AD SENSE

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Se correr, o GAMBÁ pega. Desta vez fedeu...




 PS: Nenhum político, nenhum eleitor, e principalmente, nenhum gambá foi maltratado para esta crítica do mundo imaginário. Os personagens são todos imaginários e qualquer semelhança com a vida real, não é problema meu.
O autor

Gambazinhos recolhidos no Pinterest, mas já foram devolvidos por causa do fedorzinho nojentinho que exalavam do traseirinho.


Quando penso que já vi de tudo, descubro que o fundo de tudo é o topo do porão do que ainda resta pra ver.
(Fedorent, Le Gambá)

Acompanhando, com discrição, as manifestações nas redes sociais, deparo-me com melancólicos desabafos de quem sentiu-se desprestigiado, apesar de terem sido devotados colaboradores da campanha ao atual governo, mas que, ao longo dos primeiros dias já começam a descobrir que o buraco da vida pública era bem mais embaixo.

É o momento da transição da adolescência ruidosa, tempestuosa da vida, onde os vivazes gritinhos de euforia da infância são substituídos pelos grunhidos roucos e desafinados da puberdade, onde as ideias se fundem e se confundem em desvarios entre a ira e a desilusão. Entre a incerteza e a ânsia pela vida. É aquele momento da angústia pelo isolamento, e a contida saudade do colo,que são as bravatas da campanha. 

Acabou-se a festa e começa a semana. E descobrem que nesta semana todos já encontraram seus lugares, menos aqueles que continuaram no delírio e na ilusão de acreditar que alguma coisa seria melhor do que apregoaram e se empenharam até às últimas consequências. E as últimas consequências não se esgotaram,porque descobrem terem sido traídas por falsas promessas e pela ânsia de ensejar mudar o mundo, sem perguntar ao mundo se queria mesmo ser mudado.
Já, do outro lado da cerca, agora se fechando,  estão os governantes, que em impopular  atitude, estabelecem suas fronteiras, e nestas fronteiras, traem a quem ajudou a carregar os moirões e os aramados. E os arames eram farpados. 

É uma cobertor curtíssimo em que se encontra agora o executivo, que jactou-se em reduzir os cargos comissionados em nome da governabilidade e da moralidade, gabando-se ainda em haver considerado as nomeações por prova de capacidade (sob critérios misteriosos), e que, caso ceda aos rogos e gemidos destes correligionários, estará se contradizendo, e estará atendendo a exigências políticas e politiqueiras, em lugar de oferecer respostas ao clamor das necessidades administrativas que diz ter encontrado. 

Que situação! Se correr, o bicho pega, Se ficar, o bicho come.E o bicho desta vez não é nenhum gambá. É bicho do próprio cercado. Mordendo os calcanhares. Grunhindo e não deixando ninguém dormir, nas frias noites que breve haverão de chegar.

Já começo a perceber que o bicho não geme sozinho...


E vem aí.....



FEDO'RENT, Le Gambá!(

Da série: Gambá meu ninguém tasca!)

Aguardem


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O dia em que faltou leite pro gatinho - Um conto quase absurdo

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Contava um sujeito que conheci, de um gatinho que teve quando era criança.  Gato esperto, daqueles raros, e muito exigente, também.  Gostava de beber leite, como todo gato gosta, e assim, mimadinho como ele só, ganhava todos os dias sua tigelinha transbordando do suquinho de vaca, para refestelar os longos bigodes, depois da lauta fartura, esparramando-se ao sol, pensando na vida.

Certa feita, o leite tornou-se escasso, e nem com reza de padre velho, encontrava-se um saquinho disponível no mercado. Nem no mercadinho, e nem no mercadão. O gato já andava subindo pelas paredes, de abstinência,e do nada, atirava-se contra as pessoas, num gritante pedido de socorro; Ele precisava de lactose. A situação estava tão crítica, que ele já enrolava casquinha de queijo num papelote, e fumava, desesperadamente, como se não houvesse amanhã.

