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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

A casa de "Adail e Zari Castilhos", em GRAMADO de priscas eras

Esta singela casa não existe mais. Pertenceu ao casal Adail de Castilhos  e Zari  Stumpf  de Castilhos. 

Ficava junto à entrada da Vila São Pedro, uma residência de veraneio, no alto do morro, cercado de mata nativa, no centro de Gramado.

Adail de Castilhos foi um simpático desportista e talentoso violonista e seresteiro da cidade.

Nos últimos anos de Vida, Adail, nos últimos anos de vida, era Corretor de Seguros, mas sua biografia é bastante ligada ao esporte, especialmente ao futebol de Gramado.

Como musicista, tocava violão e compunha um grupo de seresteiros que animavam as reuniões de amigos pelo tempo que já se foi.


Grupo em família - Foto: Acervo da família Castilhos

A casa é uma edificação bastante simples, e recebeu adições, ao que se mostra na imagem. Era uma típica casa citadina dos anos 60 e 70, em Gramado.

Pouco sei da história de Adail e Zari, e conto com seus familiares e amigos para que enriqueçam este relato, pois eu sei muito, mas não sei tudo, e nem sempre fui coadjuvante da história. Sou um contar de causos, e conto com quem conta para que me conte e eu possa de novo contar.

Acrescenta o leitor e grande amigo, Dirceu Hugo Da Ros a seguinte nota:


"Seu Adail todos os domingos pela manhã  tinha a sua escolinha de futebol e reunia a gurizada no Estádio dos Pinheirais ( do C. E. Gramadense  ) e formava dois times e só saia jogando quem tinha ido a missa das 7  ( católicos )".











Imagem: Google  Última imagem da casa

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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

A "Casa linda do Vale", em GRAMADO de priscas eras



Eu nunca soube quem morava nesta casa. Passava por lá, olhava, da rua, lá embaixo, e parava para observar o tamanho do capricho com este aprazível chalé, de nítida influência alemã, em sua arquitetura, ao que não sei dizer se, pelos moradores, ou do carpinteiro que a construiu. Notável que sofreu modificações, acréscimos, como o gazebo de vidro, protegido por cortinas, e uma cerca aqui, um muro ali, não projetados, mas adaptados.



São, porém, estes puxadinhos e acréscimos, que deram o charme do lugar, somado às flores penduradas na parede, os corações na barra da parede, e a vegetação do barranco à frente, separando a casa, da rua.



Lamentavelmente o inexorável canto de sereia do progresso, carrega lembranças como essa, para as páginas da memória, que aqui ouso reproduzir, não como estava nos últimos anos, mas como poderia ter sido, quando ainda corriam crianças à sua volta, e pousavam pássaros no seu telhado.

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E Os Gerânios ...


Esta não foi a única, de fato. Estou garimpando outras casas, de pessoas, nem tão "famosas", mas ainda assim,  notáveis, que construíram e decoraram casas para seu prazer de morarem bem, e não como ostentação, ou possibilidade de loja futura. Não, não há problema algum em ostentar, nem em preparar ambiente para um bom negócio. Mas há pessoas que separam a loja, o local de trabalho, do santuário de aconchego chamado lar. E em priscas eras, aconchego rimava cm sossego, flores, e tranquilidade.






As vovós e seus aventais

Não consigo separar a imagem de uma casinha assim, da imagem de uma vovozinha doce e gentil, com seus óculos redondinhos (já perceberam que pessoas doces e gentis usam óculos de aro fino e redondinhos? Sei lá. Eu uso, e eu sou doce e gentil.)

 Ó ali o óculos redondinho!

E deixa chover lá fora!
Pensa só no que esse povo comeu, depois desse retratinho abaixo.

A pessoa faz qualquer coisa pra não pensar em comida e bater ansiedade antes que fique pronta.

E dentro da casa, eu consigo ver esse cenário




Imagens: Pinterest


Cultura das flores em Gramado

Quem vai morar em Gramado, não sonha em um moderno apartamento, embora tenha se tornado uma opção palpável, uma vez que não há mais espaço para casas, chalés, sobradinhos. Está bem assim. Morar em Gramado é um privilégio de poucos, hoje e ontem. Ainda assim, as flores fazem parte deste modo de ser feliz. Coisas de priscas eras, sabe. Daquele tempo em que não era ridículo usar cueca feita de saco de açúcar, com carimbo de "Café do Brazil". (Usei muito). Ou toalhas, também de sacos de açúcar ou farinha. Sequei muito o lombo com elas, que também serviam como capa do "Batman e Superman". Quem nunca, hem? Quem?


