AD SENSE

domingo, 28 de maio de 2017

São Martinho, SC - Como uma Casa de Bonecas, só que de verdade


http://www.cidade-brasil.com.br/foto-sao-martinho.html



Foto de Internet




Foto: Click RBS - Internet
Fui apenas duas vezes ao lugar, mas é como se conhecesse esta pequenina cidade, uma das menores do Brasil, desde a minha infância, tamanho o carinho com que fui recebido pela gente hospitaleira deste Município. Isso já falei em outra reflexão. Porém, naquele texto, concentrei minha atenção nas palestras que havia realizado. Dessa vez, quero falar da cidade e da região, um pouquinho mais. Talvez você também se apaixone, e corra para conhecê-la o quanto antes.
Foto: Pousada Alto das Águas
Foto: Germano Schürr - Internet


Foto: Câmara de Vereadores de São martinho
Tremo em pensar que ainda existam lugares assim, de uma pureza ímpar, de uma geografia talhada para a felicidade, de uma topografia perfeitamente desenhada para distribuir belezas e prazeres entre cachoeiras, arroios, florestas, vales e montanhas. Difícil descrever apenas por palavras o que acontece na combinação entre pessoas e Natureza, em uma altitude que varia de 38 metros a 600 metros em poucos quilômetros de distância. Um lugar onde tem neblina que denuncia a cachoeira, e tem  também pastagens montanhosas regadas por riachos cintilantes, que acolhem pássaros, macacos, capivaras e incontáveis espécies que caminham, voam ou rastejam pela vegetação espessa, ou pelo azul pintado de azul do céu cristalino.
(Continua após o anúncio)


Resultado de imagem para sao martinho sc
Fluss Haus



Fluss Haus 
Esta é a Natureza. Mas não é apenas do mundo natural que se faz São Martinho. São as pessoas que mais tocam os sentimentos, óbvio. É das pessoas que chega o talento para as artes, para a gastronomia, e para a impressionante obsessão pela perfeição naquilo que fazem, e repito tantas vezes quantas falar deste lugar: pela carinhosa hospitalidade do povo que vive e faz este lugar.
Fluss Haus

Foto: Internet
Sou um apaixonado por cidades pequenas. Cresci em uma cidade pequena que agigantou-se em fama e qualidade, que é Gramado,  Então esta circunstância torna-nos, e à mim especialmente, exigentes demais quando se trata de avaliação e qualificação de pequeninas cidades que possam caminhar na mesma direção do turismo e da criatividade que Gramado foi formada. 
É dura tarefa dizer que esta ou aquela cidade tem tais atributos e janelas de possibilidades para seguir os passos que fizeram Gramado, assim como é de grande responsabilidade afirmar que uma cidade possa ocupar seu espaço a partir de valores que a diferenciem de tantas outras com as mesmas características. Mas São Martinho tem esta e muitas outras possibilidades. Pode buscar o bom modelo das cidades que alcançaram este caminho para o sucesso, assim como pode também avaliar com cautela os erros que porventura tenham cometidos aquelas cidades que excederam sua capacidade de crescer, pelo sucesso que alcançaram, e criaram gargalos quase intransponíveis para a felicidade de seu povo, assim como para a admiração de quem as visitam.
Foto: Família Beckhäuser
Conhecer São Martinho é um dos desejos que valem a pena serem escritos num primeiro de Janeiro, para que antes de setembro ou dezembro chegarem, possam tornar-se metas alcançadas.

Se eu definisse São Martinho em uma frase, diria que é uma grande Casa de bonecas. Só que de verdade.











Fotos diversas recolhidas na internet. Os autores podem contatar com o blog para que sejam publicados os créditos.







Video youtube

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Obra irregular no Centro de Gramado - A primeira crise ética de Fedoca


Confesso que este assunto estava comigo desde o primeiro instante em que foi divulgado pelo Jornalista Caíque Marquez, e que por ter informações confiáveis de que o assunto seria resolvido, como efetivamente foi, pela minha leitura está resolvido o problema administrativo. Mas agora eclode uma questão ética, e quero manter a palavra "Ética" como premissa desta reflexão, não deixando nenhuma margem para uma eventual má interpretação acerca da questão moral.

