Sun Tzu e Maquiavel
O objetivo deste ensaio não é propor nenhum tipo de estratégia a um ou outro lado do embate político de Gramado, mas esclarecer o eleitor, levá-lo à uma profunda reflexão sobre sobre atuais acontecimentos, à luz dos dois maiores autores de estratégia política e militar da história, Sun Tzu, general chinês, e Maquiavel, pensador italiano. Todos, praticamente, já devem ter ouvido falar de Maquiavel. Já Sun Tzu, é mais conhecido no meio militar ou empresarial. Ambos tem conceitos sobre o comportamento humano, seja militar ou político, mas acima de tudo, retratam a essência humana envolvida em um e outro estudos.
Resgatei algumas frases, que por si só, resultariam em imenso estudo, o que o espaço e o tempo do leitor não me permitem. Desta forma, pincei frases avulsas, e á luz destas frases, contextualizei com os atuais movimentos políticos de Gramado. Certamente poderá o leitor (a) reconhecer estes movimentos, e com mais clareza poderá contestá-los, pois certamente não tenho escritura de propriedade da verdade. Sou apenas um pensador e provocador ao pensamento, e poderemos ampliar esta leitura, de acordo com o andar dos acontecimentos.
Pacard (Escritor - Palestrante)
Se os homens fossem honestos, não precisaríeis da força, nem da fraude.Os fins, justificam os meios - Nicolau Maquiavel
De um lado, um festival de ataques porque não teve um projeto aprovado do jeito desejado. Coleção de "memes" espalhados pelos grupos e redes sociais, entupindo caixas postais. Do outro lado, a resposta em forma de memes com os mesmos motivos, porém pela leitura deste lado. E qual a arma mais poderosa que existe para virar o jogo em uma eleição? O ataque frontal, um bombardeio massivo, uma enxurrada de xingamentos, se tal modo que atordoe o adversário, e que perca tempo este em tentar se explicar aos eleitores que não são responsáveis pelo que é mostrado em tais memes. E sabem por que isso acontece? Acontece porque não confiam mais na imprensa, nos meios de comunicação locais, porque poderiam simplesmente emitir uma pequena nota por tais agentes, e encerraria o argumento. Acontece que também alguns veículos são comprometidos com este ou aquele lado, e portanto não teria credibilidade como fonte de gabarito. Perdeu-se a noção do certo e do errado, e a guerra das mentiras parece ser cada vez mais triunfante. Dos dois lados. Ninguém está livre de ser lido e não ser acreditado. E isso um adversário não é capaz e fazer sozinho. Credibilidade ou está em nós, ou não teremos onde comprá-la. Simples assim.
De que armas ideológicas se fortalecerão um e outro?
Resta saber, em cada grupo, quem é quem. E como neutralizá-los em seu território de conforto.
"Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma vez só.“ — Nicolau Maquiavel
Todos nós já passamos, estamos passando, ou ainda passaremos por uma guerra. cada guerra, é composta, de modo geral, por muitas batalhas, muitos combates corpo a corpo, mas antes disso, há os combates dentro da mente dos contendores.
Há muitos tipos de guerra, a começar, pela guerra enquanto fomos um entre bilhões de espermatozoides, assustadoramente velozes, furiosos, afoitos, e decididos a conquistarem o único óvulo disposto a nos receber para um chazinho das cinco. Um único sobrevive, penetra a dura carapaça, e finalmente consegue instalar-se confortavelmente no sofá da casa da sogra, colocar os pés na mesinha de centro, e assim que começa o futebolzinho tão saudável, na tv à sua frente, Páah! Ele se fragmenta em dois, quadro, oito, e segue uma matemática confusa, até que, já acostumado àquela multiplicação sinistra, é expulso daquele ambiente quentinho e gelatinoso, em forma ainda mais bizarra que entrou. Antes, era uma bolotinha com um rabinho veloz, e agora é um treco cabeçudo, barrigudo, com quatro (ou cinco) penduricalhos cheios de penduricalhos (um não tem) que se mexem, e que começa a ver luzes, ouvir sons, sentir sabores, e sentir a tremenda necessidade de enfiar a boca naquele, bem você sabe onde os bebês enfiam a boca quando nascem. Eu apenas contei isso tudo pra ilustrar minha tese de que somos guerreiros por essência, por necessidade, e em certos casos, por prazer, ou para chegar até ele.
