AD SENSE

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Design is for the poor, traditional. What they expose in the decoration magazines, is for the rich and modern powders.


Design is for the poor, traditional. What they expose in the decoration magazines, is for the rich and modern powders.

Pacard - Designer, Professor and Consultant since 1974*


Until 1997, I thought I was a Designer. Was not. I thought I knew how to design furniture for any economic standard of consumers. Did not know. I drew everything, and everything I drew, the joiners were able to do. I discovered that whoever designs anything that a good joiner can do is not a good designer. He's just a fine designer. Just it.


And how did I discover that I was not a good Designer in 1997? Because I was asked to create an entire line of products for a large furniture industry in Piauí. That's right: In Piauí! In Teresina, Brazil.


The director of the company went to Rio Grande do Sul, to visit a large furniture fair that happened there, and because of his friendship with great entrepreneurs in the region, he made a very specific request: "I wanted the best Designer in Rio Grande do Sul ! ", But it is logical that in Rio Grande do Sul there were many excellent Designers, to whom I consider great creative and technical qualities, and more than that, I never liked disputes regarding the profession of Designer, even because I never participated in contests. However, yes, there was a significant contingent of professionals, and possibly, I was among those trained to accept challenges, even because there is a maxim that says you are not good because you think you are good, but because others think you are. So, I am free from the sin of vanity, because the request was not made to me, but to people who, in addition to friendship, also respected what I was doing, and to my surprise, I was called to an emergency meeting with the businessman, on the same day. In short, I was hired, and embarked for Teresina, with a suitcase full of ideas and knowledge that I thought necessary to teach the Northeasterners to make furniture.

What a disappointment for me. I discovered that I didn't know how to design "furniture for the poor". This was the definition. I, who designed furniture in Gramado, where little cared about the price of a closet, discovered that I needed to design furniture for those who would pay, for the price of a bed, in Gramado, the entire furniture of one or two houses, there in the northeastern hinterland. . I learned that if in Gramado, a wardrobe closet is about 2.50m high, there in Santana de Parnaíba, the same wardrobe measures 1.85m at most, because it wouldn't fit in the house, if it was bigger than that. The biotope of Homem Nordestino is short, compared to the European biotype of the gaucho, which obeys the standards of Le Corbusier, and not of Virgulino Ferreira da Silva, the "Lampião".


I was taken to one of the then 130 stores (today there are more than 300 units) of the chain, to observe the behavior of the buyers, and I saw people in a payment queue, with a booklet in one hand, with the money already counted, and the leather hat, in the other, in an attitude of reverence for the environment where they were: the cashier. I was informed that this chain of stores does not use SPC, SERASA as a confidence limiter, because your confidence is in the person who makes the purchase. That's right. The sertanejo who pays a portion of R $ 5.00 on the booklet, and does not delay even once, because he needs to preserve honor and dignity, because he understands that the poor have nothing but their honor, which is their word, and if you lose that, your life is over.

There I learned to design furniture for the poor. I learned that the secret of the designer is not to let go of the hand, but to brake the hand, without losing style. I learned that to design a product, you don't need to understand technology (if you know it, it's easier), but understand people, people, know how to read the behavior and understand the look and steps of those who pay book in line. And pay on time.


Oh, I was forgetting to say that I am also a writer. If you click on the image below, you can read one of my 13 books already published (Portuguese Edition). 



Design é para pobres, tradicionais . O que expõem nas revistas de decoração, é para metidos a ricos e pós modernos.



Design é para pobres, tradicionais . O que expõem nas revistas de decoração, é para metidos a ricos e pós modernos.

Pacard - Designer, Professor e Consultor desde 1974


Até o ano de 1997, eu achava que era Designer. Não era. Achava que sabia desenhar móveis para qualquer padrão econômico de consumidores. Não sabia. Eu desenhava de tudo, e tudo o que eu desenhava, os marceneiros davam conta de executar. Descobri que quem desenha qualquer coisa que um bom marceneiro possa executar, não é um bom Designer. É apenas um Designer fino. Nada mais.

E como foi que descobri que eu não era um bom Designer, no ano de 1997? Porque fui chamado para criar uma linha inteira de produtos para uma grande indústria de móveis lá no Piauí. Isso mesmo: No Piauí! Em Teresina, Brasil.

