pediu que Deus desse vitória, nem mesmo ao seu neto querido, no caso eu, mas que a eleição fosse conduzida com sabedoria e justiça.

Maria Elisa, minha velha e sábia avó, acreditava na volta de Jesus para muito breve, e acreditava que ela própria, ainda em vida, participaria deste momento tão solene, porém, em momento algum pediu para estar viva para esperar o acontecimento, mas confiava que O Eterno guardaria seu tesouro até que o momento tão desejado viesse a termo. Minha avó, Maria Elisa, resolveu tirar uma sonequinha aos noventa e cinco anos, e dorme desde então, há mais de uma década, esperando ainda, que Jesus volte. Entendeu sempre, que Deus deu ao Homem determinação, vontade própria, para fazer suas escolhas, e acreditava que o Homem havia sido criado à Sua imagem e semelhança, isto é, com livre arbítrio, assim também Deus Se permite a liberdade para escolher a quem colocar no poder,ou a hora em que O Messias virá, sem estar sujeito à pressões de quem nada entende do desconhecido.

Minha avó me ensinou a entender que orar pela vitória do meu clube, ou de meu candidato, ou ainda por ganhar na loteria, pode tornar-se até mesmo uma blasfêmia, considerando que quando entram em campo, os dois clubes oram com a mesma fé. Quando entram no front, também oram pela vitória, os combatentes dos dois lados. Quando se encontram nas urnas, oram pela vitória os eleitores e os candidatos de todos os lados. A disputa então começa nas igrejas e termina no foguetório nos ouvidos dos cachorros dos vencidos, porque antes, cordeiros e cordatos, imploram pela misericórdia de Deus para seu pleito, mas uma vez vencedores, tripudiam sobre os despojos dos vencidos.

Eu vou continuar orando para que Deus dê serenidade aos eleitores, dignidade aos candidatos, e paz à nação. E penso muito na oportunidade de apresentar minha avó à vocês, no dia da ressurreição. Não posso mais orar por ela, pois seus dias expiraram, e ela já se encontra inscrita em um dos livros do Céu, e de lá não tenho como mudar, mas posso orar para que cada um que me lê e reflete em minhas palavras, tenha a oportunidade de abraçar Maria Elisa, mas isso não depende de mim, senão o pedido contínuo de inspiração divina aos governantes depois de eleitos, e de minha colaboração com as autoridades, uma vez que são elas ali colocadas por Deus. Mesmo que ninguém tenha orado por elas. De minha parte,vou orar para que tenhamos serenidade para discernir o podre do contaminado, e que nosso voto seja capaz de escolher aquele que dará aos nossos filhos e netos a possibilidade de também continuarem votando e orando. Parece pouco, mas é muito para quem crê.

domingo, 12 de agosto de 2018

O Bom ou O Melhor - A Anatomia do Bullying


O Bom e o Melhor - A Anatomia do Bulying

Paulo Cardoso* (Palestrante)

Desde menino, talvez pela minha origem pobre e desprovido de pai, mirradinho, fracote, e sem nenhum tipo de talento comum, de natureza  atlética, ou intelectual, aprendi às duras penas, a suportar fracassos continuados, e deles recolher restos de esperança, somados com pequenos atos de generosidade alheia, e desta amálgama de sobrevivência, a construir meus castelos, onde eu era rei, o rei de mim mesmo, e talvez de um reino onde os súditos não tinham nomes. Uns, apareciam em meus sonhos de menino, com rostos de amigos, a quem, em minha generosidade, os havia transformado em nobres. Outros, os meus inimigos, os malvados da vila, eram para meu reino, os vilões, com quem eu batia espada, e sempre os derrotava. Eram trancafiados nas masmorras, e impiedosamente eram submetidos a humilhações, como carregar meus livros, amarrar meus sapatos, ou dividirem suas saborosas merendas com outros súditos, também humilhados como eu era, nos momentos de lucidez, quando não era rei de lugar algum.

Por não ter conhecido meu pai, e na condição de "homem", ainda que com sete ou oito anos de idade, eu não poderia sobrecarregar minha mãe e minha avó com meus pequenos problemas de menino. Desta forma, eu tinha que transformar-me em pai de mim mesmo, para defender a honra da família, isto é,salvar meu couro das surras que tomava dos malvados que moravam perto de mim.

