Ela profere mais de quarenta palestras anuais. Só nestes dias em que conversamos para a entrevista, ela estava com dez palestras agendadas. Ela fala para mulheres empreendedoras do agro negócio em cada um dos 19 estados brasileiros, mais a Capital Federal. Fala com a mesma desenvoltura à empresários, fabricantes, universitários, economistas, e novos empreendedores. Entre mais de novecentas mulheres empreendedores, foi escolhida a número um, no seu Estado, o Paraná. É uma das celebridades do TED-X. Um livro será lançado em breve, com textos das "Dez maiores influenciadoras do Brasil", sendo que Ela será uma destas co-autoras. Seu nome é Marlene Kaiut, em entrevista exclusiva ao Blog do Pacard!
Das passarelas ao Estábulo
Sua história é bastante conhecida, mas não custa contá-la mais uma vez. Aos vinte e quatro anos de idade, seu esposo tomava conta de uma pequenina fazenda, com um plantel de sessenta vacas leiteiras. Os prejuízos se acumulavam mês, até que um dia foi preciso mudar a filha, de uma escola particular, para uma escola pública. Até aqui, nenhum demérito, pois pública ou privada, qualquer escola é sempre uma escola. Porém, a menina começou a ser discriminada pelos colegas, sofrer maus tratos, porque não pertencia àquele ambiente. Bullying direto. "Você não pertence à esse lugar", diziam, e batiam nela. Marlene viu que precisava reagir, pela filha, por sua dignidade. Conversou com o esposo, que, desanimado pelo baixo rendimento do agronegócio, decidiu trabalhar como empregado e vender as vacas. Davam muito prejuízo, e não interessavam mais à ele. Foi aí que Marlene reagiu.
- Vou tocar a fazenda! - Disse ela ao marido.
- Boa sorte! Respondeu. E assim começou a jornada da jovem, com 24 anos de idade. Foi até a estrebaria, onde estavam sessenta vacas, e deu ordem ao empregado, que a acompanhasse na vistoria do lugar. Precisava tomar pé da situação, entender o negócio, saber como se cuida e ordenha uma vaca. Não sabia. Até aquele momento, o pouco que ela ganhava, provinha dos desfiles que fazia, e quase nada sobrava, pois o que uma modelo do interior ganha, trabalhando no interior, não paga nem as despesas pessoais. Então, a partir daquele momento, os desfiles seriam trocados pela estrebaria. Sua platéia eram as vacas leiteiras, que após uma vistoria com pente fino,foram resumidas à quarenta vacas. As demais, não davam leite algum. E o empregado, o que entendia de vacas? Torceu o nariz. Não aceitava ordens de mulher! Deve ter nascido do traseiro de um homem, imagino, mas enfim, o homem achava que mulher não sabia, não deveria, e não poderia dar ordens a um homem. E ela concordou com a exigência dele. Pediu, gentilmente que ele juntasse o bilhetinho azul que havia caído de seu bolso, e quando ele se abaixou para juntar o bilhete, ela viu uma grande oportunidade de empreender um considerável chute no traseiro do varão. De uma simplicidade quase ingênua, Marlene se mostra uma pessoa parecida com milhões de outras pessoas, comuns, que conta com entusiasmo de suas conquistas pessoais, de seus carros velhos, e dos carros novos. Conta da discriminação e conta da superação, sem pausas, sem folhas dobradas na história.

Ela resolveu um problema, mas continuou com outro: Não entendia nada! Então, contratou outro moço, que aceitou ordens dela, e gentilmente proferiu as palavras mágicas que comovem qualquer empregador: "Quero somar, me esforçar, e aprender com você!" Somar, ok, estava bem, esforço, era a palavrinha doce a ouvir, mas a parte de "aprender com ela", complicou um pouco, pois foi ele quem ensinou tudo o que sabia sobre vacas à sua jovem empregadora. A parceria deu certo. A empresa cresceu, ela descartou as vinte vacas secas, e hoje tem um plantel de trezentas vacas de qualidade, seja produzindo leite, prenhes, ou à espera de ocasião propícia para entrarem em ação. Sua equipe atual triplicou: Ela, com mais dois assistentes, para cuidades das trezentas vacas, porém, como tudo é moderno, automatizado, "não há muito esforço físico", diz Marlene, e quando eu viajo para as palestras, os dois assistentes dão conta do trabalho.