Ninguém mais dormia na casa, diante dos desesperados miados do bichando, sentindo falta do leitinho diário. Até um milagre aconteceu, isto é, aconteceu pela metade. Mas não deixava de ser um milagre: alguém conseguiu contrabandear meio litro de leite. Mas tudo tinha que ficar em silêncio, afinal, outros poderiam também querer o tal leite, e não havia leite pra todo mundo. Sendo assim, meu amigo fez uma coisa: Meticulosamente calculado, ele dividiu o leite em cinco partes, uma para cada membro da família, que era composta de quatro pessoas. Isso mesmo:  o gato era a quinta pessoa daquela comunidade. Mas (sempre há um "mas"), meu amigo, precavido como era, não deu todo o leite num único dia. Misturou um tantico de leite com outro tanto de café. Não era leite puro, mas era leite; Café com leite, porém, leite também. E lá estava a cumbuquinha do gato cheia, transbordando, farta, de café com leite, tudo para o gatinho. Deixou no chão, chamou o bichano, e saiu de perto, para que o gato fruísse de sua intimidade com a substância. Era um momento muito pessoal, isto é, "gatal". O gato e seu potinho de leite.

Meu amigo, com o coração aliviado e a alma leve, ouvia, discretamente, detrás da porta, o "schlépt, schlépt" aimado do gatinho, que em poucos minutos, passou ao seu lado,de rabo erguido e acenando feliz, para o dono, indo recolher-se para a sua dignidade ensolarada. Ato seguinte, meu amigo corre para a cumbuquinha, e depara-se com uma surpresa digna de figurar nos anais da história da capacidade e genialidade que só os gatos possuem: O gato havia bebido apenas o leite, e deixado o café de ladinho.

Que lição eu tirei disso? Algumas. A primeira lição é que não pense que engana um gato. Gatos são sorrateiros, silenciosos, fazem as coisas sem deixar rastros. Diferente dos gambás, que são muito engraçadinhos, mas quando incomodados, liberam certas toxinas que, para outro gambá, pode ser até erótica, mas para o resto da bicharada, pode afastá-los da cumbuquinha de leite. 

Outra lição é  que um gato nunca será fiel ao humano que o serve,  mas apenas ao volume de leite servido na sua cumbuquinha. Não é por fome,pois gatos são hábeis caçadores. É pura vaidade mesmo. Para que possa mostrar-se aos demais gatos, que ele tem um humano apenas seu,  a seu serviço. Isso o torna uma autoridade. Seu ego é enaltecido, e sua despensa se enche com fartura. 

Porém, quando chega a hora de ter que dividir o leitinho com outros gatos, gambás, cachorrinhos, o gato não  aceita que o seu potinho baixe de qualidade, e torna-se audaz defensor dos fracos e oprimidos, no caso, elee mesmo, e luta até o último fio de bigode, para que sua canequinha se encha novamente de leite. Puro. Sem café.

Outra lição que posso tirar disso, é que, gato não morre de amores pala casa que o sustenta. Isso quem faz é o cão. Morre de fome, apanha, é chutado, e mesmo assim, lambe a mão do humano que o tratou mal. O gato não. Gato alia-se aos camundongos, ratos e ratazanas, e dispara em direção à fazenda onde as vacas ainda pastam gordas, e o leite está farto. E não encontra nenhuma dificuldade em reconciliar-se com os gatos dos vizinhos, porque onde há fartura de leite, as noitadas de agosto são bem mais animadas. E noitada de agosto nunca acontece na solidão.

Se eu fosse bicho, ia querer ser um gato.Mesmo que goste de café.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Verter, converter ou perverter



Gosto de trocadilhos. A riqueza de nosso vernáculo nos permite passeios verbais que fazem brotar ideias a partir de simples troca de verbetes homófonos, ou ao menos de sonoridade muito aproximada entre as palavras.

Mas em muitas palavras, a sonoridade diversificada, com base no radical da palavra, nos permite avançar em reflexões mais profundas. Como é o presente caso dos verbos sugeridos. Verter, converter ou perverter.

O primeiro verbo, sugere criação, emanação, edificação,generosidade, produtividade.

