AD SENSE

segunda-feira, 17 de abril de 2017

As Filhas do Fogo - Filmado em Gramado nos anos 70





Ficha Técnica

AS FILHAS DO FOGO
Categorias
Longa-metragem / Sonoro / Ficção

Material original
35mm, COR, 93min, 2.540m, 24q, Eastmancolor

Data e local de produção
Ano: 1978
País: BR
Cidade: São Paulo
Estado: SP


Certificados
Censura Federal 98317 de 15.09.1978, proibido para menores de 18 anos.Certificado de Produto Brasileiro LM/216/78 (Conselho Nacional de Cinema) de 23.08.1978.
Data e local de lançamento
Data: 1979.01.27
Local: Gramado - RS
Exibição especial: 1980.02.09
Local exibição especial: São Paulo
Sala(s): Cinesesc


Circuito exibidor
Exibido em São Paulo a partir de 05.03.1979 no Ipiranga 1, Paissandú (Sala Independência), no Cinespacial, no Jóia, no Belas Artes (Centro 1 e Sala Villa-Lobos), no Astor, no Top Cine e circuito, no Splendid, no Vila Rica e no Jóia.
Exibido no Rio de Janeiro a partir de 13.08.1979.
Exibido a partir de 05.03.1979 em São Caetano, no Vitória e em Mogi das Cruzes, no Avenida.
Sinopse
Ana visita sua amiga Diana em um grande casarão localizado em Gramado. Diana está acompanhada da governanta Mariana e dois empregados. As duas conversam sobre Silvia, mãe de Diana, que faleceu há alguns anos. Um homem estranho aparece na casa e pede um prato de comida. Mariana lhe dá comida e vinho e ele parte. Em um passeio pela região encontram Dagmar, amiga de Silvia, que lhes convida para uma visita a sua casa. Dagmar recebe as garotas e as convida para a tradicional festa à fantasia que vai acontecer em alguns dias, incumbindo tia Gertrudes de ajudá-las com as roupas. Dagmar causa espanto nas garotas ao revelar que realiza o trabalho de gravar vozes de pessoas que já morreram. O estranho volta à casa e Mariana o recebe. As amigas voltam à casa de Dagmar que mostra a Ana uma de suas fitas. A moça se impressiona ao reconhecer nas gravações as mesmas vozes que ela escuta, em especial a que lhe dá a sensação de ser a voz de Silvia. Ana conta para Diana seu dom e também que reconheceu a voz de Silvia em fitas de Dagmar. Diana assusta-se com a presença do estranho que caminha pela casa à procura de vinho. Ela o obriga a deixar a casa. No dia seguinte ele aparece morto junto a um lago próximo. Ana e Diana preparam-se para a festa. Elas chegam ao local e um homem lhes informa que a festa vai começar somente em algumas horas e elas aproveitam para visitar Dagmar. Lá descobrem que a festa em questão deixou de ser realizada há dez anos e que tia Gertrudes estava morta há alguns anos. Ana vê Silvia ao lado de Dagmar e se apavora. Ela morre misteriosamente e Diana, após também sentir a presença de sua falecida mãe, mata Dagmar com um tiro. Ela tenta sair da casa e encontra as portas trancadas e as janelas cobertas por uma estranha vegetação. O dia amanhece e, entre as árvores, Mariana prepara-se para ir embora.
Gênero
Drama
Termos descritores
Morte
Descritores secundários
Espiritismo
Termos geográficos
Gramado - RS
Produção
Companhia(s) produtora(s): Lynxfilm
Companhia(s) co-produtora(s): Editora Três
Produção: Mêmolo Jr., César
Direção de produção: Nesti, Yara
Assistência de produção: Cardoso, Paulo

Produção - Dados adicionais
Gerente de produção: Bittencourt, Lino

Distribuição
Companhia(s) distribuidora(s): Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes S.A.

