AD SENSE

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Gratidão, ou Muito Obrigado?



O Ser Humano sente uma grande necessidade de estar em cena. Estar em cena significa existir, e para existir, é necessário pertencer. Então se você pertence, você existe, e existindo, você está no foco das atenções, e desta forma, você sabe que está vivo.

Morrer é sair de cena. Deixar de pertencer. Não participar. Ser esquecido e esquecer. Então, o melhor é estar vivo. Mas vivo e sozinho é morrer e continuar andando. Não há vida no silêncio nem fora do abraço, portanto, perceber-se vivo é um permanente estado de gratidão. Aqui está a palavra chave desta reflexão: Gratidão!

Em todos os tempos houve moda e modismo. Modismo é a moda sem sentido e vulgar, embora moda também seja efêmera, muito veloz para fazer a diferença, pois o que faz a diferença nos costumes e na formação do caráter, não é a moda nem o modismo, e sim a intensidade com que um e outro estacionam na sua vida. Modismo e moda são passageiros, mas estacionam costumes que se perpetuam como tradições, e transforma tradições em colunas que sustentam seu caráter pelo resto dos dias. Mesmo que não tenha a menor ideia que foi levado pela correnteza sutil que movimenta a imbecilidade coletiva, e esta imbecilidade coletiva irá determinar os seus passos até o momento em que você também saia de cena.

O modismo atual é uma palavrinha que parece nobre: Gratidão! De fato, gratidão significa um sentimento que expressa reconhecimento por um bem recebido, então "gratidão" é a raiz da palavra que expressa  agradecimento, porém, nesta reflexão, gratidão não é o agradecimento em si, pois para que expressasse, seria necessário que a palavra fosse transformada em interjeição nominativa, isto é, você agradece "a alguém", ao agente da benesse, senão a gratidão torna-se um vazio, e se aplicada no sentido da cultura judaico-cristã da cultura ocidental, uma blasfêmia, que quebraria a santidade do primeiro mandamento, onde presta-se reconhecimento Ao Agente da gratidão, e não ao objeto da bênção.

O modismo está na expressão unitária da palavra "Gratidão", que vem seguida, em muitos casos, de um gesto de mãos postas em oração, que evocam outro significado oculto, chamado "Namastê". Namasté é uma palavra em sânscrito que tradiz exatamente isso: "O deus que habita em mim saúda o deus que habita em ti", ou seja, não sou mais grato Ao Deus criador, mas como unidade com o Universo, torno-me um deus, de acordo com minhas ações e minha autodeterminação, com auxilio de meditações e em sintonia com o Universo, recebo as energias e as domino em favor de minha vontade.
Nesta linguagem, nem um pouco judaica ou cristã, evoco a mim esta gratidão, uma vez que se agradeço ao Universo, mas eu sou parte do Universo, então agradeço a mim mesmo, ao deus que habita em mim, o deus que eu sou.

Este modismo cresceu com o crescimento  da influência oriental, especialmente da Índia e seus milhões de deuses, ao ser trazido pela rebeldia hippie dos anos 60, mas que acabou hibernando por alguns anos, e no século 21, com o crescimento das religiões evangélicas entre as classes mais pobres, e portanto que envergonha o intelectualismo proporcionado pelo acesso às mídias, foi sendo sincretizado por meio de pseudo ciências,e mesclando uma e outra influência, trazendo nova capa à necessidade espiritual que o Ser Humano tem. Desta forma, acomoda-se um e outro estilo e o movimento cresce, enquanto cada vez mais se mesclam uma e outra filosofias, formando uma geração que pensa ser espiritualizada, mas que se afasta da adoração Ao Criador, passando a adorar a criatura. Desta forma, mescla uma e outra e cria uma nova "casta" espiritualizada e contextualizada, mas girando como pião sobre um eixo único, que não se sustenta sem estar em movimento.

O que significa então "Gratidão" nesse contexto então? Na diferença entre você expressão uma palavra avulsa, ou expressão o sentido desta palavra ao destinatário. Enquanto eu digo simplesmente "Gratidão", estou agradecendo pela dádiva, mas não ao doador desta benesse. Mas seu uso a expressão: "Obrigado!", estou me dirigindo ao agente do favor, reconhecendo que tenho uma dívida com ele, ou Ele. Enquanto faço um gesto de mãos e expresso "Gratidão", estou deixando no vazio Aquele que deseja receber este reconhecimento, para que possa continuar agindo em meu benefício.

