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terça-feira, 25 de abril de 2017

Repensando uma Gramado criativa como novo desafio a Fedoca



Parece implicância minha com o Prefeito que tem apelido de guri, porque sempre prevaleço-me disso para provocar o povo à reflexão através de meus ensaios. 

Mas não é, posso garantir. Ocorre que é sempre o líder número um da cidade, o Prefeito, quem está na vitrine, servindo de para-choque às críticas, e de retaguarda aos elogios. Eles sabem disso quando põem o nome na mira dos eleitores e também dos críticos.

Então, se você não for o Prefeito, mas gostaria de ver seu nome nas minhas chamadas, faça  por merecer, e faça coisas grandes, porque não tenho espaço  para medíocres. 

Falando em críticos, é fantástico pensar que há críticos de ocasião que não se sustentam ao longo de uma temporada, senão apenas hibernam e despertam de tempos em tempos, durante as eleições, para venderem visibilidade, mas que depois guardam o casaquinho de chuva e desatam a adular as autoridades, para que pareçam democratas. Mas, enfim, também é parte do teatro da democracia: criticar, adular, denunciar ou defender.

Voltando ao assunto, tenho cobrado aqui uma postura inovadora do Prefeito de Gramado, Fedoca (poucos sabem que ele tem outro nome, mas o que prevalece é mesmo o apelido, e ele não se importa com isso, porque apelidos que perduram são selados pelos amigos mais chegados, e estes estão à sua volta, então nada a reclamar). Cobro aquilo que ele e Evandro prometeram ao longo da campanha: Uma Gramado renovada e inovadora.Estou de acordo. Todo lugar e as pessoas que nele vivem precisam de constante renovação. Mudança de pele, mas também renovação da essência.



Gramado, como tenho dito, passa por frequentes matizes empreendedores, que eu chamo de  eras de inovação de sua economia, e tem obtido relativo sucesso em cada uma delas.Passou pela fase do turismo contemplativo, gastronômico, do artesanato, da malha, do chocolate, do mobiliário, novamente da gastronomia, dos eventos, e permanece nessa ebulição de um misto de economia com renovação, e agora, mais de sofisticação.

Só que eu vou dizer com todas as letras que Gramado parou de se inovar, quando começou a se sofisticar. Sofisticação não acompanha o tempo da inovação, que é um tempo nervoso, ansioso, ávido por fazer brotar o inusitado, ao passo que que a sofisticação é a arte da paciência, do ajuste, da métrica cartesiana e do estabelecimento de padrões de qualidade.

Não estou criticando a sofisticação. Eu próprio busco este atributo em tudo o que faço. Apenas estou alertando que quando investimos todo nosso tempo e energia na sofisticação, deixamos de lado nossa capacidade de gerarmos novos ângulos de percepção de ideias guardadas e conceitos estabelecidos. Estou dizendo que que Gramado precisa de um motivador que proponha a inovação como patrimônio imaterial de seu povo. E este motivador deve ser o seu gestor principal, o Prefeito. E o Prefeito é Fedoca. E cabe a Fedoca criar uma comissão neutra, independente, engajada, que processe as necessidades existenciais de sua existência e promova ações que disponham a criatividade como vetor de prosperidade e continuidade (não continuísmo, fique bem claro)dos valores que evidenciaram Gramado  no cenário internacional.

Compete à Fedoca levantar o moral criativo,  e provocar o espírito inovador de seus empreendedores através de eventos,de projetos e legislação específica direcionada à inventividade e revitalizar o passado com o elo do futuro, através do espírito que moveu os pioneiros, à ânsia pelo novo que necessita de constante remodelação para não estagnar e acreditar que é imune às crises. Então, se a inovação é a vacina e também o antídoto de uma crise, por que não usá-la como ingrediente contínuo neste processo de crescimento?

Inovar não é mudar o que está bem, mas continuar em busca de outros ângulos de percepção de um mesmo processo. Para inovar é necessária uma dose permanente de inconformidade, e aqui entra a trava da inovação:o medo de errar o compasso da dança quando mudar a música. Porém, um bom dançarino vai do tango à valsa sem errar o pé. Um bom gestor cuida do permanente sem descuidar do inovador. Caminha no dia à luz do sol, mas não  tropeça à noite iluminada pela lâmpada que abasteceu no início da jornada.

Inovação, não é para uso contínuo, mas como peça de reposição, deve estar sempre ao alcance da mão quando a crise chegar. E tem crise braba por aí, podem acreditar no que eu digo.

E caso o Prefeito não aceite meu desafio, nenhum problema nisso, pois a oposição irá guardar o que escrevi para cobrar dele daqui a quatro longos anos.

Mas caso ainda a oposição e o Prefeito deem de ombros à esse alerta, você, leitor, está convocado a inovar e se renovar todos os dias. Daí, não vai precisar cobrar das autoridades aquilo que pode fazer sozinho ou com seus amigos. Renovar, inovar, promover ou provocar, independem de cargo ou função pública. Dependem sim de percepção das necessidades e das potencialidades que todos tem de sobra. 

Mas que o Prefeito poderia dar o exemplo, poderia sim. Faria bem à sua imagem e fortaleceria seu governo. Até porque até aqui não foi nada criativo. Pronto, falei! Mesmo porque a oposição terá que ser mais criativa do que foi na campanha para tomar de volta aquela cadeira confortável do gabinete.

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