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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Voce precisa mesmo expulsar o candidato de sua casa? O eleitor medíocre

 

Li com tristeza, algo que foi compartilhado com protesto, e como escracho, como deboche da baixa popularidade dos políticos. Isso não é privilégio apenas dos políticos, mas de grupos religiosos, de vendedores, e de qualquer pessoa que esteja em situação de depender do gesto de boa vontade das pessoas..

Vi certa vez, uma placa de bom tamanho, no jardim de uma casa, os seguintes dizeres:
-"Pessoas das Testemunhas de Jeová, estão proibidas de entrarem nessa casa"

Soube, depois, que era um ódio intrínseco, pois um membro daquela família havia se convertido à esta religião, o que incomodou sobremodo os familiares, devotos de outra doutrina.

A disseminação do ódio é uma constante no mundo, mas em tempo de eleições, ficam liberadas as ofensas pessoais, as ilações (acusações vazias, insinuações), os ataques, até mesmo físicos, e verbais agressivos, no confronto entre duas pessoas, muitas vezes da mesma família, que divergem das opções um do outro.

O fato que descrevo é uma imagem compartilhada nas redes, de um morador, em Gramado, que instalou na sua casa, ou condomínio, não sei dizer, uma enorme faixa, com dizeres que deixam clara a exclusão de candidatos neste território particular.

Que triste isso. Não sei, e nem quero saber quem são estas pessoas, mas sou capaz de traçar um perfil delas, xingando, ao longo de quatro anos, os políticos, por qualquer razão, sendo que não tenham um, em espacial, a direcionar seus protestos, pois, quando eu quero reclamar de algo, procuro alguém, para que faça alguma coisa, mas, não posso reclamar de quem não me deve neda, nem mesmo sua palavra.

Como poderia eu, cobrar de um prefeito, um vice, e nove vereadores, por algo que não me prometeram, de uma reivindicação que não fiz, olhando nos olhos e selando o acordo com um aperto de mão?

Desse modo, quem não se compromete no caminho, não espere receber a chave da porta na chegada. O compromisso das autoridades é com o povo, com todas as pessoas, mas o compromisso de ouvir uma reclamação, deve ser direcionada, para que não se torne injusta, pois, como pode o Prefeito pagar por promessas feitas pelo vereador, sem que não tenha participado da conversa?
Quem não participa da campanha, seja como militante, buscador de votos, ou como eleitor que recebe o candidato para ouvir suas propostas, não tem o mínimo direito de reclamar depois, não tem a mínima condição moral de apontar ausência política de quem ele próprio, eleitor, nem mesmo se dispôs a ouvi-lo. Hipocrisia se responde com silêncio. É o que há.



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