Toda guerra tem sempre dois (ou mais lados). Há contendores que anotam seus interesses, e partem pro ataque, ou apenas se defendem. Mas todos lutam. Então, permita-me falar das guerras antigas, aquelas que tinham graça de ver, onde os valentes lutavam aos berros, vociferavam impropérios sobre os inimigos, sujavam-se nas vísceras dos caídos, lambiam o sangue dos derrotados em suas espadas e machados, e pisoteavam os cadáveres dos que tombavam. Havia um completo êxtase, um frenesi selvagem, onde força bruta e estratégia, aliada à treinos perenes, faziam prevalecer sua força, sua cultura, seus costumes, e sua história, que era contada pelos bardos e pelos bufões, com notável dramaticidade, dentro dos castelos, das tavernas, nas praças e nos prostíbulos, ao fedor de urina e vinho vagabundo, e ao som de cítaras, alaúdes, tamborins, harpas, flautas e cornetas de chifres ou metais. Mas esta era a parte material, carnal, da guerra. Havia, porém, mais, Muito mais. Havia o espírito dos guerreiros, e o espírito dos estrategistas, dos manipuladores, que iam muito além dos generais e capitães, mas especialmente dos silenciosos e ardilosos conjuradores, que espreitavam pelas frestas, mancomunavam-se pelas vielas sinistras, e ao arrepio da plebe, arquitetavam épicas sangrias, muitas das quais lambiam ao cabo, os próprios conspiradores (Veja Robespierre, Danton, Julio Cesar, Cleópatra, Caifás, e tantos outros na história), e ato contínuo, refestelavam-se no mármore dos palácios, pelas noitadas de orgias e glutonarias, enquanto lá fora, o povo morria à míngua, ceifado pela fome e peste, onde a morte seria a sempre bem-vinda esperança de alívio. Assim, dizia Paulo de Tarso, morrer é lucro. Era lucro, porque pouco antes, a euforia transformara-se em estase, desânimo, inanição de espírito, porquanto davam-se conta de que lutaram e viveram em vão, porque os louros estavam nas cabeças de quem não tinha pelo povo o mesmo amor que nutriam pelo poder. Assim eram os despojos, para um e para outro.
A guerra sempre foi objeto de desejo de reis e príncipes, e sempre haviam ministros e generais que os aconselhavam antes que partissem ás batalhas, e de tudo o que se conhece sobre estes preparativo, a essência está descrita em um pequeno livro, quase uma apostila, na qual Sun Tzu,, ícone dos generais e estrategistas, dá conselhos, que parecem-me bastante apropriados sempre que haja um confronto à vista, a saber, aqui, confronto de ideias, planos, e propósitos. É o que é uma eleição. Nada mais que uma guerra em outro formato.
Escrevo o ensaio, não da forma tradicional de meus outros textos, mas como um apanhado de frases de Sun Tzu e a seguir de Maquiavel, e os comparo aos acontecimentos de que tenho notícia no embate político e no comportamento dos políticos em Gramado.
Procuro sempre exercer a neutralidade, sem cair no esvaziamento das ideias e muito mendos na bajulação, ou na injúria, que é exatamente o comportamento que procuro combater, ao qual dedico esta análise. De modo geral, reservaria tal análise a um único lado, ao lado que tivesse como cliente, mas aqui acho oportuno, porque considero como clientes, os meus leitores, e é a estes que devo despertar, no mínimo a curiosidade em levar ao debate as minhas palavras, não comigo, porque eu tenho certo cuidado em não debater meus próprios textos, e muito menos tentar provar algo destes, porém, prefiro que sejam debatidos em rodas de amigos, e que retirem as boas palavras e façam as mais ásperas um alerta, um despertar para que pensem se não estou com a razão naquilo que exponho?
Vamos à exegese então. Começando por Sun Tzu, na Arte da Guerra. O primeiro conselho de Sun Tzu é:
A guerra é um assunto de importância vital para o Estado, o reino da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a ruína. É indispensável estudá-la profundamente.
Gramado é nosso foco neste ensaio, e chama-lo-emos de Estado, ou Principado. Iremos considerar então este Estado, um principado, o que cabe pensar, se considerar que a Europa, terra matriz de nossos ancestrais, era pulverizada de minúsculos reinos e principados. Assim, Gramado tem em sua resistência exatamente o permanente embate entre forças antagônicas, que se digladiam dia após dia, ambas, na ânsia de determinar a extensão das ruas, o dimensão e as cores dos canteiros, o asfaltamento desta ou daquela localidade como prioridade, este ou aquele parque, deste ou daquele jeito. No fundo, não há a menor importância se tal rua foi feita por primeiro, ou se irão permitir que ônibus transitem nesta ou naquela rua. A decisão será tomada, mas o ego inflado dos governantes (não reclame, leitor, porque você brigou com seu vizinho, e até com sua família, para que ele seja seu dominador, isto é, seu Prefeito, Vereador ou sua autoridade comissionada), setará sempre á frente das decisões. Assim, Se Fedoca e quase terminar, mas quem o substituir, vier a inaugurar, a ética diz que seria prudente convidar o antecessor, até já vi isso ser feito, porém, não é usual, e sim, Fedoca será esquecido, assim como Nestor foi esquecido. E bom cabrito, não berra. Mas é assim que é.