O diretor da empresa foi ao Rio Grande do Sul, visitar uma grande feira de móveis que acontecia por lá, e por ter laços de amizade com grandes empresários da região, fez um pedido muito específico: "Queria o melhor Designer do Rio Grande do Sul!", Mas é lógico que no Rio Grande do Sul haviam muitos excelentes Designers, aos quais reputo grandes qualidades criativas e técnicas, e mais que isso, nunca gostei de disputas no tocante à profissão de Designer, mesmo porque nunca participei de concursos. Porém, sim, havia um contingente significativo de profissionais, e possivelmente, eu estivesse entre os capacitados para aceitar desafios, mesmo porque existe uma máxima que diz que você não é bom porque se acha bom, mas porque os outros acham que você seja. Então, estou livre do pecado da vaidade, pois a solicitação não foi feita à mim, mas a pessoas que, além da amizade, também respeitavam o que eu fazia, e para minha surpresa, fui chamado a uma reunião de emergência com o empresário, no mesmo dia. Resumindo, fui contratado, e embarquei para Teresina, com uma mala cheia de ideias e conhecimentos que julguei necessários para ensinar os nordestinos a fabricarem móveis.

Que decepção, para mim. Eu descobri que eu não sabia desenhar "móvel para pobres". Esta era a definição. Eu, que desenhava móveis em Gramado, onde pouco se importavam com o prelo de um armário, descobri que precisava desenhar móveis para quem pagaria, pelo valor de uma cama, em Gramado, o mobiliário inteiro de uma ou duas casas, lá no sertão nordestino. Aprendi que se em Gramado, um armário roupeiro tem cerca de 2,50m de altura, lá em Santana de Parnaíba, o mesmo roupeiro mede 1,85m no máximo, porque não caberia na casa, se fosse maior que isso. O biótipo do Homem Nordestino é baixo, comparado ao biótipo europeu do gaúcho, que obedece aos padrões de Le Corbusier, e não de Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião".

Fui levado a uma das, então, 130 lojas (hoje são mais de 300 unidades) da rede, para observar o comportamento dos compradores, e vi pessoas em uma fila de pagamento, com um carnê numa mão, com o dinheirinho já contadinho, e o chapéu de couro, na outra, em atitude de reverência pelo ambiente onde estavam: o caixa de pagamento. Fui informado de que esta rede de lojas não usa SPC, SERASA como limitador de confiança, porque sua confiança está na pessoa que faz a compra. Isso mesmo. O sertanejo que paga uma parcela de R$ 5,00 no carnê, e não atrasa uma única vez, porque precisa preservar a honra e a dignidade, por entender que pobre não tem nada, senão a sua honra, que é a sua palavra, e se perder isso, sua vida acabou.

Aprendi aí a desenhar móvel pra pobre. Aprendi que o segredo do designer não é soltar a mão, mas frear a mão, sem perder o estilo. Aprendi que para desenhar produto, não é preciso entender de tecnologia (se souber, fica mais fácil), mas entender de gente, de pessoas, saber ler o comportamento e entender o olhar e os passos de quem paga carnê na fila. E paga em dia.

Ah, ia esquecendo de dizer, que sou também escritor. Se clicar na imagem abaixo, poderá ler um dos meus 13 livros já publicados (Edição em Português).





The creative Void, and the adventurers of Brazilian furniture


The creative Void, and the adventurers of Brazilian furniture

Pacard - Brazilian Furniture Designer since 1974, Teacher, Consultant*

 

Creating and innovating is not for bad people. It's not for the faint of heart. It's crazy. It is for unhappy people, discontented people, people with ants in their underwear, with animals on their entire bodies (some say "carpenter animals"). No carpenter: Joiner. And the good ones!


Understanding innovation is not for mediocre people. It is not for people with accommodated neurons. It is not for people unable to differentiate beige from yellow, nor purple from lilac. It is not for people with a small horizon and finite soul.


Innovating is for those who realize that the limit is already creating slime and sameness has already filled with mold. Innovating is for those who know that the world revolves, even if they don't realize it. Whoever looks at the ground, only sees his feet sinking into the earth, but the innovator looks upwards, in all directions, and sees that the sun does not stay at the same point during the hours of the day. It is the innovators who perceive that the world revolves, and do not do like the flowers and leaves, which always aim at the sunlight. The innovator does not wait for the sun to turn his face. He turns on a lamp and directs the light wherever he looks.

