AD SENSE

domingo, 14 de junho de 2020

Quando pensar


QUANDO PENSAR

(Opção em áudio)


Quando pensar na vida pense no amanhecer que anuncia todo novo dia, mais um dia pra viver.

Quando pensar na morte pense em morrer somente quando toda semente de flor for um dia plantada

Quando pensar nos filhos pense num trem ruidoso que passa no teu caminho e leva junto dele  todos os teus sonhos, para que o realizem por ti.


Quando pensar no trabalho evite fazer atalhos pegue o caminho mais longo para saborear o tempo, é sempre o melhor

Quando pensar em descansar procura a sombra maior do imenso manto de Deus

Quando pensar que é triste viver num mundo tão frio desliga a televisão das noticias amargas

e liga a janela da sala no canal do por do sol


Quando pensar na dor da ausência nas gavetas da saudade, abre a gaveta logo abaixo, cheia de fotografias, e olha cada uma delas e lembra que elas te farão sorrir, te farão chorar, e aquecerão novamente a tua alma.


Quando se lembrar da alegria recolhe e guarda um bocadinho dela e ao caminhar pela vida espalha pelo caminho aquilo que guardou


Quando caminhar



QUANDO CAMINHAR
(Em áudio clique aqui*)
Pacard


Quando caminhar, à noite, siga o rastro do vento para que ele te leve aos sonhos.
Quando caminhar, pela manhã, deixe que o alvorecer te abrace para que contemple o nascer da vida.
Quando caminhar, à tarde, nunca caminhe só para ter a quem contar as lembranças da aurora.
Quando caminhar, sozinho, caminhe envolto em teus próprios braços para que não te esqueça do sabor que tem o abraçar.
Quando contigo caminharem seja único sem ser egoísta para que ouçam tua voz sem que nada digas
Quando caminhar, com dores, caminhe entoando louvores por pode caminhar.
Quando caminhar, calado, cale apenas a voz, e não a consciência para que quando volte a falar, possa ser ouvido.
Quando caminhar, chorando, mostra um largo sorriso a quem encontrar para que não te desnude a alma
Quando caminhar, sorrindo, empresta o sorriso teu a quem não sabe sorrir para que o tenhas de volta no dia da tua amargura
Quando caminhar, com fome, faze disso um jejum, e torne a fome porta e janela para que possa por elas, Deus, te saciar.
Quando caminhar, saciado, pare e lembre-se de todos aqueles a quem a fome não os deixa pensar para que penses na fome como porta e janela de esperança.
Quando, enfim, lembrar-se de caminhar com Deus e cansar de caminhar sozinho faz todo o silencio que puder, em tua alma para que possas ouvir a sublime melodia da voz do Criador que sempre caminhou ao teu lado e tu não havia ainda percebido
Porque caminhar com Deus
é caminhar parado e calado para chegar mais depressa

Quando falar



QUANDO FALAR 
Quando Falar  (ouça o áudio)

Quando falar de amor
Finja nada conhecer,
para absorver 
cada frase que brote do coração.

Quando falar sobre a dor,
deixe abertas as janelas da alma 
para compreender que 
amor e dor são tão parecidos 
que até os confundimos, 
ao vê-los bem de pertinho.

Quando falar sobre a paz, faça-o no rumor da guerra, 
para ser ouvido na mais alta voz.

Quando falar sobre sonhos, acorde, 
para vivê-los na melhor lucidez do seu dia.

Quando falar de amizade, estenda a mão aos seus inimigos, 
para que possa provar a si mesmo aquilo que gosta de dizer aos outros.

Quando falar de fome, faça um minuto de jejum, 
para lembrar-se daqueles que jejuam todos os dias, 
mesmo sem querer...

Quando falar de frio, 
abrace alguém.

Quando falar de calor, 
estenda a mão.

Quando estender a mão, 
sustenha o braço para que perdure.

Quando falar de felicidade, 
acredite nela.

Quando falar de fé, 
cerre os olhos para encontrar a razão daquilo em que crê.

Quando falar de Deus, 
faça-o pelo silêncio do seu testemunho.

