AD SENSE

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Ille Vert by Pacard - Thematic Design 3D Art Maps Thematic Projects
































































































































































Artistic 3D maps, for culture and tourism.

Thematic Projects

Projects for themed events

Restaurants, Hotels, Inns, Squares, Public Spaces

free lancer

(+55) 48 999 61 1546 (Whatsapp only)

https://illevertopportunities.blogspot.com/2022/03/mapas-artisticos-desenho-tematico-ille.html













 Ille Vert - Thematic Design
3D Art Maps

Thematic Projects

(+55) 48 999 61 1546



















terça-feira, 30 de agosto de 2022

A evolução da madeira de Pinus no Brasil




Lembrei que começamos a trabalhar com Pinus Elliotis no fim dos anos 70, e em poucos anos, o mercado ficou completamente enojado desta madeira.

Em 2008, fui chamado para criar um projeto, uma coleção de produtos, montar uma pequena fábrica, e um show room, em Lages, por uma familia investidora em reflorestamentos, mas era Taeda, pra papelaria. queriam fazer também móveis.

O contrato era bom, mas fiquei arrepiado com a ideia de voltar a trabalhar com pinus.

Então, chamei, pra trabalhar comigo, um amigo, engenheiro de produção, que montou as plantas da Tramontina e da Madarco. A partir do que aprendi, mudei completamente meu conceito. Descobri que em 1980, usávamos a madeira errada, as ferramentas erradas, e a química errada. com o advento da exportação, os polos de Bento Gonçalves e São Bento do sul, se adequaram às novas tecnologias trazidas pelos italianos e alemães, começando lá na floresta remanejada, na fresaria, na quimica de acabamento, e tudo mudou. mas ainda havia um ranço de preconceito, porque as superficies eram muito sensiveis ao impacto, ficavam marcadas, perdiam muito tempo emassando, etc.


Shelves do Brasil , by Pacard, 2008 - Foto: Ricardo Bampi

Foi aí, que criei um novo conceito, usado até hoje, onde transformei o defeito em efeito, e começamos a usar superficies modificadas por abrasivos, em lugar do jato de areia. ensinei os moveleiros de São bento do Sul, em um grande projeto coletivo, a convite do SEBRAE, a montarem maquinas usando escovas de aço, encontradas em lojas de ferragens, a valorizar o distressing, e outras texturas, e até uma máquina importada da alemanha que custava 50 mil dolares, foi substituída por uma enjambração de uma plaina sucateada, ao custo de 500 dolares no total.


Shelves do Brasil , by Pacard, 2008 - Fotos: Ricardo Bampi

O momento era de transformação, e já estava em ebulição o movimento "New Baroque", onde se podia mesclar padrões, como se fosse uma libertação do minimalismo.

Isso interessou aos fabricantes de chapas planas, e em pouco tempo, passaram a fabricar acabamentos texturizados de melamina, que multiplicaram a possibilidade de acabamentos até hoje. Atendi nesse tempo, cerca de 25 indurstias de pequeno, médio, e grande porte naquela região, onde fiquei até 2013, quando a exportação já estava favorável, e voltaram a exportar commodities.

Isso a globo não mostra!

Pacard - Designer, especialista em criatividade*

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terça-feira, 16 de agosto de 2022

A Gramado de 2040

Casarão dos Castilhos, by Pacard, 2021
A Gramado de 2040

Pacard (Escritor - Designer - Contador de Causos)

Longe, muito longe de mim, designar-me profeta. Isso não se escolhe. É dom que D's dá, e com D's, não se negocia. Se espera, aceita, e agradece, porque, no lucro, estamos sempre. Então,ao Amado Criador, não interessou, por ora, tornar-me profeta, posto que o preço de tal atributo é sempre muito alto. Todos os profetos amargaram cruentas vias e grande parte deles, sucumbiu pela dor, até porque, saber o que vai acontecer, e muitas vezes, não entender o que acontece, pode causar dores na alma, além das dores do corpo, que os destinatários dos vaticínios causavam, por intolerância, e por que, mesmo sabendo que mudar uma má notícia pode depender muito mais de nós, do que do Altíssimo, é muito mais fácil culpar o emissário, do que perceber que a notícia era apenas uma admoestação, uma advertência, porquanto ainda estaria em tempo de mudar. Assim sendo, reitero que não sou profeta. Sou apenas um observador atento, com algum razoável resquício de memória, ao que chamo de lembranças, grande parte delas, boas, pois também recebi a graça de abstrair aquilo que me machuca, assim, tanto malvados, quanto malvadezes de meus tempos inglórios, batem em mim como água bate nas penas do pato.

