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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Nelson Dinnebier, Pedro Bala, Nestor, e Fedoca - O que eles tem em comum?


Todos ocuparam (um ainda ocupa) o cargo de Prefeitos da belíssima e encantadora, desejada e desejável sempre, Gramado. Apenas isso, já seria suficiente para escrever suas biografias, sem precisar dizer uma única palavra sobre cada um deles. Todos eles, deram sequência ao chamado das oportunidades criadas por seus antecessores: Waldemar Weber, Horst Volk, José Francisco Perini, Arno Michaelsen, e fechando o ciclo, Walter Bertolucci, pai de Fedoca, então, no momento em que pego na pena para escrever essas poucas e mal traçadas linhas, o primeiro, e o derradeiro Prefeito desta jubilosa comunidade.

Há porém muito mais em comum, do que apenas o cargos, entre os supracitados no título deste ensaio, que é a sua força política, ou a falta dela, e agora sei que vou ferir sentimentos, mas leiam até o fim, e meditem sobre isso, e depois me digam, se estou certo, ou ainda falta muito para alcançar a verdade dos fatos.

Estamos chegando ao momento de largada da perseguição ao eleitor em busca do voto, e finalmente está desenhado o cenário da carreira, onde de um lado, pesando algo entre um certo tanto de quilos, Nestor Tissot, ex prefeito por dois mandatos, mais dois como vice, e alguns pares de anos, na condição preparatória de vereador, dono de uma direita que faz tremer, principalmente quando ativa seu vozeirão e manda recado aos adversários. 

Ao seu lado, o garboso veterano que aos dezoito anos, já tinha os setenta que tem hoje, incansável escudeiro de seus pares, Luia Barbacovi, pesando um pouco menos que Nestor, mas sempre afiadíssimo pra tomar conta da cadeira, sempre que tiver oportunidade (mas que nunca teve, porque não deixaram).


No outro canto do ringue (que atualmente está mais para um octógono, de vale tudo), ainda no aquecimento, pululando feito pipoca em busca de um vice para completar sua chapa, o garboso lutador, peso pena, com seus 65 ou 70 quilos, e uma esquerda matadora, Evandro Moschem, devotado servo de sua fidelidade ao MDB, e a esperança de glória que precisa para coroar a volta do Partido na cabeça de chapa do Executivo de Gramado.

Já, também subindo no tablado (que mais parece uma arena de gladiadores, onde todos lutam com todos, e ninguém é de ninguém, e que sobrar, vai pras galés, isto é, Prefeitura), o destemido PSDB, com seu campeão, Beto Tomasini, vigoroso empresário do ramo da gastronomia, ativo na política local, tendo ocupado já, no governo de Nestor, a prestigiada secretaria de Turismo, e com seu partido, que ao longo da existência, sempre atuou como coadjuvante dos extremos, e que agora, alça voo com asas próprias.

Bem, mas devo-lhes ainda um adendo ao título desta matéria: afinal, o que estes Prefeitos tem em comum, além de terem sido Prefeitos?

Esta resposta pede um novo parágrafo. vamos lá. Resposta curta: Nenhum deles preparou uma sucessão política, ou melhor dizendo, sim, um, o Pedro Bala, produziu Nestor, e ao devido tempo, entregou-lhe a cadeira giratória, restaurada por Fedoca. Porém, e sempre há um porém, não foi bem recebido quando tentou voltar, e digam o que quiserem, na leitura deste escriba, e tantos outros, faltou boa vontade de Nestor, em devolver-lhe o cargo, ao que poderia ter se empenhado mais na campanha, pensam muitos, e eu entre estes, e optou por sair de fininho, aguardando ocasião propícia para voltar gloriosamente.

Nestor contava com uma má gestão de Fedoca, e o quanto foi capaz de fazer, empenhou-se em não facilitar em nada a vida do seu sucessor no cargo, insuflando a oposição a ser oposição, pois é pra isso que serve uma oposição, ué: fazer oposição! Nestor estava certo na receita, pois é assim que sobrevive a política.

Nestor, Nelson, e Fedoca, erraram na mão da receita, quando construíram mitos em si mesmos, e fecharam as torneiras que irrigavam as raízes de outros brotos que deveriam seguir seus passos, ou criar suas próprias raízes dentro da política de Gramado.

Erraram todos, ao não abrirem espaços para as gerações futuras, e hoje Gramado vai escolher um Prefeito que custará à política, todos os anos que não foram investidos nos políticos. 

Gramado é mãe estéril para a democracia, se este ângulo for apreciado deste modo. Não há políticos intermediários entre os velhos coronéis, e os jovens recrutas. Ou são experientes demais, ou não tem experiência alguma.

Hoje, nesta campanha, Gramado vai receber um belo contingente de candidatos completamente desconhecidos, que intentam quebrar estas barreiras, mas sofrerão com o desconhecimento de seus talentos na política, e muito menos seu comprometimento com Gramado.

Gramado precisa despertar e não permitir mais que isso aconteça com a geração de 2026. Vença quem vença agora, que preocupe-se em preparar outro para seu cargo, e não esperar com ansiedade o momento da reeleição. Aí é tarde demais.

Nestor fez de tudo para que Gramado não gostasse do governo de Fedoca. Eu não acho que foi ruim, foi até bom, dadas as circunstâncias, mas quem não gostou de governar foi o próprio Fedoca, pois não preparou seu sucessor, e nem preparou-se para a sucessão. Aqui não vai nenhuma, absolutamente, crítica pessoal, pois quero bem demais todos estes personagens que citei, mas isso não muda os erros políticos que cometeram, de não cultivarem a terra para as novas colheitas.








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