Quando falar de si mesmo, aprenda a calar, 
para entender o amor, a dor, a paz, os sonhos...




quinta-feira, 11 de junho de 2020

Inimigos nossos de cada dia


Os inimigos nossos de cada dia


A coisa que um pensador mais precisa é de tempo, precisa que esteja livre, de afazeres que ocupem a mente e as mãos, para que possa avaliar e reavaliar circunstâncias, valores, encontros e desencontros, necessidades,  para que possa comparar virtudes e defeitos, dissecar infortúnios para formatar o conhecimento, e disso burilar ideias, ideias que contribuam para uma reflexão coletiva, uma vez que o coletivo é sempre o que dissemina o resultado prático destas formulações.


Resumindo: a tarefa de pensar é gerar fundamentos para que o coletivo concorde ou discorde, mas que não passe batido pelas grandes questões, que são tropeços, ou que podem tornar-se soluções no dia a dia, pessoal, ou da sociedade.


O primeiro passo para combater o erro, é reconhecer que há um erro, reconhecer o erro, e combater o erro, porque sem que haja este conceito, é impossível promover qualquer tipo de transformação na sociedade.


É necessário que o médico faça uma anamnese do paciente, para que chegue a um diagnóstico, e será esta recordação dos passos dados na trajetória, tanto do indivíduo, quanto do seu coletivo, que se proporcionarão os meios para que haja o conserto da civilização.


É o concerto, o acordo, entre o erro e suas consequências, com a admissão da insuficiência individual, que a sociedade começa a sublimar-se de seus preconceitos, e consolidar seus conceitos para essa transformação.


Para que se conserte o que esteja torto, é necessário conhecer as forças que contribuem para a torção daquilo que deveria estar em retidão, e desta forma, reconhecendo o território onde se pisa, e os inimigos que enfrentamos, poderemos elaborar as estratégias e vitaminar as forças, para que tais inimigos sejam derrotados. Assim, a questão é: Quem são nossos inimigos de cada dia?


Respondo por autoconhecimento, por experiência, que o primeiro inimigo é o que dorme à espreita de nossos deslizes, mas com um olho sempre aberto, à espera de que acordemos também, para que nos ataque: O desânimo.


Este inimigo é traiçoeiro, e sempre pisa nas nossas feridas quando nos encontra fragilizados, abatidos, e é um inimigo covarde, porque colabora com nossa derrota, até mesmo nas pequeninas coisas.


Outro inimigo traiçoeiro, é a injustiça, nem sempre a que cometem contra nós, mas contra quem está sob a nossa proteção, e percebe que, em muitas circunstâncias, pode nos encontrar de mãos amarradas, e mãos atadas nos impedem que possamos corrigir tais injustiças contra os mais fracos, e por nos impedir de agir, é a nós que atinge mais. A injustiça é um monstro covarde, e em sua covardia, nos torna covardes também.


Embora eu pudesse citar muitos inimigos, resumo neste, que considero o maior de todos: O medo! É o maior, porque ele junta todos os outros inimigos sobre nossos ombros, e seu peso se multiplica contra nós, de tal forma que nos verga a coluna, nos faz curvar por conta própria contra todos os demais, e desta forma, nos cega, prende, dobra, e nos faz tombar como pássaros encantados pelas serpentes. O medo é a serpente que nos abraça, a covardia que nos afoga, a injustiça que nos amarra, e o desânimo, que nos abate.


Mas a história não termina aqui, porque há um antídoto, uma arma invencível para combater todos estes e outros mais, um a um, e aos poucos. Mesmo todos ao mesmo tempo: Este antídoto chama-se determinação, com o tempero da verdade, e sobretudo, a coragem, de saber olhar para nossos próprios erros, descobrirmos nossa submissão, e assumirmos nossa fraqueza, porque é na fraqueza que nos tornamos fortes, é na dor, que buscamos a cura, e é no medo, que encontramos a coragem.


Shalom



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quarta-feira, 10 de junho de 2020

A velha do Poronguinho - Causos que minha vó contava


O causo de hoje, recontado, não é de minha lavra, pois encontrei nas exatas palavras que minha querida vó, Maria Elisa, me contava, e contava, e contava..eu a fazia repetir noite após noite, junto com as dezenas de causos que contava junto. Vou tentar lembrar, ou localizar quem lembre, pois eram causos populares, e trazê-lo para meus leitores, para que contem aos seus filhos e netos (se o maldito celular permitir). E a parte mais legal era o refrão, que minha vó cantava junto: "Não vi velha, não vi nada, rola, rola poronguinhoooo..!
Era uma antiga história, de origem portuguesa, contada até hoje nas terras d'além mar.
Ah, saudade!

 Rola, rola poronguinho!