O segundo verbo,derivado do primeiro, sugere uma mudança  de direção.Um novo caminho.Alternativas a seguir.

E o terceiro é aquele que distorce os outros dois. É pernicioso, destrutivo, enganador, miseravelmente infame.

Estes três verbos são irmãos da mesma mãe, mas separados pelo nascimento. Caminham juntos, mas espargem atributos diversos. Tomam aquilo que foi gerado e  cada um, a seu modo, transforma o resultado de acordo com seu próprio interesse.

A política é cheia destes trocadilhos.

Uns vertem.
Outros convertem
Outros, revertem.
E para tristeza do mundo,  infiltrados entre todos estão aqueles que pervertem.




domingo, 5 de fevereiro de 2017

Fedoca - Entre O Carnaval e a Saúde

Foto: Site Caíque Marquez



Justiça seja feita. Sou o maior crítico do Governo de Fedoca. Não o faço por inimizade,pois até  manifestação contrária, ainda o considero um amigo, dos tempos de juventude. Não concordo com suas posições políticas, mas nada conheço que o desabone no campo moral. 

Acho seu governo pífio e com requintes sutis de esquerdismo saudosista.Acho discutível, no campo ético, sua decisão de levar ao alto comando de Gramado, políticos que sejam estritamente partidários com sua ideologia brizolista, mas que nenhuma ligação comprovou-se possam ter com o histórico do Município. Mas, ele éo Prefeito, e continua sendo uma prerrogativa sua esta escolha. E ainda corro o risco de estar errado, o que não descarto aqui. Mas até lá, bato o pé no cheiro da terra para  plantio desta administração.O que vier de fora, com único objetivo eleitoreiro, isso eu descarto como desnecessário.

Explicado o preâmbulo, vamos aos fatos. E o fato é que preciso elogiar a atitude do Prefeito, em trocar o carnaval pelo hospital. A folia pela saúde. Acho incabível que não haja sacrifício do prazer em detrimento à grave crise financeira pela qual passa a Casa de Saúde, única da cidade, apesar da urgência que evoca.

Isso é uma coisa que traz muita preocupação, e também uma reflexão. Gramado, ainda quando uma pequena aldeia, com talvez oito, dez mil habitantes, contava com o serviço de dois hospitais.Isso mesmo. Havia em Gramado dois hospitais, Havia certa rivalidade entre os médicos (não mudou nada), e os pacientes também escolhiam um e outro como se escolhe um partido politico, um clube de futebol ou uma religião. E defendia com paixão os talentos de um e outro médico, de um e outro hospital. Mas isso acabou. Gramado cresceu, modernizou, e  o prêmio disso, foi a extinção de  um hospital. Uma lástima.

Hoje, a Saúde em Gramado torna-se o palco onde lamenta-se o ocaso da qualidade de vida. Aquilo que deveria ser motivo de orgulho para a cidade com mais de trezentos hotéis e pousadas, com milhares de leitos, torna-se objeto de escândalo para a política e seus políticos interesseiros.

Vergonhoso pensar que sejam necessários apelos da oposição, para que haja sensibilidade em enviar uma verba tampão. Está bem. Desta vez foi o carnaval, pelo hospital. E qual será próxima barganha? 

Mas pelo menos uma coisa foi certa: Na foto onde se divulga a assinatura do Decreto, estão exatamente os dois personagens que deveriam estar: o Prefeito Fedoca, e o Secretário da Saúde, João Teixeira. Justo. Muito justo.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Limites



Limites


Temos um muro muro que separa o condomínio onde moramos, com o terreno do vizinho.
E mais adiante há mais uma cerca, e outra cerca, e assim consecutivamente, de cercado em cercado, está construída esta imensa colcha de retalhos, que é o mundo onde nós vivemos.

Desde muito pequenos ainda, nós aprendemos a conhecer nossos limites.

O colo da mãe, a porta da casa, a cerca do jardim.

São os limites quem estabelecem nossa dimensão de espaço, mas há também limites de tempo.

Um minuto. Uma hora, um dia.

O limite de um dia é exatamente onde começa o dia seguinte.