Religiosa e um tanto eclética, Marlene, Católica, devota de Maria Aparecida, frequenta, quando pode, uma igreja Luterana, por sua afinidade com a Pastora da Congregação.
Esta entrevista está solicitada há muitos meses, pois Marlene responde a mais de dois mil emails diários. Seu dia termina além da meia noite, respondendo mensagens, emails, organizando os temas das palestras, administrando sua empresa, e guardando a família. Na fila, estavam mais de trinta entrevistas a serem respondidas, o que faz-me sentir certa dose de vaidade, envelopada por gratidão à Marlene.

Marlene - Eu estava em desespero, porque tinha tirado minha filha do colégio particular, colocado em escola pública, e ela esta sofrendo bastante no colégio, então foi nesse momento em que eu disse: Eu vou fazer alguma coisa por ela. Na verdade, ela estava lendo um livro, quando cheguei na escola, e passou um menino, que deu um tapa no livro dela, dizendo: "Aqui não é teu lugar. Você é lá da escola de rico, lá da escola evangélica e aqui não é teu lugar". E ela chorou muito, sabe, aquele dia. Então eu pensei: Eu tenho que fazer alguma coisa para mudar isso daí! E nesse mesmo dia, eu fui numa reunião da comissão de crédito, com meu esposo, resolvi acompanhá-lo nesse dia, e foi ali que tomei a decisão que iria tocar a leiteria. E meu marido tem um modo diferente de agir, não tem paciência para esse tipo de trabalho, e decidiu parar, desanimou mesmo. Foi desanimando com o estresse, e por fim, não quis mais.
Pacard - Como foi sua relação com a equipe de trabalho de seu esposo (um único funcionário)?
Marlene - Ele não aceitava receber ordem de mulher, e quando falou isso, eu dei a conta pra ele, na mesma hora, contratei outro em seguida, que nunca teve problema em receber ordem de mulher, e falou ainda assim pra mim: "Eu tenho certeza que vou aprender muito com você!" - Quando na verdade, eu não sabia fazer nada e fui eu quem aprendi muito com ele. Então ele me ensinou a dirigir trator, tirar leite, fazer trato, dar medicamento, então ele me ajudou muito e sou muito grata a este colaborador.
Pacard - Como seus clientes e fornecedores receberam sua presença, na condição de empresária, em uma atividade preponderantemente masculina, o mundo do agro-negócio?
Marlene - Ah, foi difícil, no começo, sim. Sofri bastante preconceito. Até quando eu fui comprar um trator, calçando um chinelo simples, e fiquei esperando por meia hora, na loja, até que um vendedor foi me atender. Com olhar de desdém, me perguntou o que eu queria, e ao responder que queria comprar um trator, ele perguntou (com ar de deboche) se eu tinha como pagar pelo trator. Mas ainda existe esse machismo, porém hoje as pessoas me tratam super bem, porque elas sabem que eu sou bem sucedida e porque eu entendo do negócio. Hoje tem ainda, mas muito menos. antes era bem mais.

Marlene - Assim: O leite, ele é lento, ele não te mostra resultado de um dia pro outro. Mas com três meses, eu já tinha um resultado totalmente diferente, de célula somática, contagem bacteriana, aumento de produção, mas eu levei cinco anos para conseguir pagar todas as dívidas acumuladas, porém, a partir de um ano eu já vi retorno de produção, e desde o terceiro mês, eu já fui pagando as parcelas, porque eu tinha refinanciado todas aquelas dividas, e hoje, lógico, eu tenho dívidas enormes, porque minha leiteria cresceu muito, e eu tive que investir bastante. Eu investi nestes últimos três, ou quatro anos, mais de dois milhões, mas hoje eu consigo levar tudo certinho, tudo em dia, sempre com uma parcela adiantada.
Pacard - Sua cidade, Carambeí, PR, uma pequena cidade com perfil adequado para o Turismo. Você tem algum projeto voltado ao Turismo Rural, uma vez que tornou-se nacionalmente conhecida, e recebe tantas pessoas em sua propriedade?