                 Era uma vez uma velhinha quer queria ir no casamento do filho que morava do outro lado da floresta. A floresta era perigosa e cheia de animais selvagens.

                Saiu de casa e foi caminhando até encontrar um boi que pastava e lhe disse:

                -Aonde tu vai velha?
                - Vou no casamento do meu filho, deixa eu passar que na volta te trago uns doces.

                O boi saiu da frente e ela continuou a caminhada.

                Logo adiante, encontrou uma onça faminta que lhe fez a mesma pergunta:
                     
                 - Aonde tu vai, velha?
                 - Vou no casamento do meu filho, não me come que na volta te trago uns doces.

                 A onça pensou e deixou ela passar.

                 Antes de alcançar a casa do filho, ela encontrou um cavalo que perguntou:

                 - Aonde tu vai velha?
                 - Vou no casamento do meu filho, na volta te trago uns doces.

                 O cavalo deixou ela passar e logo ela chegou ao fim da floresta.

                  A velhinha chegou a tempo do casamento, dançou, se divertiu e comeu muitos doces.

                  Quando estava para voltar para casa, se lembrou das promessas feitas aos animais, mas não haviam sobrados doces da festa.

                  Pediu ao filho que que encontrasse um porongo do tamanho dela para que ela pudesse se esconder dentro e assim fugir da perseguição dos animais.

                  O filho assim o fez: conseguiu o porongo e fez um buraquinho pra ela enxergar quando tivesse chegado em casa. 
Ela se escondeu dentro do porongo, seu filho levou o porongo em cima de um monte e rolou o porongo em direção à floresta.

                  Quando o porongo rolante encontrou a pata do cavalo, este perguntou: 

                  - Porongo, tu viu uma velha por aí?
                  De dentro do porongo veio uma vozinha fraquinha que disse:
                  - Rola, rola, poronguinho! Não vi velha, não vi nada. Rola, rola, poronguinho. Não vi velha, não vi nada.

                  O cavalo com um coice rolou o porongo floresta adentro, até alcançar a onça que fez a mesma pergunta:

                  - Porongo, tu viu uma velha por aí?

                  - Rola, rola poronguinho. Não vi velha, não vi nada! Rola, rola, poronguinho. Não vi velha, não vi nada!

                  A onça deu uma patada no porongo que rolou até perto da casa da velha, porém ali esperava o boi que perguntou pro porongo:

                  - Porongo, tu viu uma velha por aí?

                  Mas quando o boi foi parar o porongo rolante com uma pata, o porongo rachou e de lá de dentro saltou a velhinha apavorada que não parou de correr até chegar em casa.









Palestras:
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terça-feira, 9 de junho de 2020

O entrelaçamento dos sentidos



Que tolice - dirá o crítico leitor! Entrelaçar sabedoria, como é possível tal absurdo, haja dito que o supremo estágio da sabedoria seja o próprio silêncio? No entanto, estou disposto a discordar, isso, respeitosamente, haja vista que a discordância com conteúdo é o bom fermento da sabedoria pela retórica. Pois é certo então que havia um homem disposto a tal negócio, e a esta conclusão chegou justamente pelo sábio costume de exaltar todos os cinco sentidos, e todos sabem que quando os cinco sentidos agem em concordância e uníssono, ativam o sexto dos sentidos, que é a intuição. Que maravilha! falemos disso, para melhor compreensão do leitor ou da leitora (embora diga-se que a leitora tem naturalmente inserido entre seus sentidos, a intuição, como se natural o fosse. o que sabemos, por carga própria de conteúdo, não sê-lo. Intuição só é manifesta quando todos os demais sentidos estiverem completos: Audição, Paladar, Tato, Olfato, e Visão. Explico, para melhor ser entendido, então.