O limite de um lugar é onde começa o lugar seguinte.

Os limites são contestados por uma corrente de pensamento, que nos leva a pensar que o Ser Humano, tal como os animais, não deveria ser enclausurado por cercas, por limites.

Mas não é bem assim que acontece.

Até mesmo entre os animais, há limites sim.
Limites de território, limites no tanto que comem, o quanto caçam, em tudo há limites no reino animal.

Quando d’s fez o mundo, diz o texto Sagrado, que no segundo dia, separou as águas e a terra. As águas e o ar, mas ainda no dia anterior, havia também estabelecendo limites da luz e das trevas.

Então, percebemos que os limites não são algo estranho à nossa existência, e tampouco às nossas necessidades.

Os limites são também a nossa proteção, e o nosso conforto.

São os limites que nos impedem que cometamos excessos, mesmo que por vezes, com boas intenções.

Os limites nos mapeiam o território ao qual pertencemos, quando nos angustiamos com os problemas do mundo.

Não quero, com isso dizer, que devemos ser alienados.

A leitura que faço é que, se pensarmos que seremos capazes de resolver os problemas do mundo, o peso do mundo cairá sobre nossos ombros, desnecessariamente, e continuará sem solução.

Os limites então nos dizem, que temos responsabilidade em tornar o mundo um lugar melhor.

Mas apenas o mundo que esteja ao alcance dos nossos passos. Do nosso abraço.

Se você quer resolver os problemas do mundo, comece por promover a paz.

Comece por atenuar a discórdia.

Comece por estender a mão.

Duas mãos estendidas para um abraço tem o poder de levar a paz ao mundo.

Ao mundo de dentro do limite que você possa alcançar.

Shalom





terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A política nas tendências de moda



Quando penso que sei alguma coisa, descubro que tudo o que sei é que nada sei. Esta frase não é minha, é uma adaptação de Sócrates (399 a.e.c). Falávamos de coisas diferentes, mas no fim de tudo, falamos da mesma coisa: o comportamento humano..

Não gosto de teorias de conspiração, como gosto menos ainda de esoterismo e misticismo. Não bate com minha fé Monoteísta, embora não seja sobre fé que quero falar, e sim do comportamento do Ser Humano através da sua fé, e a influência disso no mundo em que vive.

Durante muitos anos de minha carreira profissional, tenho sido convidado a falar sobre Tendências. Especialmente tendências no Design, que afetam o mercado moveleiro. Porém, falar de tendências sendo tão específico, é como participar de um rodízio de churrasco (desculpem vegetarianos, mas foi o primeiro modelo que veio à minha lembrança) e comer só umas folhinhas de alface e um talo de brócolis. Quando falamos de tendências, o ouvinte (ou leitor) precisa ter tempo disponível, porque o assunto é amplo.

Falar de tendências no design e deixar de fora os movimentos políticos e sociais que movimentam as massas humanas nos seus territórios, seria incompleto, pois o que acontece lá no continente Europeu, afeta diretamente o que acontece aqui na América do Sul. O tatalar das asas de uma borboleta no Japão pode causar um furacão na Austrália, diz a Teoria do Caos, através do chamado "Efeito Borboleta", criado por Edward Lorenz, em 1963. Lógico que há controvérsias e coincidências, fatores alternativos e variáveis, mas uma coisa é certa: o comportamento humano é atrelado à incontáveis fatores que determinam em sequência outros fatores. A ebulição destes movimentos, e a probabilidade que sejam repetitivos e sequenciais, pré-determinam prováveis efeitos neste ou naquele setor. A este conjunto de possibilidades chamamos de "Tendências". Se tivesse que resumir tendência em uma palavra, chamaria de "Costumes". Mudam os costumes, mudam as tendências. E é sobre  uma destas tendências que quero falar aqui. Vou tomar a liberdade de associar política com cores, cores com formas, e formas com comportamento social. Pelo menos vou tentar.

