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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Secretaria de Turismo de Gramado responde às ofensas do blogueiro falastrão do MSN


(Do Facebook - https://www.facebook.com/prefeituradegramado/posts/1789546904390559:0)


TURISMO DE GRAMADO, ORGULHO DA NOSSA GENTE!
Recebemos um texto que fala sobre “Cinco roubadas que você deve evitar em Gramado, na Serra Gaúcha”. Em virtude de inúmeras manifestações de apoio que recebemos por parte da comunidade e de turistas, acreditamos que algumas considerações se fazem necessárias, não como forma de uma simples resposta, mas como uma reflexão para nossa comunidade, já que, com certeza, Gramado passa longe do texto descrito naquele relato de mau gosto.
Por uma perspectiva histórica e cultural, Gramado é uma cidade hospitaleira, desde os tempos de Joaquina Rita Bier, Leopoldo Rosenfeld, Oscar Knorr e Ritta Hoppner, só para citar alguns dos pioneiros que acreditaram num turismo possível e sustentável. É a cidade em que se pode passear em segurança em qualquer horário do dia ou da noite, que possui bancos em passeios e praças públicas, canteiros bem cuidados, natureza preservada, vista deslumbrante do Vale do Quilombo, do Lago Negro, do seu interior.
É a cidade onde, se você não quiser, não precisa entrar em nenhum dos aproximadamente 50 atrativos de entretenimento e lazer, alguns existentes há décadas, como o Mini Mundo por exemplo, que continuam a encantar aos turistas ano após ano, geração após geração. Foram construídos pela iniciativa privada, de forma inovadora, e sim, aqui o turismo é encarado como uma atividade econômica séria e ninguém se envergonha disso. Ao contrário, esse importante segmento da economia é tratado com todo o respeito.
Você pode simplesmente passear pela Praça das Etnias e apreciar os agricultores assando pães, cucas e biscoitos em tempo real de levar para casa (ou não) uma dessas deliciosas iguarias (não é em qualquer lugar que se encontra um Apfelstrudel servido com a original receita dos antepassados). Ou então embarcar em uma jardineira e ir para o interior e apreciar isso tudo lá mesmo, por meio de um dos seis roteiros de Turismo Rural em funcionamento e encontrar, além da história e da memória, mesa farta, cucas, geleias, mel puro.
E, ainda, se esses atrativos não lhe interessarem, se os mais de 13 mil leitos disponíveis ou os 180 restaurantes e cafés não lhe agradarem, você pode simplesmente caminhar por ruas limpas e bem cuidadas, sentar nos bancos das muitas praças e parques existentes e simplesmente contemplar a natureza. Mas cuidado, você correrá o risco de cruzar com pessoas muito educadas e gentis que param à menor menção de você querer atravessar a faixa de segurança.
Quanto ao chocolate, ele também existe há algumas décadas e já tem sim o direito de ter uma certificação de origem. Mais do que isso, conquistou, por tradição, o direito de ser reconhecido como patrimônio imaterial deste lugar. E como o ditado reza que “ninguém engana todo mundo o tempo todo”, provavelmente ele seja mais delicioso do que está sendo julgado naquela fala de gosto questionável, senão tantas pessoas não se encantariam com o seu sabor.
Porém, assim como nem as mais incríveis cidades do mundo agradam a todos, aqui não haveria de ser diferente, pois as lentes com que eu olho o mundo dizem mais sobre mim do que sobre o próprio mundo. Assim como um caleidoscópio, que conforme se gira, se obtém uma ou outra imagem.
É claro que todas as críticas são bem-vindas, se bem intencionadas. É claro que o turismo é, e deve ser um processo em constante evolução. Por isso não podemos deixar de aproveitar para informar que estamos preparando novos roteiros de Turismo Rural, de Ciclo Turismo, de Turismo Acessível, assim como os empreendedores locais estão preparando novas atrações, capacitando mão-de-obra, sempre pensando em bem acolher.
E também temos de dar crédito às milhares (milhões) de pessoas que por aqui passam e declaram desejar retornar, com seus filhos, netos e amigos por conta de nossas belezas naturais e nossa hospitalidade. Hospitalidade que em alguns períodos históricos, foi considerada imperativo moral. Sabemos que hoje não é mais assim em muitos lugares. Mas por aqui é mais do que um conceito teórico, é uma troca idealizada para gerar bem estar, acolhimento gentil e generoso, é um diferencial nosso.
Assim como aquele blogueiro apontou 5 razões para não visitar Gramado, poderíamos aqui discorrer sobre muitas dezenas de motivos para que você conheça ou retorne a Gramado. Porque Gramado e a Região das Hortênsias ainda agradam a muita gente. E deverá continuar assim por muito tempo.
Um escritor disse que “em todo o ser humano predomina um ou outro esses dois instintos: o instinto ativo ou positivo de oferecer hospitalidade e o instinto passivo ou negativo de aceitá-la. E cada um desses instintos é tão significativo do caráter, que pode-se muito bem dizer que a humanidade se divide em duas categorias: anfitriões e hóspedes”. Quanto a nós, continuaremos a ser anfitriões.
ATENÇÃO:
A foto abaixo poderia ser uma montagem. Mas não é.
Foto: Leonid Streliaev
Rubia Frizzo
Secretária de Turismo de Gramado

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