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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Notícias da Câmara de Vereadores de Gramado



Luia apresenta pedidos à Prefeitura

O vereador Luia Barbacovi (PP) apresentou três pedidos à Prefeitura onde requer ações em Gramado. As solicitações serão enviadas ao Executivo nessa semana.
No primeiro pedido Luia pede que seja verificada a iluminação das paradas de ônibus na zona urbana. “O intuito dessa proposta é proporcionar maior segurança aos trabalhadores que utilizam as mesmas, especialmente no turno da noite e dias com neblina”, explicou.
Luia também pede que seja feito processo licitatório para prestação de serviços de Taxi, junto ao ponto criado na Várzea Grande, uma vez que no processo licitatório de 2014 não houve interessado no serviço. “Entende-se que seja fundamental a prestação deste serviço sendo este, o maior bairro do município”, disse.
Na terceira solicitação Luia requer um maior cuidado e limpeza de um modo geral na Estação Rodoviária, no setor de chegada e saída de ônibus, tanto nas calçadas quanto ao jardim. “Justifica-se o pedido, pois é um local onde transitam diariamente as pessoas, e ao olhar do turista, é a primeira imagem que fica da cidade”, enfatizou.

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CDDH pede ronda da Brigada Militar

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos formada pelos vereadores Dr. Ubiratã, Professor Daniel e Renan Sartori apresentou indicação à Brigada Militar de Gramado onde solicita que seja feito estudo de viabilidade para se estabelecer uma ronda ou vigilância nas imediações da Travessa Mestre (onde se encontra o antigo Bill Bar), durante o turno da noite. A proposta foi votada e aprovada, de forma unânime, na noite de segunda-feira (08).
“Tal pedido se faz necessário, em razão de que o local vem sofrendo com a falta de segurança e, com os barulhos ocasionados pelos usuários que deixam o local, ou que ficam próximos, com o som alto até adentrarem a Casa, causando grande preocupação e desconforto a comunidade que, encarecidamente, pede que medidas sejam tomadas”, explicaram.

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Comissão da Lei Orgânica pede informações sobre Elevadores a Prefeitura

Os cinco vereadores que compõem a Comissão de Alteração a Lei Orgânica, Dr. Ubiratã, Manu Caliari, Professor Daniel, Renan Sartori e Rosi Ecker Schmitt apresentaram pedido de informação endereçado à Prefeitura onde buscam saber como está o trabalho de fiscalização, instalação e funcionamento dos elevadores do município de Gramado. A proposta foi aprovada, de forma unânime, na sessão descentralizada de segunda-feira, dia 08.
“Justifica-se o pedido uma vez que pela atual Lei Orgânica compete a Prefeitura esse cuidado com os elevadores. Ressaltamos que com o passar dos anos é natural que aconteçam desgastes, é de suma importância fiscalizar a qualidade dos elevadores da nossa cidade, precisamos saber como é feita tal fiscalização e acompanhamento, para que possamos transcrever da melhor forma a nova redação da lei, quem sabe até com mais rigidez e, também para que assim possamos prevenir futuras tragédias”, destacaram. 

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Lançado documentário sobre Gramado na Semana Legislativa


No dia de hoje (10), em duas sessões, uma no turno da manhã e outra à tarde, aconteceu o lançamento do documentário chapliniano, ‘Era uma Vez no Sul, Gramado décadas de 30, 40 e 50', do século XX, de Norma Goldbeck e Otávio Machado, projeto independente do cinema brasileiro. As apresentações são parte integrante da programação da Semana Legislativa da Câmara Municipal de Gramado e aconteceram no Plenário Julio Floriano Petersen.

“Nos dois turnos alunos das redes municipais e estaduais, além de membros da comunidade gramadense e convidados puderam conferir um pouco do passado de Gramado com o documentário com cenas que demonstraram desde costumes típicos da época, até as gincanas escolares e desfiles na Avenida Borges de Medeiros, ainda de chão batido”, destacaram os Vereadores. 

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Fonte: Lucinéia Menezes - Gerente de Comunicação da Câmara de Vereadores de Gramado


A mediocridade, a política e nós


Politica é uma arte, uma ciência, uma desgraça e uma necessidade. Todos odeiam os políticos, exceto durante uma campanha.


Vingam-se. Vingamos nós.  Libertamos os impropérios e sentimo-nos poderosos, enquanto humilhamos os sorridentes candidatos que giram o olhar sem mover o pescoço, num ângulo que deixa as corujas morrendo de inveja, em busca da porta de saída. 