As Hortênsias
Mas falemos de flores. Hortênsia, por exemplo. Flor que não podia faltar, ao menos uma touceira, em cada casa de Gramado. Hortênsia é uma flor "coringa". Preenche qualquer espaço. Exalkam perfume inesquecível, suave,delicado. Já li algum desinformado que afirmou, com ar de "autoridade no assunto", que Hortênsia não tem cheiro. Não não tem, se a pessoa foi acometida por COVID, Resfriado (Influenza), Gripe braba, Pneumonia, ou mau humor, de fato, o perfume da Hortênsia é irrelevante, se comparado ao Jasmim, ao Manacá, ou ao Cipreste. Mas Hortênsia tem perfume, e perfume que carimba na memória a saudade das cigarras que cantam no verão.










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Arlindo e Ercilda de Oliveira, em GRAMADO de priscas eras


Arlindo e Ercilda de Oliveira, 

Arlindo foi, durante muitos anos, o chefe de manutenção, da Prefeitura de Gramado. Quando o conheci, era o Eletricista chefe, e foi nessa condição que contribuiu para que Gramado pudesse ser vista em sua sublimidade, também à noite, quando a rua principal já estava ajardinada, porém, às escuras, Um sistema de suportes para lâmpadas na via pública eram caros, e a Prefeitura apenas começava os seus primeiros anos, após a emancipação.

Como precisava iluminar a rua, e a verba estava limitada, Arlindo reuniu sua equipe, e com os equipamentos artesanais que tinha à mão, passou a fabricar os suportes das lâmpadas fluorescentes, e assim Gramado foi mostrada após o pôr-do-sol, em toda a sua beleza.

A casa dos Oliveira (Arlindo e Ercilda)foi edificada por volta de 1965, e corresponde a um estilo bastante predominante nesse tempo. Foi construída pelo próprio Arlindo, com ajuda do sogro, e de um carpinteiro contratado.

As tábuas no sentido horizontal alinhadas, já desenhavam um novo conceito, mais simples, mais leve, do que as tábuas “machanfradas”, isto é, sobrepostas, como eram aplicadas até bem pouco tempo antes, permitiam um desenho mais elegante, diferente das tábuas verticais, seja em sistema “macho e fêmea”, ou alinhadas e arrematadas com mata juntas, o que era utilizado em casas mais humildes.

Já o oitão da casa, era desenhado em estilo “espinha de peixe”, com madeiras diagonais partindo do centro em direção às extremidades.

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Eu pouco sei da história pregressa deste casal, mas segundo os relatos de seu filho, Áureo de Oliveira, o casal se conheceu em um baile de "Kerb" (ainda quero escrever uma matéria sobre estes bailes), e algum tempo depois, se casaram. Arlindo foi convidado pelo então Prefeito Walter Bertolucci, para trabalhar como chefe de manutenção e eletricista na recém instalada Prefeitura. Lá, Arlindo, e sua equipe, faziam toda a manutenção das vias públicas e instalações municipais. Contou-me certa ocasião, o próprio Arlindo, que o Prefeito decidiu iluminar a Avenida Borges de Medeiros, a, se não sou traído pela memória, também as ruas São Pedro, Garibaldi, Coronel Diniz (Atual Avenida das Hortênsias), e suas ligações transversais. Porém, os recursos eram escassos, e foi aí que Arlindo arregaçou as mangas com sua equipe, e decidiu fabricar as calhas e os suportes lá mesmo na oficina de manutenção. Foi assim que Gramado foi iluminada pela primeira vez, de maneira organizada.

Conheci Arlindo, com mais proximidade, quando trabalhei da Secretaria de Turismo. Ele e sua equipe (em geral os dois Remis - Remi Arnold, e não lembro o sobrenome do outro Remi), eram o esteio dos eventos. Não tinham hora pra terminar, parceiros, comprometidos, e eficientes.

Arlindo era caprichoso em tudo o que fazia. Pode-se ver pelo capricho da casa da ilustração, e mais tarde, da casa onde viveu até descansar, na entrada de Canela, onde fomos vizinhos por certo tempo.

Seguem uma sequência de imagens cedidas pelo Áureo.

Arlindo e sua equipe ostentam seu belo trabalho. Gramado das cores ao sol, torna-se Gramado das cores no dia todo.

"São as irmãs do Hospital Moinhos de vento de POA ( que à época eram as administradoras do hospital), possuíam uma casa de veraneio em Gramado , meus avós maternos eram caseiros deste retiro. A foto das irmãs com meus avós em frente a residência em Gramado", diz Áureo.


Nesta foto, Arlindo e sua equipe montando as primeiras calhas. Momentos históricos das nossas vidas não precisam ter heróis de espada em punho, empinando cavalos ou matando dragões. A história é aquilo que temos para contar e sorrimos ou choramos nestas lembranças.

Áureo, Karla e, naturalmente, o cachorro.









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