Aprendi também que para pertencer a algum grupo, e caso não tenha sido você mesmo, o mentor, fundador, autor, e presidente deste grupo, você não é nada, ou menos que nada,  mas ainda assim, você tem uma chance de participar daquele grupo, contanto que seja público e notório que você cumpra todas as regras de ingresso e permanência lá dentro da fraternidade do mal. Mas você é forte, e como uma pessoa vencedora e decidida, regras lá fora não interessam mais para que você possa subir no conceito dos malvados. Pescoços de amigos, familiares, e quem quer que seja que cruze seu caminho, tornam-se escadas, degraus, tapetes e alcatifas. Agora você tem a oportunidade de não só entrar no novo grupo, como também vê a chance de crescer ali dentro, de ser importante, de ser chamado pelo nome, e um dia, quem sabe, ser você mesmo o supremos comandante daquele grupo. Você vê a oportunidade de sobrepujar seus medos e seus adversários, e passar da condição de dominado a dominador, porque você está decidido a tornar-se o melhor, o mais ágil, o mais inteligente, o campeão. É aqui que pega a coisa então. Tornar-se campeão.

Somos doutrinados, desde muito pequenos, a conquistarmos nossos prazeres através de disputas. Precisamos, diante da sociedade, da família, dos amigos, e principalmente dos desafetos, provar nossa superioridade, em tudo. Todos os caminhos que nos esperam, não nos querem como segundos colocados. Querem sempre o primeiro, o maior, o melhor, o mais forte, o mais hábil, o mais belo, e até mesmo o mais calado. Mas sempre será o mais. Sempre seremos aquele "mais" desejado, porque também nós temos em nosso íntimo particular que ser o maior, o melhor, é algo natural. Foi neste modelo que o Naturalista Fritz Kahn, seguido por Darwin, decidiu demonstrar que na Natureza, o mais forte é o que vai sobreviver, e assim Darwin desconstruiu o modelo criacionista,onde todos tem o mesmo privilégio, para estabelecer neste lugar, aquele que seja capaz de pisar melhor, de esmagar com mais força, de chegar na frente, e de demonstrar que compaixão e piedade, humildade, serenidade, são apenas demonstrações de fraqueza dos incapazes.

Meus filhos jamais receberam de mim qualquer motivação para disputas inúteis. Jamais motivei qualquer um deles a tornar-se desportista, atleta, ou perseguir títulos que enaltecem apenas o ego, e ainda que a prática de esportes seja saudável para a mente, para a cooperação, para a saúde, e para o companheirismo, sou levado a pensar que ações solidárias em reconstruir uma casa derrubada pela chuva em áreas desfavorecidas, ou transportar alimentos para um asilo, brinquedos para um orfanato, abrigos para os moradores de rua, sejam oportunidades ímpares de aproximação de pessoas com interesses comuns. Sempre entendi que subir o morro para levar comida às viúvas e os desamparados, seja um exercício tão eficaz ou até melhor, do que passar noventa minutos correndo atrás de uma bola, embora eu saiba que o prazer não será o mesmo, tenho que admitir. Subir o morro é muito melhor.

Vejo com tristeza que nem mesmo as igrejas escapam desta tragédia humana chamada "disputa". Não escapam os seus pastores ou seus missionários, da perspectiva de "levarem mais almas à Jesus", conquistarem mais adeptos para suas igrejas, alcançarem mais ofertas para as obras sociais, ou buscarem o patamar mais alto na escala de humildade. Quanto paradoxo!Vejo com decepção pela oportunidade que perdem na formação do bom caráter nos pequeninos, os professores que promovem jogos, ainda que educativos; com os educadores que promovem disputas e oferecem premiações e pontos, favores, benefícios, àqueles que tirarem as melhores notas, aos que se destacarem nas tarefas, ainda que muitos se esforcem, mas não logram êxito, uma vez que cada pessoa tem percepção e capacidade cognitiva diferente. Uns são hábeis em aritmética, enquanto outros desempenham satisfatoriamente as artes. Vejo assim, com preocupação, a transformação das pessoas em "boas" nisso, "boas" naquilo, enquanto que todos querem apenas aprender, entender, e depois fazer aquilo que foram contratadas por seu conhecimento.