Observo com certa atenção que a cor laranja tem tomado espaço nas mídias de uma forma agressiva,, crescente, e invasiva. O próprio Blogger, onde edito estes textos, tem na cor laranja a sua identidade visual. A imagem que busquei para ilustrar esta reflexão não é editada, mas propositalmente exalta o calor do laranja sobre a Cidade-Luz, Paris.

Mas e a política, o que tem a ver com isso, fora uma sarcástica alegoria aos "Laranjas" que se infiltram nos governos para sugarem para seus donos, os verdadeiros mandantes da ordem econômica e social do mundo? Tudo! Vou explicar.

Quem determina as cores da moda, ao contrário do que imagina, não são os Designers, nem os coloristas, e talvez muito pouca influência tem os fabricantes de pigmentos e tintas. Quem determina as cores das estações são um conjunto de Institutos, entre eles o instituto da Cor, de Paris, e o Color Marketing Group, Pantone, e outros, que analisam os movimentos sociológicos do mundo, e com base nestes movimentos, traduzem suas conclusões em cores, que em si representam traços de personalidade social ou pessoal, e cada cor tem sua identidade ligada ao comportamento humano.

Nesta compreensão, que não quero me estender, analiso a possibilidade que evidencie as novas tendências do Design , a partir das convulsões sociais que vejo todos os dias pelas notícias que abarrotam meu perfil nas redes sociais. As próprias redes sociais fazem parte deste compêndio de transformações que cataclismam o cotidiano, e nestes vendavais de informações, vê-se o Ser Humano completamente enredado numa furiosa e desenfreada corrida por permanecer na frente.

As disputas, que outrora eram legadas apenas aos heróis do panteão grego, hoje enfileiram meninos desde a infância em jogos alucinantes, onde matar e morrer é uma brincadeira inocente. Ainda hoje, ouvi meu neto, á minha frente, jogando um game para crianças de seis anos de idade, onde as expressões que eu mais ouvia eram: "Vou acabar com você; vou te matar; arrebento você...",

Não vou entrar na seara das profecias, nem alardear o fim dos tempos, até porque isso não é preciso. Minha análise aqui apenas se prende nas respostas que procuro sobre as sensações que emanam destas convulsões sociais, e o quanto estes movimentos representam nas formas e cores daquilo que vamos colocar dentro de casa, ou estarão nas vitrines das lojas.

Qualquer movimento evoca para si um estilo. A Contrarreforma católica se opôs à Reforma protestante, lançando o Barroco, a pompa, o luxo, em contraponto à simplicidade e severidade do puritanismo luterano. Mais adiante, vemos a Revolução Industrial, que zerou o charme, e sobrecarregou a mecanização. Mecanizou tanto, que fez surgir outro movimento, chamado Arts & Crafts, que trazia de volta a beleza e a leveza do traço e das cores.

Este estilo evoluiu para o Art Déco, que era pura beleza estética, e adiante dele, o futurismo do pós guerra, evocava a revolução espacial como a nova fronteira do Design. E então o mundo perdeu as contas das revoluções que aconteceram e continuam a acontecer depois disso. E a nova fronteira destas revoluções é o princípio do caos, do efeito borboleta, onde o pós moderno não é mais suficiente nas artes, e assume um lugar na realidade. 

O pós modernismo do Rock Progressivo do Pink Floyd agora se projeta nas prisões brasileiras, nas casas trancadas, no medo do medo, no anoitecer indesejável, dos gritos no vazio. E este novo desenho de uma revolução onde a tecnologia disputa com a violência quem vai mais longe, disputam-se também nos tribunais quem rouba mais, quem prende mais, quem condena mais e quem consegue livrar mais corruptos nas barbas da própria Lei.

E este novo desenho nos traz traços confusos, que evoca cores difusas, onde o calor do vermelho começa a ser trocado pelo laranja da esperança, da ânsia pelo bem estar, pela volta da prosperidade, pela riqueza e pela sublimidade. Neste novo desenho onde as linhas retas se suavizam como que deslizando pelas formas, no desejo de demonstrarem que o frio dos concretos pode ser moldado aos orgânicos das montanhas e pela suavidade das ondas do mar.

