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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Apolônio Lacerda e a Teoria da Constipação - O fim do mistério do papai Noel (Um conto absurdo de Natal)




Eu sei que muitos não vão acarditá,  porque eu mêmo não acardito. Não acardito nem mêmo que estou tô contando isso, quando devia guardá segredo.Mas fazer o que? Meu nome é LAM-BAN-ÇA!

Pous o aconticido se deu-se a si  quando acordei com um barúio na cozinha. É gambá, pensei! Mas despois considerei que não era, porque eu tinha armado trêis aripuca pros bicho, gastado dois galão de canha do alambique, e que a gambazada sentindo o xêro de pinga, ia dereito às aripuca. Então, não era gambá. Tarvêis rato. Mas de todo modo, eu tinha que oiá. 

Tava frio uma barbaridade, e eu carcei uma pracata e fui lá fora mijá. Mijei.Inté peidei. Fechei a cerôla com cuidado, não sem antes dá umas chacuaiada pra não saí passando recido. Xerêi os dedo e tava em órde. Então garrei um porrete que sempre deixo do lado de fora da porta, e entrei passo por passo na cozinha pra pegá o bicho no pulo. Me agachei devagarito e comecei a bombeá cos zóio desconfiado. Negaceei, negaceei, ispiculei aqui e ali, quando oiço uma risadinha abafada: Hou-Hou-Hou!


Pulei em riba do bicho e por pouco não táio ele em dôus! por munto pouco mêmo! Não era rato e nem gambá! Era o CRISQUINTI! o Papai Noéle! O véio do saco! O barbudo! Peguei ele cá mão no armário campiando um quêjo e uma linguíça pra módi fazê um fristíque!

Fiquemo um tempo se oiando um pro ôtro, ancim desse jeito, de bocó! Eu oiei pra ele. Ele carcô os zoião nimim. Se oiêmo, e apertêmo as mão, como havéra de sê o custume de peçôas dereita, ele xerô as mão, e eu fiz o mêmo, por inducação. Se dêmo adeus e logo aperparei um mate, e a prosa correu sôrta.

-Eu achava que vosmecê sêsse só pagodêra da táli txiuría da constipação, chê!
- Hou Hou Hou! - Gargaiáva ele, e enfiava os dois dente num naco de pão, seguido de outra dentada no quejo. Hou hou hou! Nham!
- Pous me conte então como fonciona a côsa dos presentilho, e táli...

- Hou hou hou! vou contar meu segredo, filho, HOU HOU HOU, NHAM, GLUB, GLUB (som do vivente bebendo um caneco de chá de mate). A côsa acontece ancim, filho: Eu garro dois veado (de quatro pata), arreio eles na charrete, enche de mimo, avôo por riba dos rancho, e ergo umas tabuinha do teiádo, entro pra drento, deixo os mimo debaixo do pinheirinho, e dispôis garro rumo à despensa pra módi campiá umas goloseima, porque ninguém trabáia de grátis, filho. E dispois, já refestelada de banduio cheio, garro o mundo, filho.

Tudo estava muito bem,  exceto por dois detalhes, que fizeram Apolônio cafifar com a coisa: A primeira é que o tal "Crisquinti" chamava ele de filho. A segunda, é que usou o modo feminino para contar de sua fartura gastronômica.  Ora! Essas mudernidade de trocá macho por fêmea ainda não haviam chegado no Cêrro do Bassorão, então isso significava só uma coisa: O Papai Noel era a Carsulina disfarçada!!! Mas Apolônio não disse nada. Apenas lembrou da infância e da sua mamãe Apologética, que cantava pra ele dormir, enquanto esperava o Crisquinti, olhando o céu estrelado, e penteando os bigodes.



terça-feira, 7 de novembro de 2017

Tropeços e Espirais





Vivemos em um mundo e um tempo onde somos cobrados por aquilo que não temos: Perfeição!