Ser bom, é desejável. Ser ainda melhor, é alcançável por todos, mas ser "o bom", ou "o melhor", é uma façanha que exige mais que esforço, e em muitos casos, dobra e quebra em pedaços a própria ética durante a formação do caráter. Esta é a anatomia do Bulying: Ultrapassar o outro, mesmo que dentro das regras. Eu passo essa. Não preciso ser o melhor, nem melhor que ninguém. Preciso apenas ser melhor do que eu mesmo fui ontem, e amanhã, do que sou hoje. O que passar disso, não vem de Deus.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Entre nós e o mar



Eu moro num lugar privilegiado,aliás sempre morei, e até mesmo nasci num lugar assim, pois só o fato de ter nascido na Serra do Pinhão, na costa do Rio das Antas, e sair de lá vivo, já foi um privilégio imensurável. Pois é assim que é.  Não suficiente em morar em um lugar com tantas belezas, O Altíssimo estendeu sobre mim a generosa possibilidade de instalar minha pequenina e quase insignificante empresa, o meu empório, no alto de um edifício, no sétimo andar, que tem uma vista privilegiada e reflexiva. Privilegiada, porque tenho um raio de visão de cento e oitenta graus de uma parte central de Florianópolis,tendo em minha tevê de mil polegadas uma vista impressionante deste panorama. Daqui vejo, ao mesmo tempo, além do cemitério, o maior mangue urbano do mundo, o moro das tevês, o bairro da Agronômica e por fim, o mar.

Embora a foto de capa desta reflexão mostre a imagem, quero descrever um pouco daquilo que a imagem mostra dentro do que não mostra, mas faz-me pensar: a vida, a morte e as recompensas. A partir de minha janela,em primeiro plano, avisto o maior cemitério de Santa Catarina, o cemitério do Itacorubi, que parece uma cidade planejada vista do alto, e nas entrelinhas,  não deixa de ser, pois nos cemitérios, especialmente aqueles históricos, mais antigos e imponentes, é  possível reconstruir-se todas as etapas da história da arquitetura e dos costumes religiosos de um povo. Cada lápide conta uma vida,  e em cada rosto na porcelana pequenina fixada sobre a tumba, há  um olhar que busca o infinito, a eternidade, uma resposta silenciosa. 

O cenário a seguir é a recompensa pelo preço de examinar a morte antes de aportar à vida,as montanhas, a cidade, e o mar. Isso faz-me lembrar Jerusalém, onde, olhando em direção ao Monte das Oliveiras, há dois cemitérios: Um cemitério árabe, junto dos muros da cidade, escorrendo pelo vale do Cédron, assim descrito pela Wikipedia:

"O Vale do Cédron (em hebraico: נחל קדרון, em árabe: وادي الجز, "escuro") é um vale próximo de Jerusalém, descrito pela Bíblia como tendo grande significado. Também é chamado de Vale da Torrente do Cédron, devido a um fluxo continuo de correntes de águas por ocasião de enchente repentina nos meses de inverno chuvosos. Atualmente o nome dado à sua parte inferior, Uádi en-Nar ou Wadi al-Joz ("uádide fogo"), indica que é quente e seco na maior parte do tempo.

O Vale do Cédron se estende ao longo do muro oriental de Jerusalém, separando o Monte de Templo do Monte das Oliveiras. Continua ao leste pelo Deserto da Judeia, em direção ao Mar Morto. O assentamento israelense de Kedar está situado num cume sobre o vale. O bairro de Wadi al-Joz recebe o nome de árabe do vale.
O Vale é o local de muitos túmulos judaicos, inclusive o Pilar de Absalão, a tumba de Bene Hezir, e o Túmulo de Zacarias. Certa vez, a água da Fonte de Giom fluiu pelo vale, mas foi desviada pelo Túnel de Ezequias para prover água a Jerusalém. Atualmente permanece sem água mesmo no inverno."

