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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O voto em branco



O voto em branco



O Mapa Mundi tem dois hemisférios: Sul e Norte, embora sempre começamos pelo Norte, porque quem desenhou os mapas foram os europeus, e a Europa fica no norte, portanto, segundo juízo deles próprios, do lado de cima, algo como se eles vivessem no alto da montanha, e os do lado de baixo fossem assim, tipo, uns "porcos latinos". E desde então, olhamos para o norte como se olhássemos para um altar cheio de deuses, e aqui uso o termo plural, posto que vale o comparativo pela metáfora que de lá foi gerada.
Pedro Simon, quando governador, voltou um dia feliz da vida de uma viagem, onde foi presenteado com um mapa invertido, onde o Rio Grande está no alto e o polo norte na parte inferior, e depois disso já se revestiu de Bento Gonçalves e desde então quer porque quer separar o Rio Grande. Vai sonhando, vai.

Mas esta doença terminal e incurável de achar que quem palanqueou o pingo num bolicho, na parte inferior do mapa não é gente, ou se for, ainda está na escala intermediária da evolução, apenas cresce e se alastra cada dia mais. Nem preciso gastar muito atlas de geografia para comprovar minha dedução. Basta ver a Europa jorrando água gelada nas hordas de bárbaros que invadem seu território com a desculpa de serem refugiados. Uma ova que são,e pensam os do lado de cima do mapa. Tal como Roma que foi invadida e dominada pelos bárbaros, os bárbaros de hoje são estes refugiados (estou entrando na linha de pensamento dos senhores da guerra para tentar entender até onde pensam em chegar com tais façanhas).

A América também tem os seus próprios bárbaros para que lhe tirem o sono: somos nós, míseros porcos latinos que trememos de medo de um fanfarrão mimado, e nos jogamos nos braços de uma tiazona que promete dar colo e até deixar que seu marido amamente os inferiores, contanto que não invadam sua privativa caixa de emails, nem se metam com sua nefasta religião inspirada no bruxo britânico que ensinou catecismo ao Raul Seixas e a gurizada do Kiss. Todos estão na parte de cima do mapa. Nós estamos na parte de baixo. E ainda assim, brigamos pelas ruas em defesa de um ou de outro. Mas não importa. Um deles vai se assentar no trono da Besta que emerge da Terra, e os porcos latinos, ou afro serviçais serão sodomizados por um, ou dar-se-ão à felação por outro. Não  temos como escapar. E o que é pior: nem votar nós podemos, porque caso pudéssemos votar em algum deles, não teríamos a liberdade de escolher a terceira opção, que é votar em branco. Sim senhor, foi isso mesmo que eu disse: votar em branco!

Mas votar em branco não é omissão? Ficar em cima do muro? Ou um protesto? Perdi o juízo, ou o respeito pela possibilidade de escolha que alguns ainda tem? Mas tem mesmo? Nós tivemos escolha quando votamos em Temer que ainda se assinava como "Dilma"? Tivemos escolha quando tivemos que escolher entre Lula ou Collor? Foi nossa escolha ter permitido que Sarney se tornasse cada dia mais Sarney,  até que já se tivesse botando Sarney pelo ladrão, de tanto Sarney que suportamos? Tivemos escolha quando Cunha se aliou com Renan para defenestrar Dilma (até aplaudimos), mas logo em seguida voltamos ao chão da realidade e desejamos que as pulgas de mil camelos se enfiasse na cueca dele enquanto estivesse algemado para que não pudesse se coçar? Tivemos escolha?

Não tivemos nenhuma possibilidade de escolha, nem mesmo quando milhares de candidatos entupiram nossas horas de descanso com suas imbecilidades no horário gratuito. Aliás, temos escolha de não ver horário político? Não temos, a não ser pagando por um pacote de TV a cabo.

Então quando não há mais possibilidade de escolha, ainda assim há uma escolha, a melhor e mais prudente das escolhas: o voto em branco. Por uma razão muito simples: se confiamos em D's (Deus) como dizemos que confiamos, ou desejamos confiar, por que não confiar à Ele o privilégio de fazer a escolha que nós não somos capazes de fazer? Quando  não  temos mais escolha, temos então, nesta leitura, a melhor das escolhas. Votar em Quem nunca nos colocaria no lado de baixo de um mapa qualquer.

*PS
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