Então, se reconhecer que devo escrever o Nome do Destinatário no envelope a quem destino meu reconhecimento, estou expressando minha gratidão objetiva A Deus, O criador e mantenedor de minha vida, e minha esperança de felicidade duradoura, e  deixando isso bem claro e sem rodeios. Se isso é ser retrógrado, ultrapassado, antigo, pois sou.

Mas como disse Jó, em seu sofrimento: "Eu sei que O meu Redentor vive, e que me levantará do pó da terra no último dia, e meus olhos O verão, e não outros", eu creio que A Quem devo ser grato, e dizer todos os dias: "Muito obrigado, Senhor!", seja sim O Deus Criador de todas as coisas, então A Ele vou ser grato, mesmo que continue fora de moda.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Apolônio e Sócrates 2








 Sócrates (que quase se iguala a APOLINÁRIO LACERDA, Pai de Apolônio), construiu sua base filosófica em cima de uma inscrição na entrada do Templo de Delfos, que dizia o seguinte: CONHECE-TE A TI MESMO (Se não conseguir ver nada, apalpe até achar a coisa)




Economia Criativa Descobrindo Talentos Educando Pessoas Humanizando Cidades






Economia Criativa

Descobrindo Talentos

Educando Pessoas

Humanizando Cidades

Projeto de Transformação Social a partir da Economia Criativa
Paulo Cardoso


¨O desejo de criar coisas
que vão além da dimensão pragmática
(coisas que são bonitas ou que
comunicam um valor cultural através
da música, teatro, entretenimento e
artes visuais ou, ainda, que comunicam
uma posição social através do
estilo e da moda) é tão antigo quanto
a humanidade. Sempre existiram e
existirão pessoas com a imaginação
e os talentos necessários para
consegui-lo, assim como pessoas que
pagarão por ele. Esta é a base da
economia criativa.”
(British Council - A ECONOMIA CRIATIVA: UM GUIA INTRODUTÓRIO)

Economia Criativa e Felicidade

Cada tempo tem sua linguagem, suas definições, jargões, e sobretudo, seu despertar criativo. Criatividade não tem regras, nem pode ser definida por fórmulas, apesar de existirem tantas publicações e teses sobre o assunto (eu mesmo ousei escrever um livro sobre a Teoria da Criatividade (Amazon.com). Mas de nem de longe se pode imaginar que possa ser criada uma tabelinha que direcione a capacidade criativa de alguém, muito menos que possa ser normatizado o ato criativo. A única regra que acredito viável é a que diz: “Salve-se quem puder!”.

Que os tempos estão bicudos, ninguém, em sã consciência pode duvidar. Não mesmo. Sim senhor. As tais priscas eras voltaram com fome. Os tempos de antanho vieram devoradores. Devoram esperanças, sonhos, e até o ânimo de quem chegou ao fim da fila, e nem sabe onde a fila vai chegar. Daí, ser criativo, é mais que necessário ou elegante. É urgente. Diferente dos tempos em que ser criativo era ser louco. Louco hoje é estacionar, porque o lugar onde paramos pode ser uma viela escura e mal afamada. Doido é quem lê duas vezes o mesmo jornal, quem repete os mesmos refrões, ou quem insiste em caminhar de olhos vendados pelos mesmos becos, porque conhece as pedras do caminho.
A criatividade é urgente, necessária, vital para o restabelecimento do crescimento econômico, e para frear o caos social que se instaura em progressão geométrica no Brasil e no Mundo. Urge então que seja trocado o ranço do "isso funciona desde meu avô", pelo: "Meu avô foi criativo e teve coragem de ousar mudar o seu mundo!".

Criatividade pode sim ser ensinada nas escolas, nas ruas, nas fábricas, no comércio, mas sobretudo, em casa. A "indústria Criativa" deve então ser substituída pela "Liberdade Criativa", onde a produção é um meio, e a felicidade torna-se um fim, um objetivo, uma causa, uma esperança e na linha de chegada, um modo de viver, de construir a sociedade.

