Pasmo em ver que a politica é uma manifestação humana que transcende as possibilidades e disputas eventuais de comando administrativo de uma Prefeitura, Estado, Nação, Clube ou Condomínio. Política é o instrumento, a capa, pela qual se manifestam também a fraqueza de caráter, e até mesmo a maldade humana,mediante a possibilidade de externar suas insatisfações, ou executar os planos do coração.
O escritor bíblico diz que "a boca fala aquilo que enche o coração". Diante desta reflexão, ponho-me a pensar no ódio contido e arraigado pela velha política de Gramado.Um carretel interminável de vinganças, de difamações, justas, se no foro e tempo, mas injustas e maldosas, se por meios externos e fora de tempo, é manifesto semana após semana, com claro intento de pisar, esfacelar, humilhar os vencidos, independente que tipo de vantagens esta humilhação possa trazer aos vencedores.
A maldade humana é tal, que não basta a alternância para execução de ideias, mas urge que se derrubem todas as boas lembranças de quem se ausenta, para que se saciem as hienas que se banqueteiam dos despojos dos lobos.
Num momento em que a delicada situação do mundo pede por pacificação, prega-se a maldade como prato do dia. Dia após dia. E o povo tem que digerir este prato sangrento, como se isso fosse natural.
Não é natural nem tampouco saudável, que se misture justiça com política, embora a civilização desceu novamente ao patamar onde a Justiça se fez títere dos políticos, onde a voz e a razão não mais são debatidas nos púlpitos, senão que o sejam regurgitadas como caminhos nas tribunas cartorárias.
Os velhos políticos estão acostumados à velha política. A política da vingança. A política da disseminação do ódio. Quando digo velhos, não falo da certidão de nascimento, mas dos métodos. Das velhas práticas. Dos velhos e maus costumes do olho por olho.
Gramado não votou por mudanças? E por que então não quer mudar? Gramado não votou por transformação e oportunidades? Então por que continua a remexer gavetas? gramado não deseja paz? Então eu errei de lugar para amar. Erraram meus ancestrais quando nesta terra plantaram os primeiros pés de esperança. Errou você, leitor e eleitor, quando investiu sua crença num lugar melhor para seus filhos. Porque Gramado se faz representar pela fina pele da vingança pessoal. Dos conchavos regados a álcool, e bravatas contadas entre os dentes que rangem.
Eu desafio você a repudiar esse tipo de pensamento. Eu desafio você, meu querido leitor, minha querida leitora, a que diga não a difamações pelas redes sociais. A que não siga a quem tem ânsia por destilar ódio e incitar contendas. Eu convoco você a mudar este cenário, e a confrontar a intriga, em nome da esperança. Eu desafio você, leitor da oposição, a apoiar as boas ações de seus governantes, assim como desafio você, que apoiou seus governantes, a juntar forças com seu oponente, e juntos rechaçarem esse tipo de linguagem que só corrói, que só desmancha, que só deprecia.
Eu desafio você, leitor e leitora, a cumprimentarem as pessoas com um abraço, e fazer deste abraço a sua marca pessoal. Eu te desafio a sorrir e abraçar aquele que colocou em seu jardim uma bandeira com cor diferente da sua durante a eleição. Eu te desafio a virar as costas quando ouvir o que dizem quando o que é dito não edifique. Eu te desafio a fazer de Gramado a cidade mais feliz do Brasil. Porque se isso não acontecer, a felicidade é um trem que acelera morro abaixo, e em dado ponto ninguém mais é capaz de frear.
Eu te desafio a ser elegante. E a verdadeira elegância mora naqueles que promovem a paz.
PS*
Por coincidência, fui ler a coluna do Ricardo Amorim , no Linkedin, e vejam o que ele escreveu hoje:
https://www.linkedin.com/pulse/o-abra%C3%A7o-da-esperan%C3%A7a-ricardo-amorim?trk=mp-reader-card