AD SENSE

sábado, 29 de abril de 2017

Por que eu escrevo para Gramado?



Não raras vezes sou questionado pelas razões pelas quais dedico-me à escrever, e mais ainda, por quais motivos dedico minhas reflexões à Gramado, embora há quem as leia também de outras querências. Seriam motivos de interesse político pessoal? Estaria eu preparando caminho para candidatar-me à algum cargo político nesta cidade?

Já respondi várias vezes, e repito: Não! Não sou candidato e não tenho nenhum plano de entregar meu titulo ao Cartório Eleitoral para que registre-me como tal em momento algum. Nem em Gramado, nem em lugar nenhum,

Se escrevo, está óbvio, é porque gosto de escrever, e principalmente pensar, o que tem sido um dos meus passatempos favoritos. Penso. Quando digo que penso, eu PENSO, não faço simplesmente o trivial de deixar a mente escorregar pelo vazio do que vejo, mas construo e elaboro questões intrincadas, e procuro nunca desistir sem encontrar respostas plausíveis, que convençam à mim mesmo, antes de lançá-las nas gavetas da memória, ou escrevê-las. Eventualmente também as expresso falando, quando encontro quem, cuja paciência se permita ouvir-me elucubrar.

Mas se escrevo e direciono meus textos à Gramado, estou colocando em prática aquilo que prego, que uma civilização brota do pensamento e não do ouro. Brota das artes e das ideias. E civilização não tem tamanho nem tempo, mas atitude para que aconteça. Pretensão gigantesca a minha, de provocar uma cidade inteira a pensar. Mas é isso que às vezes tem acontecido, quando meus textos, nem sempre fáceis, recebem aprovação maciça de leitores, que os leem uma, duas ou mais vezes, e os compartilham, para que as ideias que proponho não caiam no vácuo da finitude.

Minha tarefa é esta.  Propor um pensar, primeiramente, modesto, mas num crescente contínuo, um pensar grande, e neste grande pensar, desatrelar as emoções para um agir explícito.

Uso a política e os políticos como cenário de minhas reflexões porque são estes propulsores das paixões cidadãs, e embora nem todos saibam a diferença entre o lado direito ou esquerdo do cérebro, estão lá para que façam fluir a vontade do povo. E o povo pensa. E se provocado a pensar, pensa ainda melhor. É a prova que a massa pode ser racional, desde que motivada a pensar antes de agir.

Como disse, eu não sou candidato, mas quando escrevo as coisas certas, muitos candidatos podem beneficiar-se com o que escrevo e acoplarem às suas plataformas de campanha, porque já são ideias filtradas pelos leitores.

Tenho observado uma média diária de quinhentos a seiscentos leitores, mas em determinados temas, chega a cinco ou seis mil leitores em um único dia. Em uma única cidade. Isso prova que não é preciso noticiar crimes, nem mulheres nuas, para que as pessoas permaneçam mais de cinco minutos na mesma página.

Obrigado, leitores. Divulguem este blog. Contribuam com suas ideias e inscrevam-se para receberem as novas publicações em sua caixa de e-mail.

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