Marlene - Não tenho (ri, com timidez) Não me envolvo com aquilo que não entendo, e sei muito pouco sobre isso. Não que eu tenha medo, pois sempre amei desafios, mas hoje eu tenho uma vida muito corrida, tenho uma vida bastante agitada, tenho um pai para cuidar (seu pai sofreu um derrame em agosto de 2019), ele não anda mais, perdeu os movimentos, então, nós somos em seis irmãos, e cada dia nos revezamos para que cada dia fique um cuidando dele, dar banho no pai, porque minha mãe está com sessenta e seis anos, e meu pai com setenta e um. Então a gente se desdobra, e eu sou a que menos consigo ficar com eles durante o dia, depois das três e fico até dez da noite para ajudar.
Pacard - Você profere muitas palestras? Já levou suas palestras ao exterior?
Marlene - Eu faço mais de quarenta palestras por ano, e já fui convidada à levar minhas palestras à Frankfurt (Alemanha), e também na Colômbia, mas nesse tempo eu ainda amamentava meu bebê, e o meu marido achou que seria meio complicado que eu viajasse só com o bebê pra lá, e acabei não indo. Mas terão outras oportunidades. Mas eu já viajei por dezenove estados, mais Brasília, e já ministrei palestras em muita, muita, muita cidades. Passei muito conhecimento, e claro, que aprendi muito também.

Marlene - Agora, para esse "Mês da Mulher" (março), há previsão de que eu fale para mais de cinco mil pessoas, nas minhas palestras. Então estou com a casa cheia (risos). Onde há inscrições abertas, estão "bombando", e onde são fechadas, sempre casa cheia. Então, acho que são as duas coisas: Mulher e Ser Humano. Agora, no mês de março, eu foco mais a mulher. Eu faço palestras para Universidades, para alunos, bancos, cooperativas, a convite de SEBRAE, SENAR, Sindicatos, então, meu público é bastante misto.
Pacard - Seu trabalho tornou-se um modelo, uma instituição de sucesso empreendedor, e desta forma, atende também estagiários. Você tem convênio com governo, instituições, escolas?
Marlene - Aqui vem alunos do Brasil inteiro. Já recebi até um moço da Alemanha. Eu tenho uma fila de mais de dois mil alunos para fazer estágio aqui comigo, mas só consigo receber quatro alunos por mês, porque tenho alojamento aqui na leiteria mesmo, tem banheiro, tem quartinho, as refeições são feitas aqui em casa, os alunos não tem custo para virem aqui, e eu os recebo, porque eu amo ensinar. Esta foi uma das minhas metas: construir do "zero", quero fazer com quarto, onde eu consiga receber alunos.
Pacard - Sua empresa produz apenas leite, ou também beneficia e produz derivados?
Marlene - Não! Eu só entrego leite puro, "leite cru", como dizem aqui. Dia sim, dia não, a Cooperativa vem recolher o leite.
Pacard - Quantas pessoas são necessárias para manutenção da empresa?
Marlene - Três pessoas, que somos, eu, que dou "mamá" dos bezerros, faço toda a parte da limpeza, e tiro as folgas dos funcionários. Nós, no caso, em três, cuidamos de trezentos e vinte animais.
Pacard - Quais foram os principais desafios que você encontrou quando começou, e quais ainda tiram o seu sono, quando aparecem?
Marlene - O maior desafio é encontrar mão de obra qualificada, bons funcionários, comprometidos, que queiram trabalhar de verdade e mostrarem resultado., porque a maioria deles só quer que chegue o fim do mês para ganharem seus salários. É indiferente, se o empregador tem lucro, se não tem, isso não importa. O que a maioria quer é seu salário garantido e nada mais. Esse foi pra mim o maior desafio, pois quando eu comecei, aos vinte e quatro anos, eu tinha um corpo escultural, muito bonito, que chamava à atenção de todo mundo, então as mulheres dos funcionários tinham muito ciúme de mim. Então era difícil trabalhar junto com os homens, por questão de ciúme das esposas. Nossa! isso era muito chato mesmo. Isso acabava comigo. Mas ainda hoje eu adoro desafios, então, o grande desafio não é você chegar ao topo da empresa, mas chegar lá e conseguir manter-se nesta posição, porque pra descer, cair, é muito fácil. Então é complicado você manter o seu patrimônio.