Incentivar, e investir na liberdade criativa é plantar a certeza de não precisar passar o chapéu quando a crise chegar. É nos criativos que devem apostar o Poder Público e a sociedade produtiva. Mais que apostar, que é até ilegal, acreditar, que é ético e moral. Acreditar e investir em projetos criativos garante a certeza de colher valores produtivos e enriquecer a sociedade. Garante riqueza cultural, social, financeira e promove a felicidade e o bem social.

Vivemos um tempo de tanto conhecimento, como predisse o profeta Daniel (muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.. Daniel, 12:4), que falar em felicidade é piegas, intangível, utópico. No entanto, a ciência avançou de tal modo, que esqueceu-se de "App" da felicidade. Confunde-se felicidade, com entretenimento, com sexo, com sorrisos, até mesmo com bondade, e outros tantos atributos. Dentro da felicidade, está tudo isso, mas nada disso por si mesmo traduz a felicidade. Daí, a criatividade associada à bondade e conhecimento de causa, sob a orientação das pessoas certas, pode sim, promover caminhos para a busca da felicidade. Então a criatividade pode ser a faísca propulsora do motor que move as máquinas promotoras do bem-estar social. Isso é uma parte da felicidade. Uma pequena parte. Mas pode ser alcançada.

Os novos Prefeitos chegaram para mudar o mundo. Talvez não o mundo inteiro, mas podem sim, promover as mudanças no pequeno mundo de sua jurisdição. Podem proporcionar e motivar os meios para que seu povo, tanto os que votaram neles, quanto a oposição, transformem suas diferenças ideológicas em combustível para promover suas cidades, e competirem no ranking universal de povos felizes. O líder que faz de sua aldeia ou país um lugar onde as diferenças sejam vistas como diferentes frutos de um pomar, será aclamado como o Grande Jardineiro da Paz. A receita é simples: Criatividade e tolerância. Não tolerância ao indesejável, mas ao diferente, ao criativo, ao empreendedor, ao que sorri e ao que chora, porque criatividade e felicidade são duas pernas de um longo caminhar. Apoiar-se apenas em uma só, é cair na metade do caminho.

A Criatividade faz com que o líder contrarie Maquiavel, onde dizia que o príncipe deveria ser temido e não amado. No estágio em que chegamos, não há mais lugares para príncipes, mas para homens da planície, que caminham com o povo, pelo povo e para o povo. E assim como a dimensão do mundo se alargou, a dimensão das necessidades humanas também se multiplicou. Cabe então ao líder ser amado, pois o que deve ser temido é o ranço político, o revanchismo, o sufocamento das ideias, e a inanição da ética. O verdadeiro líder que deseja perpetuar seu nome deve buscar a plena felicidade de seu povo. Não pela força nem pelo medo, mas pela criatividade.


Introdução

Durante toda a minha vida profissional, fui ligado à criatividade, de várias maneiras. Fosse isso prestando consultorias, ministrando oficinas, seminários, palestras, ou lecionando em cursos regulares destinados ao setor criativo, sempre entendi que a criatividade e deveria ser o propulsor da civilização, e sabedor que assim como um grande rio que nasce de uma pequenina fonte límpida e cristalina, também a criatividade, que forma civilização, brota de pequeninas fontes luminosas, de mentes que brilham no anonimato das ideias e realizações.

Em anos recentes, ligado ao CNPC – Conselho Nacional de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, onde fui Conselheiro, por cerca de três anos, passei a compreender ainda melhor, a importância da Economia Criativa na formação cultural, social, e turística do Brasil, sob a ótica do empreendedorismo como motor e gestor de projetos que proporcionem o enriquecimento da sociedade brasileira.

A elaboração e o fomento de ações que promovam a criatividade como agente de enriquecimento da comunidade, serão o destaque das modernas políticas de Estado, seja no âmbito global, nacional, estadual ou local, a partir da capacitação de gestores que efetivamente se dispuserem a transformar a sociedade e promoverem o bem-estar do cidadão.

