Prefeitura restaura asfalto em diversos bairros de Gramado
A
Prefeitura de Gramado, por meio da Secretaria de Obras, iniciou o
processo de restauração do asfalto em diversos pontos do município. Até
agora, os bairros Moura, Floresta, Piratini, Dutra e a estrada do Mato
Queimado já receberam restauração asfáltica, totalizando cerca de
1.600m² de recuperação. O investimento da restauração é em torno de R$
100 mil.
A
primeira etapa iniciou há duas semanas e consistiu na retirada do
material contaminado, preparação, remoção e colocação de nova base. Em
seguida, uma empresa contratada pela secretaria iniciou a colocação de
asfalto no final do mês de junho. As ruas dos bairros Planalto e Várzea
Grande ainda serão contempladas. Estima-se que, em quinze dias, toda a
revitalização seja finalizada.
A
prefeitura realizou um mapeamento da cidade, priorizando locais de
maior fluxo de veículos e onde os problemas eram mais críticos.
Atualmente, o município sofre com a carência na drenagem do asfalto,
escoamento de água e problemas de base. Devido à precipitação de chuvas,
a situação se agravou.
Até então, a secretaria vinha fazendo os
consertos com o asfalto a frio, com o estoque de pedriscos da pedreira
do município.
“Por
não ser o tipo mais indicado de asfalto, a solução encontrada foi
contratar uma empresa para fazer a recolocação do asfalto a quente
(CBUQ). As equipes da Obras realizaram o conserto de base e a preparação
dos locais para poder apresentar uma resposta mais rápida à
comunidade”, afirmou o secretário de Obras, Flavio Souza.
Chuva intensa demonstra a fragilidade do asfaltamento das ruas em Gramado
Os
estragos nas vias urbanas e rurais ocasionados pelas intensas chuvas
demonstram a fragilidade do revestimento asfáltico das ruas de Gramado. A
maioria dos pavimentos que foram executados em anos anteriores não
possuem boa drenagem, inclinação (caimento) e a camada de resistência
(sub-leito, sub-base e base), causando diversos problemas para a
comunidade.
A
drenagem no município é um problema sério. As tubulações existentes não
dão conta da vazão gerada pelas chuvas, o que gera o retorno das águas
para as pistas, intensificando o acúmulo de água e resultando nos
inúmeros buracos nas vias.
Quando
foram realizadas as obras de asfaltamento nas ruas do município não
foram executados dois requisitos fundamentais para o devido
revestimento, que são a definição da estrutura do pavimento e a escolha
adequada do tipo de revestimento asfáltico.
Outro
fator que agravou a situação atualmente enfrentada pela comunidade
foram os remendos na época executados. Esses foram somente colocados
sobre o pavimento inexistente, não substituindo a camada do reforço e
pintura, diminuindo a altura entre o pavimento e o meio-fio, ocasionando
a entrada de água em residências e vários pontos comerciais da cidade.
O
que se observa é que a maioria das pavimentações em Gramado foram
feitas em desconformidade com os padrões normativos referentes ao tipo e
espessura de cada camada e revestimento. No Brasil, conforme reforça a
Secretária Adjunta de Obras, Simone Cazu, “utiliza-se como base o BGS
(brita graduada) e como sub-base o rachão (brita com uma granulometria
maior que também acaba servindo como um dreno). Aos espalhar as camadas,
todas devem ser bem compactadas para evitar acúmulos de água entre elas
e recalque na pista. Além disso, o caimento deve ser feito muito bem
executado e direcionado para sarjetas e caixas de passagem”.