Pacard -Antes de ser pecuarista, você foi modelo fotográfica. Fale sobre isso.
Marlene - Eu fazia diversos desfiles, desde meus dezesseis até os vinte e três, vinte e quatro anos, mas falar, assim, que eu ganhei dinheiro, não. Eu nunca consegui ganhar, sabe? Tipo, tudo o que eu ganhava, girava em custos. Custos de ônibus, para me deslocar até os locais de desfile, porque eu não tinha carro também, E mesmo logo depois, que tu tive carro (risos) era uma "Saveirinho" muito velha, e às vezes eu estava "toda produzida" para sair para aqueles desfiles maravilhosos, assim, e precisava empurrar o carro, ficava toda suja, e tinha que trocar de roupa, me produzir de novo. Logo depois, consegui comprar meu primeiro carro, usado, mas bom, uma "Strada", mas boa, que não me deixava na mão, daí, quando consegui pagar aquela, comprei outra, semi-nova, que paguei à vista, mas sofri um acidente, que deu perda total do carro, aí acabei comprando meu primiro carro "zero", um New Fiesta, que era lançamento. Depois disso, comprei a caminhonete dos meus sonhos, uma Ranger, usada, mas semi-nova, e há pouco tempo atrás, comprei uma Ranger nova. Fiquei realizada.
Pacard - Como é sua relação com D-s (Deus) no seu dia de trabalho?
Marlene - Sou grata à D-s diariamente por todas as coisas que faço. Nada faço sem Ele.
Pacard - Já caiu a ficha do que se transformou a sua vida depois que você se tornou uma celebridade? Não por sua beleza apenas, mas pela forma inteligente de encarar uma causa perdida.
Marlene - Eu não me considero uma celebridade. Eu me considero uma pessoa qualquer como qualquer outra pessoa (risos de modéstia). mas eu nunca imaginei que eu chegaria tão longe, sabe? Eu fui muito longe. Eu ganhei um prêmio. Entre 951 mulheres, eu fiquei em primeiro lugar, no Paraná, e representei o paraná, em Brasília, lá eram mais de onze mil mulheres, e eu fiquei em segundo lugar, no nível nacional. Claro que sou muito grata á D-s pelo que aconteceu, mas nada veio de mãos beijadas. Tive que trabalhar muito para que isso acontecesse. Hoje eu tenho uma vida muito confortável, financeiramente, mas também tenho uma vida muito agitada. Meus minutos são valiosos. É uma correria danada para conseguir manter tudo isso, porque eu tenho três filhos, também, marido, trezentas e vinte vacas pra cuidar (40 palestras anuais, 3 a 4 mil emails e mensagens por dia), mas eu amo tudo isso daí. Fui eu que escolhi isso, e está indo super bem.
Pacard - Se você tivesse que recomeçar do zero, o que mudaria?
Marlene - É difícil eu dizer o que mudaria, porque tudo o que eu fiz, sempre deu super certo, fiz com muita cautela, eu trabalhei muito pra isso, sabe? Eu começava às quatro e meia da manhã, e até hoje, isso, tem dias que chega a meia noite e eu ainda estou respondendo emails, mensagens, perque eu recebo todos os dias cerca de três a quatro mil mensagens. Então eu fico das dez à meia noite todos os dias respondendo emails.
Pacard - Você tem notoriedade e popularidade suficientes para engajar-se na vida política. Pensa nisso?
Marlene - Ai, ai, ai! Olha que pergunta difícil você me fez! Nossa! O povo da minha cidade (a minha cidade é uma cidade pequena) me cobra muito isso, querem muito que eu entre na política, mas eu não tenho nenhum tipo de interesse. Esse ano fui convidada pelo atual Prefeito e mais cinco pessoas, para candidatar-me à Vereadora, e também fui convidada para concorrer à Vice-Prefeita, mas eu não aceitei, eu não quero me envolver na política. Eu teria que deixar de lado em parte meu trabalho, e não é meu perfil, eu sei que a gente não consegue mudar o mundo da política, porque infelizmente a nossa política é muito suja: ou você entra lá dentro e fica suja igual á política, ou você sai fora, porque os bons, não estão na política.
