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terça-feira, 18 de abril de 2017

PP de Gramado pode ser salvo ou afundar de vez - Veja as opções

Advogado Bruno Irion Coletto - A aposta do PP para sua renovação

Depois de tantas trapalhadas, começando pelo fracasso da eleição, onde, segundo conceito geral, Pedro não perdeu por 62 votos, mas por centenas, talvez milhares de votos (há quem diga que foram quatro mil votos) perdidos para absoluta falta de competência de sua liderança ao longo dos últimos anos, que não tiveram a perspicácia necessária a uma liderança política, em detectar falhas no seu processo sucessório.

Por pura incompetência, o PP perdeu para si mesmo, pois o seu adversário não foi outro senão o mesmo já derrotado outras vezes, e que nada fez ao longo destes anos que tenha mudado sua postura, isto é, Fedoca foi Fedoca o tempo todo. Não cresceu da noite para o dia, e nem o PMDB cresceu, muito pelo contrário, o PMDB encolheu suas lideranças, que migraram para o PP.

E mesmo assim, o PP sofreu uma derrota vergonhosa. Não foi vergonhosa para os candidatos, que gastaram todas as suas energias em buscarem os votos de que necessitavam, mas foi decepcionante por se terem  deixado levar pela falácia poética dos discursos ultrapassados, de uma liderança cheia de uma liderança desatualizada,  com uma  arrogância intragável, que lembra com nitidez a mesma empáfia que exalava nos áureos tempos pelos quais Gramado não sente orgulho.

Por absoluta falta de diálogo com as bases, com os militantes, que foram tratados como "vaquinhas de presépio" ao longo dos anos, este PP em nada representa as ideias progressistas que prega. É perceptível que há três colunas de uma casa que apenas se sustenta pela promessa de uma das colunas, por não estar carregada de vícios, de trejeitos, de conversa fiada.

Tive o privilégio de conhecer a política de Gramado que muito pouco mudou, ao longo dos últimos quarenta anos, e tive também responsável e ética participação nesta política, colaborando na estratégia de muitas campanhas. Posso então opinar com propriedade naquilo que leio nas entrelinhas desta historia, onde não vejo espaço aos jovens políticos, aos idealistas, aos que ainda não se emaranharam nas concupiscências da sede pelo poder e da ânsia de estar sempre infiltrado seja no que for, mesmo que para isso se pise em cabeças e se desmantele a ética.

Vejo com preocupação a possibilidade que o velho PP dê continuidade a esta inaptidão, falta de inteligência e maus modos,arrogância do "já ganhou", de um partido que só tem demonstrado força enquanto esteve no poder, mas que não teve a capacidade de levar alento aos militantes desde o primeiro dia após a eleição perdida.

Eu trabalhei na comunicação direta com os eleitores, e fui tocado pelo choro dos militantes, sem notar um único gesto de grandeza do Presidente do Partido em enviar um manifesto a estes militantes, que votaram com o coração, mas receberam a indiferença. Isso machuca. isso dói. Isso marca.

Eu vejo com esperança a possibilidade que mãos e mentes jovens estejam se articulando para passarem o rodo no blá blá blá dos discursos  vazios.

Gramado espera com ansiedade que uma política saudável avance e faça o contraponto dos anseios dos que vêem o que acontece no restante do país, onde as gavetas podres estão voando dos armários e as baratas sumindo pelos  ralos.

Três nomes se dispõem a presidir o Partido que se anuncia como Progressista.  Que seja também visionário e não mercenário seu novo líder. Que se renove não apenas o desejo de conquistar o poder nos anos vindouros, mas que sobretudo seja um lugar que celebre os ensinamentos da Democracia para a juventude gramadense, sem esquecer a experiência dos mais velhos, e usufruir para servir, da maturidade dos que se dispõem a arregaçar as mangas e renovarem completamente a política gramadense.

O jovem e brilhante Doutor Bruno Coletto tem seu primeiro grande embate fora dos tribunais com oponentes diametralmente opostos em suas historias. Seu oponente mais forte é o Presidente da Câmara, que, em meu entender, deveria ter a grandeza de compartilhar o poder com outras forças, pois já  detém parte do poder público em si. E o terceiro candidato, não ofereceu nenhuma alternativa de mudança, senão sua contínua vontade de estar próximo das decisões do poder.

História é aquilo que deixamos escrito por onde passamos. Luia tem uma historia de amor à  causa pública, e almeja ser Prefeito. E se tiver a perspicácia de não advogar em causa própria, poderá colocar-se à disposição do Partido para fazer crescer esta candidatura com total apoio de um PP unido. Já o terceiro candidato, tem em sua biografia, exatamente o que? Uma derrota recente? Um histórico político atuante onde? Em que lugar? o que construiu? O que uniu?

Não conheço os delegados votantes nesta convenção, mas como sei que possuem capacidade de decidirem por si mesmos, não vejo outra alternativa senão de propor que escolham a renovação. Escolham a inovação. Escolham a ética.

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