Deste modo,acreditam e fazer crer em seus prosélitos, que o mundo é dividido em três tempos: Antes, durante, e depois do governante de plantão, onde classifica-se o antes, sendo oposição, como o primeiro segundo após o Big bang, a atualidade, aquele paraíso divino, onde falta um retoquezinho aqui e outro ali para ser um novo Éden, e o depois, o abismo da borda da Terra Plana, o Maelstrom, onde quem cair, perder-se-à no infinito. Por isso, é preciso muito planejamento de campanha para que o amanhã não aconteça, senão diferente do hoje, ou do ontem, sendo a oposição quem o possua.
Eis a razão de meus ensaios, desde priscas eras: Estudar os movimentos de cada um dos lados. Sun Tzu porém, vai além. Ele diz:
Informação é crucial. Nunca vá para a batalha sem saber o que pode estar contra você
As redes sociais armaram a população com armas mais poderosas que as armas de fogo. E isso não é retórica ou romantismo, é verdade, porque se você quer destruir uma pessoa, destrua-lhe o ego, por primeiro, a auto estima, faça-a pensar que é inútil, menor, e infeliz. Mas e como se faz isso, sem tomar um processo nas costas? Simples: Minta"
Minta que é feliz, minta que aquela foto de perfil não tem retoque, é sua mesmo, natural, minta que você está feliz, está ganhando bem, que aquela roupa nova é apenas uma de sua coleção, enfim, não me presto para ensinar a mentir. Apenas quero ilustrar que uma batalha pode ser vencida pela guerra da informação, principalmente pela guerra da desinformação, as "fake news", mentiras cibernéticas.
Uma mentira não precisa ser contada mil vezes por você. Basta que seja atrativa, irônica, divertida, ela será repercutida, replicada, compartilhada, e em poucas horas, nem mesmo as redes sociais poderão mais rastrear a primeira mentira que foi aplicada. Ninguém sabe, ninguém viu. E aquele que foi difamado, consumirá tempo e energia em varrer os céus em busca de penas jogadas ao vento. É isso que está acontecendo nesse momento em Gramado. E o lado oposto também sabe disso, e age pelas sombras. As fake news nunca nascem em páginas oficiais, nunca passam por canais controlados, mas sempre á eles chegam já na condição de piada, de humor ácido, de montagem muito mal feita, com recortes daqui e dali, e montam as mentiras, e caso sejam descobertos, podem declarar que aquilo foi apenas brincadeira, e que basta ver a má qualidade das montagens. Até lá, o incauto já pulverizou entre suas próprias redes e grupos, e você nunca vai descobrir, nem que criou, nem quem capilarizou, até porque você mesmo ajudou neste processo, e não poderá atirar a primeira pedra. O único sujeito de quem se tem notícia, que atirou a primeira pedra, embora tivesse mais quatro prontas pra façanha, foi Davi, que matou um gigante, e depois tornou-se rei.
Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perder; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio será derrotado em todas as batalhas.
A questão aqui está em quem conhece a si mesmo, e não apenas o inimigo que intenta destruir.
O general chinês não esquece do líder,e diz:
Um líder lidera pelo exemplo, não pela força
É aqui que o caldo entorna. Aqui Sun Tzu é contradito por Maquiavel, que fala mais em força do que em exemplo, e é aqui que Maquiavel domina este cenário. Não reconheço liderança, nem em Fedoca, nem em Nestor. Ambos necessitam valer-se da força, do canetaço, da artimanha, para manterem seus domínios, a seu tempo e lugar. Maquiavel acrescenta:
A questão não está em saber se são ou não honestos, mas em esmagá-los antes que tenham oportunidades de se tornarem desonestos com sua própria causa. É aqui, que em seu tempo de comando, tanto Nestor quanto Fedoca, tornam-se cruéis no seu território, com seus próprios comandados. Nestor grita, esmurra a mesa, e aterroriza sua equipe. Tornou-se piada em cima deste comportamento. Fedoca, diferente de Nestor, usa a caneta e fortalece seus escudeiros para que o cerquem e o protejam, e promovam eles mesmos a crueldade necessária para manutenção do reino. Não estou aqui fazendo juízo de valor, até porque, eu já comandei comunicação em várias campanhas, e sempre procurei blindar o candidato de debates inócuos, de respostas ácidas, poupando-o de desgastes, para que tivesse cabeça fria e coração quente, na tarefa de buscar votos, fazer campanha corpo a corpo. É atribuição de seu entorno, de sua equipe, os atos desumanos e cruéis que acontecem em uma campanha, uma administração, em uma liderança.