Cabe, no entanto, a quem antes obteve este crescimento, bem como o embrionar e o promover destas ações, pelas lideranças municipais, sejam elas públicas ou privadas, e preferencialmente em mútuo esforço para formarem as cadeias produtivas e criativas, e principalmente promoverem o despertamento destas cadeias e de seus agentes através de programas de incentivo à Economia Criativa. Este o escopo deste projeto. Elaborar propostas e ações que ofereçam este suporte ao empresário, ao gestor público e ao próprio cidadão, condições e recursos técnicos e dinâmicos para que tais projetos não sejam apenas ideológicos, mas sejam transformados em riquezas culturais, financeiras e educacionais.





Ações

  • Serão criadas oficinas que reúnam profissionais de capacitação em espaços fixos ou itinerantes, de acordo com a capacidade operacional de cada espaço, de acordo com as funções necessárias à ação educacional.

  • Serão convidados agentes de capacitação, selecionados de acordo com seus saberes e fazeres, priorizando o conhecimento nativo, empírico, seguido de capacitadores externos que atendam à demanda, na direção de agregar valores ao conhecimento nativo, sendo este sempre priorizado em todas as ações. Compete aos gestores avaliar a capacidade e experiência dos capacitadores, de acordo com a sua área de conhecimento, e supervisionados por um gestor pedagógico, em caso de oficinas às crianças e adolescentes.

  • Os recursos serão provenientes de parcerias de captação entre o Poder Público e a Iniciativa Privada, desde o âmbito local até a busca de Recursos de outras esferas de Governo, através de editais ou chamadas públicas.
  • Serão criados eventos relacionados às oficinas, para demonstração pública e comercialização dos produtos desenvolvidos pelos participantes.

  • Serão criados espaços próprios, ou formadas parcerias com o comércio local, ou regional para a mesma finalidade.

  • Serão formadas cooperativas organizadas para promoção e organização das ações.

  • Serão formados capacitadores a partir do próprio grupo, valorizando talentos locais.

  • Em caso de oficinas de artes ligadas à música, teatro, letras e outras atividades cênicas, serão motivadas a participar em todos os eventos dos grupos em que participarem.
  • Os gestores promoverão as ações dos grupos, junto a eventos regionais ou nacionais, e apoiarão iniciativas que visem a participação dos grupos, ou em casos especiais, de artistas individuais, posto que a intenção não é de corporalizar a criatividade, mas sim juntar esforços para promovê-la e aos seus agentes.

  • As regras de funcionamento de cada cooperativa serão elaboradas pelos próprios componentes.

  • Os produtos serão certificados e oferecidos ao comércio local com vantagens econômicas, além de marketing direcionado à promoção associada ao estabelecimento ou à cidade.

  • Serão promovidas ações que atraiam visitantes de outras localidades, e serão uma contrapartida ao cluster receptivo local. Serão avaliadas outras experiências de projetos bem-sucedidos e adaptados á realidade de cada localidade e grupo.

  • Em eventos (Feiras) para promoção dos produtos, artes e serviços locais, poderão participar artistas e artesãos convidados, mediante efetivo entrosamento no grupo. Para que isso aconteça, os trabalhos oferecidos por terceiros não poderão concorrer com os produtos locais. Ainda deverão estes participantes oferecerem oficinas gratuitas, repassando seus conhecimentos e aprimorando técnicas locais; Outros.

Atividades previstas nos Núcleos Criativos

  • Artesanato
  • Artes Cênicas
  • Música (Instrumental, vocal, mista, canto coral, orquestras, e outros)
  • Literatura e Poesia
  • Design
  • Artes gráficas em geral
  • Horticultura orgânica e ornamental
  • Jardinagem, Topiaria e Arte com plantas secas
  • Contos e Causos
  • Folclore
  • Carpintaria e Marcenaria
  • Escultura
  • Cerâmica
  • Dança
  • Corte e Costura
  • Pintura Decorativa
  • Semi Joias
  • Bambus e fibras
  • Outros

Eventos

  • Serão organizados eventos temáticos relacionados à cultura local, bem como proporcionadas possibilidades para que outros eventos sejam levados ao Núcleo Criativo, favorecendo a economia receptiva local (Hoteis, Restaurantes, Serviços).
  • Eventos étnicos
  • Eventos de esportes tradicionais


Gestão
rojeto de Economia Criativa Pacard,
O projeto é uma iniciativa do profissional Paulo Cardoso, sendo sua a responsabilidade de gestão de todas as ações de capacitação, gestão, avaliação preliminar, motivação, e acompanhamento das atividades propostas. Poderá o profissional indicar substitutos de acordo com a necessidade e possibilidade em demanda.
Uma equipe adjunta, orientada pela instituição ou empresa contratante, participará das decisões e aconselhamento, bem como da própria execução de determinadas ações, ao lado do Gestor.