Neste novo desenho que nos cerca, a suavidade as planícies se contrasta com o lilás do entardecer que promete chuva copiosa. E a brisa soprada pelos tons terrosos faz subir o perfume da terra com gosto de matas, cercando as paredes dos muros que escondem casas onde vivem pessoas com medo das sombras dentro das casamatas em que se transformaram as aldeias. Neste novo desenho, não há mais tendências, mas evidências, de que ainda podemos esperar primaveras, se flores plantarmos em nossos jardins.
O que o mundo desenha nos palácios é o que comerá, vestirá e onde dormirá o Homem daquele mundo. O que fazem pode ser escondido, mas o que escondem na terra, brotará como erva, e o mundo verá se é daninha ou comestível. Se são espinhos ou rosas. Tanto nos palácios quando na arte e no Design, são Homens e flores quem se cruzam todos os dias. Tanto lá quanto cá.

Quem sou eu (Pacard)?


Muitas pessoas tem me perguntado a razão de meus textos políticos e polêmicos. Perguntam se eu sou político, se pretendo ser candidato, e esta seria uma estratégia minha de buscar notoriedade pública, enfim, perguntam de tudo. Outras não perguntam, mas deixam a impressão nas entrelinhas que eu seja talvez, um narcisista em busca de fama.  E há aqueles que não perguntam nada, pois gostam do que escrevo e não estão se importando com minhas pretensas ambições pessoais.
Então, creio que seja necessário que eu me apresente, se forma objetiva, e diga a que vim, quem sou e onde pretendo chegar.

Nasci em Cazuza Ferreira, pequeno e distante distrito rural do município de São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul. Isso apenas seria suficiente para impor respeito, ou causar espanto, o que achar mais conveniente para a ocasião. Mas fui além.  Levado embora com um ano de idade, por uma tragédia familiar, fui criado na terra de meus antepassados, mãe, avó, bisavós e tetravós. Creio que isso me torna mais ou menos gramadense, por ora.  Em sequência, passei minha juventude trabalhando, desde os dez anos de idade, o que não parei até hoje.

Aos dezoito anos de idade tive minha primeira experiência com a política estudantil, onde fui líder da juventude de Gramado nos anos de chumbo. Mas escapei de liso, apesar de tentar manter-me longe da mediocridade. Sempre fui livre, no pensar e no agir, e os erros que cometi, fi-los na ânsia de acertar, e aos erros devo minha experiência de vida.

Casei aos vinte e um anos de idade, por interesse, e confesso, continuo interessado. Sou orgulhoso pai de três valorosos rebentos, e avô de uma prole quádrupla de netos que são capazes de tirar o peso do mundo de meus ombros, quando estou com eles por perto.

Dediquei minha vida inteira às ações criativas, tanto no trabalho, quanto na vida, e criei para mim uma profissão, que mais tarde descobri que poderia ser denominada como "Designer". Isso tudo bem depois de ter sido  orgulhosamente chamado de Desenhista e Decorador.

Ainda jovem, descobri que além de desenhar coisas bonitas, eu era também capaz de  ensinar outras pessoas a fazerem o mesmo que eu, e até com mais qualidade, pois técnicas a gente pode ensinar, mas talento é algo pessoal, que brota de boa vontade, dedicação e empenho.

Ao longo de minha carreira, ensinei milhares de pessoas pelo Brasil afora. a buscarem complemento de sua renda, e satisfação pessoal, através do desenho. Mas ensinei também outras coisas, pois como criador de móveis, aprendi que não trabalhamos nem criamos sozinhos, mas dependemos uns dos outros para que nosso trabalho seja bem sucedido. E desta forma tornei-me também um capacitador de pessoas.

Quando a gente fala para muitas pessoas e desta conversa se podem tirar boas conclusões, damos o nome a esta forma de comunicação de "Palestra". Então, também tornei-me um palestrante, especialmente quando descobri que me pagavam melhor pelo que eu dizia do que pelo que eu fazia. Concluí que, ou eu falava bem, ou eu fazia mal.

