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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Governo Fedoca - As primeira insônias




Foto: Facebook


Governo Fedoca - As primeira insônias

Não! Não tenho nenhuma informação privilegiada, portanto não vou adiantar nenhum nome da nova equipe. Tudo o que sei é aquilo que se conjetura pela imprensa. Problema que a imprensa pode ser apaixonada. De um lado, e de outro. Não existe imprensa independente. Pelo menos em Gramado. Então o que sou, se fiz oposição durante a campanha, e por algumas décadas tenho me identificado favorável a um grupo, e crítico a outro? Que credibilidade posso ter ao criticar, sugerir, elogiar, analisar este ou aquele, sem pender para um lado, ou tecer críticas sem ser injusto com o alvo de minhas ponderações?

Não posso. Evidente que quando levanto um assunto, tenho opinião formada, ou que pode pender para minha visão apaixonada pelo assunto, e involuntariamente, pender para este ou aquele lado. Confesso que é uma tarefa delicada. Tudo que escrevo, pondero com minha consciência, e analiso minhas fontes, e também consulto meus amigos. Alguns deles, os próprios personagens destas análises. Jogo limpo. Discuto com eles algumas nuances de minhas ponderações, e certas opiniões, que certamente dariam alguma notoriedade temporária ao meu texto, comento abertamente, de forma mais direta, objetiva, contundente. às vezes tenho aparente razão. Às vezes também deixo claro que é opinião, elucubração, "chute" meu. Atiro verde para colher maduro. E destas informações e até opiniões contrárias, formulo minhas reflexões, que as trago à apreciação dos leitores. Muitos já fiéis. Agradeço por isso. E peço à D's que me inspire com sabedoria, mas me revista com o manto da humildade, para que meus acertos não se tornem tropeços de minha conduta. Procuro distanciar minhas análises de boataria. São longos, às vezes, mas não tenho objetivo de vender artigos baratos em feirão de praia. Quero levar as pessoas à refletirem, formularem perguntas. São as perguntas quem abrem as portas para as soluções.

Vamos ao que interessa. A equipe de Fedoca. Só mistério. Durante essa semana, deixou escapar uma informação da indicação de uma menina, apaixonada militante, que no calor da campanha opinou algumas bravatas sobre seu desinteresse em cargos, desejando apenas  ver seu candidato eleito, porque em seu entender Gramado teria o melhor, que sua visão de militância teria para oferecer ao eleitor. Uma vez vencedores, a mesma menina é agraciada com um convite para prestar sua lealdade à futura Primeira Dama. E ela aceita a indicação. Mais que aceitar, sente-se orgulhosa e feliz, e promete à Gramado que honrará o cargo. E paga o preço amargo por esta indicação. Vou explicar porque houve erro tático e onde este erro expôs a fragilidade do momento. 

Antes de explicar o erro, vou descrever o panorama de um recém eleito. Isso tanto pode ser em Gramado, Florianópolis, São Paulo, ou Brasília. Até mesmo na América do Norte acontece isso, nesse momento: O assédio dos partidos nanicos à volta dos despojos. Fedoca tem um foguete que tenta pegar pelo rabo, que é escapar dos palpiteiros advindos destes partidos sem voto, problema que também teria Pedro Bala, se tivesse vencido. O problema dos partidos nanicos, começa por sua falta de ideologia. Nascem para acomodação de políticos que não encontraram guarida em partidos maiores. Então juntam outros descontentes, conseguem assinaturas, e fundam um partido. E na campanha, vão de candidato em candidato, negociando (ou pensando que irão negociar) benesses pelo apoio. E o Prefeito eleito precisa administrar, junto com a prática que se distancia do discurso, como ouvi de um amigo,ajustar pessoas com suas capacidades aos cargos, e suas necessidades. E ali do lado, como abelhas no mel ( desisti de usar outra metáfora, pois crianças leem o que eu escrevo), a companheirada de toda a grei de ideologias disputando cargos e posições, salas, cadeiras, e placas na porta, porque afinal, ajudaram o homem a vencer o pleito. 

Várias vezes repeti aqui que o PDT não tem voto em Gramado. É um partido pequeno e com pouca expressão no contingente político. Só que preciso ser justo. Não é um partido nanico, por uma razão simples: tem uma ideologia, uma historia, e militantes fiéis, apaixonados, sisudos. E devo dizer também que eu não tenho nenhuma afinidade com este partido. Por isso mesmo minha isenção em dizer isso. Então o que é um partido nanico? É um agrupamento formado por descontentes, e muitos deles (não todos), por terem pouco ou quase nada a perder, valem-se de malucos úteis, que vão para a linha de frente durante a campanha se ofendem, disparam infâmias, fazem bravatas, servem de "bois de piranha" para que a caravana continue intacta, e a ira recai sobre estes pobres quasímodos morais, que acabam levando algumas dezenas de processos por danos morais, e acabam se recolhendo após as eleições, até que outra oportunidade apareça, ou quem sabe, a possibilidade de uma revolução, para que possam extravasar seu arsenal de maluquices.

Vou explicar agora o erro tático (ou estratégico, ainda não cheguei a uma conclusão) que se cometeu em anunciar a assessora da Primeira Dama antes de todo o elenco do novo governo. Há algumas hipóteses. Uma delas é que quis dar uma demonstração de preocupação com a opinião pública, que tem o direito de conhecer seus novos governantes, e começa pela parte elegante e social de seu trabalho, talvez enviando um recado de que o coração vai falar à frente da razão, fato que o eleitor muito tem cobrado dos governantes. Outra hipótese é que tenha sido cometido um deslize, e que uma informação vazou antes do tempo, expondo a jovem sozinha às pedras que estavam reservadas ao alto comando da equipe. Então a falha não foi na escolha da menina, e nem no aceite dela ao cargo, mesmo tendo negado esta possibilidade em campanha. As pessoas mudam de opinião. Eu mudo de opinião. O erro está em expor um membro de sua nova equipe sozinho, e não emitir uma única palavra em solidariedade à ela diante dos ataques de seus adversários, que certamente tem os seus motivos pessoais ou partidários para despejarem a ira das ofensas sofridas no calor da campanha.

Errou a coordenação de montagem da equipe em não compor regras antes de expor seus membros. E a principal regra que estão demonstrando, o silêncio, quebraram-na da forma mais inoportuna possível. E expuseram sua fragilidade em hora imprópria.

Esta reflexão não tem por intenção desconstruir a boa vontade política que foi escolhida pelo gramadense como favorita para redesenhar Gramado. Mas tenho a clara intenção de buscar um ponto de equilíbrio entre aquilo que se diz e aquilo que se faz. Esta não será a última campanha, e os personagens continuarão e se encontrar pelas ruas e lugares comuns. São amigos, colegas de trabalho, aula, esportes ou nas baladas. Fazer oposição, ou defender a situação, criticar, elogiar ou defender posições, não precisa ser com ofensas, desmoralizações, armadilhas verbais. Gramado tem problemas sérios. Pedro os teria que enfrentar. Fedoca os enfrentará. Nestor os enfrentou. Pedro cometeria erros. Fedoca cometerá erros. Nestor cometeu erros. Você e eu também cometemos erros. nem por isso saímos nos ofendendo. Fazer oposição é fiscalizar o governo. Governar é edificar a historia. O que passar disso, é picuinha barata. Falta de inteligencia. Carente de sabedoria.


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