AD SENSE

domingo, 2 de fevereiro de 2025

São só nuvens, e não anjos

 


Não são anjos  

os que tecem o céu de pranto,  

são véus de luz, disfarces do infinito,  

que escondem o sol, mas trazem encanto.  

São nuvens, não anjos,  

que pintam o horizonte de desvelo,  

são sonhos que se desmancham no ar,  

quem me dera fossem anjos,  

mas são só nuvens a pairar,  

só nuvens, a me lembrar  

que o céu também sabe chorar.  


Não são anjos  

os que cruzam o azul em silêncio,  

são sombras leves, passageiras,  

que embalam meus medos num lenço.  

São nuvens, não anjos,  

que flutuam sem rumo, sem pressa,  

são versos que o vento leva além.  

Quem me dera fossem anjos,  

mas são só nuvens, ninguém,  

só nuvens, a me ensinar  

que a dor também pode voar.  


Não são anjos  

os que guardam meus segredos,  

são véus de algodão, frágeis e breves,  

que escondem o céu, mas trazem enredos.  

São nuvens, não anjos,  

que dançam no palco da vida,  

são promessas que o tempo desfaz.  

Quem me dera fossem anjos,  

mas são só nuvens, talvez,  

só nuvens, a me mostrar  

que até a saudade pode se dissipar.

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São só nuvens, e não anjos

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