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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Quando o problema é mais píxel do que físico, nas couves de Dona Izartina.


Imagem: Dall-e2

Quando o problema é mais píxel do que físico, nas couves de Dona Izartina.


O grande tormento de todas as gerações que alcançam a idade do embranquecimento, a idade das "cãs", sempre foi a mudança dos costumes.

Sempre que alguém, geralmente muito mais jovem, surgia com uma novidade, apareciam as contradições, e se esta novidade estivesse aliada à quebra de paradigmas, nos soturnos tempos das trevas, chamados de "Idade Média", eram imediatamente associados ao demônio.

Os anos passaram, o mundo continuou se renovando, e os demônios continuaram os mesmos, mas, o que não foi percebido é que os demônios não habitavam nas inovações, mas na cabeça tacanha dos que as condenavam, pelo simples fato de não serem capazes de aceitar um novo caminho para velhas jornadas.

Sempre, desde que foi criado, o Ser Humano, tendo sido criado para ser criativo, assim como Seu Criador, criou, inovou, alterou o curso das possibilidades e inventou as probabilidades por intuição, o que foi institucionalizado assim que nasceu a filosofia. 

Ao longo dos milênios, depois reduzido a séculos, décadas, anos, e no mundo atual, horas e dias, o avanço do conhecimento encontra atabalhoadas barreiras dos velhos conceitos e preconceitos de que toda inovação será maléfica, e que a solução é correr para morar nos matos, vivendo de forma primitiva, construindo casas de barro e cáscas de árvores, e abatendo seu alimento com armadilhas primitivas. E como tudo o que cria adeptos, em pouco tempo, torna-se uma ideologia, e de ideologia para seita religiosa, é um passo curto e inesperado.

O Píxel veio para se perpetuar, isto é, durar até a chagada, em breve, do computador quântico (este é quântico mesmo, e não tem nenhuma relação com "coach quântico", ou "Física quântica", que é na verdade Mecânica quântica), posto que, até onde sei, não usará mais o conceito dualista de "sim e não", ou "ligado e desligado", ou ainda "nós e eles", "o amor e o ódio", e coisas dessa natureza, o que torna incrível saber que quem põe esses nomes absurdos nas coisas corriqueiras, não entenda patavina do que está falando. Apenas achou sonora a palavra, e assim como dá nome pra filho, pela sonoridade da coisa, também atribui títulos e codinomes à efeitos ocasionais e sem sentido algum.

Então, como dizia o poeta grego, cujo nome eu nunca soube: "Que bosta!" Não falo do tipo de estrume que se põe nos canteiros para engordar as couves de Dona Izartina, mas daquela menção injuriosa atribuída à desvios de curso nas tábula do conhecimento. Mas, enquanto não vem o quântico de verdade, permaneçamos nos Píxeis, o amontoado de Píxel atrás de Píxel, que permita a redação desse ensaio sem o nostálgico tatalar das teclas da velha e boa Lexicon que usei por saudosos tempos. O Píxel aqui é o pavor dos incautos, e a tábua de salvação dos que romperam o cordão umbilical do passado, e se lançam de mente e imaginação no metaverso dos vazios piscantes.

A eficácia do Píxel está na preservação mecânica dos usuários, que investem mais em cadeiras giratórias do que em sementes confiáveis, porque a seara sempre presente dos "fast foods" não exige esforço braçal para a recompensa acompanhada de bebidas pretas, amarelas, verdes, ou incolores, açucaradas e gaseificadas, sem as quais, seria indigesto manipular os píxeis, para que estem manipulem os instrumentos físicos, criados para nos servir. Como por exemplo, entregar os lipidios e glicídeos ainda quentinhos,encomendados pelo cantarolar das teclas físicas ou virtuais na telinha pixelada que domina as novas gerações.


Pacard - Escritor, Artista Plástico - Fã da Dona Izartina

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