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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

UPG - O fim de uma jornada


Hoje não vou contar nenhuma história para ilustrar o triste ocaso da UPG, que  procura à luz de candeeiro, onde estão os sessenta e dois votos da traição, e consequente eleição perdida. 

Não houve traição, e sim inanição. Excesso de confiança e falta de planejamento. Faltou liderança e estratégia. A UPG colocou seu candidato numa eleição perdida. Traiu seu melhor nome para a linha de frente. E traiu a si mesma. E continua sentindo as dores desta acefalia, quando vê seus integrantes se esgueirando em direção ao poder, do qual não sabe viver sem as tetas. Esta é a UPG insalubre, que necessita urgentemente reavaliar-se enquanto coligação.

Faltava apenas protocolar os votos e fechar a conta. A UPG perdeu quando acobertava suas desavenças internas que desmotivaram os militantes, mas que mesmo feridos mortalmente, entregaram-se ao embate, como verdadeiros heróis enrolados nas bandeiras.

A UPG perdeu quando separou a militância por castas, e manteve a casta superior distante do diálogo com os companheiros. Não ouviu opiniões, porque acreditava que uma vez no poder, sempre no poder. Então aí está o que pode ser chamado de "traição", ao que gentilmente traduzo por falta de ambição, ou melhor dizendo, por ambição sem direção. Confiança demais na lanterna traseira do carro à frente, e cuidado de menos com os freios do próprio carro.

Infrutíferas as tentativas em obter manifesto daquilo que restou da UPG, senão de poucos militantes revoltados, e nenhum interesse em diálogo dos que formam o bloco de autoridades ainda sob esta sigla, com exceçâo do ubiratã Oliveira, que tenta buscar apoio interno, e esbarra na auto satisfação dos que conseguiram ser eleitos, não dando a menor importância ao conjunto partidário, senão a si próprios.

Indignação, é o que causa aos militantes, vendo selfies de um infinitésimo grupo prestando contas às redes sociais, e dizendo que estão decidindo "importantes questões do município". Quanta ingenuidade, pensar que as pessoas não estejam indignadas com isso. Quanta ingenuidade pensarem que uma reunião de cinco gatos pingados vá decidir ou mudar alguma coisa, uma vez que a caneta das mudanças não dá importância nem mesmo ao um dos partidos que apoiam seu portador, quanto menos vá fazer diferença um grupo desunido e desestruturado,

Não foram poucas as vezes que venho insistindo aqui, quase como um "Don Quixote" que luta contra moinhos de vento, que Gramado necessita rever sua estrutura política, que há necessidade de uma terceira via ideológica, que seja capaz de reunir novamente as forças políticas necessárias a promover um equilíbrio e alcançar a paz política de sua população.

A paz política não está no silencio e na fuga, mas no debate, e até mesmo no embate de ideias, e não de vaidades. E como os velhos caudilhos se retiraram para fruir da quietude do campo, que a nova geração de políticos assuma seu lugar na história e se manifeste em favor das gerações que estão chegando. O caminho está livre. Quem se habilita?



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