Sustentabilidade
O projeto deverá tornar-se, após um período de carência, autossustentável. Desta forma será cumprida a sua finalidade específica. Eventualmente poderá tornar-se uma OSCIP, de acordo com a avaliação no tempo devido, ou poderá ser absorvido por instituições de acordo com a conveniência e possibilidades decorrentes dos resultados obtidos pelas ações propostas.
Por definição, todas as ações propostas deverão convergir para um viés sustentável e ecológico.
Respeito à Natureza e aos animais, mas sobretudo, ao Ser Humano.

Parcerias (Sugestivas)


Prefeitura Municipal
Secretaria do Trabalho e Ação Social
SENAI
Empresas locais
Universidades
Escolas de Ensino Fundamental e Médio
Sistema Prisional
Associações
Congregações religiosas
Outros

Recursos

Diretos (Empresas, Prefeituras, etc)
Editais
Lei Rouanet
Associações e Cooperativas
Outros

Objetivos

  • Capacitar crianças, jovens, adultos e Terceira Idade para ações criativas, culturais, sociais, profissionais e de lazer, a partir de valores locais e por transferência de conhecimentos empíricos ou multiculturais.
  • Promover o aprimoramento e o conhecimento da cultura local, agregando qualificativos formais de aprimoramento, sem macular o processo criativo inato, nem adulterar a cultura local, antes fortalecer laços familiares e de tradições que enriquecem a formação da personalidade e identidade dos povos.
  • Enriquecer a sociedade em todos os aspectos.
  • Fortalecer a identidade cultural proveniente das etnias que formam a localidade.

Etapas

Primeira etapa:
  • Reconhecimento de área, e avaliação de possibilidades locais. Pesquisa de campo, com visitação à localidade como um todo. Reconhecimento de historias, costumes alimentares, sociais, religiosos, culturais e econômicos.
  • Identificação de aspectos objetivos e subjetivos da cultura local como: Iconografia, Valores e potencial manufatureiro, habilidades manuais tradicionais, disponibilidade de insumos e matéria-prima, outros.
Duração:
  • 90 dias, em município até 5.000 habitantes
Segunda etapa:
  • Elaboração de projeto inicial para formação dos primeiros grupos e identificação de potenciais capacitadores.
  • 60 dias
Terceira etapa:
  • Formação de equipe de capacitação
  • Formação de grupos de aprendizagem
  • Início das oficinas
  • 180 dias
Quarta etapa:
  • Primeiro evento de apresentação pública e comercialização dos produtos e serviços
  • Relatório de avaliação e finalização do projeto
  • 35 dias

Cronograma financeiro

Fechamento da Proposta
20% do valor total como sinal para início das atividades
Demais parcelas a cada 30 dias, mediante relatório parcial de desenvolvimento das atividades

Valor a combinar
Logística a combinar

Dpacard Soluções Corporativas e Gestão de Design
CNPJ 18179921/0001-29
Código da Atividade Principal 85.996/ 04
Descrição da Atividade Principal
Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial
Contato:
(48) 999 61 1546 - (54) 9101 9160 whatsapp
Florianópolis, SC – Rua Pr. William Richard Schisler Filho, 754 – 105 B Itacorubi










sábado, 14 de janeiro de 2017

O que são os nossos caminhos...




O que são caminhos, senão lugares ao longo de uma terra usados para unir pessoas de outros espaços?

O que são as pegadas, senão os passos repetidos, gravados no chão, que se torna mais firme, a cada pisada que recebe?