Argumento/roteiro
Argumento: Khouri, Walter Hugo
Roteiro: Khouri, Walter Hugo


Direção
Direção: Khouri, Walter Hugo
Assistência de direção: Lima, Iracema Nogueira
Continuidade: Amaral, Isabel do

Fotografia
Direção de fotografia: Gabriel, Geraldo
Câmera: Khouri, Rupert
Assistência de câmera: Araújo, Eurípedes Branco
Fotografia de cena: Amaral, José

Dados adicionais de fotografia
Eletricista: Vochikoski, Nelson; Silva, Edgar Ferreira da
Maquinista: Reis, João Carlos; Barbosa, Aldovrando

Som
Efeitos especiais de som: José, Geraldo

Dados adicionais de som
Som guia: Castro, Ubirajara de; Noerngen, Ronaldo

Montagem
Montagem: Mello, João Ramiro
Assistente de montagem: Imperiale, Laura

Direção de arte
Cenografia: Weinstock, Marcos

Dados adicionais de direção de arte
Contra-regra/acessórios de cenografia: Lourenço, Clovis

Música
Trilha musical: Duprat, Rogério

Dados adicionais de música
Título da música: Canto da separação
Música de: Mozart, Wolfgang Amadeus

Locação: Gramado - RS; Canela - RS
Identidades/elenco: 
Morra, Paola (Diana)
Rodrigues, Karin (Dagmar)
Malbouisson, Rosina (Ana)
Rosa, Maria (Mariana)
Gonzales, Serafim (Forasteiro)
Egrei, Selma (Sílvia)
Hussemann, Maria (Tia Gertrudes)
Hosse, Helmut (Mordomo)
Haas, Karin (Costureira)
Machalowsky, Rudolf (Caseiro)

Conteúdo examinado: S
Fontes utilizadas: 
CB/Transcrição de letreiros-Cat
Guia de Filmes, 79
Press-release
O Estado de S. Paulo, 04.03.1979 e 03.01.1980
Jornal da Tarde, 05.03.1979
ALSN/DFB-LM
Observações: 
O <Parque Knorr> foi cedido pela <Companhia Tropical de Hoteis>.
Jornal da Tarde de 05.03.1979 informa que a <Editora Três> promoveu um concurso em que os espectadores enviariam para a <Revista Planeta> comentários "destacando os aspectos técnicos, artísticos ou científicos" do filme. Os donos dos melhores textos ganhariam uma viagem para qualquer país do mundo, além disso receberiam Cr$ 10 mil para as despesas.
A exibição especial do Cine Sesc ocorreu pela <Mostra Melhores Filmes da Década de 70>.

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PAOLA MORRA - Atriz

Biography


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Overview (2)

Date of Birth20 April 1959Rome, Lazio, Italy
Height5' 8½" (1.74 m)

Mini Bio (1)

Paola Morra was born on April 20, 1959 in Rome, Lazio, Italy. She is an actress, known for A Freira Assassina (1979), As Filhas do Fogo (1978) and Silvia ama a Raquel (1978).

Trivia (1)

Playboy (Italian edition) Playmate of the Month February 1978.

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Paola Morra
photo credit: Mishgan
pencil
Age56
Birthday20 April1960
BirthplaceRome, Lazio, Italy
Height5' 8½" (174 cm)
Eye ColorBrown - Dark
Hair ColorBrown - Dark
Zodiac SignAries
NationalityItalian
OccupationActress
Claim to FameSuor Omicidi (1979), As Filhas do Fogo (1978) and L'insegnante balla... con tutta la classe (1979). Playboy (Italian edition) Playmate of the Month February 1978.
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Embaixador do Vietnã Visita Gramado



Embaixador do Vietnã visita Gramado e busca estreitar relações comerciais
 
O Prefeito Fedoca – João Alfredo de Castilhos Bertolucci (PDT), a Secretária de Turismo Interina, Rubia Frizzo, e o Secretário da Administração, Julio Dorneles, receberam o embaixador do Vietnã, Do Ba Khoa, e sua esposa, a embaixatriz Neuyen Thi Tu Van, juntamente com o Secretário Geral da Embaixada do Vietnã em Brasília, Neuyen Vit Dung. O encontro ocorreu nesta sexta-feira (14), durante um café da manhã no Hotel Cercano.
Na ocasião, o prefeito abordou diversos temas, entre eles política, economia e, em especial, os aspectos culturais do Rio Grande do Sul, bem como a importância da imigração alemã, italiana e portuguesa para Gramado e Serra Gaúcha. De acordo com Fedoca, “o embaixador comentou que levará uma impressão fantástica da cidade e que pretende estreitar as relações comerciais entre Gramado e o Vietnã, promovendo intercâmbios culturais e a divulgação do turismo de nosso município”.