Pacard - Para que não sejamos injustos, uma vez que homenageamos as mulheres, através desta entrevista, cite os homens que justificam o seu tempo em refletir sobre o que fizeram e como podem ampliar seus exemplos, quando fala aos jovens.
Marlene - Esta pergunta cai como uma luva pra mim! Um deles é meu pai, muito trabalhador,
sempre teve uma vida muito sofrida, sempre lutou muito, sempre foi muito pobre e teve apenas o básico para nossa família. Tive tempos muito difíceis na infância, mas meu pai e minha mãe sempre fizeram de tudo para que nunca faltasse comida em nossa casa. Outra pessoa que eu admiro demais, foi o "Oppa" (avô, em alemão), o avô do meu marido. Ele faleceu há um ano atrás, então é uma pessoa que deixou um grande exemplo para todos nós aqui, uma pessoa a quem só tenho coisas boas por dizer dele. Ele tinha três desejos a realizar antes de falecer: Passar as terras para o nome do meu esposo, e conseguiu realizar cinco anos antes de falecer. Outro grande desejo, era nos ver casando, pois éramos casados havia 15 anos, mas não tínhamos realizado uma cerimônia religiosa. E ele viu. Em janeiro de 2010 nos casamos, e eu trabalhei e economizei o ano inteiro para fazer uma festa inesquecível, uma mega festa. Era um sonho. dele e meu. E o terceiro desejo dele era ver nosso nenê, que completou dois aninhos em novembro próximo passado, andar. E o primeiro par de botinhas ele fez questão de comprar, para que o nenê tomasse gosto de cuidar das vacas, trabalhar com leite. Era um sonho dele, pois ele foi pecuarista, e queria ver a continuidade. Passou para meu esposo, e por estes caminhos, meu esposo passou pra mim. Então, o último desejo dele, era ver o nenê andar, e quando foi nove e quarenta da noite, o nenê andou da cozinha até o quarto do Oppa, andando sozinho e quando chegou na frente do Oppa, caiu, mas o Oppa o segurou e disse a ele:
- Agora que você descobriu pra que tem suas perninhas, ninguém mais te segura!
E quando foi dez e vinte da noite, o Oppa faleceu.
Pacard - Imagino que seu público seja basicamente feminino, mas em uma palestra para empreendedores, homens, o que você diria aos homens?
Marlene - Pôxa! É uma pergunta difícil, Paulo (risos). Eu nunca dei palestra a um público exclusivo masculino, mas se acontecesse, eu diria a eles que mulher é um Ser Humano muito ímpar, muito inexplicável mesmo. O que ela quer, ela consegue, então no dia em que eles deixarem que as mulheres entrem junto, abram estas porteiras e deixem as mulheres trabalharem junto, de igual para igual, com eles, o que elas querem, elas conseguem. As mulheres estão tomando cada vez mais seus espaços, e hoje temos mulheres em todas as profissões, até mesmo no agronegócio.
Pacard - Um dos males do século, talvez o maior seja a depressão, um certo desânimo por parte dos jovens do interior, que abandonam a vida no campo, migrando para as cidades, onde acabam sentindo o vazio deixado por uma saudade que não pode mais ser resgatada. Passam o resto da vida no concreto, com olhar perdido no entardecer. Como define isso?

possível dar continuidade e vencer com isso.
Pacard - Fale sobre suas palestras. Como pode ser contratada?
Marlene - As pessoas que quisrem me chamar para uma palestra, podem contatar direto comigo, pelo Instagram, Messenger, ou pelo email: marlenekaiut@hotmail.com. Podem me chamar, que farei de tudo para corresponder à expectativa e oferecer o melhor de meu trabalho. Inclusive, vou te dar uma informação em primeira mão: Fiquei muito orgulhosa por ter sido convidada por uma editora bastante famosa do Mato Grosso,se chama "Elas no Agro", que irá publicar um livro com e eu estarei escrevendo nove páginas deste livro, que dará espaço às vinte mulheres que mais influenciam o agro no Brasil. Serei a única paranaense.
Pacard - Como sua empresa atua no conceito de Sustentabilidade?
Marlene - Recém implantamos, em um investimento de quase trezentos mil reais, um sistema de Energia Solar, que abastece a fazenda inteira. Somos uma propriedade autossustentável, então.
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