(Do Facebook - https://www.facebook.com/prefeituradegramado/posts/1789546904390559:0)
TURISMO DE GRAMADO, ORGULHO DA NOSSA GENTE!
Recebemos um texto que fala sobre “Cinco roubadas que você deve evitar
em Gramado, na Serra Gaúcha”. Em virtude de inúmeras manifestações de
apoio que recebemos por parte da comunidade e de turistas, acreditamos
que algumas considerações se fazem necessárias, não como forma de uma
simples resposta, mas como uma reflexão para nossa comunidade, já que,
com certeza, Gramado passa longe do texto descrito naquele relato de mau
gosto.
Por uma perspectiva histórica e cultural, Gramado é uma
cidade hospitaleira, desde os tempos de Joaquina Rita Bier, Leopoldo
Rosenfeld, Oscar Knorr e Ritta Hoppner, só para citar alguns dos
pioneiros que acreditaram num turismo possível e sustentável. É a cidade
em que se pode passear em segurança em qualquer horário do dia ou da
noite, que possui bancos em passeios e praças públicas, canteiros bem
cuidados, natureza preservada, vista deslumbrante do Vale do Quilombo,
do Lago Negro, do seu interior.
É a cidade onde, se você não
quiser, não precisa entrar em nenhum dos aproximadamente 50 atrativos de
entretenimento e lazer, alguns existentes há décadas, como o Mini Mundo
por exemplo, que continuam a encantar aos turistas ano após ano,
geração após geração. Foram construídos pela iniciativa privada, de
forma inovadora, e sim, aqui o turismo é encarado como uma atividade
econômica séria e ninguém se envergonha disso. Ao contrário, esse
importante segmento da economia é tratado com todo o respeito.
Você pode simplesmente passear pela Praça das Etnias e apreciar os
agricultores assando pães, cucas e biscoitos em tempo real de levar para
casa (ou não) uma dessas deliciosas iguarias (não é em qualquer lugar
que se encontra um Apfelstrudel servido com a original receita dos
antepassados). Ou então embarcar em uma jardineira e ir para o interior e
apreciar isso tudo lá mesmo, por meio de um dos seis roteiros de
Turismo Rural em funcionamento e encontrar, além da história e da
memória, mesa farta, cucas, geleias, mel puro.
E, ainda, se esses
atrativos não lhe interessarem, se os mais de 13 mil leitos disponíveis
ou os 180 restaurantes e cafés não lhe agradarem, você pode
simplesmente caminhar por ruas limpas e bem cuidadas, sentar nos bancos
das muitas praças e parques existentes e simplesmente contemplar a
natureza. Mas cuidado, você correrá o risco de cruzar com pessoas muito
educadas e gentis que param à menor menção de você querer atravessar a
faixa de segurança.
Quanto ao chocolate, ele também existe há
algumas décadas e já tem sim o direito de ter uma certificação de
origem. Mais do que isso, conquistou, por tradição, o direito de ser
reconhecido como patrimônio imaterial deste lugar. E como o ditado reza
que “ninguém engana todo mundo o tempo todo”, provavelmente ele seja
mais delicioso do que está sendo julgado naquela fala de gosto
questionável, senão tantas pessoas não se encantariam com o seu sabor.
Porém, assim como nem as mais incríveis cidades do mundo agradam a
todos, aqui não haveria de ser diferente, pois as lentes com que eu
olho o mundo dizem mais sobre mim do que sobre o próprio mundo. Assim
como um caleidoscópio, que conforme se gira, se obtém uma ou outra
imagem.
É claro que todas as críticas são bem-vindas, se bem
intencionadas. É claro que o turismo é, e deve ser um processo em
constante evolução. Por isso não podemos deixar de aproveitar para
informar que estamos preparando novos roteiros de Turismo Rural, de
Ciclo Turismo, de Turismo Acessível, assim como os empreendedores locais
estão preparando novas atrações, capacitando mão-de-obra, sempre
pensando em bem acolher.
E também temos de dar crédito às
milhares (milhões) de pessoas que por aqui passam e declaram desejar
retornar, com seus filhos, netos e amigos por conta de nossas belezas
naturais e nossa hospitalidade. Hospitalidade que em alguns períodos
históricos, foi considerada imperativo moral. Sabemos que hoje não é
mais assim em muitos lugares. Mas por aqui é mais do que um conceito
teórico, é uma troca idealizada para gerar bem estar, acolhimento gentil
e generoso, é um diferencial nosso.
Assim como aquele blogueiro
apontou 5 razões para não visitar Gramado, poderíamos aqui discorrer
sobre muitas dezenas de motivos para que você conheça ou retorne a
Gramado. Porque Gramado e a Região das Hortênsias ainda agradam a muita
gente. E deverá continuar assim por muito tempo.
Um escritor disse
que “em todo o ser humano predomina um ou outro esses dois instintos: o
instinto ativo ou positivo de oferecer hospitalidade e o instinto
passivo ou negativo de aceitá-la. E cada um desses instintos é tão
significativo do caráter, que pode-se muito bem dizer que a humanidade
se divide em duas categorias: anfitriões e hóspedes”. Quanto a nós,
continuaremos a ser anfitriões.
ATENÇÃO:
A foto abaixo poderia ser uma montagem. Mas não é.
Foto: Leonid Streliaev
Rubia Frizzo
Secretária de Turismo de Gramado