Na sequência, a comitiva visitou diversos pontos turísticos, onde o embaixador Do Ba Khoa ficou encantado com as belezas naturais, com a hospitalidade e com a organização do setor turístico em geral. 


Fotos: Carlos Borges/Prefeitura de Gramado
Assessoria de Imprensa de Gramado


Vacinação contra a Gripe em GRAMADO - URGENTE





Campanha de vacinação em Gramado


17 de abril a 26 de maio


Vacinação contra a gripe ocorre em todos os postos de saúde em Gramado

A vacinação contra a gripe em Gramado, que inicia nesta segunda-feira (17), ocorrerá em todas as unidades de saúde. Além das salas de vacinas dos postos do Centro, Várzea Grande, Pórtico e Caic, as unidades dos bairros Jardim, Piratini, Floresta e Carniel também estão habilitadas para realizarem a vacina na população que integra o grupo de risco.

Nos postos do Centro e da Várzea ainda haverá horário diferenciado para atender a comunidade. No Centro, o horário de atendimento será estendido até as 19h30min durante esta semana e, na Várzea, o posto permanecerá aberto no horário de almoço no período da campanha de vacinação.
A campanha segue até o dia 26 de maio. A meta do município é vacinar 90% do público-alvo, que é de cerca de 14 mil pessoas. O público-alvo é formado por idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores de saúde, povo indígena, portadores de doenças crônicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas, população privada de liberdade. 

É necessária a seguinte comprovação específica para estes grupos: gestante - exame ou carteira de pré-natal; puérperas até 45 dias após o parto - certidão de nascimento do bebê; portadores de doenças crônicas - trazer a prescrição médica,especificando o motivo da indicação da vacina.
No dia D (13 de maio - sábado), a vacinação ocorre nos postos do Centro e Várzea Grande, das 8h30min às 17h30min (sem fechar ao meio-dia).



Postos de saúde e horários de atendimento:
- Centro: 8h às 11h e 14h às 19h30min
- Várzea Grande – 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia
- Caic e Pórtico - 8h às 11h e 14h às 17h
- Jardim, Piratini, Floresta, Carniel – 8h às 11h e 14h às 16h

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Gramado

Educação e traição - A rima indesejada do PDT


Já toquei nesse assunto aqui sob forma de fábula. Não foi suficiente. Constato cada vez mais que meus leitores não querem ser comovidos, mas convencidos.  Querem provocações para que discorram eles próprios pelas possibilidades e desfechos de situações que comprometem a cidadania, nesse caso, falo da população pensante de Gramado.

Sei que não agrada a um governante que críticos se embrenhem nos seus deslizes, porque creem estes, os governantes, que qualquer crítica, e crítica contumaz, seja manobra das oposições, sejam estas quais forem, e com isso o descrédito se avoluma a cada linha de reflexão.

Fedoca já deve ter percebido que sou crítico, e não me escondo atrás de "crítica construtiva", uma falácia de invejosos, mas critico aquilo que percebo como relevante para os leitores, a quem simbolicamente faço voz neste espaço cibernético.

E o tema em foco, muito mais que um perdulário magoado derrubando florestas para espalhar tabloides, é a Educação, pilar de sustentação da ideologia brizolista, a quem devem as páginas quase missionárias que escrevem o histórico PDT.

O maior expoente atual desta ideologia, o Senador Cristóvão Buarque, sempre pautou pela Educação como mola propulsora da civilização, e redentora dos quinhentos anos de atraso histórico do Brasil colônia, que poderia e deveria, pelo olhar deste Partido, revitalizar esta ideologia.