O que são ainda os caminhos senão trajetos usados por muitos anônimos, que transitam ali com seus pensamentos e seus objetivos, e que em tudo pensam durante o trajeto, exceto no próprio caminho? O que são caminhos então, senão o lugar onde nos tornamos vivos e móveis, porquanto não fomos criados com raízes e sim com pés e pernas para que nos levem onde nossa vontade ou necessidade ordenarem?

Somos como caminhos.

As pegadas sobre nós são os passos que alguém deu sobre nossos próprios passos.

Nos pisaram, porque nos encontraram em seus próprios caminhos e não souberam contornar, optando pelo trajeto mais econômico: passar por cima. Somos como pegadas de alguém sobre o barro, que nos tornam mais firmes cada vez mais e quanto mais nos pisarem, mais rijos estaremos para os passos que virão depois de nós. Somos como a terra que se compacta porque sobre ela levam os homens e animais as cargas, cujo dorso final são muitas vezes nossos ombros. Somos como os caminhos que saem de lugares e levam outros a outros lugares. Uns são largos e carregam fama. Outros são estreitos e levam o necessário.

Muitos são intrincados, como também somos intrincados.

Outros são largos e vazios, e há ainda aqueles que se emaranham entre outros caminhos, pisam sobre outras pegadas, vão e voltam, e não chegam a lugar algum. Apenas pisam, enrijecem vidas, abrem sulcos de tantos caminhares, e caem no vazio.

Somos pegadas de nossas pegadas.

Passos de nossos passos e sendas de nossas sendas. Os estreitos e os amplos. Uns levam à vida. Outros levam à morte.

Uns caminham solenes. Outros caminham serenos. Uns espargem flores por onde passam, e ao voltarem, inspiram perfumes. Outros semeiam espinhos, e deixam dores por onde passam. Mas todos somos caminhos.

Passos e pegadas. Em linha reta ou emaranhada, somos caminhos e caminhantes. Caminhamos sós ou nos permitimos caminhar juntos. A chegada nunca acontece antes do fim, mas sempre caminhamos rumo ao fim, embora nossa vontade seja de caminhar de volta ao começo. A isso chamamos “saudade”.


Caminhos atrás de nós por onde não sabemos mais voltar.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

UPG - O fim de uma jornada


Hoje não vou contar nenhuma história para ilustrar o triste ocaso da UPG, que  procura à luz de candeeiro, onde estão os sessenta e dois votos da traição, e consequente eleição perdida. 

Não houve traição, e sim inanição. Excesso de confiança e falta de planejamento. Faltou liderança e estratégia. A UPG colocou seu candidato numa eleição perdida. Traiu seu melhor nome para a linha de frente. E traiu a si mesma. E continua sentindo as dores desta acefalia, quando vê seus integrantes se esgueirando em direção ao poder, do qual não sabe viver sem as tetas. Esta é a UPG insalubre, que necessita urgentemente reavaliar-se enquanto coligação.

Faltava apenas protocolar os votos e fechar a conta. A UPG perdeu quando acobertava suas desavenças internas que desmotivaram os militantes, mas que mesmo feridos mortalmente, entregaram-se ao embate, como verdadeiros heróis enrolados nas bandeiras.

A UPG perdeu quando separou a militância por castas, e manteve a casta superior distante do diálogo com os companheiros. Não ouviu opiniões, porque acreditava que uma vez no poder, sempre no poder. Então aí está o que pode ser chamado de "traição", ao que gentilmente traduzo por falta de ambição, ou melhor dizendo, por ambição sem direção. Confiança demais na lanterna traseira do carro à frente, e cuidado de menos com os freios do próprio carro.

Infrutíferas as tentativas em obter manifesto daquilo que restou da UPG, senão de poucos militantes revoltados, e nenhum interesse em diálogo dos que formam o bloco de autoridades ainda sob esta sigla, com exceçâo do ubiratã Oliveira, que tenta buscar apoio interno, e esbarra na auto satisfação dos que conseguiram ser eleitos, não dando a menor importância ao conjunto partidário, senão a si próprios.