Por que eu separo a palavra "ética" da palavra "moral" neste caso? Porque são valores e interpretações bastante distantes, especialmente nesta questão. Não vejo que tenha atingido a questão moral do Prefeito, o que seria grave caso, se ocorrido.Mas a questão ética precisa ser vista à luz da questão política, no entendimento que, como comprovam os documentos aqui apresentados, pera encurtar ilações sobre a origem da questão e da autoria do feito, dão indicações de que a empresa ligada ao Prefeito seja proprietária do imóvel na Avenida Borges de Medeiros, onde há muitos anos, funciona uma loja de chocolates, e que, no alvo deste tema, tenha sido proposta uma alteração de projeto, aumento da área construída para ampliação da loja.
(Segue após  o anúncio)


Perfeitamente normal e usual, e até mesmo elegante saber que mais empregos, impostos e riquezas serão geradas pela mencionada ampliação. Tudo perfeitamente legal, ético, se não fosse por um detalhe: O mesmo Prefeito emite, e faz saber aos quatro cantos do mundo, uma portaria, onde deixa no congelador todos os novos projetos, sendo que qualquer cidadão que queira ter aprovada uma nova edificação, necessita entrar na fila de análise, e só depois de determinado tempo, que a Portaria estabelece (não vou passar datas e prazos para não ser burocrático demais),é que pode ter seu projeto eventualmente aprovado e seguir em seus planos de crescimento.

O que faz parecer aqui é que o principal interessado em que o exemplo fosse seguido, esqueceu a regra, e mesmo que tenha a declarar que não tinha conhecimento, ou que tal atitude tenha partido deste ou daquele profissional, o qual certamente responderá pelo seu ato junto às instâncias que o julgam, o Prefeito deve responder solidariamente ao erro. Estes os fatos. Agora minha análise política e ética.

Em minha leitura, Fedoca tem uma oportunidade ímpar de demonstrar que é um líder, e assumir total responsabilidade pelo deslize ético de alguém de sua cadeia de relacionamento comercial. Fedoca tem a oportunidade de demonstrar a honradez que os grande Homens públicos o tenham demonstrado, em livrar da culpa os subalternos, e tomar para si o peso do erro cometido contra a Municipalidade do lugar onde recebeu metade mais sessenta e dois votos, outorgados pela população que nele confiou. E aqui estendo o comentário político.

Fedoca vendeu a imagem de seriedade, de justiça, de honestidade, de integridade, que até o momento não foram quebradas, porque temos até o momento em que escrevo esta reflexão, apenas fatos de natureza técnica e administrativa, mas que ao pronunciar-se em público, poderá surpreender seus eleitores e seus adversários, declarando-se inteiramente responsável pelas falhas de sua equipe e dos empreendimentos onde empresta seu nome.

Isso tudo, naturalmente, se sentir-se responsável e que queira manter o respeito às instituições e à Legalidade que prega há tantas décadas o remanescente do velho PTB de Brizola.

Eu convido Fedoca a inocentar o arquiteto que sai prejudicado deste imbróglio, e publicamente demonstrar que é capaz de perceber que houve um erro. Técnico, talvez, mas que assim permaneça. Técnico e não ético, e muito menos, moral.

Repito para que se registre. Até aqui, Fedoca não cometeu nenhum erro. Nem ético, nem moral, nem administrativo. Um erro foi cometido. Na propriedade dele. No Município de Gramado, cujas Leis são iguais para todos. Mesmo que ele mesmo as tenha chancelado.

Receita infalível para tornar-se infeliz



Motivado a escrever esta reflexão após assistir uma reportagem digestiva pela manhã, contando o drama de uma família do Rio de Janeiro, que utiliza um carro antigo e de baixo valor comercial para o passeio com a família, e que o menino, com cerca de dez anos de idade, precisa de acompanhamento psicológico para superar o medo da violência, porque ouve diariamente tiros dos confrontos entre gangues e policiais, ou entre si, à certa distância de onde moram.

O detalhe que chamou minha atenção foi que eles nunca foram assaltados. O medo então é uma couraça gerada pelo imaginário do jogo de possibilidades que um assalto efetivamente aconteça. Esta situação não é diferente aqui onde moro, onde pelo menos uma vez por semana, ouço o tatalar das hélices de um helicóptero da Polícia sobrevoando meu bairro, à procura de fugitivos de um presídio existente no bairro vizinho. Quando não é o helicóptero (que minha netinha chamava de "Pilotópito")da Polícia, é o do Corpo de Bombeiros. Ou então das sirenes dos carros de policiais que chegam ao Instituto Médico Legal, aqui próximo, informando que estão trazendo bandidos para exame de corpo de delito, ou quando não, um cadáver para as gavetas do necrotério.
(Continua após o anúncio)