Já que não sou profeta, também futurólogo, não almejo ser. Vamos entender que futurólogo não trabalha com os mistérios do espírito, mas com o espírito dos mistérios, isto é, trabalha com a lógica das evidências, diante daquilo que reúne em suas observações, por exemplo: se o céu está carregado de nuvens espessas, ribombam trovões, e é riscado por luzes contínuas de relâmpagos, associando-se isso aos fortes ventos, natural é que muito em breve será necessário recolher-se, pois chuva certamente virá. Assim é a ciência da futurologia: evidências!

Falemos de Gramado então. A minha amada Gramado, a Gramado das minhas doces lembranças dos tempos  em que floresciam as hortênsias e azaléias, e o minuano cortava as madrugadas cantarolando cantigas de bravatas ancestrais. Tempo em que as papoulas e amores-perfeitos, miúdas e cintilantes flores, alcatifavam os jardins enfileirados da Avenidas Borges, colorindo os dias daqueles que perambulavam em périplos de vaivém entre um canteiro e outro a apreciar o tapete vivo das primaveras. Falemos da Gramado repleta de chaminés, que com tímida fumaça azulada transbordava perfume de café das casas iluminadas pelas janelas da cozinha, onde a família começava os dias, e encerrava as noites, ao perfume do pão quentinho, da sopa ao entardecer, da carne de panela que acompanhava o arroz branquinho, a massa caseira, a moranga com milho da horta aos fundos, e o doce de pera em calda, armazenado em prateleiras para o refestelo da família, no ano todo.

Falemos da Gramado, onde todos se conheciam, mas nem todos se gostavam, como deve ser a vida, pois um lugar onde todos se gostam sem diferenças, é um lugar tedioso, e isso Gramado nunca soube ser: entediante! Gramado nunca causou tédio a ninguém, por uma razão muito simples: o tédio é o vazio da falta de objetivos, e objetivos sempre abarrotaram as despensas dos gramadenses, sempre. E as pessoas, como disse, se conheciam, se gostavam ou se odiavam, e tinham assunto para as manhãs e entardeceres nos cafés e botequins, nas varandas, e nos armazéns, que eram mais que pontos comerciais de lucro e abastecimento, eram lugares de convivência do quarteirão, da vila (porque nesse tempo não haviam bairros: eram vilas: Baixada, Vinida, Cantão, Vila Moura, Mato Queimado, e Lago Negro (Sim, Lago Negro já foi uma vila pobre, onde moravam pobres em seus casebres, cujos meninos jogavam bulita, caçavam de funda, e mandava, respeitosamente a mãe tomar naquele lugar, mas ainda assim, chamando-a de "senhora" : "Vai tomá no cu da senhora!")

Falemos de Gramado que celebra 50 anos do Festival de Cinema, e engavetou num cantinho a "Festa das Hortênsias", cujas rainhas e princesas desfilavam, junto com as demais riquezas do município, em carros alegóricos ricamente ornamentados com hortênsias e mais flores. Falemos da Gramado que distribuía cartilhas nas Brizoletas pelo interior, e no Santos Dumont, ao centro, e que fazia do Lago Negro a praia de todos os que não tinham dinheiro para passarem o verão em Tramandaí.

Falemos da Gramado laboriosa e ambiciosa, que em cinco décadas tornou-se a desejável Disneyworld brasileira, antes Suíça brasileira, mas como a Suíça permanece a mesma Suíça desde Zwinglio, estagnar não pertence ao dicionário de Gramado, e o universo dos gritos frenéticos de turistas desfrutando adrenalina e bom vinho, representa bem mais o cenário de uma válvula de escape da ebulição contemporânea. Representa bem mais que banhar-se nas cascatas dos Narcisos, Véu de Noiva, ou tremer de ouvir falar na Cascata da Morte, aos fundos da velha casa do Tristão. Representa bem mais que disputar uma mesa no Café Tia Nilda, ou um lugar à mesa no café Cacique, cujos lugares eram designados aos seus frequentadores fiéis, para deleite dos que ficavam de pé, à volta, ouvindo as conjurações políticas deste ou daquele partido. Representa muito mais que desejar "bom dia" dezenas de vezes ao dia, à casa encontro pelas calçadas, e janelas abertas para o mundo, na jornada entre ir e vir ao "Gramado", como chamavam a sede do município, pelos mais humildes. Representa cessar o barulho e apurar o ouvido para ouvir o apregoar do sino da Matriz, que anunciava um velório, ou a marchinha militar alemã, ao passar um recado à comunidade, por uns trocados, que o Padre Manéa e Isidoro faziam.

