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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Por que Caio no Turismo





E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra.
Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra.
A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca.
E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca.
E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele.
Gênesis 8:7-12


Tenho feito qual o velho marinheiro,lançando meus pássaros sobre as águas, ainda tempestuosas dos primeiros instantes da política gramadense, enquanto recebo as manifestações dos leitores de forma direta ou indireta. Ora são as estatísticas da movimentação do blog quem me orientam, ora são as pessoas que conversam comigo sobre minhas postagens. Ouço opiniões, troco ideias, e sobre o que ouço e conversamos, venho aqui e tomando meu mate, entrego-me à reflexão diária.

Escrevo sobre muitas coisas: religião, ética, comportamento, humor, gente, biografias, e sobre a própria vida e o pensamento. Sou um livre pensador. Não sou jornalista, nem filósofo, nem filiado a partido algum. Sou apenas um filho de Gramado, que pelas circunstâncias da vida, família e trabalho, necessitou ausentar-se fisicamente, mas que guarda no recôndito do coração, no lugar de honra da alma, o amor por esta terra onde construí minha história, meus sonhos, e meu caráter. Sinto-me, portanto, muito à vontade para tecer minhas considerações sobre os personagens desta terra, dado ao fato que não são medíocres, mas podem ser polêmicos.

Tomo sempre o cuidado de provocar reflexões dos leitores, sem estabelecer ou finalizar minha própria opinião sobre a maioria dos assuntos. Quando falo sobre este ou aquele personagem, na maioria políticos, de modo algum estou mexendo com a honra destas pessoas, antes pelo contrário, estou trazendo-os para a vitrine dos debates, e possibilitando que sejam lembrados pelo que pensam e fazem, ou em alguns casos, pela possibilidade do que venham a fazer, seguindo vetores lógicos,tratando o assunto à certa exaustão.

Já disse, mas nunca é demais repetir, que se qualquer um dos personagens citados direta ou indiretamente estiver incomodado com minhas análises, com absoluta certeza, estarei ouvindo o contraditório, e neste blog há um espaço livre para estas manifestações, aos que desejam ter suas opiniões publicadas, ou ainda há meios para que se comuniquem comigo inbox, seja pelo whatsapp, e-mail ou chat do facebook.

Isso esclarecido, volto ao caio Tomazelli. Por que em minha análise há indicadores que apontem sua nomeação para a pasta do Turismo de Gramado, uma vez que Caio não demonstrou nenhum envolvimento com a campanha desde os primeiros dias? E por que Caio participaria de um governo, ao qual ele próprio tenha postulado a pré-candidatura, fato que nem chegou a termo, dadas questões internas de seu partido, o PMDB? Vamos aos fatos então.

Há prós e contras sua nomeação, segundo minhas fontes. Vou considerar sobre alguns então. Primeira motivação contrária, é que Caio tenha mudado de partido algumas vezes em sua carreira política. Esta é a principal acusação de seus desafetos. Realmente, mudar de partido é algo que precisa ser bem analisado, especialmente para quem deseja fazer uma carreira política. O contraditório, no entanto está em perguntar sobre a questão ideológica dos partidos da atualidade no Brasil. Só em Gramado, devem existir uns vinte partidos políticos, isto é, uns vinte registros de agremiações político-partidárias registradas no Cartório Eleitoral. Mas, se selecionar numa peneira fina, teremos apenas três ou quatro partidos atuantes, que são o PP, PMDB, PSDB, PDT e, até bem pouco tempo atrás, o PT. Não vou ao mérito das ideologias, mas da representatividade ideológica que cada um representa no coletivo político de Gramado. Todos eles tem posturas próprias, e se alternam com os coligados, muito mais para obter tempo em rádio do que por afinação ideológica. Desta forma, encontramos na UPG da última eleição candidatos dividindo o mesmo palanque de comícios, do PP, Progressista, e da Rede, de tendência declaradamente socialista. Então, não cabe apontar se uma pessoa é desta ou daquela afiliação, mas de que lado ela se posiciona durante o pleito.; E Caio não se desfiliou do PMDB, seu partido atual. Mas manteve sua postura pessoal de não apoiar este ou aquele candidato. Optou por manter uma postura discreta, mas não pode ser considerado um traidor. Na mesma postura, vamos encontrar outros coligados, que por esta ou aquela declaração no ardor dos discursos, feriram seu partido no âmbito nacional, como aconteceu com o PT. Ficou em silêncio e respeitou o acordo. Então, desta forma, até mesmo Gilnei Benetti poderia ser uma das opções de Fedoca, se for analisada sua biografia e proximidade com o Turismo. Mas não tem o peso de Caio. Gilnei não é uma figura polêmica. Caio é. E assume esta postura sem problema.

Na favorável condição de sua possível nomeação ao Turismo, Caio tem muitos pontos favoráveis. E eu tenho absoluta moral para comentar isso aqui, uma vez que em um passado muito distante, já fomos desafetos, peso que não carregamos mais. Somos amigos hoje, mesmo que haja quem deseje que as mágoas não sejam superadas e continuem semeando a discórdia. São uns infelizes, pois minha convicção religiosa, e também a de Caio, nos ensina que apagar as mágoas e plantar perdão onde havia discórdia, é a certeza de dormirmos em paz, agora, e na Eternidade. Então digo, com absoluta convicção que se existe alguém, dentre os filiados ao atual governo, seja o ex-Presidente da CRT, ex-Secretário de Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, e uma pessoa do coração do Governador Collares, de quem ouvi, numa prosa fortuita, esta declaração nos tempos em que éramos rivais políticos.

A Biografia de Caio corresponde às necessidades e exigências técnicas e políticas que a Secretaria de Turismo, assim como a própria Gramadotur necessitam. O Secretário de Turismo é o segundo cargo em importância e projeção da Prefeitura de Gramado, não diminuindo a importância dos demais, mas é o Turismo quem dá esta visibilidade ao Brasil e ao Mundo. O Secretário de Turismo, mais que um Secretário, é um Embaixador de uma história e de uma cultura que Gramado exporta. Tem a tarefa de ser a mente do Prefeito, os Braços da Prefeitura, e o coração do Povo, ao desempenhar esta função. Portanto, não cabe, sob nenhuma hipótese legar à quem desconheça ou não tenha este espírito e caráter profissional.

Sou testemunha dos defeitos e das virtudes do Caio, com quem trabalhei, e muito aprendi. Na condição de adversário, experimentamos momentos pitorescos, amargos, mas respeitosos. Pactuamos o perdão como pessoas, e retomamos a amizade que começou a ser construída a partir de nossas mútuas admirações pessoais e profissionais. 

Então, sinto-me confortável em acreditar que, dentro do partido que acreditou em Fedoca, ao qual Caio também pertence, haja interesse em fortalecer-se, avalizando seus signatários e fortalecendo sua participação no novo governo. Ou então, sou levado a crer que o PMDB esteja assinando incondicionalmente ao crescimento do PDT, que hoje é aliado, mas amanhã pode ser oponente. Da mesma forma, soa-me estranho imaginar que o PMDB, por ter desafetos internos com Caio, opte pelo canibalismo de seus integrantes,a buscar fortalecer sua presença no Governo que compõe. 

Creio então que o problema agora não esteja mais com Fedoca, mas com o próprio PMDB em dizer a que veio, oferecendo seus integrantes ao governo que prometeu apoiar, lá nos palanques e comícios. Acho que temos uma queda de braço. Façam suas apostas.




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