Indignação, é o que causa aos militantes, vendo selfies de um infinitésimo grupo prestando contas às redes sociais, e dizendo que estão decidindo "importantes questões do município". Quanta ingenuidade, pensar que as pessoas não estejam indignadas com isso. Quanta ingenuidade pensarem que uma reunião de cinco gatos pingados vá decidir ou mudar alguma coisa, uma vez que a caneta das mudanças não dá importância nem mesmo ao um dos partidos que apoiam seu portador, quanto menos vá fazer diferença um grupo desunido e desestruturado,

Não foram poucas as vezes que venho insistindo aqui, quase como um "Don Quixote" que luta contra moinhos de vento, que Gramado necessita rever sua estrutura política, que há necessidade de uma terceira via ideológica, que seja capaz de reunir novamente as forças políticas necessárias a promover um equilíbrio e alcançar a paz política de sua população.

A paz política não está no silencio e na fuga, mas no debate, e até mesmo no embate de ideias, e não de vaidades. E como os velhos caudilhos se retiraram para fruir da quietude do campo, que a nova geração de políticos assuma seu lugar na história e se manifeste em favor das gerações que estão chegando. O caminho está livre. Quem se habilita?



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Nova frente política em Gramado - É a hora?




A palavra grega "Súdesmos" é traduzida em nossa língua por "Perdão". Mas é uma tradução pobre, porque súdesmos é bem mais que isso. Significa "desatar as amarras, libertar". Esta definição não por achismo meu, mas porque de fato significa um costume do tempo dos impérios grego e romano, onde um assassino deveria carregar o cadáver da vítima amarrado às costas, e daquela forma, aos poucos, ele morreria junto, sentindo o peso, o mau cheiro e o efeito de seu ato, na própria carne. Porém, se alguém o encontrasse no caminho, e desatasse as cordas, libertando-o do cadáver, e banhando suas feridas, ele poderia viver novamente e seguir livre. Estava literalmente, "sem um morto nas costas". Portanto, perdão, para os gregos, significava libertar-se daquilo que te incomoda, e bater a poeira, seguir a vida em um novo rumo, buscando sua felicidade.

Durante mais de cinquenta anos, Gramado viveu uma dualidade política, que já separou muitas famílias, amigos, e desperdiçou valores e talentos de forma irreparável. E esta dualidade sempre se acirra durante o período eleitoral. Este é um fenômeno típico de cidade pequena, com ranço de cidade pequena, onde o antigo coronelismo, ou caudilhismo, determinava quem era bom ou quem era ruim no contexto político e social.

Muitos empreendimentos que poderiam ter beneficiado o povo foram abortados, derrubados por ranço político, naquela máxima que "se veio do oponente, não presta". Esse tipo de atitude não é nova na história política do mundo. Lá no antigo Egito, há muitos exemplos desse narcisismo ideológico. Por exemplo, o Rei-Menino, Tut Ank Amon, não se chamava assim. Seu nome verdadeiro era Tut Ank Aton,, isto é,  Filho de Aton, mas deixa de ser filho de Aton, o deus-sol, para ser chamado de Filho de Amon, o  Isso aconteceu porque a dinastia de seu pai foi dominada, após a sua morte, e a adoração ao deus único, Aton, volta a ser politeísta, e elege Amon para paternidade espiritual do pequeno Faraó. E todas as inscrições foram raspadas dos monumentos e colunas, e ali foi reescrito o culto de Amon (evidente que esqueceram alguns, e isso foi o suficiente para desmascarar a farsa).

Gramado foi construído, em parte pelos políticos, e na maior parte, apesar deles. Não existe lei que obrigue um político a seguir as orientações de seu antecessor, nem mesmo se estiverem no mesmo partido. Então, o que entra, descobre na caneta uma ferramenta mágica, que tanto pode ser  uma suave pena que escreva a história de forma suave, quanto uma marreta que destrói bens e valores simplesmente porque foram idealizados por seus desafetos.

Cientes que embora seja um problema, um grave problema geral, Gramado nunca foi atrás do que era geral, e sempre soube construir sua história e solidificar seus valores, em cima de suas próprias experiências, e dos sonhos de seus empreendedores. Gramado nasceu, cresceu e vive pelo empreendedorismo, pela inovação, pela inovação e pela determinação de seu povo. Apesar dos políticos, apenar do hedonismo de alguns destes, e com o entendimento e participação do caráter participativo e construtivo de outros.

