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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

O Fedor de cada Prifume - Causos medonhos do Apolônio Lacerda


Pous Apolônio andou de namorico, lá pela vórta dos dizaceis, com uma prenda muy ventana, por nome Darvenice, que era enteada do Maroto Bola, o capatais da pedreira, enquanto foi ajuntado com Juventina Serena, fia do falcido Agenôri, aquele mêmo que pegaram campiando as nuvía do Isabelão.

A chinoca apreceiava dar umas vortiada pra longe, e depois vortava gavando bola, que conheceu esse e aquele, pessoas cunhicida das novela do rádio, mas dizendo ancim cumparaçã, ela queimava campo, pous nem na cidade tinha ido, porque andava de rodopio nas bailanta da costa do Água Doce, que devorteia o Bassorão.

Foi numa dessas, que, pous não é que ela comprou um biête de loteria, e acarditem, ela venceu a bolada, e venceu solita. Um mistério dum dinherão, barbaridade. E o que foi a premêra côza que engenhô a maleva? Viajá! Viajá pra capital? Não!  Pros estranjêro, bem longe, foi de navio. Agora, me cuestiône se ela convidou o cambicho do Apolônio, pra levá junto? Pois convidô foi nada! Foi solita!

Mâs, oiça o que les digo: Aqui se fáis, aqui se paga, e uns seis meis dispôs ela tava de vórta, co bucho empanzinado de goloseimas que comeu, e um rabo de prefume daqui inté lá adiante, de tão forte que tava.

Com ar superior e desdenhando, se esfrega em Apolônio, que fais beiço de muxôxo, e ela arremata:

- Sintiu, gostô do xêro?

Apolônio apenas faz um abano diante das fuça, como se espantasse fedor de chiqueiro.

- Que xêro é êsse?

- Sintiu? NotÔ? É prifume francêis (esticou o beiço e deu um assobiu pra dizê "francêis!") Comprei na Nóviórque! Paguei mir dólar ô tubô!

Quando foi dalí à pôco, sobe pôlo ar, um futum daqueles aliviado pôlo fígo, empesteando o lugar todinho. E ela arregalou ozóio e priguntô:

- Quê xêro é Ésse?

Apolônio arrepara no momento certinho de carcá mardade e responde, ancim na fuça dela:

- Sintíu? Notô? É Fejão "Tio João", da budéga do Porongo! Oito conto Ô quilo!

- Mas te arranca, que tão pegando, vou te carçá no chumbo, jaguara, bocaberta, peidorrêro das carça xuja! - Berrou Darvenice, dando de mão num relho que ficava dipindurado na soleira da janela. E deitou laço no lombo do debochado, que saiu riscando, e se perdeu coxilha afora, dando gaitada!




Apolônio Lacerda é um personagem fictício, criado por Pacard*


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