AD SENSE

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O que é uma ideologia?




ideologia
substantivo feminino
  1. 1.
    fil ciência proposta pelo filósofo francês Destutt de Tracy 1754-1836, que atribui a origem das ideias humanas às percepções sensoriais do mundo externo.
  2. 2.
    p.ext. fil no marxismo, totalidade das formas de consciência social, o que abrange o sistema de ideias que legitima o poder econômico da classe dominante (ideologia burguesa) e o que expressa os interesses revolucionários da classe dominada (ideologia proletária ou socialista).
  3. (Fonte: wikipedia)

Tenho que confessar que o desabafo rouco de André Bertolucci, como um último guardião de suas crenças, exterioriza sua dor aos ventos, na ânsia que seja ouvido, no desejo que desperte os ouvidos moucos, antes, surdos pelo ébrio rufar das fanfarras acaloradas da campanha, e que agora desnuda a fragilidade política que engessava a UPG, sob um invólucro chamado Poder.

Reinava a infame frase de futebol, que em time que ganha não se mexe. Mexe sim. É preciso despertar as falhas dentro de casa, antes que as ruas o façam. Não fizeram. Nestor não fez. Foi um grande gestor e um péssimo político (estou ficando chato de tão repetitivo). Mas a culpa não é de Nestor. Ele não foi pago por 16 anos para ser político. Foi pago para ser Prefeito (vice é um Prefeito que ainda não fez "Plim". Então honrou os votos que recebeu e não tomou dinheiro público sem oferecer seu melhor em troca. Fez isso. Mas foi abandonado pelos políticos, que os transformou em empregados. Sejamos verdadeiros. Parceiros de campanha são empregados no governo. Isso é com todos. Ninguém escapa. Então não atirem pedras. Fedoca vai levar a companheirada. Pedro levou. Nelson era cercado de companheiros, e isso vem desde que o homem descobriu que sua força ou influência eram capazes de arregimentar os melhores bocados de carne da caça, ter as melhores mulheres para parir seus filhos, e os melhores bajuladores (o termo politicamente correto é "puxa-sacos", "baba-ovos", "terneiros")aos seus pés para catar-lhes piolhos. Então, sim, adular candidato é garantia de adular governante.

Então, envolto e inebriado pelo brilho do poder, e pelas responsabilidades do cargo, Nestor não teve condições de administrar suas próprias ideologias, e ninguém ousou indicar-lhe um gestor político, alguém encarregado de tomar conta deste departamento. Assim, Pedro Perdeu. Assim, Fedoca venceu. Assim,aconteceu.

Tem culpados nisso? Tem! Não vou dar nomes, porque óbvio, é minha opinião sobre fatos e não sobre pessoas. Nem sou doido de apontar dedo para levar processo. Opinião posso ter. Acusar sem provas é crime. Nesse caso, vou apresentar as provas e deixo por conta de sua imaginação que descubra os incapazes desta historia. E os falta de capacidade, a miopia estúpida desta brecha  e na falta de visão política de Nestor e da UPG está no excesso de confiança em seus marqueteiros, seus pensadores políticos, seus ideólogos, seus mentores intelectuais, que deram mostra da sonolência que os fez hibernar na sereníssima confiança de que estavam certos. E ninguém ousava confrontá-los, porque seu pedestal era mui elevado. Seu ego era supremo. Sua presença confundia, e suas observações tornavam-se em sentenças. A UPG pagou o preço por confiar demais na mesma estratégia. Não foi permitido que mudassem. Não foi permitido que ousassem contrariar as eminencias pardas contratadas para apontarem seus caminhos. E estas eminencias trocaram suas funções com a dos marqueteiros. Meteram os pés pelas mãos propondo a estagnação, e a UPG pagou o preço. Custou sessenta e dois votos a menos.

Diga-me com quem andas, que digo se quero ir contigo, diz o adágio modificado. O único mofo útil é aquele de onde se extrai a penicilina. O resto pede arejamento, luz do sol, ventilação, e redirecionamento.

Estará definhando a UPG? Ainda não. O grito de André pode fazer eco. Já fez. E mesmo que o eco se propague no vazio, este vazio é uma oportunidade para ser preenchido. A UPG precisa aprender a fazer oposição agora. Fedoca vai precisar desta oposição para manter-se vivo, pois corre também o risco de cometer os mesmos erros que já cometeu, somados aos cometidos pelos que foram derrotados. Governo sem oposição torna-se um governo burro, insensível, inócuo e inoperante. Gramado precisa de uma nova linguagem de oposição desde agora. Mas que seja inteligente. Que seja capaz de fazer-se ouvir quando apontar os próprios erros, e que seja ouvida quando os erros estiverem dentro de sua própria casa.

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