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segunda-feira, 27 de março de 2023

Recordando o dia em que transportei muamba

No retratinho acima, a mana, que era gerente da boca no cafofo, contendo indivíduo

Sou favorável à verdade, ainda que nua, e éxatamente este o cenário que irei descrever. Isso foi no dia em que fui fazer uma visita à maternidade, e de pronto fui incumbido de presenciar o lance. Vi tudo! Tudinho mesmo. O bagulho apareceu, assim do nada, e despudoradamente peladaço, meio azulado, e silencioso. Foi sinistro. A médica olhou pras enfermeiras e as enfermeiras olharam de volta. Arregalaram os zóio, deram um assobio de espanto, e decidiram: Vamos tem que dar o bagulho! E deram, oxigenaram o lance e mudou de cor. Ô! isso sim foi sinistro, até porque eu já tava me acostumando com a ideia de ser papai de um Smurf. Não era. Era apenas um bagulhinho com preguiça de respirar. Respirou. A médica deu outro assobio de alívio. As parça assobiaram também. Foi lindo. Se empolgaram e assobiaram "ticotico no fubá". Eu não sabia a letra, daí não assobiei junto. Até porque fiquei lá dando bitócas na chefona da boca, a dona do bagulhinho. Mas alegria de pobre dura pouco, pois assim que fizeram os experimentos com o rosadinho, ex azulzinho, tipo: beliscar as bochechas, dar petelecos na bundinha, examinar o enorme saco, o tililico, juntarem pelos pezinhos e rodopiarem pra ver o assobio do vento, acomodaram o trem num paninho verdeinho, e me deram a ordem: "leve ao berçário! A gerente da boca vai recebê-los e tomar conta da muambinha!" Fui, isto é, se fumo, e lá chegando, uma religiosa de diminuto tamanho, com ar muito profissional, esticou os bracinhos, e pegou o sujeitinho rosado. E o levou para uma prédica sobre a importância de não se envolver em drogas, tipo leite em pó barato, uso consciente da chupeta, e o mais importante: O tetê da mamãe, em primeiro lugar! E assim foi. Por segurança, grudei no vidro, do lado de fora, pra fazer leitura labial do que conversavam lá dentro,a  religiosa, o meu rosadinho, e os demais manos da quebradinha. Algumas horas depois, ela desistiu de tentar convencê-lo, eu não sei do quê, e o levou pra mamãe, no quarto, e deu instruções bem claras, que eu lembro bem. Dizia ela: "Txutcha, nêni, txuhtcha!". E o bandidinho não txutchava. Foi necessário encostar uma dedêla de 9mm com NAM-1 pro elemento se aprumar no bagulho leitoso.
O resto é história, e desde aquele dia, eu procuro instruí-lo no bom caminho das quebrada, ensinando os mandamentos, todos os dois: "Não cobiçar o tetê do próximo, e não fazer pipi às traição na cara da mamãe!".
Foi isso.

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