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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Guerra aos Corretores!



Pronto! Comecei mal. Não tenho nada contra os simpáticos e bem falantes agentes de negócios imobiliários, ou de valores da Bolsa de Valores.Não, não. Minha bronca é contra os corretores ortográficos automáticos dos aparelhos de celular,  aqui vulgarmente chamado de "smartphones", ou "Mobile", a quem as vozes robotizadas dos call centers chamam de "Mobáile".

Eu gosto muito de escrever. Um dia ainda quero aprender a fazer isso. Se não tivesse que correr atrás das contas e outras firulas bobas, tipo, credores, comida, remédios, ah, eu passaria muitas horas do dia escrevendo. E as outras horas seguintes, comendo uva. Se sobrasse algum tempinho, então, e faria o resto tudo.

Mas eu gosto de escrever, e quem escreve, pode errar, e sim senhor, eu erro muito. Mas como eu erro. Passo muito tempo abrindo o arquivo original e corrigindo virgulas aqui e ali. Porém, de uma coisa eu tenho certeza: Os meus erros são os meus erros. De ninguém mais.Não admito corretores, embora às vezes eles, tá, nos ajudam, pelo menos indicando que ali há algo estranho à gramática. Porém, no celular, ah, sim, minha vitória e domínio são quase absolutos. Ali não entra corretor ortográfico.Eu me recuso a admitir que um chinês empacotado dentro do meu aparelho telefônico venha me ditar erros, alguns até que envergonhariam Camões, ao ponto dele querer arrancar o olho que lhe restou, tamanha vergonha que sentiria.

E essa ojeriza vem de priscas eras, quando ainda o corretor era uma fitinha branca, que a gente colava na letra errada e escrevia por cima,à máquina.(Pronto! Pra que fui falar em máquina? Bateu saudade da minha velha e boa Lexicon Olivetti azul-calcinha). Desde aquele tempo eu matutava muito antes de enfiar o dedo com vontade nas teclas para extrair alguma coisa que pudesse parecer um texto inteligível.

De toda forma, acho que devem-se aos corretores incontáveis namoros desmanchados, negócios desfeitos, e explicações em casa. Já por outro lado, você sempre pode ter também em quem colocar a culpa. Bota a boca em alguém, e fica observando a reação. Se perceber que o caldo por entornar, meta a culpa no desgramado do corretor, ué. Pode dar aquela cantada despretensiosa, e se o vento virar, você escreve mais uns absurdos e mete a culpa no chinês que pensa que sabe traduzir e aprimorar a última flor do lácio. E se ela não entender nada de lácio,  vai ler a parte da flor e digitar aquele pontinho de interrogação. Aí você larga aquele GIF de filhotinho de panda mamando no colo duma chinesa. Dá sempre certo.



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