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quarta-feira, 1 de março de 2017

Índio quer apito


Reza a historia, escrita pelos  colonizadores, que ao aqui aportarem, aquelas criaturas esdrúxulas, embrulhadas em trapos fedorentos e cheias de penduricalhos, ao serem avistados pelos nativos, após farejarem-se mutuamente, constataram que a coisa poderia ser resolvida sem gente perfurada. Pelo menos não muito, porque pelo mau cheiro que sentiram, os nativos perceberam tratar-se de carne estragada. Não dava pra comer. Carne congelada e descongelada muitas vezes. maturada fora do vácuo. Não própria para consumo. Sem carimbo do CIF. 

Por outro lado, os MST da época, descobriram que poderiam  levar vantagem na coisa, pois as terras não eram assim lá tão valorizadas. Não havia o INCRA, o ICMBio, o IBAMA, o PT, o PMDB, etc, e entraram de sola com a negociação direta. Sem rodeios. E acertaram em cheio na receita. Foi lá que começou a negociata.
(continua após o comercial)

No início, eram espelhinhos, colares de metal, panelas, bacias, milhagens de caravela, pontos no cartão, etc. Mas a coisa foi sofisticando, e os salamaleques descambaram para coisas mais notáveis, tipo: verbas da Coroa para adquirir novos escravos, ou então estabelecerem uma nova província, enfim. Modernizaram a coisa, e temos então até hoje estes hábitos de reatar namoro, entregando flores à moça, mas sem esquecer de levar um agradinho pra sogra também, pra garantir a mão da moça.

Falando nisso, achei bem decente da parte do primo desviado do trabalhismo, uma visitinha de cortesia, levando um regalo pro recém chegado governante. Isso é fazer a boa política com civilidade, sem perder a tradição, e quem sabe assegurar que possa, em breve reatar o velho namoro dos filhos de Vargas... Essas coisas acontecem. E seja em espelhinhos, bugiganguinhas, ou verbas a fundo perdido, um regalo é um regalo e é a melhor forma de reatar um namoro. Só falta chegar no apito.

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