Mas não está acontecendo isso. Por mais bem intencionado que esteja o Prefeito fedoca, suas ações até aqui demonstradas oferecem, ao eleitor e leitor, apenas uma visão populista, eleitoreira, corporativista e pobre dos caminhos para onde direciona a Educação de Gramado.

Fedoca caiu numa armadilha chamada "cobertor curto", onde agrada aos professores, mas desagrada aos bons professores. Agrada aos Educadores, mas desagrada à Educação. Não parece suficiente o rodo judicial pelo qual que atravessa o país, desmanchando vícios de grandes corporações, parece que deseja-se construir uma política do toma lá-dá cá com justamente aqueles que deveriam e poderiam dar exemplo destas transformações.

Merecem os Educadores ter tres horas diárias para preparo das aulas? Definitivamente SIM! Porém, recebo informações preocupantes de que (aqui falarei em hipótese) poderiam alguns educadores menos conscientes, estarem se utilizando deste tempo para usufruírem de um lazer extra, não correspondendo aos objetivos da Portaria, e com isso, trazendo aquilo que tinham de favorável na Educação, para um patamar abaixo do padrão proposto. Mais uma vez os bons irão pagar pelos maus.

Se eu tenho  uma solução para o caso, além da fiscalização? Não. Eu não tenho, pois não sou especialista em logística da Educação. Mas acreditei que um Prefeito que teve tantos anos à espera de uma oportunidade para eclodir todas as possibilidades contidas em sua ânsia pelo poder, poderia oferecer respostas mais convincentes aos pais, e ao próprio erário público, que deverá alocar substitutos, evidentemente, sem as mesmas qualificações que os titulares, para que os filhos dos gramadenses estejam, por no minimo três horas diárias, ao sabor do vento e da consciência daqueles que deverão, pelo tempo que ganharam a mais, oferecerem inovação e renovação de energia e conhecimento dobrado aos educandos.

Melhor que este crítico levante o problema na saída, junto com os vereadores e educadores que já se posicionaram, do que esperar até que o pior aconteça, e faça coro aos 50 milhões de analfabetos que este país já abriga. E todos sabem que atrás do analfabetismo, vem a pobreza, a fome, descamba a economia, a saúde,a segurança, e um dia, alguém poderá mostrar belas imagens do presente e dizer: Gramado já foi assim, em seu apogeu.

Se há uma solução, não virá por mim, mas a provocação sim. E minha provocação é para que a sociedade gramadense se mobilize. Que sejam criadas comissões de análise, de fiscalização, de motivação, para que sejam cumpridos os objetivos nobres da Lei, mas que por falta de fiscalização eficaz, possa esvair-se no emaranhado de papéis.

Tenho em mãos documentos que demonstram significativos avanços na gestão da Educação ao  longo dos últimos anos em Gramado. Ouvi educadores experimentados antes de formular minha opinião, e com estas opiniões, fundamento que o PDT deva urgentemente revistar seus princípios, se quiser atingir seus objetivos, pois não vivemos mais o tempo do discurso fácil e do repetir para tornar verdade. Vivemos o tempo onde tudo pode ser conferido, comparado, divulgado,compartilhado. Então, não seria de mau tom que o Prefeito oferecesse à população mecanismos de avaliação e controle deste uso das horas cedidas, mas que também se possa detectar e sanas com a urgência necessária os efeitos sobre o educando, as crianças e adolescentes.

Gramado tem todos os meios para tornar-se um modelo nacional de Educação. Mas com disciplina e método. E canetaço não faz parte deste método saudável.

Sirva este espaço para uma ouvidoria paralela do cidadão e que traga suas reivindicações, que as levaremos, pois bem o sei que Gramado já conhece muito bem esse espaço onde as ideias substituem as imagens, e não busco tocar o coração, mas a mente dos meus leitores.



quarta-feira, 12 de abril de 2017

A mão que embala o professor..ou, a caneta mágica do Alcaide


Brilhantina parecia nome de gel para o cabelo, também chamada de Gomalina. 