A visão, pode ser nossa melhor amiga, mas é traiçoeira como ela só. Pode-se dizer que ainda que frágil, ela é mentirosa por excelência, pois aquilo que é reto, ela se vale da curvatura dos olhos, para descrever ao cérebro o que vê. Vê nuvens e descreve como rostos e formas abstratas pela pareidolia, e o pobre cérebro, encaixotado numa caixa sem janelas, tem como única janela, o olhar. Os olhos mentem e mentem muito, quando olham em um espelho e criam fantasiosa imagem, ou indesejável repulsa com o que veem. Assim, jamais confieis na visão, quando relata sozinha sua percepção sobre as coisas.
A audição também não é lá essas coisas, quando se trata de cumprir sua tarefa, pois ela ouve algo que não compreende bem, e precisa do auxilio dos olhos para assegurar-se de que aquilo que vê esteja de acordo com os padrões que tem registrado. Já em outras situações, ela tem completo domínio da situação, pois jamais um olhar poderá descrevem a sonoridade de uma valsa, ou uma sonata. jamais! A não ser que uma deliciosa sobremesa esteja sendo servida no preciso momento em que a sonata é tocada, à visão de uma bela flor, ou uma pessoa agradável. Sim, nesse caso, há um somatório que dá credibilidade ao que a audição descreve ao cérebro. Mas isso ainda é incompleto, ou seria, se não fosse o sabor da sobremesa, que registra o equilíbrio entre o que se vê, o que se aspira, e o que se ouve. Assim, o paladar foi aceito ao grupo. Mas ainda não está completo o quadro. Falta algo. Falta alguém.

O tato havia ficado de fora, e desta forma, não se percebeu a consistência da pétala da rosa que estava à frente, exalando perfume, ao som da sinfonia, temperada pelo sabor, oferecendo sua aveludada vestimenta, para que respeitosamente fosse tocada. Com cuidado, com sentimento, com pudenda afeição, haja vista também que se descer  com abrupto movimento seu caule, serão os espinhos quem dedicarão o melhor da dor que sabem causar, às mãos que não souberam permanecer no território permitido.

Veja pois, leitora e leitora, que quando unidos, os cinco sentidos, são capazes de descrever o conjunto de possibilidades advindas de seu sincronismo, e quem sabe até disso venha a sair um belo enlace, com direito á bodas, e mais rosas, sobremesas, sinfonias, e perfumes, se multipliquem sobremodo. Quem sabe?

Pacard - (A Rosa e a Canção)

segunda-feira, 8 de junho de 2020

O D-s que habita em mim, e o racismo



Sou Monoteísta, portanto sempre direciono minhas reflexões à percepção de que estou tratando com Um Único D-s, e não abro mão disso. Isso estabelecido, para esta composição de pensamentos, tomo emprestada uma saudação hindu, chamada "Namastê", que traduz o seguinte: "O deus que habita em mim saúda o deus que habita em ti". Quero portanto, trazer para minha análise e pessoal opinião, da ideia judaico-cristã, de que D-s Está em nós, isto é, como define o cristianismo, por meio de Paulo de Tarso: "Nosso corpo é o Templo do Espírito Santo", ou seja, somos o recipiente do Sagrado, do Divino, do próprio D-s. Grande isso, mas ainda acho algo restritivo e sujeito à ajustes de entendimento, uma vez que possa perguntar: Como O D-s Infinito, pode "compactar-Se" e acomodar-se numa carcaça tão frágil, quanto o Ser Humano?

Sigo adiante. Certa ocasião, assistindo uma palestra de um Rabino, fui confrontado, junto com toda a plateia, por uma pergunta: "O que caracteriza a presença de D-s nesse lugar?" As respostas foram rápidas: "A Torá!" - Disseram alguns. Outros, e eu também, permanecemos calados, pois atrás de uma pergunta com tanta profundidade, nem sempre as respostas são óbvias, e eu não estava lá para  responder, mas para aprender. Diante do silêncio de todos, a seguir, veio a resposta: "Vocês!" Vocês são a certeza de que D-s está neste lugar, isto é, está manifesto aqui, porque D-s habita no Ser Humano, e cada um de nós permanece vivo por causa da Centelha Divina que há em nós, por causa de nossa condição de "Recipientes" do Espírito de D-s.

Este pensamento tem sido repetido ao longo de milênios, e muito pouco entendido nesse tempo todo. É aqui que quero formular um ponto de entendimento sobre a Presença de D-s em nós, e Seu modo de atuação entre os Seres Humanos.

Certo Rabino, David Weitzmann, em uma palestra sobre prosperidade, disse que "quando o pobre vem à nossa casa pedir auxílio, ela está nos fazendo um favor, em buscar aquilo que lhe pertence, pois nada do que temos é nosso, senão o livre arbítrio, e que somos administradores do patrimônio de D-s, que nos concede, por empréstimo, e por responsabilidade de administração, para que volte às mãos de quem à elas foi destinado. E completou dizendo: "Quando o pobre bate à sua porta para buscar o que é dele, cuidado com o que vai dizer, pois D-s pode estar ao lado dele!".

