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domingo, 19 de novembro de 2017

Entropia ou Utopia - O que define a política de Gramado hoje?


Segundo a Física, Entropia é o que acontece num sistema termodinâmico bem definido e reversível, a função de estado cuja variação infinitesimal é igual à razão entre o calor infinitesimal trocado com meio externo e a temperatura absoluta do sistema, simbolizada por S, ou trocado em miúdos
num sistema físico, é a medida da energia não disponível para a realização de trabalho. Guardem essa definição, pois vamos precisar dela umas algumas linhas logo abaixo.


Utopia é um substantivo feminino que define o lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos, ou esmiuçando fica sendo a correta  descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.

Percebem que uma não combina com a outra? Assim como uma pilha de lanterna que possui dois polos em extremidades inversas, também a entropia e a utopia jamais se encontrarão. Isso também acontece (e muito) na  vida política, e aqui particularmente, na situação política de Gramado. Vamos entender a coisa.

Passado quase o primeiro ano de governo dos partidos alinhados com a Esquerda, em Gramado, e inversamente proporcional ao primeiro ano de esbarrões e tropeços de sua oposição ainda fleumática, a política mais uma vez está comprovando que os políticos e os Partidos não estão preparados para exercê-la, e quando o fazem, aos tropeços, esbarrões, deslizes ou inércia, colocam-se ao sabor da sorte para o que der e vier, do tipo: Vamos ver o que acontece para saber como é que fica. Apenas isso. E enquanto isso, o tempo, que é o chicote das massas, estala suas doloridas chibatadas nas costas de quem postou-se como espectador com o chapéu na mão à espera de algumas sobras dos banquetes das festivas campanhas e dos cargos e das benesses que o poder assegura.

Para saber  que acontece e aconteceu em Gramado desde outubro de 2016 até aqui, basta traçar um gráfico com duas linhas, uma que representa a atuação do novo governo, e outra que representa a atuação da oposição, e verá que ambas caminham devagar e em paralelo plano, onde não há picos virtuosos de um, nem atitudes de confronto ideológico de outro. Duas linhas rasteiras e esguias que temem o manifesto das ideias, antes agem de forma pessoal e individual, quando surgem as oportunidades de exposição de seus feitos.

Se de um lado, no governo, temos os fachos piscantes individualistas feito pirilampos em noite de verão, rebolando seus traseirinhos iluminados pela escuridão, onde as flores e a mata, o verdadeiro cenário de seu bailado deveria figurar como cenário e assim resultante da simbiose destas criaturinhas em seu papel dentro do equilibrio da vida, mas que nenhuma obra que dignifique tantas luzes dentro de suas próprias casacas, por outro lado temos uma oposição que desaprendeu a nadar, muito menos a enfrentar águas turbulentas, e disputa o pouco fôlego entre manter o nariz fora dágua para respirar, e movimentar os pés para manter-se à tona, uma vez que o fundo era mais fundo e barrento do que imaginavam encontrar quando perceberam sua condição de oposição.

O governo está desaparelhado para o sucesso que encontrou e faz malabarismos para manter-se em movimento, uma vez que também caminha sobre uma corda bamba chamada Comunidade, que urge respostas e atitudes de quem deveria iluminar pela cabeça e não pelo traseiro.

A oposição está desassistida como um todo. Nenhum partido até aqui ousou mostrar-se disposto ao confronto verdadeiro e dinâmico, porque quem os representa está ainda tentando ajustar-se a sim mesmo enquanto corporação. Estrelismos irrompem da noite para o dia. Intrigas se amontoam pelas redes sociais. Decisões são proteladas, quando deveriam ser em lugar disso, prolatadas. Falta pulso firme em nome do "Politicamente aceitável", e um empurra-empurra joga nas costas do povo o desespero da incertza, porque em seu nome não há mais quem fale, pois ainda que sejam cobradas nas tribunas e em público atitudes do executivo pela oposição, esta cai em ouvidos moucos, porque sua voz é surda e seu discurso é vazio.

Quem é a oposição em Gramado hoje? A imprensa? Os Sindicatos? Os Partidos? Talvez um pouco de cada, mas nao existe uma integraçao. Não existe um axioma que os conduza a métodos de persuasão, os quais favoreceriam até mesmo o governo, que muitas vezes, de mãos vazias e sem respostas, anseia por pressões da sociedade e das oposições para que tome suas decisões, ainda que contrárias à sua própria vontade, porque governo nenhum tem capacidade de acertar sempre, e faz a oposição o papel de conselheira nestes momentos, mesmo que em lados opostos da mesa, para que estas decisões sejam equilibradas e o mais próximo que sejam daquilo que parece ser o justo, ainda que imperfeito.

A incerteza da política nacional não deveria sr muro de separação, mas de arrimo para que as oposições de Gramado se unissem e dessem sustentação ao novo projeto da política nacional que se configura e certamente virá. E o que vai encontrar, senão um emaranhado de individualismos procurando tirar vantagem daquele partido que melhor lhes servir?

Não! Não deve ser este o modo de amparar, ainda que do lado oposto de uma mesa pública, um projeto de oposição construtiva em lugar de um grupo de derrotados choramingando pelas vielas e atrapalhando o caminho daqueles que tem a coragem de colocar-se a favor do povo e em benefício de Gramado.


Será utopia acreditar que Gramado possa ser um modelo de conjunto de forças para o Brasil, e que tem bem mais que chocolate, massas e cinema para mostrar ao mundo? 

Sim! É utopia, e sempre será, enquanto a entropia continuar a fazer ninho nas cabeças cujas orelhas deveriam ladear cérebros, mas nem para usar chapéu servem mais,porque chapéu caiu de moda.

Eles estão acomodados, já sabemos. Mas e você?



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