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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Outono brasileiro chegou. A solução está nas janelas!




Odeio falar de crise. É serio. Odeio falar de ódio. Também odeio falar de coisas que não tragam perspectivas saudáveis às situações com as quais nos defrontamos de vez em quando. Critico quando quero que o assunto ganhe as ruas, mas elogio quando quero o mesmo motivo. Não gosto de fatalismo, nem de abrir o envelope do diagnóstico de exames ruins. Mas a crise que estava lá fora chegou até aqui.

Se estivéssemos em uma grande cozinha, o prato seria uma amálgama de "Angú de Caroço" com "Puchero À-La-Brasília". Com todos os requintes de crueldade e artimanhas a que temos direito. Até mesmo com um Gran Finale.

Se fosse um filme, um Épico de Holywood, poderia ser chamado de: "E o Crime Compensou". Mas com cenário de "Mad Max", de "Corcunda de Notre Dame", ou "Les Miserables". Tudo junto, na mesma fita. Só que não é filme.  Tudo é verdade mesmo.

Gosto de chamar à reflexão, mas confesso que estou aturdido. Não sei o que pensar, e isso me entristece, porque pensar é meu capital. Mas não sei o que pensar. Mas bem. Já que não sei em que pensar, vou pensar diferente. Vou propor uma solução (pode rir, mas foi a solução que eu encontrei. Se tiver uma melhor,escreva também.

Já que nossa "Primavera Árabe", aqui chamado de "Outono Brasileiro" chegou para bagunçar, e nos encurralar dentro de casa a gemer, minha solução está nas janelas. Isso mesmo: Janelas! Eu explico.



Janela foi uma invenção sensacional. É um tipo de instrumento científico que permite a visão do exterior através das paredes. Foi inventada bem antes do vidro e do tomógrafo ou do Raio X. Só que não é um equipamento de reversibilidade completa, pois você até pode olhar de fora para dentro de uma casa, mas se se tiver vidros nela, verá espalhado apenas a luminosidade exterior refletida, mas, caso o lado de fora seja mais escuro que o lado de dentro, então sim, você poderá espiar discretamente, sem chamar atenção, pois é muito feio ficar espiando pelas janelas para dentro das casas, verá tudo o que se passa lá dentro, porque a luz interior é capaz de irradiar os valores contidos dentro da casa. Já do lado de dentro, verá que cabe naquele retângulo cabe um mundo inteiro, pronto a ser conquistado.

Se estamos do lado de fora, e o dia estiver claro, muito bem. Aproveitemos o sol e aquilo que sua luz pode nos mostrar. Mas se a escuridão nos abraçar, temos a esperança de buscar luz no aconchego da casa,  e quem permite isso, são as janelas. Mas minha analogia vai além do romântico contemplar de lá e cá dos buracos envidraçados de uma habitação. Tenho a intenção de falar daquilo que cerca as janelas: as paredes. Isso mesmo! Paredes são aule negócio enrolado nos buracos aos quais chamamos de janelas. Só que as paredes são também uma  barreira para o frio, a chuva, os inimigos externos, e as coisas que nos assustam. 

E o que isso tem a ver com a crise? Tudo! Digo em minhas palestras que quando o perigo é certo e vem chegando, a solução pessoal é nos blindarmos em nosso cantinho seguro, nosso refúgio, nosso castelo.  Quando nada podemos fazer para barrar as barbaridades que os maus políticos prepararam para ferrar conosco, podemos então blindar o que ainda temos de bom:  nossa honra, nossa família, nossa comunidade, mesmo que pequena, podem ser protegidas pontualmente. É o que chamamos de força interior, determinação, boa vontade e vontade enorme de meter o pá no traseiro gorduroso destas imundícies que ficam solapando nosso país. Daí, se a crise vem, e ela vem, que não nos pegue com as calças na mão. Nossas paredes de honra e dignidade podem nos proteger das intempéries da barbárie, e nossa decência pode servir de janela para que vejamos de antemão aquilo que quer nos derrubar.

Minhas janelas são meu conhecimento, que mesmo, pouco, dão a mim segurança de não pisar no estrume da corrupção oferecida nas praças e nas ruas. Minhas paredes são meu trabalho. E as portas que se abrem ou fecham são as oportunidades que posso escolher abraçar.

Ao que parece, semelhante à "Primavera Árabe", temos o nosso "Outono Brasileiro". Mas tomara que não termine aqui como terminou lá. Pelo sim, pelo não, melhor botar tranca reforçada nas portas e janelas.





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