Estou eu incitando esse tipo de comportamento? De modo algum, acho-o abjeto, nojento, cruel. Estou apenas demonstrando que nossos gestores e candidatos, se desconhecem Maquiavel, ao menos já tiveram ou tem quem os convença, por estes métodos, em minha leitura, satânicos. Mas eficientes.
Trate seus homens como filhos e eles o seguirão aos vales mais escuros. Trate-os como filhos queridos e eles o defenderão com a própria morte.
Bem, isso já é mais um conselho de como lidar com sua equipe, mas desconheço esta personalidade tanto em um quanto outro. Ambos tem passagens dignas de que caiam na vala do esquecimento, apesar de que ambos coloquem em seus jargões, o amor ao próximo, bastante adequado seria entender esta relação de proximidade e afeto que ambos possuem com suas equipes, e não falo aqui de grupos seletos, mas falo de rotinas, do cotidiano. Não é o que tenho ouvido de nenhum dos dois. Mas é parte da estratégia, estou vendo aqui. Sun Tzu ditou, e Maquiavel sublinhou. Lição de casa, cumprida.
A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante.
Devo dizer que esta é exatamente a tática, e assumidamente a estratégia, de um e de outro lado nesse exato momento. Querem ver como isso acontece?
Toda guerra é baseada em dissimulação. Por isso, quando capaz, finja ser incapaz; quando pronto, finja grande desespero; quando perto, finja estar longe; quando longe, faça acreditar que está próximo.
Aqui começam a se definirem as estratégias, mas estas ainda não estão acontecendo. Quem mostra ser incapaz, é porque é mesmo incapaz. Quem mostra ser forte, é queque a sorte também faz a sua parte, mas não há nenhuma estratégia para garantir a força. O acaso é o maior conselheiro que vagueia pelas ruas quando não há comando do cérebro, e sim das paixões.
Quando o Fedoca vai á Câmara pedir que vote um empréstimo e a venda dos imóveis, ele não está fazendo teatro, porque ele realmente não viu nenhuma outra saída, quando as portas em Brasília começaram a ser fechadas em razão da troca de ideologia do Governo Central. E Gramado estava muito, muito, mas muito mal acostumado. Tido dependia de verbas de Brasília. Todos os Prefeitos (exceto o Nelson, que tinha seus agentes para esta tarefa) conheciam e conhecem muito bem os bons hotéis de Brasília, as preferencias das secretarias dos Ministros, e o caminho do Tesouro. Isso acabou. Gramado vai ter que ser mais Gramado que já foi um dia, e redesenhar-se nesta nova condição, mas enfim, Não há disfarce aqui. Tanto a Câmara não aprovou por maldade política, que aqui passa a ser politicagem, quando Fedoca contou com o ovo no traseiro da galinha, e anunciou as obras. Ambos mostraram fraquezas, se desnudaram, e expuseram as aberturas no muro por onde se infiltrarão guerreiros.
Guerreiros vitoriosos vencem primeiro e, em seguida, vão para a guerra, enquanto guerreiros derrotados vão à guerra em primeiro lugar para depois buscarem a vitória.
Um desafio dificilmente pode ser vencido sem planejamento, investimentos em arsenal, suprimentos, e principalmente em soldados. Não apenas soldados de combate frontal (sobre estes falarei mais adiante), mas são preparados postos de comando, delineados mapas e delimitadas as operações e funções. Aqui entra o que já vejo acontecer, claro como a luz de uma manhã ensolarada: contrário ao senso comum da guerra moderna, onde primeiro entra a informação pelos subterrâneos, os fake news, a panfletaria (virtual), aliciando a população contra seus líderes (é assim que os americanos faziam e ainda fazem, jogando milhões de panfletos, em missão de preparo, orientando a população a que se proteja, que olhe seus governantes com outro olhar, enfim, começam por um aliciamento direto. Na segunda bateria, os panfletos já falam no poder de destruição que eles, inimigos dos governantes, mas aliados do povo a quem estão gentilmente dando avisos, farão desabar sobre as cidades quando forem atacadas. Colocam terror nas crianças, nos velhos, e inflamam os jovens a que se rebelem contra os governantes que os oprimem, segundo esta estratégia.
Qual é a tática empregada aqui? Enfraquecer o espírito, desabar o moral, e despencar a moral dos líderes locais. Quando o povo, que se não faz parte do exército, serve como escudo para o intento dos invasores, e esta prática é fortemente utilizada nos atuais embates no Oriente Médio, e no recente ensaio de anexação da Crimeia à Rússia.