Meu condomínio é cercado por forte segurança de vinte e quatro horas, câmeras, muros e cerca eletrificada, e isso está sendo substituído por vigilância eletrônica monitorada por especialistas, e para entrar em minha casa, já preciso de senhas, controles eletrônicos, e uma excelente memória para guardá-las na lembrança, senão corro o risco de dormir do lado de fora do portão.
(Continua após o anúncio)


A crise que está vindo em progressão geométrica, motivou-me à abandonar meu caso de amor com o Plano de Saúde, ao qual usufruí largamente, até com duas cirurgias de emergência caríssimas. Felizmente sem ele, sou isento dos checapes mensais de substâncias que eu nem sabia que existiam antes da popularização do tomografo e de alguns exames que me obrigavam a passar oito horas inerte numa cama desconfortável, com uma média de oitenta eletrodos enfiados em lugares que o pudor me proíbem de relatar. Enfim, passei a esquecer que se a mudança de pólos da terra podem influenciar minha hérnia de hiato, e que se eu comer pão branco podem me deixar com o fígado do tamanho de uma batata de inhame. Passei a preocupar-me apenas em correr atrás de trabalho, clientes, e essas bobagens que deixam a vida mais prazerosa, como até mesmo carpir um lote, que só não o faço, porque dentro de um apartamento cercado de câmeras e sensores de iluminação nos corredores, é matematicamente impossível que haja um bom lote para ser carpido.
(Continua após o anúncio)

Volto ao menininho que nunca foi assaltado, mas que mesmo assim necessita de apoio psicológico pela obsessão impregnada pela mídia de que ele poderá ser assaltado com requintes de crueldade, isso porque se a notícia de um assalto fosse apenas a notícia de um assalto, seria menos impactante e não obteria suficiente público para comprar os produtos oferecidos pelos comerciais dos noticiários que vendem sangue no café da manhã dos telespectadores. Está aqui a receita infalível da infelicidade. Sofrer por antecipação.  Queixar-se por precaução. Reclamar do que está apenas na caixa de probabilidades que aconteça. Percebe, que não estou mencionando o fato de queixar-se daquilo que já aconteceu, porque o que "pode vir" pela frente pode ser ainda mais cruel do que se pode imaginar. Então sofre-se pelo que imagina-se esperar-nos na próxima esquina. Plantamos a infelicidade e colhemos amargura, regada com a urina do medo do imaginário.
(Continua após o anúncio)

Há dois mil anos atrás, Jesus dizia que devemos deixar a cada dia seu próprio mal. Seu seguidor, Paulo de Tarso acrescentava: "Não murmureis", isto é, não fique reclamando de tudo, muito menos do que nem aconteceu ainda e possivelmente nem vá acontecer. Chore pelo que te faz sofrer hoje, isso sim é necessário. Mas chore por hoje e talvez por ontem, mas jamais pelo amanhã. A não ser que sua felicidade seja planejar sua infelicidade. Daí, como água rio abaixo, não há nada que possa contê-lo em sua missão de esperar que o vinho azede para beber vinagre.






quarta-feira, 24 de maio de 2017

Como Fedoca vai enfrentar a crise?



Gosto de falar de coisas que elevam o espírito. Crise não eleva. Mas põe em alerta. Vacina. Fortalece. E crise é a palavra de ordem no mundo em nossos dias. Dias que sobrecarregarão as páginas de história. Dias que poderão separar os vencedores dos desiludidos. Então, preciso refletir sobre o dia na turbulência do dia, o que é raro, pois reflexão sobre as coisas, em geral, acontecem quando tudo terminou. Mas nem tudo terminou. Ou melhor: acaba de começar.

Minha reflexão caminha pela triste situação moral do Brasil, que não é nova, mas que se expôs à luz. Corrupção é antiga, mas agora desabou. Como a barragem de Mariana, a corrupção no Brasil soterrou esperanças e credibilidade nas instituições, nos empresários, nos políticos, e na pátria. A pátria pede socorro.

Mas o que é a pátria, senão o cidadão que encontra outro cidadão para edificarem coisas de benefício comum em busca da felicidade? A pátria é a terra apinhada de gente com ideais. Mas aqui e agora, os ideais ruíram. Pergunte a um jovem o que ele deseja para o futuro, em lugar de construir sonhos, ele deseja apenas honestidade. Deseja apenas prisão para os corruptos. Deseja apenas saber que seu trabalho não será em vão naquele dia e que seus impostos não serão solapados pela ganância daqueles que roubam nos impostos a esperança da pátria.

