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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Semana que vem, me procure



Procrastinação é a palavra da vez. “Veremos isso depois!”, é o que falam. Amanhã será sempre melhor.

Um sobrevivente dos campos nazistas, engaiolado no navio St. Louis, que os levou a Cuba, conta que a primeira palavra que aprendeu em espanhol, teria sido: “Amanhã!”. Tudo era deixado para “amanhã!”. Amanhã, é a palavra código para dizer: “Não vou te ajudar, não tenho a menor intenção de fazer nada por você, mas não tenho dignidade suficiente para dizer a verdade. Sou um mentiroso contumaz, uma baba viscosa de lesma vagarosa”, é a definição entalada na garganta de quem procrastina a solução das necessidades alheias, jogando a respostas ou a ação (que não tem nenhuma intenção que aconteça) para “amanhã”, para “a semana que vem”.

Procrastinação em estender a mão ao necessitado é uma atitude tão nojenta, que Jesus fez menção direta ao fato, declarando que aquele que procrastina auxílio, e o faz com meias palavras, é chamado de “filho do diabo”. “Sejam as tuas palavras “sim, sim, ou não, não”, pois o que passar disso, vem do maligno.
Conta ainda, O Mestre, uma metáfora de um homem que tinha dois filhos: um azedo, mal humorado, e outro saltitante e puxa saco. Ao receberem uma ordem do pai, o azedão resmunga, mas vai e cumpre. O outro bajula de todos os lados, e sai de fininho.O procrastinador social é igual ao bajulador, pois além de negar auxílio ao necessitado, ele o faz com um sorriso, com ar de compaixão, e vende ilusão, vende esperança falsa, e atrasa a vida do outro, que poderia buscar solução em outro lugar e de outro modo.

Ah, como passei, e ainda passo pela mão de procrastinadores, falsos, e cruéis indivíduos, que jamais tiveram intenção de estender a mão quando os procuro, e não guardo comigo a tristeza, porque sei que cada leitor passa continuadamente pela mão de pessoas desse mau caráter, adeptos da seita satânica de “embromação sem solução”.
Semana que vem, a gente vê o que pode fazer. Amanhã vou falar com meu chefe, pode confiar. Se você tem o hábito de repetir coisas assim, e ao final de semana vai ao seu encontro semanal com Jesus, na sua igreja, repense seus valores, ou sua religião, porque o Jesus que eu conheço, expressou, sem meias palavras, o nojo que sente por gente que faz coisas assim.

Sejam as tuas palavras “Sim, sim, ou Não, não”. O que passar disso, foi soprada no seu ouvido, e impregnada no seu coração, pelo diabo, pessoalmente! Quanto prestígio, ô!


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