Pois a história que se conta é muito diferente da que verdadeiramente (verdade é uma certeza que a gente tem, quando olha dentro de si num quarto escuro) acontece.
Primeiro, vieram com aquele pelo do Diógenes, que morava num barril, carregava um vela de corozena, vestia uma cuequinha bacaninha, e ficava campiando por uma pessoa verdadeira (homem, pois mulher não valia nada naquele tempo, e tem umas que não valem ainda hoje. Homens também entram na lista da infâmia, quando se prestam a isso). Mas, de fato, não foi assim que tudo começou. E eu vou contar como tudo começou, senão não faria sentido esse texto.
Pois a coisa era assim: Todo mundo andava que nem bicho: pelado, peludo, e cas côsa balanceando para lá e para cá. Era assim que era. Um dia (uns dizem que foi um dia, outros falam em início da noite, isso não há registro certo), veio um vento das bandas do oriente, mas não era um vento qualquer, não senhor. Era um vento que deixava o Minuano, lá do Rio Grande, ou o Vento Súli, aqui em Fronópixx, envergonhados, abichornados, acabrunhados, e completamente desenxabidos, pela pequenez da côsa.
E como nem tudo que é ruim chega sozinho, o tal vento trouxe junto uma poeira danada, e dentro dessa poeira, uma praga, mas que praga que era, barbaridade. Carregou umas baquetéria medonha de tão tinhosa, que atacavam o sistema evacuatório-mictal, e começava por uma escorrimentozinho mequetrefe, que subia pelos dutos excretores, matando a flora e a fauna intestino-mictória, a peçôa desatava a tussir, lá por bácho, promovendo um churrio incomensurável, uma caganeira bagual, e um mijoleteio irreparável. Era feia a côsa.
Pra piorar a situação, isso se alastrou rapidamente pelo mundo inteiro. E as benzedeiras, estupefatas, perplexas, decidiram que o bão memo pra côsa, seria proteger e evitar a propalação das baquetéria, pois não havia cura nem valcina à vista em curto prazo.
E foi o que decidiram. A partir dali, todos, em todos os lugares, deveriam usar uma espécie de máscara (Más = marvadas, Cara = Fucinho, então: Máscara = Côsa ruim pra tapá as fuça), à qual, pela etimologia, chamaram de Cuéca (Cu + Éca. Eu faria apenas um reparo, pois como a cuéca não cobre apenas o Friduino, supracitado, deveria se chamar também de "Pistoléca"), e como dizia a palavra, o furico da peçôa, para proteger os pinduricáio dos taura, e...bem, as senhoras também tinha que se potrejêr das baquetéria), e desde então, nunca mais ninguém deixou de usar cueca e carçola, que é uma carça curta pra quem não tem pingola.
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