Gramado não é mais uma bolha, e a crise chegou. Leio que a lei Rouanet não vai mais financiar o Natal Luz. Mas é sério, eu não estou preocupado com o natal Luz. Ele não é só um momento de fé e descontração de uma comunidade, mas um negocio de milhões. E seus gestores devem pensar em milhões em cada evento que fazem. Então, se o dinheiro da República está minguando a cada dia, a exigência de imaginação e boas iniciativas emerge como resposta aos gestores e idealizadores.

Devo lembrar que quando foram criados os eventos de Gramado, lá em priscas eras, não havia dinheiro da República (exceto no período dos militares, quando jorrava em cascatas e sem exigência de prestação de contas), mas era o trabalho comunitário quem emprestava a beleza do que acontecia. E a seguir, buscar patrocinadores era apenas um passeio.

Gramado é linda, mas não é única. Hoje centenas de pequeninas cidades começam a mostrar seu próprio brilho, muitas delas inspiradas na própria Gramado. Outras inspiradas na pátria de origem, criam eventos que caracterizam suas culturas, e acabam por atrair a atenção de outras pessoas, e este crescente dá continuidade ao crescimento destes eventos. Uns vão, outros surgem. Não se pode imaginar que aquilo que deu certo por alguns anos vá ser padrão para a eternidade.  Não tem como isso acontecer, mesmo porque o ser humano é transitório, efêmero, e se entedia facilmente, até mesmo com o excesso de brilho na escuridão das águas dançantes.

A atual administração ganhou de mão beijada um conjunto de eventos e estrutura, que os obriga a buscarem recursos para que não deixem cair o status de oferecerem melhor aquilo que os outros faziam bem feito. Só que está faltando criatividade, e então vão mascarando aqui e ali alguns componentes, até que descubram onde estão todas as gavetas deste armário intrincado chamado Eventos.

O desafio destes gestores, alem de não deixarem desabar aquilo que ainda estão tentando entender, é renovar seus estoques de inovação. E embora o tempo ainda seja curto (será sempre curto), Gramado espera expectante o desenho das estampas dos fogos que farão brilhar a noite da crise que está chegando, como aquelas explosões coloridas e faiscantes dos fogos de artifício. A pirotecnia dos gestores é um dos componentes que se exige de quem se propõe a comandar uma cidade que vive da inovação e do espetáculo. Mas até aqui, tudo ainda está cor de cinza.  E a noite vem chegando.

O Prefeito não está conseguindo despertar o espírito pátrio de sua equipe, que ainda se debate em erros primários, e não encontrou seu ponto de equilíbrio entre o andar pra frete e o não retroceder. Há que se lembrar que Gramado não é uma cidade de 40 mil habitantes, mas é  uma cidade de 40 mil habitantes que tem uma identidade única no Brasil e que recebe seis milhões de pessoas no ano, ávidas por êxtase e famintas por sabores. Não basta que seus gestores sejam "campeões de captação" (e ainda não deu pra saber isso), ou bons de discurso populista, ou empreendedores (o que ainda pode ser discutido), mas que sejam melhores do que aqueles que criticavam. Que sejam únicos, que sejam heroicos, porque o tempo é este. O Brasil precisa de heróis  com urgência. E Gramado está na capa da gaita para precisar de alguns também, pois quanto mais alta a árvore, maior é o estabaco. 

Fedoca tem o compromisso de ser melhor que Pedro e Nestor juntos, pois críticas não faltaram, ao referir-se à eles como "continuidade". Então, Fedoca certamente será a descontinuidade, e quando entendo continuísmo, entendo que nada daquilo que fizeram é digno de sua grandeza como gestor. Nesse caso, torna-se, por esta reflexão, um pequeno "Estadista", uma vez que seja capaz de entornar todo o mau passado que critica, no belo futuro que promete.

Tenho visto várias publicações onde Gramado ainda recebe prêmios, indicações, reconhecimento de figurar entre os melhores destinos do mundo, mas fico estarrecido que ao receber tais títulos, alguns com homenagem presencial, em nenhum deles vi uma menção aos que construíram o caminho para este reconhecimento, e passa a impressão, que certamente será utilizada em campanhas futuras, contando com a falta de memória das pessoas, que tais e tais prêmios tenham sido recebidos por méritos deste gestor. E não é assim que isso acontece. Então, posso cobrar aqui publicamente que Fedoca tenha o senso ético de lembrar isso, em beneficio de Gramado e não apenas como trunfo eleitoreiro.