Por que escolhi estas duas imagens para esse ensaio? Porque há um modelo de pensamento a ser construído dentro desta geografia, aparentemente sinistra, lembrando que se do lado da cidade, escorre, como disse, o cemitério árabe, descendo até o vale, já espelhado, subindo pelo Monte das Oliveiras, há outro grande cemitério, este do povo judeu. Então, se estivermos do lado do Monte das Oliveiras, olhando em direção à Cidade Santa,  assim como aqui, estando de minha janela, a olhar para as montanhas, a cidade e o mar, antes tenho que ver as pedras lapidadas e polidas daqueles que se encontram no meio do caminho. Esta visão faz-me lembrar que para chegar ao êxito, antes devo lembrar que no meio do caminho sempre existe a possibilidade do fracasso, uma vez que a morte foi o grande fracasso do Homem desde a sua criação. Percebo que para chegar a Jerusalém, que é o símbolo da promessa de vida, o caminho da morte está à minha espera, e devo atravessá-lo,mas como fazê-lo, sem perder-me no emaranhado sinistro que me separa do meu objetivo? 

A resposta é unica para todos os casos: Andando pelo caminho que corta a morte ao meio e encurta a distância à vida.  Compreendendo as palavras do Messias, que, olhando para Jerusalém disse que era O caminho, a Verdade e A Vida. Da morte para a vida há um único caminho chamado verdade, ao passo que da vida para o vazio há um largo campo chamado morte. Ainda assim, não há problema algum em contemplar este campo, na certeza que ele é apenas um obstáculo, mas que há um mar, uma montanha, uma cidade e uma Jerusalém para nos receber depois da jornada.
Shalom

terça-feira, 6 de março de 2018

A Gramado que pensa e pedala (e uma frase do Apolônio Lacerda no meio)


Retrato do Apolônio Lacerda, que foi citado no texto. Só por isso*

Eu precisava de um título que me permitisse juntar em um único comentário dois fatos entre ambientes opostos em Gramado: A Ciclovia e os novos Progressistas. São dois fatos que não chamam à atenção por particularidades que motivem debates pelos cafés da cidade, que são as tribunas democráticas onde se debatem de tudo e por todos, de futebol, à politica, de mulher bonita e homem com certos atributos, a fatos engraçados da semana. Só não se discute religião, nem se pede dinheiro emprestado, exceto pra pagar a conta do dia. Mas ainda assim são estes lugares onde se influenciam pessoas e se mudam votos. É assim que a democracia funciona em muitos lugares durante muito tempo. É assim que também meus singelos escritos são debatidos e se proliferam de boca em boca, de casa em casa de Gramado. E o melhor de tudo, é que, para minha honra e falta de modéstia, tem obtido o respeito de muitos. Até mesmo daqueles a quem eu critico. Claro que se de um lado, uns acreditam que eu seja propriedade deste ou daquele partido, e o outro acha que eu seja instável, volúvel, vira-casaca e que mudo de opinião, sim, de todos os adjetivos, o último pode embrulhar pra viagem, que eu levo junto, pois sim, mudo de opinião, isto é, mudo o rumo de minhas observações se aquilo que eu critico também tiver mudado antes, ou se eu for convencido de que esteja errado. Mudo eu e mudam todos, e assim é que deve ser, pois a imutabilidade é algo que pertence apenas à D-s e ninguém mais, mesmo porque, no hebraico, a palavra "Bará",não é "criou", no pretérito,como se traduz ingenuamente, mas "Criar", uma ação contínua, e como disse mais tarde Lavoisier, nada se cria, tudo se copia, então esse copiar nada mais é que a ação criativa das mudanças. Portanto, tudo muda, e ainda parafraseando Platão, "tudo flui", ou nas palavras de Apolônio Lacerda, filósofo de alcova, "tudo flói". Sendo assim, e para assunto de mais alguns dias, resta-me falar de dois fatos muito relevantes em curso em Gramado nestes dias. A Ciclovia, de Fedoca, e o novo caminho dos Progressistas, de Bruno Coletto.

Vamos à Ciclovia. Começo lembrando que Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, tem muitas particularidades, e uma delas, aqui relevante, é que foi a primeira cidade do Brasil a adotar as ciclovias como política de mobilidade urbana, e em determinado tempo, quando nem se falava nisso, teve a maior quantidade de ciclistas indo e vindo por este modo de condução, a bicicleta. O tempo andou e o ciclismo tornou-se indispensável no planejamento de cidades humanizadas. Gramado não fugiu à regra, e é de estranhar que entre tantos quilômetros de asfalto em sua Gestão, Nestor não tenha dedicado um único metro aos ciclistas, e antes dele Pedro, e antes dele Nelson, e antes Pedro, e antes Nelson, porque já neste tempo, o movimento das ciclovias crescia em cidades mais modernas do país. Então Fedoca, apoiado por militantes de movimentos ligados às questões de sustentabilidade, e leia-se também amantes de bicicletas ( a quem tanto insistem em chamar de "bikes"), que de pedalada em pedalada, curvaram a dorsal do Prefeito, e finalmente, a Ciclovia aconteceu. Investimento de baixo custo e alto valor, começou a juntar os gramadenses pelas pernas, sem os vidros e em duas rodas.