Mas eu gosto de fazer coisas, ora bolas! Por isso, também sou escultor. Meus trabalhos estão espalhados pelo Brasil, e também tenho algumas peças vendidas para pessoas da Europa. Poucas, mas tenho. Um dia, ganhei até um prêmio internacional por uma peça que produzi. Imagine! Um prêmio! Eu que sempre me neguei a entrar em concursos, e na primeira vez que aceitei expor uma peça, alguém gostou dela. Mas prometo que foi a última. pelo menos premiada. Não gosto de competição. Não gosto mesmo. Competição me cheira a usar pescoços como degraus.

Escrevo sobre política, porque acredito que quem pensa, tem a obrigação de motivar a outros também pensarem, raciocinarem, polemizarem, questionarem É por isso que não dou respostas, mas faço perguntas. Sei que isso não agrada à todos. recebo críticas, poucas, mas recebo. Também recebo elogios, mas corro deles. Elogio cheira a estagnação. Se você é muito elogiado,. começa a pensar que é bom, e sua criatividade vai pro buraco. Fuja dos elogios.

Alguém um dia me perguntou porque, com tanto conhecimento (nem acho que seja tanto assim, pois estou permanentemente em busca de saber mais e mais), eu não fui "bem sucedido" (SIC)? Ao que respondi: Defina sucesso! Permita que diga, que tendo abandonado os estudos por falta de condições financeiras, filho único de mãe e avós viúvas, nascido no encrespado da serrado Pinhão, pra lá de Cazuza ferreira, doente até os oito anos de idade, engraxando sapatos e pelando moranguinho aos dez, casando aos vinte e eu, educando três valorosos rebentos, sendo um deles empresário bem sucedido na industria da tecnologia nacional, digno cidadão e pai exemplar, religioso; a outra, doutoranda, mãe de dois suculentos rebentinhos, digna profissional, e um terceiro, o tal rapa de tacho, bacharelando em tecnologia numa das melhores universidades do país, e filhos amorosos, além destes atributos todos, como poderia saber, logo eu, o que significa "não ser bem sucedido na vida"?

Tenho ouvido ao longo dos anos que sou volúvel, que mudo muito. Sim, mudo sim. Mudei de profissão algumas vezes, e não fico muito tempo na mesma profissão. No design, por exemplo, comecei ontem, há quarenta anos atrás.  Atendi a mais de oitenta indústrias no país, o que me torna um picareta de pouca confiança. Fui consultor de uma renomada Universidade, por convite, mesmo jamais tendo empunhado um certificado universitário, com exceção daqueles que eu assino, nas minhas palestras em Universidades.

Conheço vários países do mundo, onde fui sempre a trabalho. Convidado. Então, também me perguntam os amigos queridos, por que eu não ganhei dinheiro? É verdade, não ganhei dinheiro. Minhas contas foram pagas com cuspe. Os estudos de meus filhos, nas melhores escolas, foi feito escondido, espiando por uma fresta. O apartamento onde moro vei voando de uma estrela, chamada "sacrifício", o carro que me leva aos lugares onde preciso ir, com conforto, foi construído por passarinhos e camundongos enquanto eu dormia, e meus impostos são generosamente perdoados pelos governos. Mulherengo, sim senhor. Sou homem de cinco mulheres: Minha esposa, minha filha, minha neta, minha mãe, e a véia Maria Ilizia.

Enfim, Não sou candidato, não serei candidato, e nunca fui candidato a cargo eletivo no âmbito municipal, estadual, federal, ou intergaláctico. Sou candidato apenas a considerar que você leia este cometário até o fim. Mas gosto de escrever. Gosto de raciocinar.,Gosto de pensar. Gosto de trabalhar. Estou sempre, permanentemente em busca de clientes, e se tiver um trabalho para mim,, sou parceiro. É assim que sou. E se quiser me contratar para decorar sua casa ou empresa, eu não esqueci como se faz. É só me ligar. (48) 999 61 1546








O que faz a tua mão direita....

Evitem fazer alarde quando ajudarem alguém, não fiquem contando vantagem diante das pessoas, para  que sejam admirados e elogiados; aliás, s...