AD SENSE

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Pedro Bala absolvido - Chuva na lavoura do PP

...

Foto: Travel (Retirado da internet)


Tenho batido na tecla do vazio existencial do PP, especialmente na crença de que existe vida após a eleição. Infelizmente, nem todos compartilham desta fé, e o desânimo tomou conta do Partido e na Coligação UPG, então, ninguém mais fala. Ficou acéfalo, pois por mais que o Ser Humano seja resiliente, com capacidade de reconstruir-se por si mesmo, resguardados os seus limites, a presença de um nome imponente, de um herói ou um ícone, faz a diferença na velocidade da resiliência e da reconstrução do que foi perdido. 
Continua depois da publicidade

Pedro Bala é um Ser Humano, e como tal, falível e afeto ao desânimo, primeiro, pelo conjunto de circunstâncias em que seu nome foi envolvido, e principalmente porque, provavelmente o processo movido contra ele que estava em curso normal, tomou uma importância fermentada por sua oposição, como uma carta na manga a ser usada em caso de emergência, então, tirar o Pedro da Prefeitura seria sim, uma grave emergência, e pelas leis de Maquiavel, os fins justificam os meios. Isso abalou Pedro, e principalmente abalou aqueles que viam nele esta esperança.

Continua depois da publicidade


O processo andou no seu curso normal, no seu tempo regimental, e a Lei e seus agentes agiram dentro dos ditames da normalidade, permitindo que Pedro pudesse celebrar um momento de alívio nesta tempestade de cunho moral. Porém, o mal que acomete Pedro, respinga em Paulo, e como dizem os mineiros, pau que bate em Chico, bate também em Francisco, e aqueles que naturalmente deixavam-se embalar pela certeza e segurança de seu líder e mentor, também despencaram junto com eles nesta falta de ânimo, agora sentem-se novamente como uma terra seca num longo estio, que recebe as chuvas da primavera e fazem brotar a verdura dos campos da esperança. Este é o papel de um líder e os efeitos de sua liderança.

Em uma das eleições que compus a equipe de Pedro, lembro que na época, ele tinha fama de ser o candidato dos ricos. Porém, foram os pobres quem asseguraram a sua vitória, e ele entendeu este recado. Lembro que alguns puxa-sacos à volta queria promover uma churrascada entre os líderes para celebrar a vitória, ao que el negou imediatamente e respondeu de pronto: "Eu fui eleito pelos pobres e será com eles que irei comemorar!". Desde então, Pedro viu nas camadas menos favorecidas da sociedade, o amparo ao seu crescimento como líder, e o fez por merecer, conquistando, não apenas o respeito, mas acima de tudo o carinho das pessoas, dos velhos, das crianças, de todos, e sobretudo, o respeito dos seus adversários. Sua presença era imponente por onde andava, e isso contribuiu para o sucesso de sua trajetória.

Veio então a última eleição (e vou falar desta eleição, sim, o tempo que eu tiver vontade, e quem não estiver satisfeito com isso, pare de ler o que eu escrevo), e a derrota que chegou de uma forma que abalou todo o prestígio que Pedro havia conquistado. Foi chamado do pior dos pecados que um gestor público pode ser taxado: "Ladrão"!. E o seu Partido, os seus coligados, simplesmente desapareceram em massa. Jogaram a toalha. Abandonaram seu amor eterno pelo PP. Diziam, e ainda dizem que sua fidelidade era com o Pedro, e estando o Pedro fora de cena, não haveria mais motivo para continuarem. Passariam a cuidar de suas próprias vidas e negócios. Mas e não foi isso que fizeram enquanto estavam sob as benesses do poder, representado pelo seu líder? E era por acaso de graça que trabalhavam? Os cargos e oportunidades gerados na economia de Gramado pelas ações acertadas dos governos de Pedro, seriam apenas para os outros? ora, uma falácia isso! Todos eram beneficiados. Todos participavam do banquete de vitórias sob o estandarte de seu líder.É assim que funciona, e quando tudo está bem, bem permanece. Mas é só a locomotiva descarrilar, que o comboio despenca junto.

Isto explicado, retomo a leitura que o PP tem nas mãos uma oportunidade única para recompor-se, sob a liderança de Pedro novamente. Não estou falando de presidência de partido ou candidatura a Prefeito ou Deputado. Estou falando de uma liderança ideológica, contundente, e capaz de bater a poeira dos ânimos que se foram. Pedro, embora apaixonado pelas belas oliveiras que plantou, ainda é o Pedro que muito fez por Gramado, por seu arrojado modo de governar. Amado e odiado, mas jamais ignorado. Mediocridade nunca foi a sua marca. Cometeu erros e acertou muito mais, mas jamais se acovardou nem se deixou intimidar pelos desafios. Eu aprendi muito com ele, mesmo jamais tendo participado de nenhuma de suas gestões como Servidor Público. Tive altos e baixos em nossas ideias, mas jamais perdemos o respeito um pelo outro. Nem mesmo na sua aparente queda, imaginei abandoná-lo à sorte, até porque sorte pode ser construída por ações de caráter. Por mim, nada espero de Pedro, senão aquilo que espero de meus amigos todos. Mas o PP pode esperar muito ainda, porque Pedro está de volta. E voltou com força total. 

Quem sabe não seja o Pedro, o articulador da grande união que Gramado espera ver, começando pelo PMDB? Ele nunca foi contra essa ideia.



Nenhum comentário:

Minha "quase esposa" do Tadjiquistão

Pois parece um pesadelo doido, mas o fato deu-se como verdadeiro. Eis o causo: No cotidiano da faina, lá pelos idos de 2012, recebo pelo mes...