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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Adalberto Bogsan Neto - Profissão: Designer, Cinegrafista. Video: Primeiro voo do Bandeirante da Embraer

Foto: Facebook

Fomos colegas no Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura. Adalberto, representando o Sudeste, e eu, o Sul. Éramos, no entanto, os poucos representantes do chão de fábrica, da indústria, da graxa e da poeira.  Adalberto não chegou a participar diretamente das plenárias em Brasília, mas fui seu interlocutor, e desde aquele tempo, mantivemos e ainda mantemos uma estreita ligação firmada no Design, ferramenta com a qual trilhamos nossas carreiras. Cada uma, bem sucedida a seu modo. Eu encerrei minha carreia com cerca de 40 anos de altos e baixos, no setor moveleiro. Ele, no setor automobilístico. Este sim, tem muito mais impacto da economia, no Design. Durante 38 anos, Adalberto Bogsan foi o responsável pelo departamento de desenvolvimento de produtos, de Design, da poderosa GM, no Brasil. Durante todos a sua carreira nesta empresa, praticamente todos os automóveis nacionais passaram por suas pranchas de desenho, pelo seu setor de prototipagens.

Nem só de automóvel vive um Designer. Uns, como eu, fazem dezenas de coisas em paralelo. A inquietude é um dos atributos desse tipo de profissional. Inquietude, perfeccionismo,  impertinência
com os detalhes. Por isso somos designers. Por isso somos obstinados e incomuns. Por isso, Adalberto tem histórias sobre a indústria automobilística, como também tem passagens notáveis nos primórdios da aviação brasileira, mais especificamente na EMBRAER.

Adalberto, acompanhou desde a prototipagem da aeronave BANDEIRANTE, até seu primeiro voo, sob o comando do então Tenente-Coronel Ozíres Silva, que mais tarde tornou-se Presidente da empresa. Adalberto conta que seu pai Diretor da General Motors do Brasil, nesta época, que já contava com modernos equipamentos de usinagem, de precisão, e colaborou no desenvolvimento de alguns componentes, para a  recém criada EMBRAER, no desenvolvimento das primeiras aeronaves.

Adalberto, com seu filho, em Atlanta no centro da Porsche
É de Alberto a autoria do filme do primeiro voo do Bandeirante, em 26 de outubro de 1968. E a partir daqui, é o Adalberto que vai contar esta história, cujo video está compartilhado abaixo.
Está na pauta também uma entrevista com Adalberto, que contará a história do Design automobilístico brasileiro e sua trajetória profissional pessoal, no comando do Design da GM. Do Opala ao Chevette. E todos os demais. Vale a pena esperar pela matéria. mas eu aviso quando estiver pronta.

Primeiro Voo do Avião Bandeirante

EMB 100 - modelo de pré-série do projeto IPD/PAR 6504 do CTA, equipado com motor turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-20 de 550HP e capacidade para oito passageiros. Foram construídos três aviões. Primeiro voo: 26 de outubro de 1968.

O primeiro protótipo foi construído em três anos e quatro meses, consumindo 110 mil horas de trabalho. Cerca de 300 pessoas dedicaram-se ao projeto, lideradas pelo Cel.Ozires Silva. Este protótipo realizou o primeiro voo de demonstração em 22 de outubro de 1968, no aeroporto de São José dos Campos, sob o comando do Major
Mariotto Ferreira, do Engenheiro Michel Cury e Cel. Ozires Silva.
Adalberto Bogsan Neto, filho de Adalberto Bogsan convidados do Cel. Ozires Silva, utilizaram uma câmera Kodak 8mm, durante o evento.
Adalberto Bogsan seu desejo em vida era doar ao Cel. Ozires Silva o filme deste
memorável voo. No dia 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer, destinada inicialmente à fabricação seriada do avião Bandeirante. No mesmo ano, o Ministério da Aeronáutica assinou
contrato para a produção em série de 80 Bandeirante. Em 19 de outubro, o segundo
protótipo do Bandeirante fez seu voo inaugural, ainda sob a responsabilidade do CTA.

A linha de produção do Bandeirante foi encerrada no final de 1991, sendo que a
última aeronave SN 498 (sob encomenda) foi entregue para o Governo da Amazônia
em 1995. No total, foram fabricadas 498 aeronaves, 253 aeronaves para o Brasil e 245
aeronaves vendidas para o exterior. Aproximadamente 320 aviões estão voando ainda
hoje.

Colaboraram neste trabalho: Adalberto Bogsan Neto e Procimar Cine Video.




Abaixo, um vídeo atual, contanto esta história pela FAB
Video retirado do Youtube,de autoria da FAB

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