Assim,a contra-informação em Gramado, através das ameaças de mercenários da palavra, sintetiza este tipo de terrorismo, vindo de todas as direções, e que causa perplexidade aos eleitores, posto que não sabem em quem acreditar, e principalmente, em saber quem serve a quem nessa situação.
O combatente inteligente olha para o efeito combinado de energia e não necessita de tantos indivíduos assim. Daí sua capacidade de escolher os homens certos e utilizar da mesma energia combinada.
Uma batalha não necessita dispender grandes contingentes de recursos ou combatentes, se for generosamente avaliada, planejada, e houver inteligência capaz de não deixar que as paixões partidárias tomem conta e quebrem a espinha da capacidade de antever resultados, que são impossíveis de serem avaliados quando as paixões dominam o front. Nenhum general que tenha submissão total ao seu líder maior, ao ponto de calar-se na mesa de planejamento, alcançará êxito nas batalhas. O fanatismo cega o entendimento, e o grande líder não tem a incumbência do planejamento minucioso, senão apenas de tomar as decisões quando lhe forem apresentadas soluções, e muitas vezes estas soluções podem ser divergentes. Aqui está a força do líder, em saber distinguir qual delas será a mais viável, e em ter a coragem de fazer o expurgo das obsoletas, ainda que advindas de seus aliados mais devotados.
Estude cuidadosamente o bem-estar de seus homens, não os sobrecarregue. Concentre sua energia e acumule sua força. Mantenha seu exército continuamente em movimento, elabore planos insondáveis.
Aqui erram dos dois lados, haja vista que um e outro tem continuamente exposto seus combatentes à exaustão cívica, obliterando, atrofiando o moral de suas forças. Exemplifico com o recente episódio da rejeição dos projetos do Executivo. Ora, nem Fedoca soube apresentar os projetos de forma negociável e ajustável, nem soube a oposição esmiuçá-lo de forma a obter vantagens de negociação (e aqui estou falando de vantagens lícitas, ajustes pontuais), encontrando um ponto de comum interesse e benefícios à população. Nunca aconteceu isso. Os projetos são herméticos, intocáveis, e não há rodadas de negociação anterior aos debates públicos e acalorados, que chegam, como já era previsto, às raias da força bruta, eivadas de ameaças por populares inflamados, ou pela ação de policiais armados escudando os edis de serem trucidados pela turba enfurecida. Estou exagerando? Não! A massa é irracional. Basta que um grite: "Mata!" E que outro vocifera emendando: "Esfola!", que a pancadaria começa, e pancadaria de turba enfurecida é imprevisível. Muitas atrocidades já aconteceram em episódios onde um insufla o populacho contra seus adversários.
Ora, aqui erraram tanto Fedoca e seus aliados, que optaram pela pressão violenta contra o voto livre dos vereadores, quanto os vereadores em não transigirem no amplo debate à beneficiar as obras desejadas e necessárias. Aqui vamos encontrar estas duas forças ocultas agindo para que se estabeleça uma linha divisória plena, transformando Gramado mais uma vez entre os do lado de lá e os do lado de cá. E isso não é uma ação que acontece por acaso. Há agentes trabalhando essa dissenção incontrolável, mas manipulável.
Quando o general é fraco e sem autoridade, quando suas ordens não são claras e coesas, quando não existem regras fixas aos seus oficiais e quando as fileiras de homens são formadas de forma casual e desleixada, a consequência é a total desorganização.
Creio ser desnecessário explicar esta frase de Sun Tzu, haja vista que a explicação anterior claramente definiu isso. Acrescento no entanto que há uma clara distância entre um líder e um chefe, e esta definição pode ser encontrada nas traseiras de caminhões, facilmente. Por trás das duas lideranças, Nestor e Fedoca, consigo perceber uma névoa que flutua entre e atrás de ambos, e não vejo que ambos sejam estas lideranças pensantes. Não vejo isso. Vejo ambos como ativos e combativos guerreiros, expostos em demasia, ainda que pouco se manifestem, mas que não estejam sós. Por trás e junto de cada um, vejo sombras que se movimentam, e vejo que o embate duro não se dará apenas entre os peões do tabuleiro, mas entre estas sombras nefastas, e vejo, pela lógica de Maquiavel, aliadas às ideias de Sun Tzu, que talvez sejam estas sombras quem arregimentam os débeis para que se ocupem em espalhar a folheteria do terror.
Existem cinco fatores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor: aquele que sabe quando deve ou não lutar; aquele que sabe como adotar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao inimigo; aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas; aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido e aquele que é um general sábio e capaz, em cujas decisões o soberano não interfere.