Falemos da pequena multidão reunida em frente à Sociedade Recreio durante o escrutínio dos votos nas disputadas eleições, e falemos do aperto de mão dos candidatos, ainda ao manhecer, de casa em casa, implorando por votos, onde o mais difícil era sair sem um café com mistura, ou uma galinhada com arroz, nas reuniões políticas, á noite, durante as campanhas. Falemos de cantar o Hino nacional, à entrada da escola, todos os dias, e de ensaiar a marcha de sete de setembro, ainda no mês de agosto, uma hora por dia, cinco dias por semana. Falemos de tomar refresco gelado nos botecos, ouvindo o tagarelar de vantagens dos bêbados gabolas, e comer um "Farroupilha", porque o sabor do ovo e do pastel eram diferentes dos que se comia em casa. Falemos de levar os sapatos nos "Irmãos Broilo", para conserto, porque um bom par de sapatos poderia durar quase uma geração, se fosse bem cuidado, pois no dia a dia não se usava sapatos, não os meninos. Era "chinela de dedo", a que a televisão teimou em transformar nas "Havaianas". Falemos do perfume misto de café moído na hora e sorvete do Café Brasil. Falemos dos filmes de sábado e domingo á noite, além das "Matineés" nas tardes dominicais, do Cine Embaixador, que depois, mais suntuoso, tornou-se em "Palácio", e nos palácios, o povo permanece do lado de fora, tremulando bandeirolas para os príncipes...   Até no dia em que os nobres se enclausuram de cordões, e o povo volta às suas choupanas. 

Falemos da Gramado que terá que mudar os nomes das ruas, pois seus heróis já se escondem na escuridão do esquecimento.

Falemos de 2040, o ano em que o mundo terá que consumir o que sobrou de humanidade, e que a geração que contava histórias em 2022 não soube ensinar a geração seguinte a ouvir histórias. E a história que não foi ouvida, não terá mais como ser contada.


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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

O verbo e o vazio - A desumanização pela comunicação



Na cultura judaico-cristã, O Logos, ou O Verbo, ou ainda, A Palavra, são a expressão máxima do conceito Divino da Criação do Universo, da Terra, da Natureza, e do Homem.

A palavra sempre foi objeto de veneração, ao longo da história. Valia mais que a própria vida, em questões de honra. O empenho da palavra era mais precioso que o ouro ou qualquer outro valor mensurável, porque a palavra empenhada não tinha como ser destruída ou roubada, senão por quem a tivesse proferido. Assim, a palavra era única, um DNA, uma assinatura imutável.

Depois da palavra, vieram as palavras, no coletivo, no senso de pluralidade, de compartilhamento de atitudes e sensações. E da palavra falada, cujas raízes brotavam das cordas vocais de seu emissor, e antes delas, do pensamento, um lugar secreto na mente, cuja chave só pode ser aberta pela vontade de seu emitente.

Destartem compreendemos a história pelo conjunto de palavras ou imagens que as traduzissem em seus significados mais profundos, pela riqueza de detalhes oferecidos ao leitor de qualquer tempo. Então, tivemos os cuneirofmes pelos sumérios; os hieróglifos, no Egito, o proto-sinaítico, que derivou o hebraico; os ideogramas orientais, e assim evoluindo, passando pelo alfabeto ocidental, que permitiu certo hiato entre os primeiros caracteres até os dias atuais, quando surge, pelo vazio de referências analíticas, os memes, os emoticos, emojis, e de tão veloz que corre a nova linguagem, tantos outros que certamente trafegam às sombras da web obscura, como códigos de proteção aos intentos menos publicáveis. As gírias, traduzidas por novos ideogramas, apenas perceptiveis aos iniciados, isto é, aos que pertencem ao mesmo grupo de atividades de tal natureza.

Classificar as palavras é um exercício de milênios, e a cada momento em que os mistérios da linguagem são satisfatoriamente elucidados, surgem novos tratdos de correção e ajustamento aos tempos e às invenções. Assim, viajar de um lugar a outro deixa de ser um aparato de meses, até anos, de preparo, para resumir-se à escolha da passagem mais barata, do hotel mais vantajoso, e da forma de pagamento mais propícia. Diante disso, a palavra "avião", aeronave, ou "Transatlântico", não fariam nenhum sentido há um século atrás, e soariam como fórmulas de bruxarias se proferidas durante a idade das trevas. Porém, a recíproca também é verdadeira, quando têrmos, conhecidos em lugares e em circunstâncias absolutamente locais e temporais, encontram-se em nossas leituras na literatura antiga, e torna-se ainda mais sinistra se tentarmos traduzi-las ao nosso tempo, sem a devida compreensão de suas fontes e propósitos originais.