 Desde que nascemos, a parteira olha e diz: É perfeito! Isto é, Temos dois olhos, dois ouvidos, pernas, pés, dedos, apesar de que as mãos ainda  não dominem um teclado, os pés não dançam uma valsa, e os olhos mal distinguem vultos a meio metro de distância, ainda assim, naquela condição,somos perfeitos.

 No entanto, este é o nível de perfeição ao qual somos capazes de nos trair e causar preocupação, se dentro de um ano, estivermos na mesma condição. 

E se dentro de dez anos não estivermos exatamente na condição de alguém que tem os dez anos, seremos imperfeitos, mas se nossos dentes de leite já tiverem caído, e tivermos dois dentões mais protuberantes, então sim, continuamos perfeitos, bem como perfeitos seremos se aos quinze anos formos rebeldes e entediados, ou aos dezesseis atravessarmos incertezas quanto às escolhas de nosso futuro profissional. 

E aos sessenta anos, se enfrentarmos crises existenciais, tentando encobrir o tempo restante, mas não desejando desnudar os anos passados, sim, também ainda seremos perfeitos, porque a perfeição que buscamos não é a perfeição que atingimos e nunca será.

Tropeçar é uma constante de quem caminha, do movimento, da quebra de uma fractal dos passos que damos. Estátuas não tropeçam, e muitas delas nunca caem. Mas todas são decoradas por cocô de pássaros. O simples fato de caminhar, e com isso estar disponível aos tropeços, é a prova mais viva de que D-s tem você em grande conta, que você tem um lugar pra ir e levantou da zona de conforto para chegar neste lugar.

O mundo gira como uma espiral. É o que torna a vida interessante, pois se este giro fosse em círculos, em pouco tempo a vida seria um tédio completo. Assim, se como as galáxias ou a água que escorre pelo ralo da pia giram em espirais, assim também nossa vida é uma espiral em contínuo movimento.

A água que escorre pelo ralo da pia, anda em torno de si mesma, e gira em direção às profundezas. Se esvai pelos esgotos. A galáxia também giram em torno de si mesma. E sabe onde vai parar? Num buraco negro, sugando tudo à sua volta e se autodestruindo, sem levar nada, sem deixar nada.

Não sabemos porque esta autodestruição das galáxias acontece, nem por que a água que saciou a sede também terminam na escuridão. Só o  que sabemos, e isso sabemos  pela fé, é que nossa espiral gira ao contrário. Isso vai contra todas as Leis da Física. Contra todas as Leis da ciência. Já parou pra pensar nisso? Existir está de acordo com o resto do Universo, mas viver, contraria tudo o que se sabe da Ciência. Não podemos  viver senão neste planeta. Não podemos viver senão em circunstâncias especiais, sob cuidados especiais, sob temperatura especial, comendo comida especial, vivendo de modo especial, único.

Todas as criaturas vivas dependem de um modo único, de um alimento específico, de um ambiente preparado para que vivam, e se isso for mudado, em pouco tempo desaparecerão. Assim também somos nós, únicos, especiais, preparados para sermos felizes. O Ser Humano foi criado para ser feliz, e foi colocado em um ambiente que reúne todas as coisas para que esta felicidade aconteça.

Só que o tempo todo, queremos mudar as coisas. Queremos  fazê-las de um modo que não é natural, queremos transigir as Leis que D-s criou para que nossa felicidade fosse natural. E aí, tropeçamos.E tropeçamos, e tropeçamos até cair.

Mas ainda que tropecemos em todos os passos que nós dermos, podemos ter a certeza que temos Alguém para nos  levantar em cada queda. Isso  não acontece com o resto do Universo. Se um planeta tropeçar na sua órbita, ele bate em outro e ambos serão destruídos. Se um único elétron de um átomo sair de sua órbita, ele vai esbarrar em outro, e outro, e e vai desencadear uma reação em cadeia que pode destruir um mundo inteiro. Mas se nós errarmos (e nós erramos), ainda assim, podemos ter a certeza que nada na nossa vida, bem como a própria vida, são naturais, são ocasionais, e que podemos ter a certeza que há Um Técnico ao nosso dispor para reparar nossas falhas. 