Você vai esperar pra ver, ou vai agir? Vai cobrar do Prefeito e sua equipe que mostrem o que tem na mesa para enfrentarem a crise que está chegando? Digo  por mim, que por várias vezes pedi informações, projetos inovadores, e só recebi simpáticas evasivas de que "nossa equipe está trabalhando nisso". Eu acredito que estejam, mas,o gramadense quer saber o que acontece nestas gavetas.

Acredite ou não, a crise chegou e O Prefeito tem responsabilidade em blindar sua cidade para que sofra o menos possível os danos causados.




terça-feira, 23 de maio de 2017

Andando entre leões


Quantos leões você já matou hoje?

Não! Não estou falando dos simpáticos felinos que rugem grosso e devoram zebrinhas lá na África, ou galinhas nos zoológicos pelo mundo afora.
Também não faço referência ao famigerado e faminto leão que toma nossas economias para que sejam emprestadas aos açougueiros milionários, e aos ditadores pelo mundo afora. Não é deste leão que falo, embora este esteja entre os demais a quem todos os dias temos que matar. E matar bem matadinhos, porque os indecentes tem o poder de aparecerem do nada, surgirem das trevas, e nos atormentarem da manhã à noite, que é quando dormem, e cedem lugar aos leões notívagos, que cumprem horas adicionais e nos atormentam até enquanto estamos dormindo.

O primeiro leão (e não necessariamente nesta ordem) é o leão que está na moda: O leão da política. O bem engendrado leão que junta os políticos pelo cangote e os joga despedaçados no lamaçal da corrupção. Este leão é ainda mais danoso que imaginamos, pois em dado momento ele arrasta a nós mesmos para longe da boa política, nos fazendo imaginar que política é coisa do diabo. E é, se deixemos que ele tome conta dela e do nosso caráter.

O segundo é um leão bem pequeno quando é jovem, mas que em muitos casos se avoluma de tal maneira, que ocupa todos os espaços que seriam destinados aos outros leões. Cabe no bolso, e os demais, precisam de estádios, rodovias, hospitais, pontes, para se acomodarem. É o leão financeiro. É aquele leão que ruge no cercado dos outros, mas que morde você todos os dias um pouquinho. E se refestela feliz. O leão das contas de mercado, luz, água, sabonete e pasta de dente. O leão da geladeira, da escola, do condomínio. Um leão voraz, nervoso, irrequieto.

O leão que vem diminuindo de tamanho, definhando de fome cada vez mais, é o leão da moral. Este leão se esgueira com vergonha de sua timidez, e vive do passado, cavando reminiscências.

O Leão da ética, dizem , é quase legendário. Muitos falam, mas poucos tem contado com ele. Então, o seu sósia, a sua antítese, assombra diuturnamente os anais das ruas, beliscando traseiros com a mão esquerda, e trocando etiquetas de mercados com a mão direita.

Há um leão que monitora todos os demais leões, chamado crise espiritual. vem atrelado aos dois leões anteriores: o da ética e o da moral. Este porém corrói por dentro. Corrói e se refestela com a alma da presa.

Quando o conjunto destes leões anda em bando, dá poder ao leão familiar, isto é, aquele que bebe sangue de gente da casa. Destrói e dilacera irmãos, primos, pais e filhos. É o leão do golpe de misericórdia.

Outro leão que se fortalece quando o bando anda junto, é o leão da crise profissional. O leão do desânimo, do fracasso, da falta de perspectiva. Este leão prenuncia o fim do banquete.

E por fim, o leão cultural, é aquele que apaga todos os vestígios deixados pelas presas dos demais leões, pois quando se apaga a cultura, apaga-se a história, a vida, a sociedade e a civilização.

Qual a solução para enfrentar estes leões?

Isso é o que eu conto nesta palestra: Andando entre leões. É só me convidar.



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Outono brasileiro chegou. A solução está nas janelas!




Odeio falar de crise. É serio. Odeio falar de ódio. Também odeio falar de coisas que não tragam perspectivas saudáveis às situações com as quais nos defrontamos de vez em quando. Critico quando quero que o assunto ganhe as ruas, mas elogio quando quero o mesmo motivo. Não gosto de fatalismo, nem de abrir o envelope do diagnóstico de exames ruins. Mas a crise que estava lá fora chegou até aqui.