Isso acontece enquanto abrem os braços para beijarem nossas criancinhas, e os deixamos no vazio, porque somos poderosos. Temos o voto, Mesmo que seja apenas um, Mesmo que nem certeza podemos dar que o nosso único voto não será dele, porque vendemo incerteza.Porque os enganamos. Porque os iludimos com a falsa promessa de amor eterno até que a urna nos separe. Porque os fazemos crer que são heróis, enquanto os traímos pintando bigodes em seus cartazes. Chifres em seus "santinhos". Pichando seus diretórios, e aplaudindo-os em seus comícios.


Não percebemos o quão medíocres somos nós que inflamos o ego de quem nos trai pela mediocridade representativa regada a cafezinho e tapinhas nas costas. Não são eles os desonestos. Somos nós, porque outorgamos à eles poder. Não são eles os únicos que precisam de correção, nem o sistema "falido", que precisa ser desmantelado. Somos nós que misturamos ferro no barro de seus pés, e não permitimos que deem sustentação às promessas que deles exigimos, na ânsia do momento de êxtase das campanhas.


Nós somos os medíocres. Eu sou o medíocre. É você que me lê quem sustenta esta mediocridade,e por que? Porque nos omitimos. Não vestimos a política, nem a abraçamos, porque nossa zona de conforto nos amarra à pequenez do ostracismo, e fica muito mais simples jogar lama nos políticos do que trazer a verdadeira política para nossas casas. Fica mais fácil falar do que agir.  É mais prazeroso criticar do que enfrentar as críticas.


Desta forma, não fale mais mal de seu político, porque você o encontrará novamente de dois em dois anos. Por culpa sua e unicamente sua.  Ele Irá à sua casa abraçar seus filhos, beber seu café, receber seus abraços, sorrir com suas dentaduras politicamente perfeitas, e deixar o perfume importado impregnado em seu sofá, porque sabem que, caso consigam escapar das garras afiadas dos tribunais, para onde foram empurrados, será no tribunal do povo, e em seus braços, e em seu nome, que levantarão suas vozes indignadas contra a corrupção, os desmandos, e as ignomínias. Deles próprios.


Renove a política. Ela é útil, necessária e boa. Apesar dos maus políticos. É por isso que precisamos dos bons.Mas se você não se acha suficientemente digno para mudar isso, então fique em paz. A mediocridade tem lugar para eleitor bundão também.







segunda-feira, 8 de maio de 2017

Que ligação existe entre Lula, Trump, Macron e o mercadinho da esquina?





Odeio teorias da conspiração. Não faço parte disso. Não vejo chifre em cabeça de cavalo nem pelo em casca de ovo, para perder meu tempo e sono em busca de coisas ocultas atrás da peruca do Trump, ou do sorriso perfeitamente matemático do Macron. Mas tenho que render-me aos fatos que se acumulam,paulatinamente a princípio, mas acelerados em nossos dias. Chego a ter a impressão que o relógio atômico seja mais eficiente que o relógio analógico, e que tenha também otimizado o tempo, que se acelera, à medida que as circunstâncias se mostram.

Como muitos sabem, não me limito a escrever sobre os erros dos administradores, nem perco muito tempo em enaltecer virtudes que não contribuam ao bem estar coletivo, mas escrevo sobre aquilo que provoca reflexões, e talvez até possa mudar comportamentos, se estes contribuírem para a felicidades das pessoas. Escrevo sobre aquilo que mexe com a sociedade e até com a civilização. Não porque vá mudar nada, nesse último caso, mas porque gosto mesmo de pensar e botar os outros a pensarem comigo.

Então, vamos pensar.  Pensar grande, Pensar longe. Vamos pensar no título desta reflexão. Macron e Trump, ok, tem ligação. Ainda vamos ouvir falar muito deles. Ambos tem poder, responsabilidade, votos e armas. Ambos  tem suas ideologias (Trump ainda não descobriu exatamente o que significa ideologia, mas não pensem que ele não obedeça a alguma, bastante obscura). E ambos não medirão esforços para que suas ideologias façam valer em seus territórios, ou fora deles.

É difícil juntar toda esta teia emaranhada e confusa num comentário de duas páginas, mas vou tentar um encaixe inicial, e com o tempo, vamos esmiuçando a bagaça. Este contexto é escatológico, e olha, repito, não pertenço a nenhuma fraternidade de investigação de conspirações. Mas juntando fatos atuais com antigos, entrelaçando a historia, teremos um desenho interessante neste conjunto de bizarrices.