Brazilian furniture has not innovated its face since the construction of Brasília, and rather said, since the arrival of Cabral. Brazilian furniture is only Brazilian when it looks like Brazil, and the face of Brazil is not just the face of an Indian, the face of round wood, the face of bamboo. Brazilian furniture borrows the colors of the world, the shapes of the people, and the role of the accommodated.


Brazilian furniture is ashamed of itself. She is ashamed to hit her and show her body. She is ashamed to be beautiful, sensual, happy, and necessary. 

Brazilian furniture is a harlot that supports gigolos from old world design. It is selective and stupid, because it sucks in culture that it does not know. The Brazilian furniture industry and its mentors, act as monkeys that imitate others, and in this case, the others, are the ones that repeat lines, curves, colors, and shapes and fill, with voids, spaces full of nothing. And the Brazilians say: "Top!"

Brazilian furniture is poor, even though its products are made for the rich, and the furniture of the poor, is the result of what was left over from the design reuse of a decade ago, because the big manufacturers are not at risk of making mistakes. Therefore, they are not innovative, they are spreadsheet typists and button presses for robotic machines, those that scratch, cut and drill, sheets of hardened gum, to manufacture colored boxes, which they call furniture, and think that this is design, and think that this is Brazilian.


The furniture adventurers are not the ones who produce the utility boxes for consumers, but those who benefit from a certain wave, a certain economic movement and a certain trend, and immerse themselves in the production of that, until another wave comes and changes everything, but they don't change, because only those who knew how to start can change. They simply shipwreck, and the remains appear floating in the abandoned pavilions surrounded by weeds (before weeds were, as it is empty capoeira), full of expired titles and judicial pending due to fraudulent wages or deviated taxes, and remain, like monkeys, jumping from a branch on a branch, eating chepa bananas (fruits at the end of the fair), and complaining about the government, the employees, the unions, the vaccine they don't accept, the bumpy streets, and they come home to stumble in the living corners of the cupboards, and to sit on the lame chairs, because they didn't even know how to copy them.

Brazilian Design is in its moment of creative emptiness, and manufacturers are afraid to dare, as there is a crisis outside, without realizing that there is an even worse crisis, inside, of their empty minds and hopes buried in the past that they thought were entrepreneurs and innovators. They were not, and never will be.


There is a creative void, despite constantly hearing that creativity is the great urgency for them to survive.


There are voids within voids. A void filled with other voids, as someone said. (Okay, I said that, in the little book below. Click to buy).





terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O Vazio criativo, e os aventureiros da movelaria brasileira



Criar e inovar não é pra gente ruim da cabeça. Não é pra fraco. É pra louco. É pra gente infeliz, gente descontente, gente com formiga na cueca, com bicho no corpo inteiro (uns dizem "bicho carpinteiro"). Carpinteiro, não: Marceneiro. E dos bons!

Entender inovação não é pra gente medíocre. Não é pra gente com neurônios acomodados. Não é pra gente incapaz de diferenciar beige de amarelo, nem roxo de lilás. Não é pra gente de horizonte pequeno e alma finita.

Inovar é pra quem percebe que o limite já está criando limo e a mesmice já se encheu de mofo. Inovar é pra quem sabe que o mundo gira, mesmo que não se perceba. Quem olha pro chão, só vê os pés afundando na terra, mas o inovador olha pro alto, em todas as direções, e vê que o sol não fica no mesmo ponto durante as horas do dia. São os inovadores quem percebem que o mundo gira, e não fazem como as flores e folhas, que miram sempre a luz do sol. O inovador não espera pelo sol para virar o rosto. Ele acende uma lâmpada e direciona a luz para onde quer que olhe.

A movelaria brasileira não inova sua cara desde a construção de Brasília, e antes disso, desde a chegada de Cabral. A movelaria brasileira só é brasileira quando tem cara de Brasil, e cara de Brasil não é só cara de índio, cara de pau roliço, cara de taquara. A movelaria brasileira pede emprestadas as cores do mundo, as formas das gentes, e a função dos acomodados.

A movelaria brasileira tem vergonha de si própria. Tem vergonha de bater em portar e mostrar o corpo que tem. Tem vergonha de ser linda, sensual, feliz, e necessária. A movelaria brasileira é uma meretriz que sustenta gigolôs do design do velho mundo. É seletiva e burra, porque suga cultura que desconhece. A movelaria brasileira e seus mentores, agem como macaquinhos que imitam os outros, e nesse caso, os outros, são os que repetem traços, curvas, cores, e formas e abarrotam, de vazios, espaços cheios de nada. E os brasileiros dizem: "Top!"

