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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Prêmio Consolação - O PDT é unido



Vou ter que contar uma coisa de natureza pessoal, para abrir meu comentário, e para que faça sentido o que vou dizer. Se refere ao que tenho pregado aqui sobre pacificar Gramado, resgatar talentos, deixar pra lá divergências, e fortalecer a equipe contratando opositores, não por gesto de bondade, mas por questão de inteligência e respeito ao patrimônio turístico que Gramado representa.

Fui recentemente sondado sobre a possibilidade de assumir uma Secretaria de uma Grande cidade, em território brasileiro. Fiquei estupefacto, por diversas razões. Primeiro, porque eu não conheço a cidade, e para chegar ao escritório do Prefeito eleito, precisei usar o GPS para levar-me ao centro do Município. Segundo, porque eu era completamente desconhecido ao Prefeito ou à pessoa que fez a busca por currículos, e entendeu que o meu portfólio poderia oferecer algo ao Município. 

Já na primeira reunião, foi requerido que eu montasse minha equipe, levando pessoas talentosas comigo, e óbvio, que as procurei em Gramado, além de solicitar indicações do próprio Município. Mas, ao mesmo tempo em que eu tentava assimilar esta situação, completamente fora de minha referência pessoal, pois o único cargo público que exerci até hoje, foi de Chefe de Gabinete em Gramado, na década de 1970, eu procurava organizar minhas ideias para ser produtivo e corresponder ao chamado. Nada mais. Então, a ideia era estranha demais pra mim. E enquanto eu negociava com a equipe, e procurava identificar talentos e ajustar possibilidades, eu também consumia o outro lado da razão em imaginar até quando iria durar aquela situação. E eu estava certo. Infelizmente para minha equipe, e felizmente para o nobre povo daquela cidade, que sabendo da situação, voou no pescoço do Prefeito e perguntou á ele se naquela cidade tão rica em todos os sentidos, não haveria uma pessoa capaz de ocupar o cargo que ele destinara a um alienígena. E sim, claro que havia, e o Prefeito soube ouvir mais o coração do que a razão, e como foi pelo coração que foi eleito, educadamente desfez o convite, e nomeou um talentoso gestor local. Assunto resolvido.

O que tem aqui, no meu caso, e por isso posso comentar com cabeça erguida, é que meu portfólio e currículo foram avaliados exaustivamente, e foi por eles que fui chamado. Alegro-me com isso. Portanto, ficou claro para todos que não havia ali nenhum prêmio consolação à minha pessoa, e muito menos gesto de amizade para comigo, pois amigos mesmo nos tornamos foi depois disso, epla justeza dos fatos.

Gramado está com a mesma cara do Brasil: Expectante, e por vezes, estupefata! Tenho batido e rebatido na tecla que Fedoca não tem equipe, e pelos critérios que tem demonstrado, não conhece bem a sua própria cidade, pois não sabe onde buscá-los perto de sua própria casa.

Não me entendam errado, mas procurem entender o lado dele. Fedoca vem de uma remanescente política populista de uma esquerda que busca valorizar a sigla, acima dos próprios interesses e acima, ao que se pode perceber, dos interesses da comunidade. Desta forma, o PDT, vem se esfacelando a cada eleição que passa, tendo começado essa derrocada pela traição que a Ex- Secretária de Minas e Energia de Olivio Dutra, que recebeu este cargo por trair seu partido, o próprio PDT, e consequentes problemas que foram minando os pilares do partido, relegando-o ao plano de comer pelas beiradas de partidos maiores. 

Não há que se negar que o PDT ainda guarda grandes nomes, individualmente, entre seus líderes. Fedoca é um destes nomes. Mas está perdido. Está começando a gerar desconforto na sua base Peemedebista, como venho afirmando desde o primeiro artigo que escrevi aqui neste blog. Fedoca está começando a ficar só. O PMDB está sentindo na pele um gosto de jiló. Um gosto de arrependimento. Não aquele arrependimento por ter enfrentado o campeão do PP, Pedro Bala, mas o arrependimento por não ter ido sozinho, ou com os demais partidos que não tem tanta presença de votos, mas ajudam a esticar o tempo de rádio. É pra isso que servem os pequenos partidos, porque nem cargos relevantes eles recebem depois.

Quem sou eu para dizer quem Fedoca tem ou não tem que nomear. longe de mim. E se ele quer premiar um companheiro socialista de outro planeta e absolutamente desconhecido para comandar aquilo que Gramado sabe ensinar o Brasil a fazer, que é Turismo, que o faça. A caneta é dele. O poder é dele. O comando é dele. Nem eu, nem o PMDB, e muito menos os que perderam a eleição, tem direito de dar pitacos. Afinal, Gramado chegou no seu apogeu, no que diz respeito ao Turismo. Então, qualquer um pode tocar a pasta e a Autarquia. Não precisa sequer saber o nome dos lugares preferidos pelos turistas. Sendo do Partido, está blindado.

Fico pensando que Gramado tem cerca de trezentos hotéis e pousadas? mais que isso? Que tem milhares de estabelecimentos comerciais que prestam serviços ao turismo. Que tem duas faculdades próximas preparando gestores de turismo. Que o PMDB tem um exercito de bons nomes dentro deste elenco, mas o Prefeito tem que dar abrigo a um político que perdeu a eleição em um município que não tem absolutamente nada de parecido com Gramado, no que diz respeito ao turismo.

Não estou com isso dizendo que o homem seja incompetente. Longe disso. Até acho que seja, e que possa levar à Gramado uma bagagem que Fedoca sonha em resgatar: A Indústria. De fato, cerca de oitenta por cento da economia de Gramado é firmada no Turismo, seja de serviços ou de comércio. Daí o Prefeito está correto em buscar uma diversificação para esta economia, que naturalmente deverá ser muito bem estudada, saber se Gramado oferece esta vocação, enfim, Fazer bem feito para não transformar Gramado no equivalente à periferia de uma Capital.

Penso, como Gramadense, que Gramado merece esta consideração. Penso como político pensante, que o PMDB está sendo traído. Penso como cidadão, que o novo Prefeito deva ouvir mais quem O elegeu. Antes que seja tarde demais.



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