Quando falo em bizarrices, junto as ameaças de um ex-presidente, que promete "mandar prender" o juiz que o julga.  Passa dos absurdos, posto que sua mente medieval evoca tempos de barbáries, onde os que estão no poder tenham direito de exterminar os que estavam no poder. Passa dos absurdos ainda saber que a nova moral seja a velha imoral, e os réus debochem dos juízes, mas estes o fazem por merecer, quando seus supremos magistrados  portam-se como magistrados de favorecidos, e deixam o povo incrédulo da própria Justiça, e impotente para ensinar valores morais aos filhos, porque não veem ruir valores e desmoronar esperanças.

Lula se junta a Maduro, Kim Jong-Um, e os Estado Islâmico, no entender da valorização do mal, da mentira e da falta de vergonha, quando descaradamente, mente, simplesmente, acreditando ele próprio em suas mentiras, o que é natural aos mentirosos contumazes.

O perigo está quando a mentira se aproxima de nós, embora este "nós", se lido por um venezuelano, ou por uma menina virgem sob os domínios do ISIS, possa ser muito realista e presente, no sofrimento que foi acelerado pelas ameaças de ontem, pois nenhum mal chega sem aviso. Isso é uma realidade. Os avisos são muitos, e estão entre nós, do lado de cá  também. Aqui, no mercadinho da esquina, que vende produtos a quem os pode pagar. O problema é quem já nem todos podem pagar pelos produtos do mercadinho da esquina, porque os recursos que circulavam, precisam ficar contidos no Tesouro Nacional diante da ameaça de crise em ondas de choque cada vez mais fortes batendo às nossas fronteiras.

Macron é o arquétipo do bom rapaz. Inteligente, liberal, bonitão, simpático, rico, exageradamente perfeito, casado com uma tia-vó porque isso é também politicamente correto. Então, está tudo bem, porque o "Bem" venceu o "Mal" (ou a "Mala"). Só que não. Acho ele perfeito demais. Matemático demais. Escatológico demais. O trajeto de três minutos meticulosamente desenhado para que percorresse, por labirintos programados, diante da colossal pirâmide de cristal do Louvre, e diante de um púlpito perfeito, onde seu levantar de braços forma um esquadro magnífico, tendo ao fundo outro esquadro invertido, e uma luz difusa no topo da pirâmide, cujo coração é o coração de Macron.  Não é lindo? Não é  perfeito?

Trump é a materialização do Shrek. Um ogro no topo do mundo. O ponto de equilíbrio das forças do mal. Dono do botão vermelho. Dono de uma carga capaz de destruir duzentas vezes este planetinha onde meus netos pretendem viver. Dono de um invejável dom de ser surpreendente e inconstante. Dono de um terrível humor que muda de opinião de acordo com a direção do rabo d águia no voo. Dono de uma espetacular capacidade de se apaixonar pelos poderosos e chamá-los de dignos, seja ele Macron, de quem fugia no início da campanha, seja do mimadinho explosivo da Coreia do Norte, a quem convidou para comer mingauzinho na casa Branca, achando que seria capaz de colocar uma focinheira do demente.

Então, Trump passa a bajular Macron, o geômetra, que bajula a União Europeia, que bajula a Russia, que Bajula a Siria, que bajula o Irã, que bajula o Brasil, que bajula o Hamás, que quer acabar com os judeus. Todinhos. Daí, que o mimadinho escroto ameaça jogar bombas na Coreia do Sul, na Siria (não entendi porque), na América, na Europa, na China (pensa, na China!),e no rabo do resto da familia que muda o penteado em seu próprio país.

Daí, que Trump arria para a China, que em troca amplia as vendas de calcinhas de poliéster com fibra de bambu para o resto do mundo (lembrando que o mercadinho da esquina está no mundo, pelo menos até  que o escrotinho  torre  o mundo com uma bomba termonuclear feita pelos próprios cientistas, que infelizmente foram explodidos assim que o mimadinho percebeu que a cor do botão vermelho não combinava com o vermelho da Ferrari que ele guarda na suíte). 

Então, o mercadinho da esquina tem que comprar mais calcinhas de poliéster, para que a China fique feliz e dê um pirulito de "bago de cachôlo", (que faz bem pra pele) pro bolachudo se entreter, enquanto tiram da mãozinha gordurosa dele o controle de TV, que ele pensa ser um controle de misseis.

