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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O último que sair apague a luz!




Luia é o Presidente da Câmara de Vereadores. Nenhuma novidade aqui. Luia é silencioso. Escorregadio. Vai saborear a vingança por ter sido "traído" (palavras de sua filha há uns meses atrás) pela UPG. Não chorou. Engoliu o choro. Se chorou, chorou quietinho, baixinho, num canto da sala para ninguém perceber. Mas engoliu o choro, trancou um soluço, secou as lágrimas, e fez-se um "bom cabrito", aquele que não berra.

Fez seu périplo a passos finos e firmes, foi eleito vereador (tecnicamente um cargo inferior a vice-prefeito, articulou com Manu Calliari, que já direcionava a vela para outros ventos, e nunca escondeu isso; articulou (Luia) com Fedoca e Evandro (não, eu não estava lá, mas apenas estou somando dois mais dois), e...CATAPIMBA! Presidente da Câmara. Vai dar posse ao Prefeito, seu adversário. Não apenas isso: vai dar posse, sorridente, vitorioso, feliz!

Traidor, Luia? De jeito nenhum! Lei da sobrevivência. Luia perdeu as fraldas dentro da Prefeitura. Foi o mais jovem Secretário de seu tempo. Foi criado entre o sebo dos papéis públicos. Conhece cada cantinho da Prefeitura. Aspirou chegar à ela e ter seu quadrinho na galeria dos Prefeitos. Quase deu. Mas quase. Faltou "isso". 

Fedoca leu com certeza seu "Trilema", que escrevi, e que triplicou o numero de visitas ao blog, e até hoje continua sendo o mais lido. Fedoca deve ter rido um bocado de tantas bobices que eu falei. Não porque fossem engraçadas, mas porque achou mesmo bobice. Mas leu. E se leu, e só agora aparece em público que vai gastar fogo inimigo e abrir as trincheiras, não pode mais dizer que tenha sido ideia sua, que pensou antes, e coisa e tal. Se pensou, pensou quieto. Eu pensei, vim aqui e falei. Portanto: EU DISSE, EU FALEI, EU AVISEI!

Claro, tem a coisa das exonerações. Ah, quanta estupidez rega o canteiro da tal raça humana. Esta é a grande burrice da má política (não estou chamando ninguém de burro,e sim a situação que se faz burra), onde a coisa pública, por ser gerida pelo dinheiro público, não tem escrúpulos em jogar no lixo, escoar pelo ralo, seu grande patrimônio, que é o conhecimento (estou sendo repetitivo, pois já falei disso aqui também.

O grande patrimônio do Google não é sua sede, menor que um shopping de tamanho médio, e sim o conhecimento que ela acumula. Pense então em quanto conhecimento acumula uma equipe com quase trezentas pessoas, acumulado ao longo de dezesseis anos. Pois esta equipe será defenestrada em poucos dias. E como são competentes, não vai faltar lugar para extravasarem seu conhecimento de maneira favorável. Já a Prefeitura, terá que investir longos anos para resgatar o conhecimento que deixa escapar pelos dedos. Isso acontece em todo lugar. A burrice da má política.

Vou profetizar aqui. Luia vai levar a oposição, que deveria fazer, pela lógica, num saudável banho-maria. Jefferson Moschem ainda está com ódio. Não sou eu quem digo isso. Ele mesmo, nas redes sociais, destila seu desconforto pelo mal estar causado pela "fritada" que levou, segundo as características do "Manual da boa fritada", vol. 11, págs. 12 a 15. Leia também na pág. 25. E o PDT vai crescer novamente.

Para concluir, a UPG acaba assim. Resta apenas o PP, que ainda não digeriu a dor, e se esvazia lentamente. A não ser que se levante um novo Caudilho, pois parece que o Ser Humano é movido a brados de guerra, a estalo de relhos, a gemer de dor, ou numa boa metáfora, a suor, trabalho e esperança. Talvez tenha sido esta a dor necessária para despertar um novo PP, uma nova UPG, uma nova oposição? 

Talvez seja este o comprometimento que André Bertolucci conclama em seu desabafo? Quem é este novo caudilho? Então, ou ele aparece logo, este "messias", ou, pelo andar da carroça (leia-se Celso Fioreze, Manu Calliari, Luia), o último que sair, apague a luz, e deixe a chave no preguinho em cima da porta.

André dirigiu-se à uma pessoa (já esclarecido por testemunhas, que foi injustamente), com o grito engasgado que queria dizer à mesma multidão que jurou amor eterno à UPG e ao Pedro, e que esgotou-se em menos sessenta e dois votos, num triste ocaso de um grupamento ideológico de dezesseis anos.

Levará mais dezesseis anos para que se descubra este caudilho?




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