Mas não. Brilhantina era o nome da doce professorinha, de narizinho arrebitado, lencinho preso ao pescoço à moda francesa, um colar de pérolas de plástico, unhas bem feitas de uma mãozinha delicada, vestindo seu tailleur azul marinho, com saia três quartos, usando sapatinho salto quatro, e meias impecavelmente brancas até um palmo acima do pezinho delicado.

Brilhantina era um doce de criaturinha, como são todas as professorinhas dos primeiros anos de nossas vidas. 

Doces até demais, porque todos os meninos se apaixonam por elas, e propostas de casamento com eles, não lhes faltam. 

Talvez por isso, o receio de deixar algum coraçãozinho partido, muitas delas não se casam mesmo. São eternas donzelas. Quase todas.

Ah, porém(o temível porém) nos traz à baila, aquelas professorinhas que conheceram as cartilhas das esquerdas libidinosas, que bolinam o ego consumista que todo ser humano carrega consigo na essência, e se embriagaram com o discurso mole e babado em nome do proletariado extorquido pelo capital. 

E o que fazem, então: colocam seu perfumezinho genérico de Channel, dão um belo topinho na echarpe petit pois, e enfileiram-se de megafone na mão, à porta da Prefeitura, e sob a voz de comando dos seus mentores, confortavelmente acomodados, gritam palavras de ordem, do tipo:
-Abaixo o capitalismo porco! Abaixo os Ianques! Liberdade às tamanduás-anãs do Himalaia!

Estas palavras de ordem, desconexas, acabam gerando revolta no populacho, que sente-se responsável em fazer crescer os piquetes, e já entram os bêbados de comício, que berram (babando na gravata):

- Aboiadoo! Ababentazão bara dodos!


O movimento cresce, e o Alcaide da aldeia, acuado, vê-se na oportunidade de emitir um decreto, que tecnicamente favorece a toda a classe , pois dá à Brilhantina e suas colegas da echarpe, o direito dos sonhos de todos os funcionários públicos, uma vez que direitos são paritários (eu adoro dizer umas palavras de efeito no meio do causo)em receberem benefícios iguais, enquanto servidores sob as mesmas leis.

Brilhantina agora, já começa a ir às aulas com a echarpe torta, e meio desgrenhada. Já deixa o último botão da blusinha com frufru aberto. A roupinha channel três quartos foi trocada por uma calça jeans suja. O sapatinho salto  quatro é um sapatênis, e o linguajar erudito de Castro Alves, recebe alguns adendos de Jorge Amado e Capitão Nascimento.

Aquela demorada conversa com o aluno junto à coordenadora e a disciplina por xingamentos obscenos, torna-se uma disputa verborrágica aos berros e cusparadas, até definem democraticamente que não estão nem aí com o sistema, contanto que tenham suas regalias definidas em decreto.

Brilhantina filia-se a um partido, e abraça-se à uma pilha de bandeiras, que por sua influência com os ainda pretendentes, agora não mais a casarem, mas a tê-la como aliada política, consegue pressão sobre o Alcaide, e obtém os benefícios que merece tê-los, disso não  há dúvida, porque a echarpe teve seus tempos de glória, e o rescaldo é o poder.

Então conseguem que por três deliciosas e prazerosas horas, possam visitar as belas vitrines da cidade, os salões de beleza, pegarem um chocolatinho, enfim, curtirem a vida, porque todos merecem isso. Eu disse, "todos".

Mas, tudo parece bem, até que percebem que, em lugar de preparem belas aulas, pesquisarem bons temas, elaborarem planos de aula, o que seria uma boa razão para ganharem três horas livres do Alcaide, descobrem um dia que, nem elas enriqueceram seu conteúdo, nem seus alunos usufruíram da folga, porque no lugar das preparadas professorinhas(hoje militantes), foram colocados substitutos, que não se pode chamar de preparados. 

Bem, até são preparados, se o preparo for para educar, instruir, ensinar, passar conhecimento.