Lula quer se mostrar pro coreano que ele é capaz de acabar com um país sem precisar de bomba atômica. Não precisa. Ele tem uma bomba de fanáticos que fazem isso muito melhor.  E só não faz aquele gesto Illuminatti de Macron, porque um litro de cachaça tem outra configuração.

E o que a escatologia tem a ver com isso tudo?

Escatologia é a parte da Teologia que estuda a Doutrina das Últimas Coisas. Daí, que se o leitor tiver a paciência de buscar lá no livro do Profeta Daniel capítulo 2, em diante, verá descritas estas figuras na sua totalidade e em detalhes e minúcias.


domingo, 7 de maio de 2017

Márcia Cardoso desiste de sorrir e entrega a chave da vida para a saudade



Parece que estou na semana de escrever epitáfios.
Desta vez p câncer hasteou sua bandeira nefasta na amiga querida Márcia Cardoso, de Canela, mas morando aqui na ilha.
Um dia, morrem os inimigos, mas nem pensar em comemorar, porque a morte é gananciosa, e leva de nos o que temos de bom e de ruim. Leva amigos, leva inimigos, mas deixa de troco a saudade.
Ao Matheus, filho da Márcia, que O Eterno o conforte, e de a ele a certeza que na breve vinda do Messias, a ressurreição é apenas o pequeno detalhe da eternidade feliz. Sem dor, sem sofrimento, sem saudade, sem adeus.
Márcia era natural de canela, RS, mas morava em Florianópolis, onde era acadêmica da UFSC


BH

Vou compartilhar algumas frases do duelo de ditados e expressões que tínhamos no Facebook, na comunidade GRAMADO ANOS 70 .......... Caiu uma de "arrancá Gaio de pessiguero"
Ondi é qui tu passa "o primeiro do ano"?
Bah tu sabe falá em BRASILEIRO e também entende a língua dos americano...
o Banditismo tá horrívi
"Essa cor SENTA pra ti "
Já tomaste o CHÁ de CATINGA DE MULATA ?
Aquele sim q era um bom marido...deu pra ela uma cozinha completa toda de FÓRMICA azulzinha....e ela nem valoriza ele...
Achei muito caro...será q eles não fazem um ABATIMENTO ?
O sujeito vinha guiando o AUTO numa DESFILADA louca, pechou e tá todo esgualepado...vai ficá no Seguro e depois vão ter q ENCOSTÁ por um bom tempo..
É verdade que o Alzemiro pediu o DESQUITE pra Isolina?

Não viajou nas "férias pequena"?
Eu vou viajar nas "férias grande"...

Não deixe que sua filha namore o FULANO, irmão do SICRANO. Aquilo é muito LEVADO DA CASQUÊRA.

Lembram quando cada um ficava num galho, conversando e dando risada?

Cochilou, cachimbo caiu ...

tá encorujado?

"Desde que eu me conheço por gente"

"Nada como um dia após o outro"

Tu vai pras PRAIA em janeiro?

" Tu precisa TIRÁ O RETRATO prá fazê os DOCUMENTO "

" Vem chuva...comichando a minha OPERAÇÃO "

"Essa toma COSCARQUE "... "essa NÃO toma coscarque..."

Paulo Cardoso, tu ainda moravas em Gramado, quando existiu aquele Bar "CABEÇA FEITA" tinha música ao vivo e depois a gente fazia um karaoke...os canelenses adoravam ir pra lá...

Seu "Caxêro"



No tempo em que as pessoas davam "bom dia" e "boa tarde", os nomes das profissões também eram outros, muito diferentes do que são chamados hoje em dia, e alguns mesmo até nem exitem mais, porque as profissões foram extintas, enquanto outras surgiram. 

Quem lembra, por exemplo, do "Guarda-Livros"? E do "Estafeta"? Alguém conhece algum "Caixeiro"? Ou "Caixeiro-viajante"? E Boticário, quem já precisou de um boticário para aliviar um lumbago, entorse, ou cobreiro?

Pois é. Assim eram chamados o Contabilista, o office-boy, o balconista, o promotor de vendas delivery ou o farmacêutico, que certamente já ofereceu soluções medicamentosas para uma lombalgia, uma lesão nos ligamentos, ou ainda uma herpes-zóster? Ou seja, tudo o que escrevi no parágrafo anterior, atualize nesse parágrafo aqui.

