PS: Nenhum político, nenhum eleitor, e principalmente, nenhum gambá foi maltratado para esta crítica do mundo imaginário. Os personagens são todos imaginários e qualquer semelhança com a vida real, não é problema meu.
O autor
Gambazinhos recolhidos no Pinterest, mas já foram devolvidos por causa do fedorzinho nojentinho que exalavam do traseirinho.
Quando penso que já vi de tudo, descubro que o fundo de tudo é o topo do porão do que ainda resta pra ver.
(Fedorent, Le Gambá)
Acompanhando, com discrição, as manifestações nas redes sociais, deparo-me com melancólicos desabafos de quem sentiu-se desprestigiado, apesar de terem sido devotados colaboradores da campanha ao atual governo, mas que, ao longo dos primeiros dias já começam a descobrir que o buraco da vida pública era bem mais embaixo.
É o momento da transição da adolescência ruidosa, tempestuosa da vida, onde os vivazes gritinhos de euforia da infância são substituídos pelos grunhidos roucos e desafinados da puberdade, onde as ideias se fundem e se confundem em desvarios entre a ira e a desilusão. Entre a incerteza e a ânsia pela vida. É aquele momento da angústia pelo isolamento, e a contida saudade do colo,que são as bravatas da campanha.
Acabou-se a festa e começa a semana. E descobrem que nesta semana todos já encontraram seus lugares, menos aqueles que continuaram no delírio e na ilusão de acreditar que alguma coisa seria melhor do que apregoaram e se empenharam até às últimas consequências. E as últimas consequências não se esgotaram,porque descobrem terem sido traídas por falsas promessas e pela ânsia de ensejar mudar o mundo, sem perguntar ao mundo se queria mesmo ser mudado.
Já, do outro lado da cerca, agora se fechando, estão os governantes, que em impopular atitude, estabelecem suas fronteiras, e nestas fronteiras, traem a quem ajudou a carregar os moirões e os aramados. E os arames eram farpados.
É uma cobertor curtíssimo em que se encontra agora o executivo, que jactou-se em reduzir os cargos comissionados em nome da governabilidade e da moralidade, gabando-se ainda em haver considerado as nomeações por prova de capacidade (sob critérios misteriosos), e que, caso ceda aos rogos e gemidos destes correligionários, estará se contradizendo, e estará atendendo a exigências políticas e politiqueiras, em lugar de oferecer respostas ao clamor das necessidades administrativas que diz ter encontrado.
Que situação! Se correr, o bicho pega, Se ficar, o bicho come.E o bicho desta vez não é nenhum gambá. É bicho do próprio cercado. Mordendo os calcanhares. Grunhindo e não deixando ninguém dormir, nas frias noites que breve haverão de chegar.
Já começo a perceber que o bicho não geme sozinho...
E vem aí.....
FEDO'RENT, Le Gambá!(
Da série: Gambá meu ninguém tasca!)
Aguardem
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