Um dia, aquele Alcaide, que tinha razões históricas para tornar-se um gigante na educação, bandeira pela qual seu partido tano lutou, vê-se num triste ocaso ideológico, vendendo benesses localizadas, imaginando que assim calará a opinião pública e moldará gerações para que construam estátuas em seu nome. 

Pobre Alcaide. Tão boa pessoa,mas tão ingênuo nas artimanhas da política. Começa a tomar raseiras até mesmo da professorinha Brilhantina. A mesma Brilhantina com a qual tantos queriam se casar. 

O Alcaide mal aconselhado, assina decretos, faz discursos, enaltece o vazio, nomeia bufões, e sem perceber é golpeado pelas lisonjas que distribui. E Brilhantina, a professorinha outrora elegante, agora carrega uma sacola de couro cru com panfletos impressos na calada da noite, arregimentando outros militantes, para conseguir mais benesses à custa da má educação dos rebentos temporariamente felizes, porque seu recreio tem três horas a mais.





sexta-feira, 7 de abril de 2017

A Insustentável mediocridade do Ter




Longe de mim valer-me da originalidade de Parmênides no tocante ao dualismo travestido de paradoxo, quando estamos tratando da natureza humana, nem tampouco clipar Milan Kundera, senão no trocadilho infame do título deste ensaio de livre pensar. Nesta reflexão, embora eu tenha começado de forma erudita para dar um ar de inteligência, logo me vejo deslizando pelo corriqueiro para que eu próprio possa entender o emaranhado de meus pensamentos sobre o Ser Humano e neste tobogã de lama que desliza morro abaixo como as virtudes que escorregam nas costas das paixões nossas de cada encontro, procuro uma linha de condução de metáforas que me façam compreender certas coisas à minha volta. O consumismo do conhecimento por exemplo é uma delas. 
Não estou fazendo apologia à escuridão do saber, longe disso. Nem tampouco vestir de efemeridade a importância do conhecimento alcançado ao longo da civilização que se acumula e acelera sua prospecção e multiplicação ao sabor das horas, não mais medidas pelos astros nem por engrenagens engenhosas, mas por pulsos atômicos que levariam às fogueiras aqueles que os dominam, fosse isso conhecido no tempo das trevas morais da humanidade.
Não estou minimizando a importância do ser diante da efemerica virtude do Ter, posto que Ter e Ser se confundem numa sociedade onde um e outro são interdependentes e constantes. O que teorizo (e apenas teorizo) é sobre o Ter possuir a capacidade de moldar o Ser à medida em que um e outro só encontram portas e caminhos amplos enquanto outro e um, mais um que outro, se sobressaiam dobre o Ter de outrem, pisando mesmo no Ser espelhado no brilho das cifras que o Ter esparge ao passar, resignando o Ser à penumbra das paredes que se banham pela sombra nelas projetadas pela imponência do Ter.
Ter e Ser são, neste paradoxo existencial, crias construídas por outra metáfora ainda maior e mais danosa ao Ter e ao Ser: o Saber! Nesta tríade de paradoxos, Ter, Ser e Saber, cresce a movimentação do Pensar, e quando em movimentos de titânicas e complexas fractais do viver, emaranhadas pela inércia, posto que ainda são como Golens* sem alma, urge que nesta turbulência desenfreada, surge o que os façam serenizar sem que sejam aniquilados pela ânsia que os movem: nasce o Crer! E serenizam-se as paixões. Como num entardecer.
(Entardecer com Paz - Pacard)

*Golem: Ser mítico criado a partir do barro por sábios piedosos, mas que não possuem alma. Em sua fronte está escrita a palavra EMET em hebraico (verdade),  e quando é retirada o primeiro caracter, Álef, permanece a palavra MET (morte), e o ser estranho deixa de viver.

Minha "quase esposa" do Tadjiquistão

Pois parece um pesadelo doido, mas o fato deu-se como verdadeiro. Eis o causo: No cotidiano da faina, lá pelos idos de 2012, recebo pelo mes...