Gosto de trocadilhos. A riqueza de nosso vernáculo nos permite passeios verbais que fazem brotar ideias a partir de simples troca de verbetes homófonos, ou ao menos de sonoridade muito aproximada entre as palavras.
Mas em muitas palavras, a sonoridade diversificada, com base no radical da palavra, nos permite avançar em reflexões mais profundas. Como é o presente caso dos verbos sugeridos. Verter, converter ou perverter.
O primeiro verbo, sugere criação, emanação, edificação,generosidade, produtividade.
O segundo verbo,derivado do primeiro, sugere uma mudança de direção.Um novo caminho.Alternativas a seguir.
E o terceiro é aquele que distorce os outros dois. É pernicioso, destrutivo, enganador, miseravelmente infame.
Estes três verbos são irmãos da mesma mãe, mas separados pelo nascimento. Caminham juntos, mas espargem atributos diversos. Tomam aquilo que foi gerado e cada um, a seu modo, transforma o resultado de acordo com seu próprio interesse.
A política é cheia destes trocadilhos.
Uns vertem.
Outros convertem
Outros, revertem.
E para tristeza do mundo, infiltrados entre todos estão aqueles que pervertem.
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