Bem, eu deveria cobrar por esta leitura, haja vista que não falo apenas do que está acontecendo, mas do que vai acontecer, com base nessa premissa acima. Faço quatro perguntas apenas, para que o leitor reflita e procure informar-se disso:
1 - Quem estará ao lado de Fedoca e de Nestor neste embate?
3 - Qual deles levantará o estandarte branco primeiro, em favor de uma nova leitura deste embate histórico que virá?
4 -Quais são os verdadeiros interesses, além do ego inflado de um e outro, a buscarem assentar-se na cadeira de Prefeito?
Dos cinco elementos, nenhum é predominante. Das quatro estações, nenhuma dura para sempre. Os dias, uns são longos, outros curtos. A Lua enche e míngua. Também são assim os períodos de uma guerra.
A guerra já começou e as destruições vindouras são inevitáveis. Mas esta guerra terminará no dia da eleição? O vencido cederá à sua ira e reconhecerá que os poucos votos da derrota poderiam ter sido revertidos, se encontrar em sua busca de mágoas, pelo em casca de ovo? Poderá algum dia o eleitor terminar o dia da contagem dos votos, com um cordial abraço no vizinho, a quem jurou pesadas revanches, no calor da campanha? Perceberá Gramado que o tempo que se roga praga para um mandatário, além do tempo, do ano perdido em mastigar o ódio, pode ser multiplicado pelo prejuízo moral, ético, financeiro que foi registrado na contabilidade social?
A batalha foi encerrada, mas o rescaldo de uma guerra nunca será um jardim florido e uma praça repleta de canções. No fim de uma guerra, não há coretos com fanfarras. Há apenas gente destroçada em carrinhos de mão, juntando despojos aqui e ali, para recomeçar a vida, que poderia ter sido poupada.
A água não tem forma constante. Na guerra também não há condições constantes. Por isso, é divino aquele que obtém uma vitória alterando as suas táticas em conformidade com a situação do inimigo.
Para felicidade dos estrategistas, nada mudou em Gramado desde as primeiras eleições. Os movimentos são quase todos previsíveis, estatisticamente rotineiros. Os conchavos, os acordos, as primárias, o corpo a corpo, as cédulas, os abraços, os jantares, os discursos, as carreatas e passeatas, as bandeiras nas casas, os tribunais de plantão, os ataques noturnos, panfletagem, grupos de whatsapp, áudios escandalosos,e finalmente, a boca de urna longe da urna, aquele último voto indeciso.
Aquele grupo que mudar esta lógica, sairá na frente, e um grupo já fez isso. Inverteu a baixaria. Toca o terror já de largada, e isso aí já entra no território de Maquiavel. Aterroriza, e enfraquece o moral, mexendo com a moral do adversário. É como cerveja no frango. Amacia a carne. Quebra a resistência do adversário. E depois parte para o ataque, quando percebe que há uma revigorada de ânimo.
Quebrando a resistência do adversário, que gasta tempo e energia, tentando consertas as difamações, enquanto o oponente se ocupa em espalhar flores livremente, vender suas propostas aos eleitores. Vencer a eleição.
Se o seu oponente é de temperamento colérico, procure irritá-lo. Finja ser fraco, que ele vai se mostrar arrogante, e vulnerável.
Barbaridade! Isso é infalível. Percebam por si próprios o que acontece quando alguém provoca um iracundo nas redes sociais.
O estrategista hábil é comparado a uma serpente encontrada nas montanhas. Ataque a cabeça e você será atacado por sua cauda; ataque a cauda e será atacado pela cabeça; ataque o meio e será atacado por ambos.
Um dos grupos tem um estrategista agindo às sombras. O outro está tentando descobrir o que faz neste lugar.
Não devemos fazer alianças com aqueles que estão familiarizados com nossos métodos.
Por esta razão a UPG (se é que vai manter esse nome), vai mudar suas alianças (PSDBm por exemplo), fechar-se nos Progressistas (tanto que estão arregimentando mais e mais filiados a cada dia), e já mudou sua estratégia, como mencionado acima.
O governante esclarecido estabelece planos a seguir, e o bom general cultiva seus recursos.
Aqui já fala de grupos organizados. Primeiro é preciso estabelecer quem são estes governantes (comandantes da guerra)
O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.
Em geral, o avaro é o financiador da campanha, cuida dos recursos, para que não escoem pelos dedos. O tolo, são os imbecis (in)úteis arregimentados para espalharem notícias falsas. O sábio é o conselho que analisa com frieza e apurado cuidado os erros do próprio candidato, e por fim, o corajoso, são aqueles que olham de frente os seus adversários, e saem em campanha, de porta em porta, a arregimentarem prosélitos e votos.