A fluidez das palavras é uma máxima cotidiana, quando o que antes era comum, torna-se abjeto anacrônico, porque o sentido mudou, e o que antes fosse corriqueiro, torna-se ofensivo. Assim, pouco a pouco, obliteramos o desejo de falar, porquanto nossas palavras poderão tornar-se nossos verdugos. O que antes era afago, tornou-se assédio. O que era carinho, tornou-se malícia. O que era brincadeira, tornou-se um perigoso labirinto repleto de armadilhas para enredar ao menor delize. Assim, perigoso é falar. Perigoso é olhar, e torna-se nocivo até mesmo existir.

O verbo conjugado é o sujeito vivo. o verbo intransitivo é o sujeito acorrentado. A flexão verbal deixa de ser um aditivo do conhecimento, e torna-se um vazio cáustico pela ruptura da vontade acorrentada pelo medo do erro acidental. A inflexão verbal esvazia a vida. A vida vazia, esvazia o ser. O ser vazio caminha e arrasta consigo o mundo todo ao caos. A comunicação racional, que nos diferencia da comunicação instintiva dos animais, afunda-se numa espiral invertida, e cada dia mais, vai sendo engolida por si mesma, como a serpente "Ourobouros", que devora-se a si mesma, tendo seu formato absurdo indicativo de eternidade, mas uma eternidade perniciosa que se fecha, que se devora, diverente da eternidade que se expande, que se multiplica, que se descentraliza, o ponto inicial para o vazio desconhecido, como o "Big-Bang" que moldou o Universo.

O vazio dos verbos se distancia da plenitude do Verbo, porquanto é a iniciativa humana a reformular a plenitude moldada pelo Verbo primevo. A comunicação emaranha-se neste vazio do Ourobouros. A vontade se esvai no c´pirculo fechado do monstro, onde a cabeça devora a cauda, e impede a si mesma de flutuar pela existência.

Gosto mais de pensar no singelo "beabá" das primeiras lentras, onde não havia história a resgatar, senão o cantar sereno da mãe que embala o filho, mostrando o céu e nominando as estrêlas, como poemas e canções. o verbo era mais suave e o vento era apenas brisa. Um sopro. Uma promessa.


Pacard - Pétalas, 2022



Renovar para não sucumbir - O que a pandemia trouxe de bom



Renovar para não sucumbir

O que a pandemia trouxe de bom

Pacard - Escritor - Designer




Parece ser uma piada de mau gosto, dizer que algo de bom tenha saído de uma pandemia, com milhões de mortos pelo mundo, e traduzindo para o pessoal, a impagável quantidade de pessoas com qualidade, próximas, seja por parentesco, amizade, ou contemporaneidade, que nunca mais iremos cumprimentar durante o breve espaço de tempo entre o nascimento e o descanso, que chamamos de vida.


Ainda assim, para que o ânimo e a vontade de continuar não se perca, precisamos tomar um gravetinho, e remexer nas cinzas, levantar escombros, para descobrirmos que nem tudo foi perdido, a começar por nossas próprias vidas, haja vista que estamos aqui, levemente estraçalhados, e ainda assim, íntegros da determinação de continuar em frente, rumo aos sonhos que havíamos desenhado pela aquarela da esperança.


Desde que o mundo é mundo, desque que o Ser Humano descobriu a função das mãos e pés, e de todos os demais sentidos, sobretudo, de sua capacidade de repensar caminhos diante de obstáculos, nenhum caminhar é linear, mas todas as vidas desta longa história são como um prato de Lámen, aquele espaghetti crespinho, emaranhado entre si, e ainda assim, saboroso. A vida é saborosa, e quanto mais emaranhada, mas e mais desafios à nossa criatividade, ao uso de noss capacidade de recomeçar, é aflorada, e a cada instante somos diferentes do instante anterior, somos mais criativos, somos mais dinâmicos e resilientes. É assim que é a vida: um compêndio de resiliências, como adobes que constroem edifícios e pirâmides, como pilares que sustentam nosso caminhar.


Eu, assim como outros bilhões de eus espalhados pelo mundo, estamos nessa ebulição criativa, e basta que não fechem as portas que encontramos, para que nelas entremos, e ali façamos morada, não como invasores, mas como bons vizinhos. É assim que quero ser: um vizinho laborioso em uma coletividade de pessoas que não caminham para a escuridão, mas que se fazem luzes para iluminarem caminhos àquels que mal abriram os olhos, com luzes tênues em crescente, para que não sejamos ofuscados e venhamos a tropeçar pelo excesso de confiança vazia. Isso é o que quero dizer: não caminhamos sós, mas importa mesmo é que continuemos a caminhar.


Pacard, Pétalas, 2022


#esperanca,#determinacao ,#trabalho

O que é Cultura no Município?

  O que é Cultura no Município? Paulo Cardoso (Escritor, Designe, Ex-Conselheiro Nacional de Cultura - Ministério da Cultura)* Ano novo, nov...