Evidente que uma ciclovia em Gramado é um investimento baixo, com peso político relevante,  mas aqui vem a parte chata da coisa: o clima e a topografia! O primeiro não favorece a mobilidade em duas rodas, especialmente em dias de chuvisqueiro atravessado, frio de congelar as costelas, e serração de não deixar ver um palmo adiante do nariz, ainda com o agravante do supra mencionado tema da topografia, em que aquilo que torna Gramado um encanto com jeito suíço, ao mesmo tempo em que a neve não é suficiente para a prática do esqui, tem a chuva fina e traiçoeira que deixa qualquer pista lisa e escorregadia como bagre ensaboado, além da dificuldade dos altos e baixos das ruas, que exige do ciclista (tá, do "biker") um esforço sobrenatural.

Por que eu digo isso sobre a ciclovia? Apenas para justificar se alguém me convidar a pedalar, e conforme disse ao meu querido amigo Fedoca, não posso pedalar por proibição de minha artrose, da distância que estou desta ciclovia (ainda que na frente de meu condomínio passe uma ciclovia que liga vários bairros com o centro), e pela principal e mãe de todas as razões:sou vadio e véio! Mas que prosperem as ciclovias em Gramado. Não eram trezentos, nem estamos em Esparta, mas foram quatrocentos notáveis entusiastas que lotaram a ciclovia de Fedoca em sua primeira convocação. É pouco, mas é muito diante que que seus antecessores já haviam feito. Então, se seu projeto de atualizar ( tá, fazer um "update") do comportamento urbano de Gramado tem que começar por uma ciclovia, que seja. A escada de Jacó não era uma rampa. Subia-se e descia-se degrau por degrau.O primeiro deste projeto já se materializou: a ciclovia!

Mas não paro por aqui, pois tem mais. Tem o novo direcionamento dos Progressistas, aquele  onde os coronéis são trocados pelos debatedores. O Progressistas que elimina discursos inflamados e acentua o debate de ideias, mês a mês, semana a semana. Este o Progressistas com estilo de um Mestre em Direito Internacional e não de  tonitroantes oradores sobre caixotes de batata, embora as batatas continuem fazendo parte desta base de debates, seus caixotes servirão para o fim que foram fabricados: carregar batatas e não servirem de palanque para emocionar multidões. Bruno e sua equipe,  pouco a pouco começam a desenhar um movimento que propõe debater Gramado, e não apenas criticar o governo, o que certamente vai acontecer e deve acontecer, e precisa acontecer, pois se não se mostrar como oposição, não terá como alcançar novamente a posição de situação se e quando voltar ao poder. Parece que por fim alguns raios de sol entre as nuvens dissipadas pelo vento das mudanças começam a despontar uma aurora floreada de ideias, que evidentemente haverão de surgir nestes debates, como no saudável hábito de pedalar pelas ciclovias, além de caminhar pelas calçadas, o que já se faz desde a segunda gestão de Dinnebier, onde, se não me falha a memória, tinha Fedoca ao seu lado. Confesso que gosto mais desse tipo de notícias para comentar, ainda que deem menos resultado estatístico no meu blog, mas como estabeleci como missão pessoal, levar meus queridos leitores e minhas perfumadas leitoras, a provocarem o debate pelas ideias e não pela rivalidade, e com isso pacificar Gramado politicamente, mais uma vez a modéstia me impede de puxar a brasinha pro meu assadinho na proposta de levá-los a crer que pensar não é um defeito dos loucos, mas um atributo dos livres.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bandido não entra - Lei da Ficha Limpa de Gramado é aprovada por unanimidade