A movelaria brasileira é pobre, ainda que seus produtos sejam feitos para os ricos, e os móveis dos pobres, são a rapa do que restou no reuso do design de uma década atrás, pois os grandes fabricantes não correm riscos de errar. Portanto, não são inovadores, são digitadores de planilhas e apertadores de botões de máquinas robotizadas, aquelas que riscam, cortam e furam, chapas de goma enrijecida, para fabricarem caixas coloridas, ao que chamam de móveis, e pensam que isso é design, e pensam que isso é brasileiro.

Os aventureiros da movelaria não são os que produzem as caixas utilitárias para os consumidores, mas os que se beneficiam de determinada onda, determinado movimento econômico e de certa tendência, e mergulham com tudo na produção daquilo, até que venha outra onda e mude tudo, mas eles não mudam, porque só sabe mudar quem soube começar. Eles simplesmente naufragam, e os restos aparecem boiando nos pavilhões abandonados cercados de mato (antes mato fosse, pois é capoeira vazia), eivados de títulos vencidos e pendências judiciais por salários fraudados ou impostos desviados, e ficam, feito macacos novamente, pulando de galho em galho, comendo bananas de "chepa" (frutas do fim da feira), e reclamando do governo, dos empregados, dos sindicatos, da vacina que não aceitam, das ruas esburacadas, e voltam pra casa, para tropeçarem nos cantos vivos dos armários, e assenta O Vazio criativo, e os aventureiros da movelaria brasileira rem nas cadeiras capengas, porque não souberam sequer copiá-las.

O Design brasileiro está em seu momento de vazio criativo, e os fabricantes tem medo de ousar, pois há uma crise lá fora, sem perceberem que há uma crise ainda pior, lá dentro, de suas mentes vazias e esperanças enterradas no passado que pensavam serem empresários e inovadores. Não foram, e jamais serão.

Há um vazio criativo, apesar de ouvirem constantemente que a criatividade é a grande urgência para que sobrevivam.

Há vazios dentro de vazios. Um vazio repletos de outros vazios, como disse alguém. (Tá, eu disse isso, no livrinho aí abaixo. Clique para comprar).



domingo, 7 de fevereiro de 2021

O maledicente e as teologias opostas


Sou um árduo defensor da causa judaica, frente aos contínuos ataques antissemitas provenientes por parte do cristianismo, dos mesmos que batem no peito e dizem: "Obrigado, Senhor, porque não nasci judeu", mas acham ruim a oração judaica "Amidá", onde o devoto agradece por não ter nascido mulher.

Um e outro tem suas implicações que vão bastante além do que é dito em resumidas palavras, mas um e outro realmente sentem-se gratos por não terem nascido na condição que, em sua leitura, seja desfavorável no convívio humano cotidiano.

No tempo em que foi escrita a Amidá, a mulher ocupava um papel inferior aos animais, em todas as culturas. Era lixo, e lixo e propriedade, e a punição por maltratar um cabrito era maior do que espancar uma mulher de "sua propriedade". Assim, a oração reconhece esse estado triste da mulher (criança, então, nem se fala, era deplorável a situação civil de uma criança naqueles tempos), e ao agradecer à D-s pela condição menos desfavorável, reconhece que há algo por melhorar na sua companheira, irmã, mãe, ou filha.

Da mesma forma, hoje, vejo o tratamento teológico dado aos judeus, com uma generalização esdrúxula, e com argumentação que ultrapassa os limites da estupidez, da ignorância completa. Destratam os judeus de todos os tempos, com o mesmo ímpeto que destrataria aqueles poucos indivíduos, que dentro de um contexto específico, e em um tempo único, votaram a favor de enviarem à morte o Líder de um dos grupos sectários contemporâneos (Jesus não era o único proclamado Messias em seu tempo, mas se quiserem saber mais sobre isso, leiam Flávio Josefo, Heródoto, Plínio O Velho, e outros historiadores daquele tempo), e que num contexto amplificado pelos romanos, estabeleceram, não uma religião de adoração ao D-s Único, mas de ódio aos judeus de todos os tempos, tornando-os malditos por continuidade.

