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segunda-feira, 12 de abril de 2021

Entre a tecnologia, e o bem estar




Longe de mim dizer que tecnologia não produz bem estar, pois seria injusto com meu surrado smartphone, meu laptop razoavelmente veloz, e outros aconchegos que agilizam meu trabalho, especialmente no terreno da comunicação. Então, não é por este caminho que seguirei minha leitura de hoje.


Também não posso reclamar das roupas, com design e tecido inteligentes, com elasticidade, que não apertam a virilha, nem causam alergia, mesmo em dias de calor (e aqui faz calor, é verdade). Não vou falar do conforto de um carro que não é preciso tocar uma manivela para dar partida no motor, apensar de que, sim, sou velho, ao ponto de já ter andado em um desse tipo. Mas não é o caso presente. Fila de banco, então, não sinto nenhuma saudade, nem de filas em outros lugares, mas banco, especialmente, não posso reclamar da facilidade do PIX, do TED (especialmente quando vem de lá pra cá os valores), nem da vantagem de pagar um boleto na palma da mão. 



Vou pular pra medicina, que recebe um sujeito se contorcendo, num dia, e enfia o indivíduo em uns monstrengos barulhentos lá, espeta aqui e ali (mais aqui do que ali), tira sangue, bota remédio, e se não for muito feia a encrenca, o camarada sai andando até o carro, que não é de manivela. Então, vamos abençoar todos juntos as boas tecnologias (nem vou começar a falar nas vacinas, aí eu choro de emoção, por acreditar que logo chegará a minha vez), aquelas que facilitam e aceleram nossa vida, num toque de mão e dedo no ponto certo da telinha de vidro fino.

Vamos falar então das consequências do adiantado da vida que acelera o tempo e nos leva à velhice num piscar de olhos. E velhice, que não é mais velhice, mas "Terceira Idade", "Melhor Idade" (melhor pra quem? Pras dores que chegam no pacote? Ora, pipocas! Vamos em frente. Eu ia falar sobre bem estar e viajei na maionese, então retomo.


O que é o "Bem Estar"? Bem estar, segundo minha própria definição é o ambiente associado ao tempo e à condição de sentir-se confortável, diante de algo ou alguém, que naquele instante, proporciona essa sensação de prazer. Então, "Bem Estar" é "Estar Bem!". Simples assim. Vamos então ver o que me deixa bem: O que me deixa bem, e deixo isso bem claro ao repetir, é estar em paz, respirar bom ar, comer boa comida, dormir sono de justo, e deixar que meus olhos vejam o que há de belo, ainda que beleza seja muito pessoal e exclusiva. Assim, devo dizer que em meio à toda essa tecnologia que nos auxilia na praticidade das coisas, existem coisas menos práticas, e que por isso, exigem mais paciência, atenção, cuidado, e dedicação ao cuidar delas: Flores, por exemplo. Ou um belo arranjo decorativo. Ou uma pintura. Ou um desenho. Ou um bom prato, um doce diferente, um licor, um refresco, um blend de ervas para um chá, um biscoito, um assentar-se na varanda para uma boa prosa, sentindo a brisa da tarde desfilando folhas e pétalas que voam, ou ver crianças correndo, felizes, soltas, livres, pulando e subindo nas árvores, comendo frutas, e rolando na lama, apenas pelo prazer de rir, gritar, sentir.

Então tá. Podem me chamar de fresco, mas vou confessar que eu gosto muito de coisas delicadas, sublimes. Gosto de decoração vintage, e sei fazer muito bem. É só me chamarem pra conferir.



Entre a tecnologia e o bem estar, escolho o bem viver. Mas um pouquinho de tecnologia não faz mal nenhum, como o apito da chaleira anunciando a água pronta para o café.
















































































































































































Minha "quase esposa" do Tadjiquistão

Pois parece um pesadelo doido, mas o fato deu-se como verdadeiro. Eis o causo: No cotidiano da faina, lá pelos idos de 2012, recebo pelo mes...