Pensei num negócio para investir, que possa dar dinheiro, e uma das ideias que tive, foi a de vender papel para imprimir Leis, tantas são as que temos que cumprir, e nem sabíamos que existiam. Na grande maioria são excelentes e de fato promovem a justiça e a equidade entre os cidadãos de bem, fortalecendo com barreiras do Poder Público contra as demandas injustas que nos acometem todo o tempo. Agora então Gramado tem aprovada também sua Lei contra a Corrupção,pelo menos nos cargos públicos Comissionados.Muito justo sim. Lamentável apenas que para que haja seriedade no trato da coisa pública, sejam necessárias tantas leis, quando o lógico seria aplicar as duas leis sugeridas por Rui Barbosa, o "Águia de Haia", eminente jurista e um baiano debochado de marca maior, que deu esta contribuição para uma Constituição ideal:
" ARTIGO  PRIMEIRO - Todos deveriam ter vergonha na cara.
ARTIGO SEGUNDO - Revoguem-se todas as disposições em contrário".


Registre-se Publique-se Arquive-se, Lasque-se!

Pelo sim pelo não, abaixo segue na íntegra a Lei mais desnecessária que já foi criada, caso tivessem todos os envolvidos, hoje e no futuro, vergonha na cara.




Aprovado projeto de Ficha Limpa para CCs e FGs


Foi aprovado, por unanimidade, na noite de ontem (26), o projeto de autoria do vereador Dr. Ubiratã (Progressistas) que institui a ficha limpa municipal na nomeação de servidores a cargos comissionados ou designação de funções gratificadas no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo e do Poder Legislativo, e dá outras providências.
A proposta foi embasada na Lei de Ficha Limpa para cargos eletivos, Prefeito, Vice-prefeito, Vereador, Deputados, Senadores, Presidente e Vice-presidente, que visava a partir das eleições municipais de 2012, que candidatos julgados e condenados na justiça não pudessem concorrer a cargos eletivos.
O intuito é coibir a nomeação de pessoas que não possuem ‘ficha limpa’ para ocupar cargos públicos em nosso Município, entre outras providências, buscando garantir o princípio da moralidade na administração pública. A diferença da Lei Federal para a Lei Municipal é que a garantia pudesse ser estendida também para nomeações do Poder Executivo e do Poder Legislativo, livrando a Administração Municipal dos julgados e condenados pela justiça que tenham cometido crimes contra o erário, crimes eleitorais, crimes ambientais, abuso de autoridade, lavagem de dinheiro, crimes análogos à escravidão, crimes contra a vida e a dignidade sexual, demitidos do serviço público, entre outras tipificações.
“A lei da Ficha Limpa revelou-se como exemplo do exercício da cidadania, na medida em que demonstrou a insatisfação do povo com a permanência de pessoas com condenações judiciais na gestão de cargos públicos. Dessa forma, entendo como legítima a utilização dos mesmos critérios em âmbito municipal para evitar o acesso dos chamados ‘fichas sujas’ aos cargos de provimento em comissão e funções gratificadas.”, explicou Dr. Ubiratã.
Enquadram-se nas vedações os seguintes casos:
- Os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiada em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 anos:
- Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiada desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
a)            contra a economia popular, a fé pública, a Administração Pública e o patrimônio público;
b)           contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;
c)            contra o meio ambiente e a saúde pública;
d)           eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
e)           de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;
f)            de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
g)            de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos:
h)           de redução à condição análoga a de escravo;
i)             contra a vida e a dignidade sexual;
j)             praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.
- Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 anos;
- Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 anos;
- Os detentores de cargo na Administração Pública Direta ou indireta que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 anos;
- Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 anos;
- Os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiada por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena;
- Os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
- Os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário.
- Aquele que for sócio de empresa que mantenha contrato de forma direta com o Município de Gramado, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
- Aquele que for sócio proprietário de empresa que tenha alguma restrição oriunda de fraude em Licitação;
O Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara de Vereadores, dentro do prazo de noventa dias contados da publicação desta Lei, promoveram a exoneração dos atuais ocupantes de cargos de provimento em comissão, enquadrados nas vedações previstas nesta Lei.