Este pensamento não contraria, antes ratifica, o pensamento expresso por Jesus, que disse: "Quando destes de comer e de beber, quando vestistes, quando fostes à prisão visitá-los, é à Mim que o fizestes". Aqui Jesus ratifica a ideia de que D-s habita em nós, mas é na fragilidade que é manifesta a Sua presença, e é no desprendimento que libertamos Sua manifestação em nós.

Até aqui falei o óbvio, e isso está escrito em muitos lugares, porém, o que muda nesta leitura, é o vetor da ação, e uma das respostas está no salmo  121, que diz: "Elevo meus olhos para o monte (em busca de auxílio). De onde me virá o socorro?" E a resposta vem a seguir: O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra". E uma sutil citação, mais adiante diz: "Ele é a TUA sombra, à TUA mão direita!". Percebem? Em nenhum momento o salmista fala em anjos com espadas flamejantes voando pelos céus e despejando raios sobre os inimigos, mas diz, com suavidade: "a tua sombra da tua mão direita", isto é, D-s está em ti, mas está "aprisionado" no teu medo, da tua angústia, na tua incerteza, na tua culpa, e mais, o salmista não diz que D-s é a luz que faz a sombra, mas a própria sombra que vem de ti, e portanto, D-s está em ti, D-s está em mim, e eu preciso compreender que não preciso buscá-lo nas montanhas ou nas cavernas, nem nos templos ou nas assembleias, mas dentro de mim, porque Ele é A Sombra da minha mão direita, a mão do trabalho (metafórico) e da força.

Não quero encerrar esta ensaio, sem falar que tenho dirigido um olhar especial à mudança de atitude em relação à outro Ser Humano, e buscado compreender, que mais que semelhante, na forma física, ainda que de cor, traços étnicos, cultura ou religião, diferentes de mim, ele é O D-s que habita em ti, e O Mesmo D-s que habita em mim, assim, como posso eu ofender aquele Ser Humano, em cujo corpo habita O Altíssimo, se O Eterno O escolheu para ser meu semelhante? Isso não o torna um deus, de modo algum, assim como a garrafa não é o vinho que está nela contido. Somos recipientes, e portanto, responsáveis por "libertarmos" o conteúdo, pois o vinho só pode ser servido, quando se tira a rolha. D-s não está "preso" em nós, não é um "Gênio da garrafa", mas Sua generosidade está compactada à espera de que nós a empreguemos da melhor forma, posto que a bênção que tanto pedimos, não vem "do alto", sem que primeiro, seja libertada "de baixo".  

Este é o significado da Unicidade de D-s, dentro de cada um de nós. D-s não está fragmentado e encapsulado nos Seres Humanos, mas nós estamos fragmentados, enquanto seres frágeis, e muitas vezes, egoístas, em impedirmos que Ele Seja manifesto por nós, pois D-s não Se manifesta, mas permite que, como Seus embaixadores, seus recipientes, nos manifestemos como Sua imagem e semelhança. E para que sejamos mais humanos que divinos, e nos livremos de preconceitos, sejamos diferentes apenas nisso: Ele tudo vê, mas nós, podemos fechar os olhos, quando corremos perigo de julgarmos pelo que vemos sem sentir e compartilhar o que nos assemelha com o criador.

Quando ofendo alguém, posso estar ofendendo O Meu D-s!
Quando fecho a porta a alguém, posso estar fechando a minha própria porta para que D-s se manifeste, e nesse pensamento, lembro que certa vez, perguntaram a Jesus, sobre um cego de nascença: "Quem pecou: Ele ou seus pais, para que merecesse isso?" - Ao que Jesus respondeu: Nem ele, nem seus pais, mais isso acontece para que seja manifesta a Glória de D-s em vocês!" Percebem isso? Seja manifesta a Glória de D-s em nós! D-s está em nós, mas temos que lembrar isso todos os dias. Aí entra a oração, o louvor, o estudo, a conversa com amigos sobre os caminhos do Eterno e Sua Palavra. Não, D-s não precisa de nós, senão para que abramos as portas do egoísmo, da discórdia, da boca maledicente, da infâmia.

Ah, Isso vale também na política, combinado?

(Caminhando com D-s - Palestrante Pacard)
Para contratar palestras: (48) 999 61 1546













Bella Ciao e Modelo Econômico de Crescimento - Táticas e Estratégias que modelam o Pensamento Político

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