Só o que temos a fazer para tropeçarmos menos, é lubrificar nossas articulações, especialmente as articulações  do coração, para que possamos compreender que todas as pessoas foram feitas da mesma substância e preenchidas com o mesmo Espírito, e que Aquele que soprou em nós Seu Fôlego de vida, continua a soprar,  como uma brisa suave, o seu carinho e a Sua compreensão diante dos passos de bêbados que damos todos os dias.

E por sugestão de meu netinho querido, o Lucas, quero lembrar aos meus queridos internautas que também tenho um blog. O endereço está nos comentários logo abaixo.
Shalom





domingo, 5 de novembro de 2017

São Martinho - A Bela Guirlanda entre as montanhas de Santa Catarina revive as raízes na Festa do Produto Colonial



Ângela Sehnen Back, Robson Back (Prefeito),   Jerry Luis Steiner(Vice Prefeito) e Silvana Cardoso Steiner.


Ângela Sehnen Back, Robson Back (Prefeito),   Jerry Luis Steiner(Vice Prefeito) e Silvana Cardoso Steiner.


De 27 a 29 de outubro o pequenino município de São Martinho, situado ao sul de Santa Catarina, realizou sua vigésima quarta edição da Festa do Produto Colonial, um evento que reúne o que há de melhor na economia, cultura e gastronomia de São Martinho, que é também considerada a "Capital Mundial das Vocações", pelo elevado índice de religiosos (católicos - Padres ou Freiras), em relação ao tamanho da sua população.

O que fascina em cidades como São Martinho,  é exatamente esta pureza de alma de seus habitantes, característica de lugares pequenos, onde todos se conhecem, sabem de tudo e participam de tudo também. Lugares onde interior e núcleo urbano se fundem, especialmente pelas políticas públicas de interiorização da Educação, da Cultura e do espírito cívico, da valorização do cidadão. Estes elementos solidificam a cultura, que no caso de São Martinho é basicamente homogênea, formada por quase a totalidade de descendentes de imigrantes alemães, e que traduzem na arquitetura, culinária, festejos populares e linguagem cotidiana, a herança destes ancestrais.

Muito recentemente um visitante alemão, que participava da Oktoberfest em Blumenau, teceu duras críticas ao germanismo arcaico, em sua leitura, que é vendido pelos movimentos culturais alemães, onde mostram uma cultura do século dezoito, em contraste com a avançada e fria Alemanha contemporânea. É uma leitura, mas não traduz o objetivo e os sentimentos de quem vive este resgate, e que faz dele sua motivação social, religiosa e cultural.Não existe nada de errado em preservar e fazer brotar nas gerações, o sentimento idealizado pelos colonizadores. Muito pelo contrário, preservar a história e a cultura ancestral é assegurar uma identidade às futuras gerações.

Casas ajardinadas, pessoas hospitaleiras, comida de boa qualidade, empreendedorismo que prima pela qualidade, como é o caso de empresas que optaram por permanecer no ambiente de seus antepassados, o caso de Salete e Lindomar Feuser, proprietários da Fluss Haus (Casa do Rio), um belíssimo empreendimento que representa quase a totalidade da motivação turística do Município, em uma pequenina localidade distante vinte quilômetros da sede, chamado Vargem do Cedro, onde ainda existe em funcionamento um armazém da família há mais de cem anos, e que mantém praticamente as mesmas características desde sua fundação.

Outro empreendimento que manteve suas raízes, foi a Kleiner Schein, uma empresa de grande porte, que mantém uma de suas unidades e matriz no município, produzindo móveis e acessórios de decoração com características únicas no Brasil.