Secretaria da Saúde de Gramado coloca MDB em destaque no Governo de Fedoca



Sou o mais duro entre os críticos da administração do meu querido amigo Fedoca, desde que comecei este blog, e venho analisando minuciosamente cada um de seus passos políticos desde o primeiro dia de governo. Não tenho modéstia alguma em dizer que esta dureza de minhas muitas críticas, angariou simpatia dos leitores que tem uma visão oposicionista desta administração, e consequentemente também, certa frustração dos personagens, cujas ações eu tenho desenvolvido reflexões. Porém, se a dureza de minhas palavras leva a oposição a rejubilar-se, com o mesmo vigor tenho observado que as ações de reparo de algumas destas críticas também ingressam como resposta direta ou indireta ao que tenho apontado, e as coisas voltam à normalidade. Não sou modesto em dizer que sou um "Ombudsman" (pessoa encarregada de apontar os deslizes da corporação manifesta pelos clientes, para informação de correção e ajustes de conduta da empresa) voluntário, porque não sou pago por ninguém para trazer a lume tais eventualidades. Mas tem dado certo, e parece-me ver ocorrendo uma reversão de simpatias em direção ao meu trabalho, advinda da própria Administração, e particularmente do Prefeito Fedoca, que tem se mostrado sensível de um modo positivo às críticas, e buscado demonstrar respeito aos seus críticos, levantando as questões com o apuro necessário e em tempo aceitável, e é este respeito que também abala qualquer tipo de manifestação gratuita que possam ter estes críticos, eu entre eles, e o respeito à verdade e ao justo reparo ao público destes ajustes deve ser o comportamento de quem propõe seriedade no que escreve. 

Recebi com alegria um breve relatório, em tópicos, de meu querido amigo João Teixeira, Secretário de Saúde de Gramado, certamente a pasta mais sensível que o município tem, e demonstra o Secretário, com humildade, aquilo que buscou desempenhar, diante dos desafios que encontrou. Conversamos demoradamente ontem sobre o assunto, e solicitei ao Secretário que me enviasse um relatório sucinto que mostrasse à população o que tem feito esta Secretaria, quais os seus desafios, e também as dificuldades encontradas durante o primeiro ano de trabalho como titular. Cresce com isso João, que na negativa dee continuidade de Evandro Moschem na política depois d 2010, torna-se um dos nomes fortes do MDB à sucessão de Evandro, seja em composição com Fedoca novamente, seja em aliança com os Progressistas, ou ainda com o PSDB de Drumm. Seja o que for, o nome de João Teixeira começa a sair do anonimato e se encaminha para o fortalecimento do partido, mas nesse momento, da Administração de Fedoca e Evandro.  Eis o relatório.

SECRETARIA DA SAÚDE – PRESTAÇÃO DE CONTAS

- INVESTIMENTOS: ANO DE 2017 (6o BIMESTRE) INVESTIDO R$34
MILHÕES (25,70%) EM DESPESAS COM RECURSOS PRÓPRIOS EM AÇÕES
E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DE UM MÍNIMO CONSTITUCIONAL
DE 15%;
- REATIVAÇÃO PROGRAMA PIM – PRIMEIRA INFÂNCIA MELHOR, C/5
VISITADORAS E 1 COORDENADORA EM ATENDIMENTO DAS FAMÍLIAS
EM VULNERABILIDADE NO MUNICÍPIO. HOJE 45 FAMÍLIAS EM ATENDIMENTO:
31 NO BAIRRO ALTOS DA VIAÇÃO E 14 NO CANTÃO E PRAÇA DA MISS (AMBOS NA
VÁRZEA GRANDE). Este projeto atende a famílias que tem crianças de 0 a 5 anos;
- REMÉDIOS/FARMÁCIAS: 6,1 MILHÕES DE UNIDADES DISPENSADAS DE
MEDICAMENTOS EM 96.000 ATENDIMENTOS (FARMÁCIAS DO CENTRO E
VÁRZEA); Remédios que são de competência da rede básica municipal 100% atendidos; o que tem
gerado falta e reclamações são os de competência do Estado;
- TRANSPORTE: COMPRA DE UMA GM SPIN E VAN RENAULT MASTER
COM INVESTIMENTOS DE R$210.000,00 E TRANSPORTADOS MÉDIA 1.000
PESSOAS/MÊS P/ EXAMES, INTERNAÇÕES E HEMODIÁLISE (TAQUARA,
PORTO ALEGRE, CAXIAS DO SUL E ERECHIM); Fora investido em
manutenção nos 18 veículos da Saúde em 2017 o valor de R$200.000,00 em mão de
obra, peças e seguros para dar segurança e conforto aos pacientes e familiares. E
para 2018 temos a previsão de comprar um micro ônibus e uma Van para
substituição de 2 veículos que atualmente possuem 650.000km e 350.000km
respectivamente.
- CAUSA ANIMAL: 979 ANIMAIS CASTRADOS; 1080 MICROCHIPADOS E
140 DOADOS; 526 ATENDIMENTOS À ANIMAIS ATRAVÉS DO FALA
CIDADÃO – INVESTIMENTO EM 1 MILHÃO DE REAIS; 266 CÃES E 27
GATOS; Trabalhar constantemente nas escolas e na comunidade em geral,
campanhas de adoção, de posse responsável, incentivar a prática do “cão
comunitário” entre outras ações;
- REFORMA POSTO DA VÁRZEA GRANDE E VILA OLÍMPICA PARA
RECEBER MAIS 3 ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA, BEM COMO
UBS’S DO PÓRTICO II E JARDIM, COM PREVISÃO PARA 02/2018; Estamos
no estágio de regularizar a contratação dos Agentes Comunitários de Saúde
(infelizmente a administração anterior “sumiu” com os registros no sistema e em
papel quanto ao Curso de Capacitação dos agentes, realizado em 2016, havendo a
necessidade de refaze-lo, gerando retrabalho e insatisfação nos concursados e
demora na oferta deste importante trabalho/serviço, que é o de oferecer as visitas dos

