AD SENSE

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Criar, ou não pensar? Eis a solução O labirinto existencial da Inteligência Artificial
















Imagem: IA

Criar, ou não pensar? Eis a solução

O labirinto existencial da Inteligência Artificial

Pacard - Designer - Escritor - Sujeito à revisão mecânica pela idade

Sou Designer, e sou velho, digamos, comparado à um tomate, porém, nem tanto, se ladeado com uma montanha. Mas velho o suficiente para perceber as transformações que me convocam a reagir, para não sucumbir.

De fato, no último ano, mais propriamente, no último semestre, o Tsunami Afuraconalhado* (Neologismo meu) vem varrendo todos os resquíscios da empoeirada multidão que tinha medo de pensar, e até achincalhava os pensadores, a saber, gente feito eu, que é capaz de combinar mais que três vocábulos sem tropeçar na gramática, ainda que eventualmente o faça, pois sou brasileiro, e em tal condição, é certeza de que "nóis pode, nóis fais, e nóis tá nem aí!". Então, sim, o soprador da tecnologia só não me deixa em situação vexatória, porque sou masculino aos moldes convencionais, e assim, estou protegido do efeito "Marylin Monroe", à eventualidade de ter minhas partes pudendas mostradas pelo vento traiçoeiro de algum bueiro maroto.


Voltemos às IAs, este vocábulo reduzido à duas letras, constantemente invertidas entre IA e AI, o que não altera o produto tal ordem de fatores. Pois esta mesma, achegou-se despacito como quem rouba, e instalou-se no meu Notebook (a quem os britânicos ainda insistem de chamar de "laptop"), sem pedir licença, ou talvez a tenha requerido naquele documento de 1500 páginas digitais que rolamos a página ao instalar o navegador, e quando vi, certa manhã, havia um ícone desconhecido na barra de tarefas. Foi verificar o que era, e fui comunicado que eu era um "Beta testador". Fiquei tão feliz! Eu ganhara um peixinho, talvez digital, daqueles protetores de tela, sei lá, mas não foi isso. Lembrei que "Beta" além da segunda letra do alfabeto grego, também significava que eu era uma espécie de rato de laboratório para a Máico Sófete, pois nada mais era que a primeira aparição pública do "Bing". Sério! Foi paixão à primeira vista, uma IA que faz desenhos muito menos monstruosos e borrados que o Dall-E, cujas bravatas digitais mais se parecem aqueles borrões do Salvador Dali amalgamados com Picasso, talvez numa daquelas noites de bebedeiras com seus amigos Focault e Simone Bovoá (sim, porque queles dois, mais o Paulo Neruda, faziam Paris e a Orópa tremerem, barbaridade). Enfim, era a IA, esta dizinfiliz, que passou a me fazer perguntas, e o palhaço aqui, gratuitamente, passou a adestrar o bichinho cibernético (será que só eu ainda falo "cibernético?), pra chamar de "meu"..Ah, como sou besta! Passei de graça me conhecimento das coisas da vida para um bendito robô que se faz de tonto pra ganhar café preto, e vai levando meu conhecimento  criativo, e me retribuindo com uns regalos muito bem feitos de suas ilustrações, como uma criança, que desenha bem mais que gente de palitinhos, e diz:"Olha o que eu fiz!" Mentira!  Quem fez ainda fui eu, que pelo uso da palavra, talvez até seja isso um dom, dei as ordens corretas para que fosse transformado em "prompt", em "sintaxes", e corresse a coletar fragmentos de imagens para montar a minha própria aberração.



Nenhum comentário:

O que faz a tua mão direita....

Evitem fazer alarde quando ajudarem alguém, não fiquem contando vantagem diante das pessoas, para  que sejam admirados e elogiados; aliás, s...