Agora, pense num colóquio de uma tarde de chuva, à frente do fogão à lenha, comendo pinhão e tomando chimarrão, e contando  velhos causos, mas usando uma linguagem atualizada, que graça teria? Nenhuma! Então, justifico o emprego de termos esquecidos nos almanaques do tempo, para que possa dar substância e alma aos personagens, e possa, o leitor, envolver-se no relato, como se estivesse ele próprio, servindo mate e descascando pinhão, para ouvir com atenção o próximo causo.

Os homens tinham tratamento respeitoso de "Seu", precedendo o nome do homem, ou "Dona", precedendo o nome da mulher. Então, Seu Portela, de quem já escrevi algumas vezes, foi um personagem lembrado com carinho nas prosas que tive com o primo Ananias, regados a chimarrão, e como disse antes, pinhão.

Seu Portela chamava Ananias de "Seu Caxêro", em alusão à antiga função exercida por Ananias em um armazém da cidade, lá pelos anos 50 ou 60. Passava ele no armazém, sempre que ía "no Gramado", forma de designar uma ida ao centro da cidade, naqueles tempos. E chegando na cidade, fazia parte de seu roteiro então, comprar umas coisinhas para encher a "mala" (um tipo de sacola com dois bornais, unidos por um pano, que ficava sobre os ombros, dividindo o peso entre costas e frente), e tomar um traguinho, dois dedos de "liso".

Seu Caxêro, Ananias, era brincalhão, generoso e homem de bem, e tratava à todos, mas especialmente os pobres, como irmãos, com quem brincava, ria e fazia rir.  E brincava com Seu Portela, fazendo-o lembrar e contar das façanhas do tempo em que servira a Marinha do Brasil. Foi pelo Ananias que ouvi muitas destas estórias fantasiosas e divertidas sobre Portela e outros personagens, a quem quero contar aos poucos por aqui e mais tarde, em livro.

Na última conversa que tivemos, Ananias descreveu-me todos os cinco primeiros armazéns de Gramado, ao lado esquerdo da Avenida Borges, sentido norte, e os quatro hotéis, à direita. Outros episódios particulares, como no dia em que foi trabalhar como marceneiro na marcenaria do Chico Bertoja, num dia muito quente, mas como estava com a camisa muito rasgada, teve vergonha, e trabalhava de paletó, para esconder o roto da camisa.  Em certo momento, Chico viu aquilo e disse pra ele:

- "Rapaz,tire esse paletó. Quem é que nunca teve uma camisa rasgada? Trabalhe confortável!"


Ananias tirou o casaco, feliz e agradecido e seguiu trabalhando. Trabalhou quase a vida toda como carpinteiro. Quando minha família, devolvida à Gramado por uma tragédia, chegou na cidade, não tendo onde morar, foram ele, Ananias e Orlando Morais, primo de minha avó, e primo segundo de Ananias, que se juntaram e construíram um ranchinho para morarmos à beira do extinto açude dos Moura, num terreno cedido pelos primos Cândida e Francisco Corrêa. Tudo isso arranjado por Ananias. O Seu Caxêro.

Ananias nunca se preocupou com lapidar a linguagem, e falava de um modo coloquial campeiro à moda antiga. Matuto, como gostava de ser. Usava expressões como: "Carcei no chumbo", "Negaceando", ou "Ôme é ôme, rato é um bicho". Era esta linguagem de quem temperava as tardes frias à frente do fogão de lenha, regado aos mates, e substanciado com pinhão e muita prosa. E ao seu lado, a velha e inseparável companheira, com coração maior que o mundo, Dona Nerci. Rindo das bobagens que contávamos.

Nestas lorotas, seus primos e irmãos eram as vítimas da gozação. Histórias absurdas envolvendo antigas namoradas, visitas aos terreiros de Saravá para tomarem cachaça de graça, ou caçadas e pescarias, eram sempre o tema que se enriquecia a cada vez que eram contadas as historias. E eu provocava para ouvir mais e mais vezes, pois queria um dia escrever sobre elas.

Na última visita que fiz, Ananias olhou com cara de guri que cagou no sapato de alguém, e disse:

- "Oiando ancim, não dá pra dizer que a Nerci é seis anos mais véia que eu!"
- Nerci é mais velha que tu? - Perguntei admirado.

- Não! - Respondeu ele, rindo do ar indignado que ela demonstrou.

Ancim era Ananias. Lembrar dos causos que ele contava, é fácil. Difícil é lembrar disso sem chorar mais um tantinho pela saudade do Nêgo Véio (esse título fui eu quem dei).