Seja sutil. Use seus espiões para cada tipo de negócio. Mas veja, tais espiões não podem ser geridos sem benevolência e frontalidade, pois sem ingenuidade mental não se pode ter certeza da veracidade de seus relatórios.
Se são espiões, não estão à mostra como laranja de feira. Agem nas sombras, silenciosamente e eficientemente.
Não ataque alguém só por estar magoado. Um general não deve colocar suas tropas em campo apenas para satisfazer seu próprio esplendor.
Esta premissa pode ser associada ao ataque do iracundo, o pavio curto. Mas o pavio curto deve ser do adversário e não de quem prepara o ataque. Todo pavio curto se expõe e é facilmente derrubado, por sua própria debilidade.
No meio do caos há sempre uma oportunidade.
É no caos que se conhecem os bons guerreiros, os bons generais, os bons líderes. E é sempre tática das oposições, estabelecer o caos, para que possam mesclar-se aos descontentes e invadir os palácios.
Energia é o que tensiona o arco, decisão é o que solta a flecha.
Isso só um bom líder pode fazer. Saber armazenar a informação, planejar as ações, e tomar as decisões no momento e circunstâncias adequadas, são atributos de vitória antecipada.
Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização.
Aqui, ambos tem seus méritos. Ambos sabem usar o eleitor como massa de manobra para que possa atacar no momento certo.
Velocidade é a essência da guerra. Tire proveito do despreparo do seu inimigo, transforme seu caminho em rotas desesperadas e ataque nos sinais de descuido.
Penso que estou vendo isso acontecer. Os Progressistas estão mais unidos, fato que não ocorria desde a eleição. Já o Governo está no limbo, Nenhuma decisão eleitoral é tomada, porque seu líder simplesmente ainda não decidiu se vai ou não vai competir novamente. Não é apenas o grupo que o apoia que fica sem chão, mas todos os que o elegeram, todos os que avaliaram seu governo e nele encontraram razões para continuarem apostando em sua liderança. Assim, Fedoca não trai a si apenas, mas trai seu eleitor mais fiel. E corre o risco de ver desmoronar em instantes seus projetos ainda inacabados.
Para conhecer o seu inimigo você deve tornar-se seu inimigo.
Nem é preciso comentar muito isso. Está em claras vias esta possibilidade, e os Progressistas estão examinando o desconhecido Fedoca há três anos, e posso dizer que já descobriram suas fraquezas. É em cima delas que irão trabalhar a campanha.
A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.
Chegar lá e saber porque quer chegar, e ainda saber como chegar. Aqui os pilares da vitória.
Se numericamente és mais fraco, procura a retirada.
Em entrevista, Fedoca deu esta leitura.
Um general não deve empreender uma guerra num ataque de ira, nem deve enviar suas tropas num momento de indignação. Entenda que um homem que está enfurecido voltará a ser feliz, e aquele que está indignado voltará a ser honrado, mas um Estado que pereceu nunca poderá ser reavivado, nem um homem que morreu poderá ser ressuscitado.
Se ambos os lados tomassem esta premissa como sua, as eleições seriam realmente pelos motivos certos.
Deixe seus planos serem escuros e impenetráveis como a noite e, quando você se mover, caia como um raio.
Bem. Isso é tão certo, que até aqui eu comentei sobre os erros e acertos de um e de outro, mas jamais revelaria quais seriam os melhores caminhos para uma vitória com ética. Ninguém me contratou para ensinar isso. Arrogância de minha parte? Sei lá. Os resultados de minhas campanhas dizem que meu bule tem café. Mas aqui sou apenas ensaísta, pensador, crítico.
Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você deve enxergar o que não está visível.
Entendeu, ou quer que eu desenhe? E olha, que sou bom nisso, hem!
Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar.
É pedir demais.
A vitória é o principal objetivo na guerra, mas o verdadeiro propósito da guerra é a paz.
Quando compreenderem isso, ah que mundo lindo pra se viver.
(Até aqui, eram pensamentos de Sun Tzu. Daqui em diante, as frases são de Maquiavel)
O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.
Vou me eximir de ofensas, então não comentarei de nenhum dos dois contendores supra-citados. Tenho pesadas divergências a um e outro grupo, parcialmente. Seria leviano de minha parte mencionar nomes e fatos. Resigno-me a dizer que ambos poderiam ser mais seletivos em suas escolhas.
O bem se faz aos poucos. O mal, de repente.
Repito: é o que está acontecendo com a coletânea de fakes e ataques nesse momento. Um e outro lado, em lugar de demonstrarem sua capacidade para encontrarem soluções, ocupam-se em destruir a imagem um do outro. E o eleitor é usado como massa de manobra para seus efeitos.