A construção de teologia do ódio é buscada dentro das próprias Escrituras, sendo que fixam-se sempre no histórico dos erros da Israel bíblica, mas deixam de ler, muitas vezes, o verso seguinte, onde D-s promete restauração e consolo ao seu povo eleito. Senão vejamos: O livro de Isaías, 41:14, chama Israel de "Verme de Jacó, vermezinho de Jacó, verme de Israel" (de acordo com cada tradução), e desata todos os erros cometidos pelos governantes, com apoio de grande parte do povo, que de fato, usou e abusou do direito de errar, coisa que nós fazemos também, continuamente. Então, segundo essa parte do texto, sim, Israel estaria condenado e seria extinta de pronto. 

O que as pessoas leem e fixam a mente é exatamente na expressão: "Vermezinho de Jacó", mas esquecem que esta expressão está em uma única frase, que, completa diz assim: "Não tenha medo, ó verme Jacó, ó pequeno Israel, pois eu mesmo o ajudarei", declara o Senhor, Redentor, o Santo de Israel".

Sigo adiante, e sugiro outra leitura com o mesmo contexto: Oséias, capítulo 11, onde todos os pecados de Israel e Efraim (uma das doze tribos), são desnudados, todas as vísceras abertas são expostas, e ainda assim, contém a mais bela declaração de amor que um Pai pode fazer à seus filhos, descrevendo a trajetória deste relacionamento:

"Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. (vs 1). Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face; sacrificavam a baalins, e queimavam incenso às imagens de escultura".

Vejam que primeiro, diz como era Seu relacionamento afetivo. A seguir, aponta aquilo que os separava d'Ele, que O entristecia. É aqui que sorriem os inimigos de Israel e perseguidores dos judeus. Porém, de tanto rirem dos deslizes registrados, se cansam de ler e não leem o que vem a seguir:

Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que chamam ao Altíssimo, nenhum deles o exalta.

Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Te poria como Zeboim? Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem.

Não executarei o furor da minha ira; não voltarei para destruir a Efraim, porque eu sou D-us e não homem, o Santo no meio de ti; eu não entrarei na cidade.

Esta é a parte que me faz tremer: "Porque Eu Sou D-s e não homem", isto é, D-s não julga sentimentos humanos com justiça humana, mas oferece justiça aos humanos com misericórdia divina.

 Então, a profecia sempre finaliza desse modo: Primeiro o amor d'Ele com Israel, depois a impiedade do povo, depois o juízo sobre esta impiedade, e por fim, a misericórdia, movida pelo imenso amor com que os amou." Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem". Outra tradução diz que "D-s treme e se contorce de emoção, de alegria, ao manifestar e descrever o tamanho do amor que sente por Seu povo".

E finaliza dizendo que "Tremendo virão como um passarinho, os do Egito, e como uma pomba os da terra da Assíria, e os farei habitar em suas casas, diz o Senhor. Efraim me cercou com mentira, e a casa de Israel com engano; mas Judá ainda domina com Deus, e com os santos está fiel". Oséias 11:11,12

Contato de Palestras, Cline na imagem



 

Congregar ou sobreviver? Qual é o papel dos templos em tempo de cautela?

Sabedoria não é apenas aquilo que se aprende lendo a Bíblia, ou livros de cunho religioso, mas aquilo que se põe em prática, dentro do que é ético, saudável, e necessário, com aquilo que se aprendeu, lendo os livros sagrados.

Diariamente tenho notícias de quem, por congregar-se, seja em templos ou reuniões de natureza espiritual, foi contaminado, e alguns até não vivem mais, e nem vou mencionar as festivas e sociais, ou ajuntamentos políticos, mas aquelas que buscam uma aproximação com a adoração, louvor, e enriquecimento espiritual, por meio da "koinonia", isto é, do ajuntamento fraterno de conforto e esperança no mundo vindouro.

É bastante nobre a ideia e a experiência de orar juntos, cantar juntos, chorar juntos, e juntos se confortarem com as promessas bíblicas de salvação e cuidados de D-s para com seus fiéis e obedientes filhos. Mas também não deixa de ser reconfortante saber que, em meio a um inimigo quase tão invisível quanto o próprio satã (pois o vírus é um inimigo detectável), haja um modo quase seguro de evitar contágio, assim como também o pecado tem seus limites para quem se resguarda de cometê-lo, e tal como a doença, aquele que é deles acometido, ainda tem um certo percentual de esperança de ser resgatado, se houver verdadeiro arrependimento, e no caso do vírus, de recuperação, ainda que com as duras cicatrizes que um, e outro deixam em que sucumbiu ao contágio e à tentação.

