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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Um breve "Gran Finale" do VI Gramado In Concert


Foto: Divulgação
Desnecessário dizer da grandiosidade deste evento para a música erudita em Gramado, e no Brasil. Vejo nascer aí mais um gigantesco evento, a comparar-se em determinado tempo com Festivais de Cinema, e o próprio natal Luz de Gramado.

Vejo um despertar caudaloso da refinada música, se impondo com elegância e audácia aos movimentos de ruídos esganiçados ao qual tentam chamar de música. Aos tresloucados indecentes reboladores que gritam como gatas no cio, se esvaziando diante de acordes perfeitos e bem trabalhados da música como verdadeiramente deve ser.

Não se trata de gosto pessoal, mas de reconhecimento de uma arte que não basta talento. É preciso suor e calos nos dedos, insônia e exaustão para alcançar aquela nota essencial, aquele trinado acalentador, aquele gorjeio suave. É preciso que instrumentos sejam combinados da sua pureza musical e não sejam distorcidos ou adornados por efeitos eletrônicos, para que a pura sinfonia alcance as ondas cerebrais mais profundas. É preciso talento e sensibilidade, mas é preciso muita, muita dedicação e bons mestres. E isso o Gramado In Concert teve de sobra. Talento e maestria.

Foi um Gran Finale, mas sobretudo foi aquilo que disse, em testemunho, uma musicista, professora de canto, Carolina Almeida: Um encontro de almas e essência, uma fraternidade, um ambiente de irmãos na música.

O Vi Gramado In Concert foi além disso. Foi o redescobrimento do Brasil, um Brasil ensolarado e gentil pelos europeus, pelos estonianos, que entre intervalos de sinfonias, corriam para armazenar luz pelas ruas, um tesouro para quem passa dez meses por ano abaixo de neve. Isso a música também traz de bom: Seres Humanos, jovens, afáveis e amáveis.
Esta é a música que adentra repartições e sereniza o espírito de quem trabalha pela cidade. É a música que não distingue condição social, nem geográfica. É a música completamente universal. A música que conhece outra música e que mostra a genialidade nativa, que transporta o mundo para o mundo, e que fala em uma língua que todos compreendem.

Esta é a melhor música brasileira. Esta é a melhor música internacional. Bravo! Bravíssimo!

Os artigos aqui publicados sobre o VI Gramado In Concert, tiveram apoio de  Bangalôs da Serra.

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