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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Pai não é quem cria. Pai é quem educa e protege



"Pai é quem cria!" - Esta frase é repetida continuamente quando há uma referência a um relacionamento afetivo entre pais não biológicos e filhos adotivos ou enteados. O sentido da frase é nobre, mas passa longe da verdade, na etimologia da expressão e do verbo "criar". Sendo assim, paí não é quem cria, mas quem educa, quem encaminha para a vida, quem acolhe, quem protege, quem disciplina, e até mesmo quem maltrata. É um mau pai, mas ainda assim é pai. Mas não está criando ninguém e nada. Está apenas conduzindo pela vida e para a vida. Assim, portanto, pai é quem gera, e também quem adota. 

Criar não é tarefa de pai, mas de criador, ainda que tenhamos Um Criador A Quem chamamos por Pai, as  funções são distintas. Criar e conduzir. Criar, primeiro, e proporcionar condições para a manutenção da vida e da existência, o que vem depois. Nesse aspecto humano, pai não é aquele que cria, mas aquele que gera. gerar não é criar, mas reproduzir o que foi criado, estabelecendo pela genética e modelo de educação, o seu molde pessoal. Mas ainda assim não é criar. 

"Botar" filho no mundo não é criar, mas procriar. Multiplicar. Reproduzir o que foi criado. Assim, pai não é o que cria, mas o que proporciona dignidade de vida e procriação às gerações que brotarão de sua capacidade reprodutiva, e da civilização que poderá frutificar de sua capacidade educadora.

Assim, pai não é quem cria. Pai é quem ama e permite-se ser chamado por pai, porquanto reconhece no filho sua identidade transformada, aprimorada, renovada. Pai não é qualquer um. Qualquer um poder ser progenitor, mas para transformar este progenitor em pai, há que primeiro, aceitar que não é D-s, Perfeito e Justo, e por isso, Único. Então, pai é aquele intermediário entre o criador e a criaturinha que brotou da criatura. Aí, sim, pai não é quem cria, mas quem é pai.

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