Escrevo isso lembrando que um a um, os dias vão sendo envelopados pelo tempo e guardados para as lembranças. Um a um, meus primos foram dormir, à espera da eternidade. Uma a uma das historias contadas vão se apagando. Um a um dos fios de cabelo branqueiam à espera de quem venha ouvir as nossas próprias histórias, os nossos próprios causos.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Juventude Progressista comemora indicação de Bruno Coletto para presidir o partido

http://www.caiquemarquez.com.br/juventude-progressista-comemora-indicacao-de-bruno-coletto-para-presidir-o-partido/




A ala jovem do Partido Progressista de Gramado se reuniu na noite desta quinta-feira, 04 de maio, manifestando seu apoio a candidatura de Bruno Coletto à presidência do PP Gramado.
Em meio à democracia do encontro, que ouviu todos os presentes na ocasião, o atual presidente da Juventude Progressista, Rafinha Adam, declarou: “a presença do Bruno na presidência do Partido abre um novo caminho para a juventude do PP, pois sinaliza uma novidade no cenário e a voz de um jovem oriundo do nosso grupo como grande interlocutor do partido. Esse momento é muito especial”.
Coletto fez questão de declarar-se à disposição da juventude do partido, principalmente, por ser um jovem também (com 30 anos) e por buscar o diálogo com todas as alas da sigla. “Quero que sigamos mantendo esse diálogo franco e direto que sempre tivemos. Que não tenhamos ressalvas um com o outro e que possamos, cada vez mais, usar o nosso partido como instrumento de ação social, aberto à nossa comunidade gramadense”.
Durante o encontro também se debateu acerca da nova executiva do PP Jovem, que deve contar com Taís Ribeiro na presidência, Frederico Peliccioli e Nilo Seewald como vices.
A convenção do PP deve acontecer no dia 19 de maio e Bruno Coletto caminha para ser aclamado presidente por unanimidade.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

Bruno, Jandira e Eduardo - Triunvirato de renovação do PP em Gramado




O PP de Gramado, conforme já escrevi a respeito, começa a soprar os ventos de mudança. Em reunião do Diretório Municipal, ficou desenhado o novo quadro que promete reavivar o progressismo como bandeira em Gramado, sob a liderança de Bruno Coletto, a ser indicado e votado na Convenção do dia 19 de maio, como Presidente, acompanhado por dois Vices: Jandira Tissot e Eduardo Zorzanello.



Eduardo Zorzanello, também já comentado aqui, é uma das grandes esperanças de renovação da Política gramadense.

São três nomes que tem no DNA o histórico do PP. 



Filho do Engenheiro Alemir Coletto, e da Artista Plástica Débora Irion, Bruno tem um curriculo de dar orgulho ao partido, com mestrado em direito pela UFRGS e mestrado em ciência política pela New School for Social Research (Nova Iorque), e cupa atualmente a função de Advogado do PP, e foi um nome de consenso do Partido para esta renovação, através de uma bem articulada movimentação após o rescaldo da eleição de outubro.

Jandira Tissot
Ex Primeira-Dama do Município, preside o PP Mulher, é empresária, e teve forte atuação durante os dois mandatos de Nestor Tissot.

Eduardo Zorzanello
Filho de Enoir e Silvia Zorzanello. É empresário, ligado ao Turismo, ocupando o lugar que foi de sua mãe, a empresária Silvia Zorzanello, ao lado de Marta e seu filho, Marcus Rossi, na empresa pioneira em eventos de Gramado, Rossi e Zorzanello, detentora de marcas consolidadas junto ao trade turístico internacional, como a FESTURIS e a CHOCOFEST.

Eduardo tem sido sondado como uma das novas promessas políticas de Gramado, possivelmente para concorrer nas eleições de 2020, ao cargo majoritário, embora seja muito cedo para opinar sobre isso, porque novos nomes estão surgindo para ocupar espaços nobres no Partido e em Gramado.

São novos  talentos, nenhum deles ocupou cargo eletivo, e todos tem a aparência da "Mulher de César".

O mais legal é que não entrou nenhum feio neste triunvirato. Isso é  um puxão de orelhas ao Partido, dizendo que daqui pra frente só podem "fazer bonito". Chega de trapalhadas.

O que faz a tua mão direita....

Evitem fazer alarde quando ajudarem alguém, não fiquem contando vantagem diante das pessoas, para  que sejam admirados e elogiados; aliás, s...