Um, e outro: pecado e contaminação, antes de serem curados e transformados em cicatrizes, oferecem riscos e maltratam quem deles é atacado. Assim, é de grande importância o cuidado com o isolamento necessário, o suficiente para esconder-se do vento até que a tempestade vá embora, pois, tal como num vendaval, as pessoas não irão morar definitivamente nas fendas das rochas, ou nos porões, mas serão abrigos seguros para o ápice dos ataques.

Motivar cuidados é não apenas tarefa individual, como principalmente dos líderes, sejam eles políticos, religiosos, ou empresariais, e comete grave atentado à saúde e liberdade, aqueles que motivam seus liderados a quebrarem regras sugeridas pelos dedicados cientistas, e responsáveis autoridades, que estabelecem critérios e protocolos para que se administre o perigo até que seja efetiva e definitivamente solucionado.
Se o que importa é "A Palavra", esta pode ser ouvida por meio eletrônico, cibernético, e até ilustrada por canções e imagens, e o abraço virtual é quase tão bom quanto o real, e contagia bem menos.

Repudio lideranças que fomentam agrupamentos físicos no tempo crucial para a resposta sanitária da crise do Corona Vírus, e apesar de saber que não existe cem por cento de segurança, o mínimo percentual que se consiga, será de grande valor à todos. E o céu agradece.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Liberdade criativa - Qual é o limite de ser livre?

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Conversando com um amigo, da área criativa, que recentemente ficou desempregado, falávamos sobre o "tempo livre", Sugeri à ele que use o tempo "livre" como um tempo especial, destinando-o ao andar criativo, buscar soluções.

Mas o que é um "andar criativo", e o que é a liberdade, no campo das ideias? Quais são os seus limites aceitáveis? É bom ser livre? Ou que é ser livre? O quando de liberdade contribui com nosso crescimento pessoal, ético ou profissional?

Não me entendam errado, pois não estou apregoando a servidão como ideal de vida, nem fazendo apologia à perda (alguns gostam de dizer "perca") de autonomia no processo criativo. Veja que nem na arte há uma liberdade absoluta, pois há um conjunto de regras do uso dos materiais, das técnicas, do conhecimento dos estilo, e a ideia principal, pois sem uma ideia não há arte.

Minha construção temática está no limite entre o excesso da liberdade, e o conjunto de vetores (ok, chame de regras) para aproveitamento criativo. Claro que você pode criar algo sem utilidade, completamente "non sense", e pode chamar de seu. Porém, se aceita a máxima de que tudo tem um propósito, a criatividade também tem o seu, e o propósito criativo do Criador, foi estabelecer um ambiente criativo e construir um "coautor" daquilo que ainda havia por ser criado. Assim, colocou D-s, O Homem num privilegiado posto avançado de natureza criativa, reativa, proativa, e por fim, muito viva. Porém..... Com parâmetros para que tal criatividade pudesse fluir sem limite de tempo e espaço.

Um rio que não tem margens, torna-se um charco. Até o mar, delimita o ir e vir de suas águas. Tudo está sujeito às normas, para que não perca seu rumo, seus objetivos. As normas, ainda que na liberdade da criatividade são a essência do direcionamento criativo. Sem regras, a própria essência criativa deixa de existir, porque se o que está estabelecido é o velho, o que há de ser criado, é o novo, então para que seja denominado novo, a regra diz que haja o parâmetro do antigo. Para que se caminhe, a regra ensina que é necessário o movimento, o deslocamento, contrário ao que está estático. Então, se houve quebra de ação pela reação, o novo é a regra de ação do velho.

Ser livre não algo ilimitado, nem estacionário, pois liberdade pressupõe movimento, ação, interação e modificação. Assim, ser livre é ser atrelado à regra de ação e reação, portanto até mesmo a liberdade tem limites e normas a seguir, para que se efetive como verdadeiramente livre.

Criar é o ato de acionar a liberdade de mudar, interagir, transformar. Agir é continuar a agir, reagir, interagir e resultar em transformação. Então, é verdadeiramente livre a criatividade?

 

Como posso confortar alguém que perdeu tudo numa catástrofe da Natureza?

É muito fácil confortar alguém, principalmente estando nós mesmos já confortados, seguros, e ilesos, então, sim, fica muito fácil orar, envi...