Confesso que este assunto estava comigo desde o primeiro instante em que foi divulgado pelo Jornalista Caíque Marquez, e que por ter informações confiáveis de que o assunto seria resolvido, como efetivamente foi, pela minha leitura está resolvido o problema administrativo. Mas agora eclode uma questão ética, e quero manter a palavra "Ética" como premissa desta reflexão, não deixando nenhuma margem para uma eventual má interpretação acerca da questão moral.
Por que eu separo a palavra "ética" da palavra "moral" neste caso? Porque são valores e interpretações bastante distantes, especialmente nesta questão. Não vejo que tenha atingido a questão moral do Prefeito, o que seria grave caso, se ocorrido.Mas a questão ética precisa ser vista à luz da questão política, no entendimento que, como comprovam os documentos aqui apresentados, pera encurtar ilações sobre a origem da questão e da autoria do feito, dão indicações de que a empresa ligada ao Prefeito seja proprietária do imóvel na Avenida Borges de Medeiros, onde há muitos anos, funciona uma loja de chocolates, e que, no alvo deste tema, tenha sido proposta uma alteração de projeto, aumento da área construída para ampliação da loja.
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Perfeitamente normal e usual, e até mesmo elegante saber que mais empregos, impostos e riquezas serão geradas pela mencionada ampliação. Tudo perfeitamente legal, ético, se não fosse por um detalhe: O mesmo Prefeito emite, e faz saber aos quatro cantos do mundo, uma portaria, onde deixa no congelador todos os novos projetos, sendo que qualquer cidadão que queira ter aprovada uma nova edificação, necessita entrar na fila de análise, e só depois de determinado tempo, que a Portaria estabelece (não vou passar datas e prazos para não ser burocrático demais),é que pode ter seu projeto eventualmente aprovado e seguir em seus planos de crescimento.
O que faz parecer aqui é que o principal interessado em que o exemplo fosse seguido, esqueceu a regra, e mesmo que tenha a declarar que não tinha conhecimento, ou que tal atitude tenha partido deste ou daquele profissional, o qual certamente responderá pelo seu ato junto às instâncias que o julgam, o Prefeito deve responder solidariamente ao erro. Estes os fatos. Agora minha análise política e ética.
Em minha leitura, Fedoca tem uma oportunidade ímpar de demonstrar que é um líder, e assumir total responsabilidade pelo deslize ético de alguém de sua cadeia de relacionamento comercial. Fedoca tem a oportunidade de demonstrar a honradez que os grande Homens públicos o tenham demonstrado, em livrar da culpa os subalternos, e tomar para si o peso do erro cometido contra a Municipalidade do lugar onde recebeu metade mais sessenta e dois votos, outorgados pela população que nele confiou. E aqui estendo o comentário político.
Fedoca vendeu a imagem de seriedade, de justiça, de honestidade, de integridade, que até o momento não foram quebradas, porque temos até o momento em que escrevo esta reflexão, apenas fatos de natureza técnica e administrativa, mas que ao pronunciar-se em público, poderá surpreender seus eleitores e seus adversários, declarando-se inteiramente responsável pelas falhas de sua equipe e dos empreendimentos onde empresta seu nome.
Isso tudo, naturalmente, se sentir-se responsável e que queira manter o respeito às instituições e à Legalidade que prega há tantas décadas o remanescente do velho PTB de Brizola.
Eu convido Fedoca a inocentar o arquiteto que sai prejudicado deste imbróglio, e publicamente demonstrar que é capaz de perceber que houve um erro. Técnico, talvez, mas que assim permaneça. Técnico e não ético, e muito menos, moral.
Repito para que se registre. Até aqui, Fedoca não cometeu nenhum erro. Nem ético, nem moral, nem administrativo. Um erro foi cometido. Na propriedade dele. No Município de Gramado, cujas Leis são iguais para todos. Mesmo que ele mesmo as tenha chancelado.
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