agentes, de médico e enfermeiros, trabalhando de forma preventiva o combate a
doença, ou seja, trabalhar a atenção básica;
- APROVAÇÃO DE PROJETO NOVO CENTRO DE SAÚDE NA VÁRZEA COM
PREVISÃO DE INÍCIO DA OBRA 1o SEMESTRE 2018 (PREVISÃO DE
CUSTOS EM TORNO DE R$4 MILHÕES); *1,5 MILHÃO EM ORÇAMENTO
2018; Processo em fase de licitação de mão de obra;
- REATIVAÇÃO PROJETO HORTO MUNICIPAL FITOTERÁPICO EM FASE
DE PREPARAÇÃO DO SOLO E INÍCIO DE CULTIVO PARA METADE DE
2018; Trabalho em parceria com a Secretaria de Agricultura, onde até Junho/18 estará sendo plantado
primeiras mudas de chás, para depois serem levados a uma secadora e distribuidos na forma de cachês nas
unidades básicas de saúde;
- REPASSE DE 2,3 MILHÕES À CREDENCIADOS ( ESPECIALIDADES,
EXAMES DE IMAGEM E LABORATORIAIS);
- 549 CIRURGIAS ELETIVAS; MAIS DE 17,1 MILHÕES AO HOSPITAL POR
MEIO DE REPASSE E EMPRÉSTIMOS (UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO) – 5,4
MILHÕES A MAIS QUE 2016;
- CONSTRUÇÃO ACADEMIA DO SUS JUNTO AO CENTRO DE
SAÚDE(POSTÃO) COM RECURSO EMPENHADO DE R$231.000,00
(R$80.000,00 DE EMENDA E R$151.000,00 DE RECURSO LIVRE); PREVISÃO
INÍCIO 1o SEMESTRE 2018;

Obs.: O material acima é uma parte do que fora trabalhado e ofertado à comunidade
gramadense e também a que nos visita através de atendimentos no HASM. Muito
tem se feito e assim mesmo existe a sensação que poderíamos ter feito “ainda mais”.
Mas quero registrar minha preocupação com a política do “assistencialismo” que
fora criado em nossa ilha chamada Gramado, que soube muito bem aproveitar a
época em que o governo federal ofertava, ou melhor, jogava para cima muito
dinheiro/recurso a quem tinha bons projetos, captando e investindo em nossa cidade.
A administração anterior soube muito bem tirar proveito disso e agora com a atual
crise política econômica, onde as dificuldades são para todas as prefeituras, onde
vamos a Brasília passar o chapéu e voltamos com migalhas, aumenta e muito nossa
responsabilidade em bem gerir com os recursos públicos e investir naquilo que mais
necessitamos, porém com limites, sob pena de fracassarmos e não podermos
oferecer nem o básico a nossa comunidade.
Fico a disposição para esclarecimentos!
João Teixeira
Secretário Municipal da Saúde

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