O número de pousadas começa a crescer, de acordo com a demanda de visitantes, mas ainda há um enorme potencial para captação de investimentos na região, pois somado,primeiro à hospitalidade e calor humano, São Martinho é afortunada ainda mais pela Natureza exuberante, que reúne montanhas, cachoeiras, matas virgens, trilhas e picadas, pequenas lavouras, agricultura exuberante, e sua proximidade com a BR 101, distando cerca de 50 Km de Tubarão, 190 km de Florianópolis, e 370 km de Porto Alegre, capital gaúcha. Oferece com isso um potencial de crescimento e turismo contemplativo e de repouso, ou ainda religioso, pela existência de um santuário dedicado a uma Beata Albertina Berkenbrock, uma jovem que foi brutalmente assassinada, cuja história é contada em um vídeo dramatizado, e que reúne todo ano milhares de peregrinos em devoção à Beata e aos milagres que creem dela serem realizados.

Eu tenho um particular carinho por esta cidade e pelo seu povo acolhedor, e  embora sendo a grande maioria Católica ou Luterana, realizei um seminário lá e por duas noite o povo cantou comigo canções em hebraico, sem nenhum tipo de discriminação, o que comprova sua maturidade para o turismo e sua civilidade afetiva.

A Administração atual, conduzida pelo jovem Prefeito Robson Back, onde a Primeira Dama, Angela Sehnem Back,formada em Hotelaria e pós graduada em Turismo e Hospitalidade, que  desceu do pedestal e assumiu, voluntariamente até a metade do ano (sim, isso existe) a Secretaria de Turismo e Cultura do Município, e desenvolve um belíssimo trabalho, especialmente com a Terceira Idade, cujas reuniões semanais acontecem no pavilhão do Produto Colonial da Sede do Município. Ângela ainda é Coordenadora do Grupo  Folclórico Westfália, onde reúne crianças para desenvolvimento da cultura e do folclore das raízes germânicas.

Mas de todos os motivos de encantamento, a beleza espontânea das crianças é o motivo que mais faz acelerar meu coração ao lembrar deste lugar tão lindo.

Seguem imagens do Município, que vale a pena receber o carinho das Agências de Turismo e dos meus queridos leitores e das perfumadas leitoras.





































































Fotos: Moacir Pereira (Retiradas da Internet) e Divulgação de São Martinho

DEUTERONÔMIO 30:15

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Festival Estudantil de Cinema - Não! Não é Gramado. É em JOIA, RS. Assista e de seu like!


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Joia é um pequeno município com cerca de oito mil habitantes, cercada por plantações até onde a vista alcança, e gente que tem orgulho de sua história. Tanto é que motivou os alunos de suas escolas a participarem de um projeto regional de vídeo entre estudantes, e concorre com o trabalho de um grupo de alunos com o vídeo: A Colonização - Nossa História Oficial, onde meninos e meninas desempenham os papéis dos personagens que construíram a história do município, desde a chegada dos imigrantes italianos,embora a região tenha sido povoada, segundo historiadores,  desde o século dezessete,por índios,portugueses e espanhóis.

O evento, Festival Estudantil de Cinema, é um projeto apoiado pelo MinC, e incentiva alunos a que se envolvam com a Cultura. Brilhante ideia, e Gramado poderia inspirar-se neste evento e fazer também o seu, agora com o Educavideo. Sensacional!

O detalhe é que a escola nunca havia participado de nada, e agora, com este trabalho, necessita de muitos "likes! no vídeo, que está competindo no Youtube.Mas é importante dar o like, não apenas visualizar, para que vençam a competição.

A Escola participa de Documentário no gênero Infanto-Juvenil. Uma gracinha os pequenos atores encenando seus antepassados com a vida na roça. Fica aqui uma sugestão ao Alan Lino e ao Nespolo, respectivamente Secretário de Cultura e Presidente da Gramadotur, que convidem dois representantes deste Festival a assistirem o Festival de Gramado, e conhecerem o projeto Educavideo e Gramado.

Seguem imagens da Escola, dos alunos e dos cenários do documentário. 


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Fotos: Divulgação













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804 - O Número do Senhor X (Decifre isso)

  804 – Reflexões sobre um Plano Silencioso Introdução: Nem toda mudança começa com uma revolução. Às vezes, ela começa com um número. 80...