Quando falo dos políticos não estou fazendo referência apenas ao Legislativo ou Executivo, mas à toda a cadeia organizacional dos partidos, de suas ideologias postas em prática, até porque se os políticos seguissem apenas as cartilhas partidárias, o mundo seria perfeito. O problema é que quando chega ao poder a cartilha serve de almofada, e o ego determina as ações.

O que aqui proponho não é a criação de novos partidos, nem a franquia de existentes, mas uma reavaliação, uma reação popular crítica sobre aquilo que possa travar o crescimento humano, político e social do Município. Estou propondo a criação de uma frente pensante e atuante, que fiscalize os políticos, seja de que lado ou posição estejam, pois se a obrigação constitucional do Legislativo é criar leis e fiscalizar o executivo, e se bem não o faz, por falta de vontade, a obrigação do cidadão é fiscalizar quem fiscaliza, e mais que fiscalizar, reagir a tempo e até mesmo intervir quando o marasmo político se manifestar.

Gramado tem pessoas brilhantes, que por não concordarem com a polarização do poder, e antes dele, dos agrupamentos políticos, que não são apenas partidos, mas conjunto de partidos que se unem apenas no momento da disputa do poder e dos cargos, não se manifestam em tempo algum, e quando o fazem, é por entrelinhas, porque sabem que tomar partido é arrumar inimigo.

Quando comecei a escrever minhas reflexões, examinei o cenário, e até certo momento, defini-me por oposição, mas esta oposição tornou-se crescente, quando descobri que também poderia ser oposição à oposição, porquanto não haja qualquer tipo de oposição. Este jogo de palavras mostra quão confuso está o quadro político de Gramado hoje, e acreditem, quando a mente está fraca, o corpo padece. 

Manter um corpo político pensante é vital para que Gramado continue a ser Gramado. Se necessário, deve ser feito um estudo minucioso dos caminhos pelos quais Gramado já passou, e por quais caminhos deseja seguir. mas um estudo sem paixão, porém com paixão. um estudo pela razão, mas guiado pelo coração. um estudo com inteligência, mas sem que deixe de contemplar a simplicidade. É um estudo complexo, mas que talvez possa orientar a complexidade da confusão política que orienta Gramado hoje.

É só para pensar.




terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A Lâmpada no alpendre - Diferenças na comunicação entre Gramado e Canela



Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 5:15,16


Se de um lado só escrevo críticas à nova administração, é porque simplesmente só recebo informações de seus críticos, e não tive a honra de receber um único release de sua assessoria de comunicação, pelo menos até o momento. Não sei dizer se é uma postura ideológica ou falta de interesse em opinião de blogueiros, enfim, não importa. Com o tempo, as melancias se ajustam enquanto a carroça geme suas rodas sobre as curvas dos dias.

Por outro lado, ou melhor dizendo, o vizinho ao lado, Prefeito Constantino, entrou disparando uma carga contínua de informações de cada passo que dá. Sua eficiente diretoria de comunicação tem a sensibilidade de transformar em efeméride cada iniciativa de governo.

A pergunta óbvia seria a respeito de uma possível falta de modéstia ou de marketing agressivo para dizer que está chegando. Sim, há um bom marketing no caminho, mas acredito que não se deva à tradicional vaidade política, mas a um gesto de respeito ao eleitor que busca respostas, e quer respostas imediatas à problemas que não via solução.

O cidadão tem pressa. Embora tudo no poder público tenha seu tempo de maturação, o tempo do cidadão corre noutra dimensão, a dimensão de suas necessidades, enquanto que a dimensão do poder público responde pelos prazos e recursos legais a que estão submetidos. A estratégia está em estabelecer este equilíbrio entre o cidadão e o gestor público, para que ambos possam prosseguir seus caminhos com celeridade e bem estar.

Desta forma, colocar a lâmpada das realizações no alto não significa vaidade ou busca de auto exaltação, mas apenas uma forma de dizer à comunidade que a casa está sob nova direção.

O que faz a tua mão direita....

Evitem fazer alarde quando ajudarem alguém, não fiquem contando vantagem diante das pessoas, para  que sejam admirados e elogiados; aliás, s...