Antes de tudo, esteja armado
Bem, quem já sofreu graves ameaças e sofreu reveses, sabe o significado desta frase. Mas aqui armas também podem ser uma alusão à que estejam guarnecidos pela verdade acima de tudo. É a melhor arma que pode existir.
Os homens tem menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.
A ditadura da caneta, do soco na mesa, da fritura pelas beiradas, é uma marca ruim, uma cicatriz expostas, que dificilmente pode ser apagada por quem recebeu a dor da cicatriz. Mas é o método largamente usado, da ciência do morde e assopra, ou pior, joga vinagre da ferida.
Os homens em geral formam as suas opiniões guiando-se antes pela vista do que pelo tato; pois todos sabem ver, mas poucos sabem sentir.
O exemplo fala mais que as palavras. Exemplo é algo que deixa-se aos filhos, à comunidade e à história. E quem escreve a história não é quem a faz acontecer. São os observadores.
Os homens são tão simples que quem quer enganar sempre encontra alguém que se deixa enganar.
Nem sempre são enganados. Muitos sabem que estão sendo manipulados, mas o fazem por ganância, por necessidade de serem aceitos na plêiade dos que dominam, e se locupletarem por esta companhia, ainda que usem pescoços ou emprestem o próprio para esta escalada.
Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!
"Ruim com ele, pior com outro", é o que se diz quando a dor migra de uma perna para outra.
Eu creio que um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se abster das ameaças verbais ou insultos.
Pois é. Que leiam isso então e retomem a auto avaliação de caráter e linguajar público.
É muito fácil um homem esquecer da morte do pai do que a perda da fortuna.
Gramado é uma cornucópia desejável até às últimas consequências.
Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha.
Ninguém vence com as mãos limpas. O que resta desejar é que a sujeira seja em pouca quantidade.
O tempo lança à frente todas as coisas e pode transformar o bem em mal e o mal em bem
Por esta razão, pessoas mudam de lado após as eleições. Nem falo de falta de ética, mas dissidências durante a campanha ou por divergências, acabam saindo de seus partidos e buscando outros caminhos. Gramado está repleta destes exemplos.
Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos.
O problema é que um leão aterroriza bem mais que lobos quando ruge. Há leões rugindo. Cuidado com eles.
Chegamos assim à questão de saber se é melhor ser amado do que temido. A resposta é que seria desejável ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal combinação é difícil, é muito mais seguro ser temido, se for preciso optar.
Nem é preciso dar exemplos também. O comportamento de governantes com suas próprias equipes de trabalho, dão-nos esta premissa, como verdadeira.
Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos.
Felizmente não sou profeta, mas todo cuidado é pouco.
É melhor ser temido do que amado. Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuni-las, é mais seguro ser temido do que amado.
Gramado tem as duas situações. Cabe ao leitor avaliar cada uma delas e a quem endereçar o conceito.
As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos: e os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados.
Isso todos sabem. Tocar o terror de largada. Já comentei no início. É o que está acontecendo. Em eleição, a praxe é largar a baixaria da metade pro fim da campanha, e intensificar no último dia. Bem! Ou quem está fazendo isso desde já tem uma carta na manga e muita munição pra levar até o fim, ou está fazendo terrorismo agora, para enfraquecer o ânimo, minar o moral, e chegar com a cavalaria logo a seguir, ou então bateu o desespero e despejou tudo o que tinha às mãos agora, para demonstrarem que estão dispostos a qualquer coisa para chegarem ao poder (ou permanecerem nele).
O fim justifica os meios.
Crianças, não leiam isso sem a presença de um adulto eticamente esclarecido.
A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam.
É difícil avaliar, pois em todos os governos há os quase gênios, e os completamente energúmenos. Talvez este equilíbrio lhes permita manter ocupados uns e outros para que na avaliação de seu desempenho, não sejam confundidos entre si.
Homens ofendem por medo ou por ódio
Ou pelos dois. Provoque-os e saberá. Exponha--lhes as partes íntimas, e saberá como irão reagir.
Quando os homens não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.
E quem não ambiciona ocupar um orçamento de 290 milhões. Pensem no poder que isso confere á quem tenha a chave deste cofre. E nem estou falando de corrupção. É poder mesmo, prestígio.
Aos amigos os favores, aos inimigos a lei.
Se der nomes, posso ser processado. Pense você mesmo sobre isso.
Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã.
...E que bem conhecem as fraquezas de seus novos inimigos.
Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.
Entenda-se completamente o sentido plena da frase. Responda a si mesmo: O que é ser povo, e o que é ser príncipe em nossos dias?
Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem.“
Todos os que buscam o poder, buscam deixar suas impressões para a história. Gramado está cheia de monturos soterrados pela troca de poder.