Se estivéssemos em uma grande cozinha, o prato seria uma amálgama de "Angú de Caroço" com "Puchero À-La-Brasília". Com todos os requintes de crueldade e artimanhas a que temos direito. Até mesmo com um Gran Finale.

Se fosse um filme, um Épico de Holywood, poderia ser chamado de: "E o Crime Compensou". Mas com cenário de "Mad Max", de "Corcunda de Notre Dame", ou "Les Miserables". Tudo junto, na mesma fita. Só que não é filme.  Tudo é verdade mesmo.

Gosto de chamar à reflexão, mas confesso que estou aturdido. Não sei o que pensar, e isso me entristece, porque pensar é meu capital. Mas não sei o que pensar. Mas bem. Já que não sei em que pensar, vou pensar diferente. Vou propor uma solução (pode rir, mas foi a solução que eu encontrei. Se tiver uma melhor,escreva também.

Já que nossa "Primavera Árabe", aqui chamado de "Outono Brasileiro" chegou para bagunçar, e nos encurralar dentro de casa a gemer, minha solução está nas janelas. Isso mesmo: Janelas! Eu explico.



Janela foi uma invenção sensacional. É um tipo de instrumento científico que permite a visão do exterior através das paredes. Foi inventada bem antes do vidro e do tomógrafo ou do Raio X. Só que não é um equipamento de reversibilidade completa, pois você até pode olhar de fora para dentro de uma casa, mas se se tiver vidros nela, verá espalhado apenas a luminosidade exterior refletida, mas, caso o lado de fora seja mais escuro que o lado de dentro, então sim, você poderá espiar discretamente, sem chamar atenção, pois é muito feio ficar espiando pelas janelas para dentro das casas, verá tudo o que se passa lá dentro, porque a luz interior é capaz de irradiar os valores contidos dentro da casa. Já do lado de dentro, verá que cabe naquele retângulo cabe um mundo inteiro, pronto a ser conquistado.

Se estamos do lado de fora, e o dia estiver claro, muito bem. Aproveitemos o sol e aquilo que sua luz pode nos mostrar. Mas se a escuridão nos abraçar, temos a esperança de buscar luz no aconchego da casa,  e quem permite isso, são as janelas. Mas minha analogia vai além do romântico contemplar de lá e cá dos buracos envidraçados de uma habitação. Tenho a intenção de falar daquilo que cerca as janelas: as paredes. Isso mesmo! Paredes são aule negócio enrolado nos buracos aos quais chamamos de janelas. Só que as paredes são também uma  barreira para o frio, a chuva, os inimigos externos, e as coisas que nos assustam. 

E o que isso tem a ver com a crise? Tudo! Digo em minhas palestras que quando o perigo é certo e vem chegando, a solução pessoal é nos blindarmos em nosso cantinho seguro, nosso refúgio, nosso castelo.  Quando nada podemos fazer para barrar as barbaridades que os maus políticos prepararam para ferrar conosco, podemos então blindar o que ainda temos de bom:  nossa honra, nossa família, nossa comunidade, mesmo que pequena, podem ser protegidas pontualmente. É o que chamamos de força interior, determinação, boa vontade e vontade enorme de meter o pá no traseiro gorduroso destas imundícies que ficam solapando nosso país. Daí, se a crise vem, e ela vem, que não nos pegue com as calças na mão. Nossas paredes de honra e dignidade podem nos proteger das intempéries da barbárie, e nossa decência pode servir de janela para que vejamos de antemão aquilo que quer nos derrubar.

Minhas janelas são meu conhecimento, que mesmo, pouco, dão a mim segurança de não pisar no estrume da corrupção oferecida nas praças e nas ruas. Minhas paredes são meu trabalho. E as portas que se abrem ou fecham são as oportunidades que posso escolher abraçar.

Ao que parece, semelhante à "Primavera Árabe", temos o nosso "Outono Brasileiro". Mas tomara que não termine aqui como terminou lá. Pelo sim, pelo não, melhor botar tranca reforçada nas portas e janelas.





O que faz a tua mão direita....

Evitem fazer alarde quando ajudarem alguém, não fiquem contando vantagem diante das pessoas, para  que sejam admirados e elogiados; aliás, s...